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IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA
● Em Portugal, a atividade agrícola tem vindo a PERDER IMPORTÂNCIA ao nível do EMPREGO
TOTAL e ao nível do PESO DO EMPREGO AGRÍCOLA NO EMPREGO REGIONAL. Já ao nível da
PRODUÇÃO DE RIQUEZA o valor da produção agrícola tem AUMENTADO.
REGIÕES AGRÁRIAS
● A grande diversidade de paisagens rurais existentes está na base
da delimitação de nove regiões agrárias em Portugal. As
caraterísticas destas regiões refletem as condições
naturais e humanas do território.
CONDICIONALISMOS NATURAIS
CLIMA E RECURSOS HÍDRICOS:
● As condições meteorológicas são um dos fatores que mais condicionam a agricultura em Portugal,
sobretudo pela IRREGULARIDADE DA PRECIPITAÇÃO que caracteriza o clima português.
● A existência de RECURSOS HÍDRICOS (superficiais e subterrâneos) é fundamental para a produção
SOLO E mas
agrícola, RELEVO:
estes são mais abundantes em áreas onde a precipitação é maior e mais regular. O
● O solo é um fator
armazenamento dede produção
água essencial
nas albufeiras na agricultura,
aumenta sendo
o potêncial o principal
agrícola fornecedor
das regiões, de nutrientes
ao permitir e de
o regadio e,
água às plantas.
assim, uma maior diversidade de culturas.
● A FERTILIDADE DO SOLO, natural (dependente das características geológicas, do relevo e do clima) e
criada pelo homem (fertilização e correção dos solos) influencia diretamente a produção, tanto em
quantidade como em qualidade.
●Em Portugal, os solos são pouco profundos e são escassos os que apresentam boa aptidão agrícola, o
CONDICIONALISMOS HUMANOS
PASSADO HISTÓRICO:
● O passado histórico é um dos fatores que permite compreender a atual ocupação e organização do solo
e as diferenças que se verifica, entre as diversas regiões agrárias. Aspetos como a maior ou menor
densidade populacional e acontecimentos históricos refletem-se nas ESTRUTURAS FUNDIÁRIAS
(dimensão e forma das propriedades rurais) das diversas regiões.
POLÍTICAS AGRÍCOLAS
● As políticas agrícolas, quer nacionais quer comunitárias (UE), influenciam as opções dos agricultores
relativamente aos produtos cultivados, regulamentam práticas agrícolas como a utilização de produtos
químicos, criam incentivos financeiros, apoiam a formação dos agricultores e a modernização das
explorações.
REGIÕES AUTONOMAS
● Relevo acidentado, sobretudo na Madeira;
● Amenidade do clima;
● Fertilidade dos solos vulcânicos;
MADEIRA → Viticultura; Produção de banana (vertente sul);
AÇORES→ Produção de ananás; Produção de chá (agricultura de plantação); Prados naturais;
Criação de bovinos;
PAISAGENS AGRÁRIAS
● As explorações agrícolas (dimensão e forma), os sistemas de cultivo (formas de cultivo) e o
povoamento rural (disposição das habitações no espaço) originam as paisagens agrárias.
PAISAGENS
AGRÁRIAS
SISTEMAS DE CULTURA MORFOLOGIA DOS POVOAMENTO RURAL
CAMPOS
- OCUPAÇÃO DO SOLO: ● O povoamento rural pode ser de
Intensiva; Extensiva; ● Aspeto dos campos no que três tipos:
- CULTURAS: Policultura; respeita à sua forma, - DISPERSO: As casas encontram-se
Monocultura; dimensão e vedação: dispersas pelos campos (Ex.: Aldeia
- NECESSIDADE DE ÁGUA: - DIMENSÃO: Pequena; no Minho);
Regadio (precisam de rega Média; Grande; - CONCENTRADO: As casas
regular); Sequeiro (espécies que - FORMA: Regular; Irregular; concentram-se em aldeias (Ex.: Vale
necessitam pouca água - VEDAÇÃO: Campo aberto; de Santiago - Odemira);
desenvolvendo-se apenas com a Campo fechado; - MISTO: Mistura das duas formas
água da precipitação e reserva do anteriores (Ex.: Vilarinho - Lousã);
solo);
SISTEMAS DE CULTURA
● Nos sistemas INTENSIVOS, o solo é totalmente ocupado e predomina a POLICULTURA. Estes
sistemas são utilizados em áreas de solos férteis, de abundância de água e de mão agrícola
numerosa, por isso predominam as culturas de REGADIO. Estes sistemas dominam nas regiões
agrárias da BEIRA LITORAL, MADEIRA, e em algumas ilhas dos AÇORES.
● Nos sistemas EXTENSIVOS, dominantes em TRÁS-OS-MONTES e no ALENTEJO, não há
ocupação permanente do solo, praticando-se a ROTAÇÃO DE CULTURAS, utilizando-se por
vezes o pousio. Este sistema tradicional é pratico em áreas de solos mais pobres e secos no
verão, associando-se à MONOCULTURA e às culturas de SEQUEIRO.
PASTAGENS PERMANENTES: Áreas onde são semeadas espécies por um período superior a
cinco anos, destinadas ao pasto de gado.
CARACTERISTICAS DA SAU
NOTA: Regiões agrárias nas quais o aumento da SAU não foi generalizado: Regiões Autónomas
dos Açores e Madeira; Alguns concelhos do litoral em especial nas regiões agrárias Entre Douro e
Minho e Beira Litoral; → DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA SAU:
→ ALTERAÇÕES NA COMPOSIÇÃO DA SAU:
CAUSAS: -
Instabilidade dos preços dos cereais;
- Aumento dos meios de produção;
- Desproteção dos mercados das culturas
arvenses;
- Políticas nacionais e comunitárias que
tornaram a pecuária extensiva mais atrativa;
REGIÕES AGRÁRIAS:
- Onde predominam as culturas temporárias: Beira Litoral;
MODOS DE EXPLORAÇÃO
- Onde predominam DApermanentes:
as pastagens SAU Entre Douro e Minho, Beira Interior; Alentejo; Região
autónoma dos Açores;
CONTA PRÓPRIA → O produtor é o proprietário das terras;
- Onde predominam as culturas permanentes: Interior Norte; Centro; Oeste; Algarve;
FORMA DE
EXPLORAÇÃ ARRENDAMENTO → O produtor não é o proprietário das
O
terras, pagando uma renda de acordo com o contrato
estabelecido;
MODOS DE
EXPLORAÇÃ
O DA SAU PESSOA SINGULAR → O produtor agrícola é uma pessoa
física, independentemente de ter registo da atividade
NATUREZA económica nas Finanças;
JURÍDICA
● Contribui para a preservação dos solos, pois o ● Evita o abandono das terras quando o proprietário não
agricultor procura preservar o que lhe pertence; tem condições para as tratar e gerir;
● Facilita o investimento em melhoramentos ● Pode contribuir para o esgotamento dos solos, pois o
fundiários; produtor procura tirar o máximo proveito durante o
● Contribui para a preservação das paisagens e contrato;
das espécies autóctones; ● Evita o abandono de terras e, neste sentido, também
● Contribui para a prevenção de fogos florestais; contribui para a preservação das paisagens e para a
prevenção de fogos florestais;
DIMENSÃO ECONÓMICA (DE) → É definida com base no valor da produção total (VPT) da
exploração, permitindo classificar as explorações em “muito pequenas”, “pequenas”, “médias”
e “grandes”.
VALOR DA PRODUÇÃO TOTAL (VPT) → Corresponde à soma dos diferentes VPP obtidos para
cada atividade, multiplicando os VPP (valor de produção padrão) pelo número de unidades (de
área ou de efetivo) existentes dessa atividade na exploração.
VALOR DE PRODUÇÃO PADRÃO (VPP) → É o valor monetário médio da produção agrícola
numa dada região, obtido a partir dos preços de venda à porta da exploração. É expresso em
euros por hectare ou cabeça de gado, conforme o sistema de produção, e corresponde à
valorização mais frequente que as diferentes produções agrícolas têm em determinada região.
CONCLUSÕES:
- O VPT nacional ultrapassou os 6,7 mil milhões de euros em 2019 (+45,7p.p. que em 2009;
- A contribuição para o VPT, do Alentejo de 27,6% e a do Ribatejo e Oeste de 22,9%;
- A Dimensão Económica (DE) média das explorações foi de 23,3 mil euros de VPT em 2019 (+8,1 mil euros face a
2009 (+53,2p.p);
- As grandes unidades produtivas (mais de 100 mil euros de VPT), embora representem apenas 4,0% das
explorações, geraram 64,8% do VPT em 2019;
71,9% das explorações são muito pequenas (menos de 8 mil euros de VPT), contribuindo com apenas 8,3% para o
VPT nacional;
- Regionalmente observa-se uma grande variabilidade na DE, gerando as explorações do Alentejo em média 59,9
mil euros de VPPT, mais 2,6 vezes que a média nacional e mais 6,7 vezes que o valor gerado pelas explorações de
Trás-os-Montes;
ESPÉCIES PRODUZIDAS
ORIENTAÇÃO TÉCNICO ECONÓMICA (OTE) DE UMA EXPLORAÇÃO → Determina-se, avaliando
a contribuição de cada atividade para a soma do VPT dessa exploração. Consiste no nível de
especialização de uma exploração.
ORIENTAÇÃO TÉCNICO
ECONOMICA
CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES :
CONCLUSÕES:
O TRABALHO AGRÍCOLA
● O volume de trabalho produzido pela mão de obra agrícola é medido em UTA
(Unidade de Trabalho por ano).
PLURIATIVIDADE
AGRÍCOLA → Prática em
simultâneo do trabalho na
agricultura e noutras
atividades. Surge como
alternativa para
complementar o
rendimento proveniente
da agricultura.
PLURIRRENDIMENTO
AGRÍCOLA → Acumulação
dos rendimentos
provenientes da
agricultura com os de
outras atividades.
Contribui para reduzir o
abandono nas áreas rurais.
● O rendimento da maioria dos agregados
familiares agrícolas provem principalmente de
outras atividades;
● As pensões e as reformas são a principal
origem dos rendimentos exteriores à exploração
o que reflete o envelhecimento da população; ●
Destaca-se ainda a produção florestal enquanto
fonte de rendimento exterior à exploração
agrícola;
● O agricultor e família desenvolvem ainda
outras atividades não agrícolas que
complementam o rendimento dos agricultores;
AGRICULTURA PORTUGUESA
- Predomínio de explorações agrícolas de pequena - Condições climáticas propícias para certos produtos, em
dimensão; especial os mediterrânicos;
- Baixa densidade populacional e envelhecimento - Boas condições de sanidade vegetal;
demográfico nos meios rurais; - Existência de recursos genéticos com vocação para o
- Baixos níveis de instrução dos agricultores; mercados;
- Insuficiente nível de formação profissional dos - Aumento da especialização das explorações;
produtores; - Aumento da disponibilidade de água para rega;
- Baixo nível de adesão às tecnologias de informação e - Potencial de produção com qualidade diferenciada para
comunicação nas zonas rurais; o azeite, as hortofrutícolas, o vinho e os produtos da
- Fraca capacidade de inovação e modernização; floresta;
- Défice de gestão empresarial e de organização voltada - Existência de um número significativo de denominações
para o mercado; de origem;
- Falta de competitividade externa; - Potencial para produzir com qualidade e diferenciação;
- Imagem dos produtos agrícolas portugueses pouco - Aumento da vocação exportadora de alguns produtos;
desenvolvida nos mercados externos; - Pluriatividade da população agrícola nas áreas com maior
- Dificuldades de autofinanciamento e acesso ao crédito; diversificação do emprego, o que ajuda a evitar o
- Fraca ligação da produção agrícola e florestal à abandono;
indústria; - Utilização crescente de modos de produção amigos do
- Abandono dos espaços rurais; ambiente;
- Elevada percentagem de solos com fraca aptidão
agrícola;
- Riscos de desertificação em vastos territórios rurais;
- Fraca sustentabilidade social e económica das áreas
rurais;
DEPEDÊNCIA EXTERNA
● A produção agrícola nacional não permite satisfazer as necessidades de consumo interno e
são poucos os produtos alimentares em que o país revela capacidade de aprovisionamento.
● Assim, a BALANÇA ALIMENTAR PORTUGUESA É DEFICITÁRIA em grande parte dos produtos,
mantendo-se uma FORTE DEPENDÊNCIA EXTERNA.
● A insuficiência da produção nacional não explica, por si só, o saldo negativo da balança
alimentar portuguesa. A livre circulação de mercadorias na EU facilita a importância de
produtos agrícolas, mesmo daqueles em que o nosso país é autossuficiente.
Há países, como a Espanha, onde os produtores beneficiam de sistemas de produção
modernos e de redes de distribuição mais organizadas e eficientes.
UTILIZAÇÃO DO SOLO
● Nas últimas décadas deram-se mudanças muito significativas no uso do solo. Estas alterações
prosseguem a ritmos variados e são determinadas por condições naturais, demográficas,
sociais, políticas e ambientais.
● A utilização dos solos nem sempre respeita a sua aptidão natural. Os solos aráveis são
protegidos pela Reserva Agrícola Nacional, mas alguns com boa aptidão agrícola são utilizados
para outros fins. Já os solos com limitações acentuadas são utilizados para a agricultura.
● O desenvolvimento de atividades agrícolas em solos pouco aptos para a agricultura acaba
por comprometer o rendimento da terra e dos agricultores e a sustentabilidade económica
da atividade. Este problema é ainda agravado por práticas incorretas que afetam a fertilidade
dos solos e contribuem para a sua degradação:
P r á t i c a s a g r í c o l a s q u e a f e t a m a q u a l i d a d e d o s s o l o s:
- Utilização excessiva e incorreta de fertilizantes químicos e pesticidas, o que
degradam e poluem os solos, diminuindo a sua fertilidade;
- Prática da monocultura conduz ao empobrecimento e esgotamento de
determinados nutrientes do solo;
- Ausência de estudos do solo que permitam o ajustamento enquanto a aptidão e o
seu uso e que suportem as decisões de fertilização contribui para a sua degradação;
- Excessiva mobilização dos solos, sobretudo a utilização de máquinas pesadas,
contribui para a sua compactação;