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Transportes e Telecomunicações

O papel dos Transportes no desenvolvimento económico e social das regiões


As infraestruturas de transportes como estradas, pontes, túneis, vias férreas, aeroportos,
portos marítimos e fluviais têm contribuído para reduzir as distâncias, permitindo ultrapassar
barreiras físicas como rios e montanhas, condicionando a acessibilidade das regiões e, por isso,
o seu desenvolvimento económico e social.

Atualmente, os transportes:

• Geram uma multiplicidade de serviços e de comércio e atividades produtivas facilitando


também o seu desenvolvimento;

• Criam emprego;

• Permitem a difusão de ideias, de culturas e de técnicas;

• Estruturam o espaço urbano (cidades que crescem, serviços, comércio, industriais e urbanas
que se expandem, etc.);

• Promovem a troca de produtos, bens, pessoas, informação (interação espacial) entre as


diversas regiões dentro do país e entre os diferentes povos do mundo;

• Permitem uma melhor e mais rápida distribuição de bens (produtos, equipamentos e


matérias-primas) e serviços, traduzindo-se na subida do nível médio de vida da população;

• Quebram o isolamento das regiões desfavorecidas, atenuando as assimetrias


socioeconómicas regionais;

• Permitem a especialização, os aumentos de rendimento, de produtividade, a dispersão das


atividades económicas e o desenvolvimento integral das diferentes regiões;

• Um sistema de vias de comunicação desenvolvido e eficiente (grande acessibilidade) indica a


grande mobilidade da comunidade à procura das suas necessidades, assegurando às
populações e agentes económicos iguais oportunidades de aceder a níveis de serviços
elevados e com características idênticas.

A diversidade dos modos de transporte


Um “meio de transporte” é um suporte para deslocação de pessoas e bens, como as estradas,
os rios, o mar, as ferrovias e pode ser aéreo, terrestre, aquático e por condutas e cabos.

Já um “modo de transporte” é um tipo de veículo utilizado nas deslocações terrestres,


marítimas, fluviais e aéreas, podendo ser individual ou coletivo.
Como escolher qual o meio de transporte mais adequado a qualquer situação.

A utilização dos transportes depende:

 Da acessibilidade aos locais de partida e de destino


 Da natureza do transporte (passageiros ou mercadorias)
 Do tipo de mercadorias
 Do tempo gastos nos percursos
 Da existência de modos de transporte colocados ao serviço dos utilizadores

Relação entre o custo e a distancia dos diferentes meios de transporte de mercadorias


Relação entre o tempo e a distancia dos diferentes meios de transporte das cidades

 A bicicleta e o “andar a pé” são os meios de transporte mais eficientes.


 Seguem-se os transportes públicos (comboio, metro e autocarro)
 O automóvel está nas posições menos eficientes, consumindo mais energia por
passageiro/km do que os modos suaves ou os transportes públicos.

Existe uma elevada percentagem de deslocações que poderiam realizar-se a pé ou de bicicleta,


de forma mais eficiente quer em termos de tempo e/ou custo.

A REDE RODOVIÁRIA NACIONAL


O PLANO RODOVIÁRIO NACIONAL constitui o instrumento regulador das infraestruturas
rodoviárias nacionais, otimizando as condições da ocupação do solo e do ordenamento do
território.

A extensão total da rede rodoviária nacional apresenta um total de 14 313km em que se


destacam as estradas nacionais (37,0%), as estradas regionais (33,5%), os itinerários principais
(16,3%) e os itinerários complementares (13,2%).

Uma autoestrada tem de apresentar as seguintes características:

 Ser uma via destinada a trânsito rápido, com separação física de faixas de rodagem;
 Sem cruzamentos de nível, nem acesso a propriedades marginais;
 Sinalizada como tal.

A Evolução da rede rodoviária portuguesa.


Evidencia-se um período de grande expansão iniciado na década de 1980, devido á entrada de
Portugal na EU que se foi acelerando nas duas décadas seguintes, até estagnar no ano de
2013, apresentando a sua configuração atual.
O transporte rodoviário e a sua rede foi o meio e modo de transporte em que mais se apostou
e inovou até agora tendo sido feitos grandes investimentos nestes.

A rede rodoviária portuguesa distribui-se com bastantes irregularidades:

→ contrastes na densidade da rede de estradas e na intensidade de tráfego.

→ assimetrias regionais:

 Norte e Litoral:

• Mais população e mais desenvolvidas;

• Bem servidas de estradas;

• Maior volume de tráfego.

 Interior e Sul:

• Menos população e economicamente menos dinâmicos;

• Rede rodoviária pouco densa;

• Menor volume de tráfego.

A evolução das acessibilidades rodoviárias em Portugal continental


A Rede Rodoviária portuguesa, no período de análise considerado (1985 a 200), sofreu
transformações significativas com o aumento da extensão e densidade o que proporcionou a
geração de níveis acrescidos de acessibilidade. Quanto à tradução espacial destas melhorias na
acessibilidade, constatou-se que a generalidade das regiões alcança importantes ganhos de
tempo em relação às aglomerações urbanas, infraestruturas e equipamentos considerados.
Estas melhorias, por via dos investimentos sobre as infraestruturas realizados,
corresponderam à materialização prática das políticas públicas sectoriais adotadas.

A REDE NACIONAL DE PORTO


No continente existem nove portos comerciais:

→ Cinco constituem o sistema portuário principal – Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines.

→ Os quatro portos secundários são: Viana do Castelo, Figueira da Foz e Faro e Portimão.
A inserção nas rotas mundiais
No nosso espaço marítimo passam importantes rotas de navegação sub nossa jurisdição como
a rota do cabo, vinda do Indico e muitas mais vindas do Atlântico Sul e do Pacífico, através do
Canal do Panamá.

Fatores que podem potenciar o desenvolvimento do transporte marítimo e dos serviços


portuários, no Continente:

 A profundidade das águas (Sines)


 a ausência de obstáculos à navegação nas zonas costeiras são.

A importância portuguesa nas nos serviços marítimos e rotas europeias


Se por um lado, somos um país periférico ao grande mercado, por outro, possuímos a primeira
costa Atlântica da Europa, somos o pais europeu mais próximo ao mercado Americano e
Oriental, que se tornou ainda mais “aproximado” devido á construção do canal do Panamá.

Outra maneira de constatarmos a posição privilegiada de Portugal é nos tempos de viagem dos
navios de transporte marítimo. É mais rápido o transporte de mercadorias de qualquer parte
do globo para a Europa ocidental, utilizando o Porto de Sines em vez do Porto de Roterdão
(maior porto deste continente), desde que o porto nacional fosse servido por uma linha
ferroviária que o ligasse ao centro da Europa.

Nesta perspetiva, poderá ser fundamental para Portugal a construção de uma linha ferroviária
de mercadorias, em bitola europeia, que ligue as plataformas logísticas nacionais do Poceirão
(servida pelos portos de Sines, Setúbal e Lisboa) e da Maia/Trofa (servida pelos Portos de
Aveiro, Leixões e Viana do Castelo) e que deve ter continuação para Espanha.

Atendendo a que o transporte marítimo tem vindo a ganhar cada vez maior importância e
sabendo que as grandes companhias de transporte marítimo operam onde têm melhores
condições (acessibilidade, custos, sistemas de transportes...), será uma vantagem competitiva
para Portugal se conseguir que estas “usem” com maior frequência os Portos nacionais.
A LOGÍSTICA PORTUÁRIA
A CONTENTORIZAÇÃO

O transporte por contentores levou à redução de custos através da diminuição dos custos de
manuseio, e da quebra e roubo de produtos.

Estes recipientes são destinados principalmente para o transporte de produtos fabricados, mas
também pode levar outros produtos como alimentos em contentores especializados -
cisternas, contentores refrigerantes ou outros, sempre com dimensões padrão.

A contentorização facilita o processo de cargas e descargas uma vez que os contentores têm
um tamanho padrão e podem ser transportados por barcos, camiões, comboios e aviões.

Vantagens:

➢ pode ser transportado por vários meios de transporte;

➢ o transporte é mais seguro, diminui os roubos e a necessidade de mão-de-obra;

➢facilita e torna mais rápido as operações de carga e descarga;

➢ tem custos de transportes mais baixos;

➢ leva ao desenvolvimento de grande armazéns, barcos e portos.

"ROLL ON-ROLL OFF“


Nos navios “ro-ro” é possível carregar quase tudo que puder subir a bordo por meios próprios,
rebocado ou sobre camiões/plataformas. Os seus decks possuem painéis móveis que
permitem adaptar a altura aos vários tipos de carga que embarcam por meio de rampas .

Exemplo: no caso dos automóveis, por exemplo, a altura normal entre decks é mantida. Já com
autocarros e outras máquinas pesadas, a altura dos decks pode ser aumentada.

JANELA ÚNICA PORTUÁRIA (JUP) E JANELA ÚNICA LOGISTICA (JUL)


A JUP é uma plataforma eletrónica que implementa o conceito de balcão único virtual , ou seja
é o único ponto de contacto do porto e onde os agentes económicos trocam entre si toda
informação em formato digital).

A JUP é um instrumento essencial para eficiência coletiva do porto e da sua comunidade, entre
os seus principais benefícios destacam-se:

• Controlo em tempo real da informação para combate à fraude e evasão fiscal


• Localização permanente dos contentores desde a sua entrada até à saída do Porto;
• Implementação de uma filosofia de “paperless”.
• Redução do tempo no despacho aduaneiro associado.

 A JUP está em pleno funcionamento em todos os portos nacionais.


A Janela Única Logística (JUL) é interligação entre a Janela Única Portuária e o sistema rodo-
ferroviário.

HINTERLAND
Corresponde a uma área geográfica servida por um porto e a este conectada por uma rede de
transportes, através da qual recebe e envia mercadorias ou passageiros. Trata-se, portanto, da
área de influência de uma cidade portuária que concentra significativa atividade económica

TRANSHIPMENT
Portugal situa-se numa posição central das principais rotas marítimas, beneficiando de portos
de águas profundas capazes de receber navios de grandes dimensões. Assim, pode oferecer
serviços de transhipment (transbordo de mercadorias de um navio para outro).

“Main Transhipment Market”: a do golfo do México e Caraíbas com a do Mediterrâneo


(incluindo o Mar Negro e de Azov).

É então importante aproveitar as potencialidades da costa nacional, sendo necessário:

➢Desenvolver os serviços de transporte marítimo de curta distância;

➢ Desenvolver as infraestruturas logísticas e intermodais nos portos;

➢ Melhorar as infraestruturas e ligações ferroviárias de tráfego de mercadorias;

➢ Estimular a complementaridade e a cooperação entre portos, de forma a aumentar a


eficiência e atrair carga.

A REDE NACIONAL DE AEROPORTOS


Principais aeroportos portugueses:

 Humberto Delgado (Lisboa)


 Francisco Sá Carneiro (Porto)
 Faro
 Santa Catarina (Madeira)
 João Paulo II (S. Miguel).

Dois Tipos de Aeroportos


Se considerarmos o Tráfego Comercial de Passageiros , os aeroportos devem ser divididos em
dois tipos:

✓ os de Lisboa, Faro, Porto, Funchal e Ponta Delgada, utilizados por Turistas;

✓ os de Porto Santo, Santa Maria, Horta e Flores, nos quais, mais do que o Turismo, é a Coesão
Nacional.
As companhias Low-cost e o seu impacto em Portugal
As Companhias Low Cost representam o maior fator de crescimento do Tráfego Comercial de
Passageiros principalmente no que diz respeito ao aeroporto do porto.

 colocaram o Porto no mapa do turismo na Europa facilitando a entrada no Vale do


Douro;
 o aeroporto do Porto tem uma área de influência em território nacional, mas também
inclui o Noroeste da Península Ibérica;
 em 2011, o Aeroporto do Porto ultrapassou o Tráfego Comercial do de Faro.

Novos desafios na gestão aeroportuária.


O “Hub”

Plataforma giratória de uma companhia aérea, onde existe um grande número de ligações
diretas a grandes cidades e onde a companhia faz o transbordo dos seus passageiros.

O aeroporto de Lisboa funciona como um hub de relativa importância para as ligações aos
arquipélagos, aos PALOP e ao Brasil.

Com o encerramento das rotas da TAP a partir do aeroporto do Porto e, simultaneamente, a


abertura de uma nova rota da TAP entre Vigo e Lisboa, reforça a vontade de concentrar os
passageiros em Lisboa (hub da TAP), já que a cidade galega se encontra no chamado
"hinterland" do Aeroporto do Porto

O espaço Schengen

O Acordo de Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura
das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os países signatários. Um total de 30 países,
incluindo todos os integrantes da UE (exceto Irlanda e Reino Unido) e três países que não são
membros da UE (Islândia, Noruega e Suíça), assinaram o acordo de Schengen.

A REDE AEROPORTUÁRIA
No setor aeroportuário, a PGT dá prioridade aos seguintes aspetos:

➢ Criação da valência civil no aeródromo de Beja;

➢ Melhoramentos nos aeroportos regionais;

➢ Implementação de medidas para minimizar os danos ambientais;

➢ Modernização dos equipamentos de logística e de controlo do tráfego aéreo;

➢ Realização de melhorias no atual aeroporto de Lisboa;

➢ Construção do novo aeroporto de Lisboa.


A REDE NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
Portugal tem nos seus planos a crescente eletrificação dos consumos energéticos. Embora por
enquanto, aquilo que temos é um país muito dependente dos combustíveis fósseis e da sua
importação, ainda que as energias renováveis tenham vindo a ganhar terreno nos últimos
anos.

A rede de transporte de energia é constituída por:

 Rede Nacional de Transporte de Gás Natural (RNTGN);


 Rede Elétrica Nacional (REN).

A energia mais consumida em Portugal é o petróleo, seguido do gás natural e da biomassa e


destina-se principalmente aos transportes e á indústria.

No ano passado houve mais produção de eletricidade hídrica, caíram os consumos de carvão e
gás natural nas centrais elétricas, o que permitiu reduzir em 3,4% o consumo de energia
primária. Contudo, o consumo de energia final, aumentou cerca de 1%, com uma subida de
0,7% dos combustíveis rodoviários.

Em 2018, o saldo importador do país agravou-se em 28% (em euros), penalizado sobretudo
pelo aumento dos preços internacionais do petróleo bruto e derivados, apesar de se terem
reduzido quase na totalidade as quantidades importadas de cada produto. Em contrapartida, o
país também exportou menos eletricidade e refinados.

Os caminhos da energia em Portugal


O gás natural que abastece Portugal chega por gasoduto vindo de Espanha (gasoduto de
Magreb) ou por barco (na forma líquida, como gás natural liquefeito ou GNL) ao porto de
Sines, sendo distribuído pela rede nacional de gasodutos, constituída por um gasoduto de alta
pressão, de onde derivam ramais de média pressão e, a partir deles, as redes de distribuição
local de baixa pressão.

 O principal fornecedor de gas natural para Portugal é a nigeria, representando quase 50%,
seguido dos EUA e da Russia.

O petróleo chega a Portugal por via marítima e, através de oleodutos, à refinaria de Sines.

A distribuição de eletricidade é feita através da rede elétrica nacional (REN), com mais de 6 mil
quilómetros de linhas. As linhas de maior potência encontram-se no Litoral, onde se localizam
as centrais termoelétricas e as áreas de maior consumo, e nos trajetos de ligação às áreas de
maior produção hidroelétrica (vale do Tejo e vale superior do Douro).
Característica da rede de transporte de energia:

 Existência de gasodutos no eixo litoral, a norte de Sines;


 Rede incompleta, muito simples;
 Insuficiência de gasodutos no sul do país;
 Ausência de gasodutos no Norte interior;
 Dependência do exterior, o que não é nada favorável porque basta um dos
fornecedores nos falhar para termos uma grande quebra no sistema de energia.

A INTERMODALIDADE
Qualquer operação de transporte envolvendo vários modos constitui um caso de transporte
multimodal.

O adjetivo intermodal é habitualmente reservado para os casos com um nível de organização


mais elevado, em que a operação se faz:

➢ com um contrato de transporte único

➢ no caso do transporte de mercadorias, sem recondicionamento ou consolidação das cargas;


➢ genericamente sobre um sistema em que as principais componentes foram concebidas /
adaptadas tendo em vista facilitar a integração dos vários modos numa cadeia tensa

Num sistema de transportes públicos, a intermodalidade permite ao utilizador ter acesso, com
um único bilhete, a uma rede integrada de operadores e linhas.

A intermodalidade consiste no processo de integração entre diferentes modos de transporte,


num mesmo espaço ou área, possibilitando o movimento de pessoas e/ou mercadorias de
uma forma integrada.

O transporte intermodal viabiliza uma série de vantagens:

 Possibilita a redução do custo de produção (em função da diminuição do tempo de


transporte da mercadoria, do aumento da quantidade de mercadoria transportada por
viagem e de menores gastos com frete).
 Permite completar uma cadeia de transporte porta a porta
 Permite combinara as potencialidades de cada um dos modos de transporte.
 O transporte intermodal só poderá ser uma realidade se for competitivo perante o
transporte rodoviário e, para que tal aconteça, será decisivo que, no processo de
mudança de modo de transporte, este seja eficaz e de baixo custo. Caso contrário, este
sistema poderá ser um falhanço.
Como tornar eficiente a intermodalidade?
 Melhorando acessos
 Normalizando as unidades de carga
 Modernizando equipamentos
 Investindo na informatização
 Simplificando procedimentos burocráticos
 Funcionando ininterruptamente

Exemplo de intermodalidade

A intermodalidade chegou ao Porto, pela mão da TIP (Transportes Intermodais do Porto, ACE),
empresa criada, pela Metro do Porto, STCP e CP Porto.

O objetivo deste Agrupamento de Empresas resume-se à criação de um tarifário único que


pudesse ser partilhado por vários operadores dentro da Área Metropolitana do Porto.

Isto permite percorrer a distância entre dois pontos utilizando o operador e o percurso que
mais lhe convêm, sem que isso acarrete custos-extra e permite ter um só passe para vários
operadores.

Interfaces
Uma Interface é uma infraestrutura de importância vital numa rede de transportes devido á
flexibilidade que traz à rede de transportes enquanto nó dessa mesma rede. Qualquer que seja
a dimensão do Interface, deverão ser tidos sempre em conta alguns princípios:

 Fluidez no transbordo e facilidade de circulação.


 Conforto e segurança na circulação e nos períodos de espera.
 Disponibilidade de informação sobre serviços.
 Perceção de unidade do espaço.
 Integração com a envolvente.

Plataformas intermodais portuguesas:

 Plataformas urbanas (Lisboa e Porto);


 Plataformas portuárias (Lisboa, Aveiro, Sines e Leixões);
 Plataformas transfronteiriças (Valença, Chaves, Guarda, Huelva e Badajoz).
REDE TRANSEUROPEIA DE TRANSPORTE
A POLÍTICA COMUM DOS TRANSPORTES

O Livro Branco Sobre a Política Comum dos Transportes tem definido uma política (Política
Europeia dos Transportes) que assenta em quatro domínios:

1- Controlar a globalização dos transportes, através das ligações dos Estados-membros às


redes transeuropeias de transportes;

2-Suprimir os estrangulamentos existentes nas redes de transportes, principalmente através


da rede ferroviária de alta velocidade e do desenvolvimento dos corredores multimodais;

3-Colocar os utentes no centro da política de transportes, a partir da maior oferta de


transportes públicos, de segurança rodoviária e de preços;

4-Reequilibrar os modos de transporte, através de três medidas principais:

 Criação de um programa específico que visa apoiar a intermodalidade;


 Promoção da intermodalidade com base nas chamadas autoestradas do mar como
alternativa aos eixos rodoviários;
 Maior equilíbrio da concorrência entre os modos de transporte.

O objetivo principal destes quatro domínios é conciliar o desenvolvimento económico e os


requisitos exigentes de uma sociedade quer em termos de qualidade, quer em termos de
segurança.

A EU visa tornar todas as suas redes de transporte, seja rodoviário, ferroviário, portuário ou
aeroportuária em redes com um elevado nível de serviços, conforto, fiabilidade, segurança, e
eficiência, procurando sempre implementar a intermodalidade tornando as redes mais
competitivas e atrativas a nível mundial.

A PCT privilegia a rede europeia de alta velocidade, que torna o comboio uma alternativa ao
avião, no tráfego inter-regional de passageiros, e ao rodoviário, no tráfego de mercadorias de
médio e longo cursos.

Assim, a construção da Rede Ferroviária de Alta Velocidade, o investimento na inovação


tecnológica em domínios como a intermodalidade, o desenvolvimento de modos de transporte
mais seguros e menos poluentes e de sistemas de transporte inteligentes é crucial para a
integração das redes portuguesas dos diferentes modos de transporte nas redes comunitárias.
Se Portugal não realizar estes investimentos nas suas redes ferroviárias corre o risco de ficar
isolado da UE e as consequências económicas serão bastante graves, uma vez que o país
passará a ser menos atraente para o investimento nacional e estrangeiro. Provavelmente,
algumas empresas poderão deslocar-se para o país vizinho, por forma a terem acesso à nova
rede ferroviária que lhes permitirá colocar os seus produtos a um custo mais baixo, nos
restantes países da EU.

Rede de transporte combinado:


Composta por vias navegáveis e vias férreas, que combinadas com percursos rodoviários,
iniciais e terminais, permitem o transporte de mercadorias a longa distância entre todos os
Estados-membros, a esta rede pertencem as instalações de transbordo entre as diferentes
redes.

Rede de gestão de tráfego aéreo:


Engloba o plano de navegação aérea, que é constituído pelo espaço aéreo, destinado ao
tráfego aéreo geral, pelas rotas aéreas e pelos instrumentos de auxílio à navegação, engloba
também o sistema de gestão dos fluxos de tráfego e o sistema de controlo do tráfego aéreo.

Rede de gestão e de informação:


Abrange os serviços costeiros ou portuários do tráfego marítimo e os sistemas de localização e
determinação da posição dos navios, da notificação dos navios que transportam mercadoria
perigosa e de comunicações de socorro e segurança marítimas

CONCLUSÃO:

✓ A ligação ao Corredor do Atlântico é do máximo interesse para Portugal, porque vai permitir
que o nosso país tenha um acesso mais competitivo à europa, para as mercadorias.
✓ Várias regiões de Espanha terão uma ligação mais direta e rápida aos nossos portos de mar.
✓ A nova rede permitirá transferir tráfego da rodovia e do avião para a ferrovia, diminuindo o
consumo de energia e os custos do transporte.

AS TELECOMUNICAÇÕES
A partir da década de 60, houve uma verdadeira revolução no domínio dos transportes e das
telecomunicações.

Se a revolução dos transportes foi determinante para o comércio de mercadorias e para o


aumento dos fluxos turísticos, a revolução das telecomunicações é fulcral para as trocas de
serviços e de capitais.

O termo telecomunicações refere-se ao conjunto dos processos de transmissão de


informações à distância, por meio de um fio (fibra ótica, cabos de cobre etc) ou graças aos
satélites que se têm vindo a multiplicar.

O desenvolvimento da Internet induziu uma desterritorialização das comunicações e anulou o


espaço-tempo, permitindo ligações imediatas e infinitas à escala mundial. Com efeito, os
media eletrónicos vieram permitir a criação da “aldeia global”, uma vez que a informação se
tornou universal e instantânea, por outro lado criou também infoexcluídos.

A importância das NTIC na sociedade

As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação:

 Asseguram os fluxos de informação e de capitais (sem a necessidade do seu transporte


físico)
 Evitam a mobilidade de pessoas anulando a distância entre o envio e a chegada;
 Colocam a informação em qualquer lugar do Mundo praticamente no mesmo instante
em que é emitida;
 Permitem a expansão do comércio porque garantem o contacto com os mercados
internacionais;
 ajudam a «aproximar» cada vez mais as pessoas
 permitem que se trabalhe de um país para outro país de modo totalmente virtual.

Impactos Positivos das NTIC


▪ Possibilitam o conhecimento de culturas e povos diferentes

▪ Contribuem para o desenvolvimento regional, contribuindo para a correção de assimetrias


espaciais

▪ Aproximam os lugares distantes e dificilmente alcançáveis, quebrando o isolamento quer de


pessoas quer de regiões

▪ A associação entre a tecnologia informática e as telecomunicações tem facilitado o


desenvolvimento de atividades como a telemedicina, o teletrabalho, o telecomércio, …

▪ As comunicações revolucionam a vida social, dando origem a um novo tipo de sociedade – a


sociedade da informação

Impactos Negativos das NTIC


▪ Propagação muito rápidas de epidemias

▪ Novas assimetrias sociais e económicas, dos infoexcluídos e criação de barreiras ao


conhecimento e a oportunidades de emprego
▪ Comunicação e socialização através das telecomunicações substituindo as relações
interpessoais

▪ A falta de segurança na Internet

Consequências económicas das NTIC


▪ Disponibilização da informação sobre a empresa e os produtos que oferece

▪ Aparecimento do e-learning e do e-commerce

▪ Redução de alguns postos de trabalho, devido ao Teletrabalho

▪ Expansão de atividades ligadas ao marketing e à publicidade

Os problemas na utilização dos transportes e das telecomunicações


O desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações reflete-se na qualidade de vida da
população:

-A mobilidade da população tornou-se muito maior, as deslocações fazem-se com maior


conforto, segurança e em menos tempo, permitiu a internacionalização do comercio, etc,

No entanto este desenvolvimento têm os seus pontos negativos:

No que toca ao transporte rodoviário:


▪ Agravamento das condições de circulação;

▪ Aumento do congestionamento e da dificuldade de estacionamento;

▪ Acréscimo da sinistralidade;

▪ Aumento do consumo de energia que leva a uma maior dependência externa;

▪ Impactos ambientais – crescente poluição atmosférica, sonora e dos solos.

Causas da elevada sinistralidade:

 Atitude do condutor (falta de civismo, excesso de álcool ou droga, …);


 Falha humana, por parte do condutor, resultado de cansaço, excesso de velocidade,
manobras perigosas, …;
 Más condições do veículo (mecânicas, carga mal acondiciona e/ou em excesso, …);
 Condições atmosféricas desfavoráveis (nevoeiro, gelo, granizo, neve)…

Soluções para atenuar a elevada sinistralidade e garantir a segurança rodoviária:

 Maior rigor na atribuição de cartas de condução;


 Melhoria na articulação, conforto, rapidez e segurança dos transportes públicos, de
forma a reduzir a circulação de automóveis particulares;
 Maior eficácia dos transportes ferroviários e marítimos no transporte de carga,
evitando a intensa circulação rodoviária de veículos pesados;
 Melhoria do traçado das estradas e do seu piso, para minimizar problemas
decorrentes da falta de segurança que estas apresentam;
 Maior apoio e vigilância nas estradas, com base numa melhor gestão do tráfego;
 Maior controlo por parte das autoridades (tolerância zero);

No que toca ao trafego marítimo:


O crescente consumo energético e o seu transporte por via marítima, por vezes em
embarcações que não obedecem às normas de segurança, têm contribuído para a crescente
poluição, dos oceanos e dos litorais devido a:

 Embarcações de pesca e de recreio;


 Operações de desembarque portuário de combustíveis;
 Limpeza de tanques de petroleiros e de outros barcos;
 Acidentes com petroleiros – marés negras.

Medidas para minimizar os problemas da poluição litoral e marítima:

 Estabelecer medidas mais restritivas relativamente ao tipo de navios autorizados, de


maneira a eliminar modelos considerados já pouco seguros como, por exemplo,
petroleiros sem casco duplo;
 Impedir a aproximação das áreas litorais densamente povoadas dos petroleiros com
problemas;
 Introduzir o princípio do poluidor-pagador.
 Fazer a limpeza dos navios de maneira ecológica

No que toca ao trafego aéreo:


São vários os problemas que o transporte aéreo levanta:

▪ O aumento do número de passageiros e das cargas transportadas têm contribuído para o


congestionamento dos aeroportos e para a crescente poluição atmosférica e sonora;

▪ Alguns aeroportos localizam-se dentro do tecido urbano, com consequências negativas quer
para a saúde, quer para a segurança dos habitantes nessas áreas;

▪ A atmosfera dentro de um avião comercial é mantida artificialmente, tornando-a propícia à


propagação de doenças;

As NTIC, além de facilitarem e viabilizarem um grande numero de atividades económicas,


enriquecem a nossa vida pessoal, permitindo-nos aceder a informação de todo o mundo. No
entanto têm também os seus impactos negativos:

 A insegurança provocada pela difusão de vírus informáticos e dos ciberataques;


 O perigo de fraude no comércio eletrónico e em transações financeiras;
 A dificuldade em controlar a qualidade e a fiabilidade dos conteúdos, dando origem a
fake news ,
 Os perigos para a saúde humana, como são a emissão de radiações nocivas e os
problemas psicológicos de dependência.
 A exclusão de pessoas com menos recursos e mais idosas, sendo necessário garantir a
igualdade de oportunidade no acesso às TIC, de modo a que este setor possa
contribuir para a inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade da informação.

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