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ENTRE DOURO E MINHO

Além da verdura, a paisagem reflete outro traço que lhe é característico: a


humidade. Trata-se, com efeito, da Região Agrária mais fresca e húmida do
País, fruto do contacto com o Atlântico e do aumento da altitude à medida
que se avança para o interior

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

Apresenta uma série de linhas de relevo separadas por vales largos e


fundos aplanados;

 Temperatura amena devido à influência marítima;

 Precipitação abundante com estação seca estival de dois a três meses;

 Inverno suave e Verão fresco;

 Predominam os solos resultantes da rocha granítica que apresentam


uma fertilidade média;

 Solos de aluviões nas margens dos rios que permitem uma atividade agrícola mais intensa;

 As fortes densidades populacionais, aliadas a uma produção para autoconsumo,


promoveram uma maior fragmentação das parcelas;

 As normas do direito sucessório acentuaram as características do minifúndio.

CAMPO DE MASSEIRA

Forma inteligente de aproveitamento das dunas onde, em pequenas explorações, praticando-


se uma cultura intensiva, se obtêm excelentes produções hortícolas. Na zona de Aguçadoura e
Estela, os agricultores cavaram a duna até próximo do nível freático (lençol de água) - o que
permite um grau de humidade mais ou menos constante ao longo do ano - e modelam o
campo em forma de masseira ou gamela. Nos valados cultiva-se a vinha. Com este
rebaixamento de alguns metros consegue-se uma proteção dos ventos marítimos, reforçada
por sebes, de que resulta um aumento térmico. Estes dois fatores aliados (humidade e
temperatura) fazem com que funcionem como uma espécie de estufa

TRÁS-OS-MONTES
ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 A temperatura média anual apresenta valores baixos;

 No Inverno registam-se valores muito baixos de temperatura;

 Ocorrem com frequência temperaturas próximas dos 0° C;

 Fracos valores de precipitação;


 Estação seca estival pronunciada;

 O relevo apresenta-se montanhoso e/ou planáltico;

 Os solos são predominantemente de natureza xistosa, de fraca fertilidade;

 As fracas densidades populacionais e o isolamento levaram à formação de um povoamento


aglomerado;

 Contraste «Terra Quente» (mediterrânico) / «Terra Fria».

BEIRA LITORAL
ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 Existência de áreas planas junto ao litoral;

 Clima de temperaturas amenas, com Invernos suaves;

 Solos férteis, sobretudo os de aluvião;

 Predomínio de agricultura intensiva tradicional de policultura;

 Predominam explorações de pequena dimensão – minifúndios, a que se acresce uma


elevada fragmentação e dispersão dos seus blocos.

BEIRA INTERIOR
Dizer Beira Interior é dizer Serra da Estrela. A imponente montanha continua a simbolizar a
região, despertando venerações, marcando-lhe a paisagem e a economia, condicionando, das
mais diversas formas, a vida de quem nela habita. Mas a designação de Beira Interior é
relativamente nova e nela cabem terras e horizontes com características bem distintas. Das
margens alcantiladas do Tejo, nas Portas do Ródão, até à Bacia do Douro nos concelhos de
Figueira de Castelo Rodrigo e Meda, é a interioridade e a rudeza dos solos e um clima de
extremos continentais que conferem à Beira Interior, do Norte ou Sul, da Zona do Pinhal, da
Cova da Beira, da raia fronteiriça da Espanha, a unidade de uma região.

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 Relevo montanhoso;

 Clima com influência da altitude;

 Solos pouco produtivos;

 Dimensão média das propriedades pouco superior a oito hectares;

 Pratica-se, geralmente, uma agricultura extensiva;

 A forma de exploração mais comum é por conta própria.


LISBOA E VALE DO TEJO
Com um potencial económico assinalável, caracteriza-se por uma grande heterogeneidade: a
montante, junto ao rio Tejo, a atividade agrícola dominante e o solo fértil contrastam com
Lisboa, onde a população, maioritariamente empregada no sector terciário, constitui uma
enorme massa humana que transborda da capital, agregando-se em vastos e densos
subúrbios. Onde os solos são menos férteis, surgem os cobertos de floresta com predomínio
das resinosas. É determinante a influência do Tejo na agricultura, o qual, em virtude do seu
caudal apresentar fortes oscilações, provoca cheias frequentes que estão na origem das
planícies de aluvião, o que contribui para a fertilidade dos solos e condiciona o tipo e
sazonalidade das culturas.

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

O relevo é uniforme, predominando as formas baixas e planas.

Os Invernos são moderadas e os Verões quentes.

Região de excelentes aptidões agrícolas;

 Precipitação reduzida

ALENTEJO
É a maior e a mais despovoada das regiões do País: perto de um terço do território continental
com pouco mais de um milhão de habitantes. Em tamanha vastidão, as gentes tentam mitigar
a solidão comungando os rituais comunitários simbolizados nos versos cantados pelos grupos
e na trilogia alimentar mediterrânica do pão, do vinho e do azeite

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

Valores elevados de temperatura média anual;

 Valores de precipitação anual, muitas vezes inferiores a 500 mm e estação chuvosa pouco
pronunciada;

 A estação seca estival é acentuada, registando-se situações de calor mais persistentes;

 Dominam as superfícies aplanadas;

 A fertilidade do solo é muito baixa;

 Densidade populacional muito baixa;

 Predominam as grandes propriedades (com a extinção das ordens religiosas o estado


apropriou-se das terras que depois foram vendidas, em hasta pública, em grandes lotes, à
burguesia endinheirada originando parcelas de cultivo de grandes dimensões);

 Pratica-se maioritariamente a agricultura extensiva;


 A exploração por conta própria é predominante, mas também é utilizada a forma de
arrendamento.

ALGARVE
Mais do que cartaz turístico, o Algarve é sol, serra, cultura e tradição. É, também, a região que
regista o maior número de horas de exposição solar, cerca de 3200 horas por ano, e
temperaturas com uma média anual na ordem dos 17° C. Estas características climáticas
proporcionam uma atividade agrícola diferenciada conforme a sub-região: na Serra, é a
policultura de subsistência e a silvicultura com destaque para as azinheiras e os medronheiros;
no Barrocal (entre a Serra e o Litoral), são as culturas permanentes de frutos secos – figueira,
amendoeira e alfarrobeira – a par da policultura intensiva onde a rega é praticada, no Litoral,
os pomares de sequeiros e citrinos.

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 Clima tipicamente mediterrânico, com valores de precipitação muito baixos;

 Verões quentes, seco e longos;

 Período estival seco de cinco a seis meses;

 Invernos suaves, pouco chuvosos e com temperaturas amenas;

 Relevo de planície no litoral separado do Alentejo pela Serra Algarvia;

 Solos pouco férteis;

 Densidades populacionais apreciáveis junto ao litoral.

MADEIRA
A agricultura da região autónoma da Madeira assemelha-se, nas suas linhas gerais, à
agricultura da parte continental de Portugal, Apresenta, contudo, algumas particularidades
que convém realçar: o relevo alcantilado, o clima mediterrânico bem marcado pela
insularidade e a exposição geográfica dão à agricultura da ilha da Madeira um cunho
característico. Aí se introduziram, com diferentes sucessos, as plantas cultivadas no
Continente, com bons resultados para o trigo e para a vinha, fracassando a oliveira, na trilogia
mediterrânica. Em contrapartida, depressa se verificou que a cana de açúcar encontrava aí
condições promissoras. Hoje, a cana de açúcar está em regressão, dando lugar à cultura da
banana em expansão da costa sul da ilha. O clima e a fertilidade dos solos oferecem condições
favoráveis à produção de frutos tropicais e de flores exóticas. A construção de socalcos, a rega
e a abundância de estrumes tornam a agricultura da ilha de razoável rendimento.

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 Clima ameno ao longo do ano;


 Verão quente, seco e prolongado e Invernos suaves;

 Período estival seco bem marcado;

 Contraste vincado entre a vertente norte (mais fresca e húmida) e a vertente sul (mias
quente e seca);

 Os valores mais baixos da temperatura média anual verificam-se nos picos de maior altitude
do centro da ilha;

 O clima condiciona o escalonamento das culturas com a altitude;

 Fraca densidade populacional com maior concentração populacional junto do litoral.

AÇORES
O arquipélago dos Açores, situado no oceano Atlântico, caracterizado por um clima ameno e
húmido, com temperaturas médias que oscilam entre os 14° C e os 22° C, com uma
pluviosidade regularmente distribuída ao longo do ano, apresenta uma pequena economia
especializada em recursos naturais. O setor agrícola, significativo em termos de dimensão e de
organização, atravessa um período de transformação a diversos níveis. Enquadramento
comercial e institucional, infraestruturas e unidades de exploração económica sustentam uma
atividade que continua a ter uma participação elevada no VAB da região, confirmando o peso
secular da agricultura na economia do arquipélago. Aliás, o setor primário alimenta, a jusante,
várias atividades de transformação das agroindústrias, tais como laticínios e conservas de
peixe

ASPETOS FÍSICOS E HUMANOS

 Clima com elevado nível de humidade e de melhor distribuição das chuvas ao longo do ano;
 Valores totais anuais de precipitação bastante significativos;

 Presença constante de nevoeiros e nuvens;

 As temperaturas no Verão e no Inverno são amenas;

 O relevo é vigoroso, provocando condições climáticas específicas que variam com a altitude;
 Densidades populacionais baixas;

 A população distribui-se pelas periferias das ilhas.

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