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CENA 1
ESTRUTURA DO MONÓLOGO:
- 1º PARTE (do início da fala até “… pode-se morrer”): D. Madalena abandona a leitura d’Os Lusíadas e mostra-se
enleada na ideia de felicidade que bebeu no texto.
- 2º PARTE (de “Mas eu…” até ao final do monólogo): D. Madalena reflete sobre a sua situação e revela o seu
estado de espírito, marcado pela angústia, pelo medo e pelos “contínuos terrores”. Tal marca a divisão entre os
dois momentos da cena e é a conjunção coordenativa adversativa «mas», que possui esse valor de oposição e
contraste.
CAUSA DESTE ESTADO DE ESPÍRITO: Os sentimentos e emoções evidenciados por D. Madalena devem-se (mesmo
que só o confirmemos num momento posterior da peça) ao receio de que o seu primeiro marido ainda esteja vivo
e regresse, cobrindo-se a si e à família de vergonha. A leitura do episódio de Inês de Castro insinua-lhe o drama de
um segundo casamento, realizado sob a ameaça velada de que D. João não tivesse morrido.
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Associação das vivências da personagem ao episódio trágico de Inês de Castro;
CENA 2
ASSUNTO: DIÁLOGO ENTRE D. MADALENA E TELMO, através do qual é dado a conhecer o presente e o passado
das personagens, de forma a enquadrar a ação que irá desenvolver-se a partir daqui. Nesta cena apresentam-se
características de personagens ainda ausentes, como Maria, Manuel e D. João de Portugal. Madalena pede a
Telmo que modere a profundidade e o alcance dos assuntos que trata com Maria e que não incuta no espírito
nela as suas crenças e agouros sobre uma desgraça iminente a cair sobre a sua família.
● TELMO PAIS:
- Não possui nobreza de sangue, mas está intimamente ligado à aristocracia pelo modesto título de escudeiro, é
o escudeiro da família;
- É reconhecido pelo seu saber de experiência e pela sua cultura livresca;
- O seu verdadeiro senhor continuar a ser D. João, primeiro marido de D. Madalena, dado como morto na
batalha de Alcácer Quibir;
- É o confidente de D. Madalena e foi o seu “carinho e proteção” e amparo de D. Madalena quando esta
enviuvou;
- Nas palavras de D. Madalena, é “o aio fiel de meu senhor D. João de Portugal”, digno “da confiança, do
respeito, do amor e do carinho” de todos;
- Era o aio de D. João, a quem queria como “filho” e é-o também de Maria, a quem “ao princípio não podia ver”,
tal não aceitação inicial era originada por ela ser fruto do casamento de Madalena e Manuel de Sousa, que
Telmo via como uma traição a D. João, cuja morte não aceita;
- A formosura e bondade de Maria cativaram-no de tal modo que agora ama profundamente e afirma ter-lhe
mais amor do que os próprios pais;
- Personagem com grande ascendente sobre Maria, por quem tem enorme amor;
- Não aprova o segundo casamento de D. Madalena e atormenta-a com insinuações, agouros, profecias,
presságios e acusações (como, por exemplo, a da carta de D. João de Portugal, escrita na madrugada da batalha
de Alcácer Quibir, onde afirmava: “vivo ou morto, Madalena, hei de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste
mundo”) - É, por isto, a lembrança viva e permanente do «remorso» oculto e recalcado na consciência de D.
Madalena;
- Começa a ser visível a sua divisão entre o amor a D. João e o amor a Maria, isto é, sendo tão amigo dela e
pretendendo ter-lhe tanto amor, sustenta uma crença que, a concretizar-se, significaria a morte da jovem;
- TELMO É SEBASTIANISTA: Crê que o seu antigo amo não morreu e por isso acredita no regresso de D.
Sebastião e, consequentemente, de D. João, alimentando o sebastianismo.
● MARIA:
- Nobre e o apelido “Noronha” indicia alta estirpe (“é sangue de Vilhenas e de Sousas”); -
O seu nome evoca o da Virgem Maria: é pura e angélica (Madalena e Telmo apelidam-ma de anjo,
configurando a imagem da mulher-anjo dos românticos, contrastando com D. Madalena;
- É precoce, tanto física: “Tem treze anos feitos… está uma senhora”, como psicologicamente: “em tantas outras
coisas tão altas, tão fora de sua idade, e muitas de seu sexo também (…) Maria tem uma compreensão…”;
- Curiosa (“aquela criança está sempre a querer saber, a perguntar”) e perspicaz;
- Bondosa (“um anjo como aquele… e então que coração!”);
- Dotada de espírito vivo (“uma viveza, um espírito!”);
- Sonhadora e possui uma imaginação muito fértil;
- Segundo D. Madalena, é dotada de “formosura e engenho, dotes admiráveis daquele anjo”.
● D. JOÃO DE PORTUGAL:
- Nas palavras de Telmo: “espelho de cavalaria e gentileza, aquela flor dos bons”;
ANALEPSE: Estrutura-se, nesta cena, uma analepse, onde as personagens recuam 21 anos até à batalha de
Alcácer Quibir, mais sete anos de busca até ao 2º casamento de Madalena e nascimento de Maria, até ao
presente da ação.
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Simbolismo do nº 7 associado ao tempo;
- Sebastianismo de Telmo, ligado à figura de D. Sebastião.
CENA 3 → DIÁLGO ENTRE D.MADALENA E MARIA
Telmo:
- Telmo Pais crê profundamente no regresso de D. Sebastião, mantendo viva igualmente viva a esperança no
retorno do seu amo, D. João de Portugal.
D. M a d a l e n a :
- Por seu vez, D. Madalena procura demover a filha e afastá-la dessas ideias, fazendo uso, inicialmente, de
argumentos racionais: Os relatos dos tios Frei Jorge e Lopo de Sousa, homens cultos, sobre o que aconteceu na
batalha e a desvalorização das crenças populares, que apresenta como quimeras (ilusões).
- Quando verifica que a sua argumentação não resulta, aflige-se a chora. As reações dos pais devem-se ao facto
de a sobrevivência e regresso de D. Sebastião e D. João de Portugal, cuja morte nunca fora confirmada,
implicariam a nulidade do seu casamento e a ilegitimidade de Maria. Deste modo, as constantes referências ao
assunto adensam os seus receios e terrores.
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Crença sebastianista de Maria, que pressupõe a vinda de D. João;
- Doença de Maria (tuberculose);
CENA 4
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Prodigiosa imaginação de Maria;
- Flores que murcham: Permite antever a tragédia com que encerra a obra: a morte progressiva de Maria. → Ela
colheu papoilas para pôr debaixo do travesseiro, por estas estarem associadas ao sono e ao sonho, acreditando
que, assim, terá uma noite descansada. No entanto, as flores, que representam, entre outras coisas, a beleza
efémera, murcharam rapidamente, indiciando a proximidade da morte.
CENA 5
ASSUNTO: Notícias trazidas por Frei Jorge: Saída dos governadores de Lisboa e a intenção de se hospedarem na
casa de Manuel de Sousa e D. Madalena.
D. M a d a l e n a :
- D. Madalena reage à notícia de forma mais moderada, mas não deixa de se mostrar indignada com a situação,
que considera uma desconsideração pelas senhoras da sua casa.
PAPEL DE FREI JORGE: Nesta cena, Frei Jorge é o mensageiro portador de notícias. É por ele que D. Madalena
sabe que os governadores que representam o rei espanhol se pretendem alojar no palácio de Manuel de Sousa.
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Ouvido muito apurado de Maria (sintoma da sua grave doença);
CENA 6
ASSUNTO: Chegada de Manuel de Sousa anunciada por Miranda;
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Na sua última fala, Frei Jorge expressa a sua preocupação com a saúde de Maria, podendo presumir-se que
ela não irá resistir à tuberculose. → Confirmação da audição apurada de Maria é um “terrível sinal”.
CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS – CENA 4/5/6
Maria:
- Sebastianista fervorosa e nacionalista, crê que D. Sebastião está vivo e vai regressar;
- Porta-voz da sabedoria popular: “Voz do povo, voz de Deus”;
- Interesse por temas impróprios para a sua idade: romances populares sobre D. Sebastião e a batalha de Alcácer
Quibir;
- Sofre ao observar o sofrimento da mãe, que não compreende;
- É bondosa, carinhosa e terna com a mãe;
- Pensa muito: Maria passa as noites em claro, a rever as suas atitudes e as dos pais, para tentar descobrir as
razões da sua preocupação, por considerar que há algo que não lhe é revelado;
- Muito perspicaz relativamente às preocupações que pressente nos pais e aos sinais que estes deixam
transparecer;
- É alegre, mas sente-se subitamente invadida por grande tristeza (“uma tristeza muito grande que eu tenho”). Tal
tristeza está relacionada com a constante preocupação dos pais com ela. O seu poder intuitivo e de observação
permitem-lhe perceber a preocupação dos pais com a sua saúde e crenças
- Quando pergunta à mãe por que razão o pai não tinha permanecido na Ordem de Malta e deixara o hábito,
parece expressar o desejo de que o pai nunca o tivesse feito, o que corresponderia à sua inexistência; (CENA 4)
- É visionária e muito sensível: “não quero sonhar, que me faz ver coisas lindas às vezes, mas tão extraordinárias e
confusas…”; (CENA 4)
- Possui um conhecimento íntimo de si própria que escapa aos familiares: “O que eu sou… só eu o sei, minha mãe…
E não sei, não: não sei nada, senão que o que devia ser não sou…”
- Deseja ter um irmão, ou que ela mesmo tenha nascido rapaz para poder combater os castelhanos;
- É corajosa, de personalidade forte, destemida e idealista, dotado de caráter varonil, revelado no desejo de ter um
irmão e de resistência aos governadores: “Um galhardo e valente mancebo capaz de comandar os terços de meu
pai (…)”; “Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha!”;
- Insurge-se contra as injustiças sociais: “Coitado do povo!”; (CENA 5)
- É idealista e patriota, manifestando toda a sua vontade de resistir aos governadores: “Fechamos-lhes as portas.
Metemos a nossa gente dentro e defendemo-nos.”; (CENA 5)
- Fica entusiasmada com a notícia trazida pelo pai, dando largas à sua imaginação, ao seu idealismo e ao seu
patriotismo; (CENA 5)
MARIA COMO MODELO DA HEROÍNA ROMÂNTICA: Ideais de liberdade; Exaltação de valores de feição popular;
Crença na independência nacional; Atração pelo mistério; Intuição; Doença da época (tuberculose);
D. M a d a l e n a :
- Sofre (chora) com as palavras de Maria;
- Evidencia uma grande tensão psicológica, agravada pela menção inconsciente de Maria a aspetos que a
aterrorizam;
- Manifesta grande preocupação perante os devaneios e a imaginação da filha;
- Insegura e ansiosa;
Telmo:
- Tem uma presença silenciosa, mas identifica-se com os ideais de Maria;
- Contribui para o clima de opressão;
- Apresenta resignação à vontade de Maria;
- Manifesta preocupação com a debilidade de Maria;
CENA 7
ASSUNTO: CHEGADA DE MANUEL DE SOUSA E COMUNICAÇÃO DA SUA DECISÃO de se mudar com a família para
o palácio de D. João.
3º PARTE: Decisão de mudar a família para o palácio de D. João de Portugal e reação das personagens.
- MARIA: Exulta com a decisão do pai, que apoia, elogiando o seu patriotismo;
- FREI JORGE: Apoia também a decisão, mas aconselha o irmão a ser prudente;
- D. MADALENA: Quando fica a saber que Manuel de Sousa quer mudar a família para o palácio de D. João, fica
apavorada, como se pode constatar pela sua linguagem repleta de reticências, pausas, interrupções, hesitações,
repetições (“Ouve… ouve…”) e pelo pedido para ficar só com o marido na tentativa de o demover. De facto,
inicialmente, controla o pânico, com dificuldade, para não atemorizar a filha, por isso espera que esta saia para
reagir. As razões dos eu terror são óbvias e plenamente justificadas.
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Terror de Madalena;
- Ficarão “quase de baixo dos mesmos tetos” de Frei Jorge (tomada do hábito);
CENA 8
ASSUNTO: DIÁLOGO ENTRE MADALENA E MANUEL durante o qual ela o tenta demover da decisão de se mudarem
para o palácio de D. João e este se mostra inabalável. Este diálogo é, portanto, marcado pelas dicotomias
coração/razão e passado/presente.
D. M a d a l e n a :
- Obediente ao marido: “eu nunca me opus ao teu querer, nunca soube que coisa era ter outra vontade diferente da
tua; estou pronta a obedecer-te sempre, cegamente, em tudo”;
- Amargurada e angustiada;
- Aterrorizada por constantes agouros e pelo passado: “que vou achar ali a sombra despeitosa de D. João, que me está
ameaçando com uma espada de dous gumes… que a atravessa no meio de nós, entre mim e ti e a nossa filha, que nos
vai separar para sempre”; -
Gradação crescente e hipérbole dos seus temores - Menciona todas as preocupações e profetiza mesmo a morte: “(…)
a violência, o constrangimento de alma, o terror (…) viu ser infeliz, que vou morrer (…) sem que todas as calamidades
do mundo venham sobre nós.”; - Convicta,
até ao final, de que consegue demover o marido; - Modelo
da heroína romântica: Vive obcecada pelos fantasmas do passado; Age pelo coração, pelo sentimento.
● Existe um contraste nesta cena entre a linguagem serena, decidida, de Manuel de Sousa e a de D. Madalena,
hesitante, titubeante, emotiva e excitada. Estão frente a frente dois mundos: o universal e o individual; estão frente a
frente dois tempos: o presente e o passado; um terá de vencer. Ela tem um discurso sentimental, marcado por
emoções violentas. De acordo com a época em que vive, é submissa ao marido, apelando ao seu coração para o
dissuadir, mas ele tem um discurso racional, mostrando-se forte e seguro, impondo a sua decisão, baseado em
argumentos sólidos.
ARGUMENTOS DE D. MADALENA: Pressente que não vai ser feliz e que irá encontrar a sombra despeitosa de D. João.
ARGUMENTOS DE MANUEL DE SOUSA: Não há outro lugar para onde ir, de repente; Não lhe custa viver onde viveu
D. João com D. Madalena; Ela não deve acreditar em agouros, a única crença que deve ter é em Deus; Nada tem a
temer porque nunca pecou; Não deve recear a perseguição por parte da alma de D. João;
CARACACTERÍSTICAS ROMÂNTICAS:
- Crença em Deus;
- Nacionalismo e patriotismo;
- Interioridade e sensibilidade;
- Manuel de Sousa representa o herói romântico que luta pela liberdade e pela pátria, contra a tirania;
- D. Madalena é a figura romântica da mulher dominada pelo sentimento (medo, culpa, agouros, terror, etc.);
INDÍCIOS TRÁGICOS:
- Preparação da mudança para o palácio de D. João, que simboliza o reviver dos fantasmas do passado;
CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO
CARCTERÍSTICAS ESTÉTICO-LITERÁRIAS:
- Culto da natureza: Os românticos criam um novo modelo de natureza o locus horrendus, isto
é, natureza em tumulto, de imagens tenebrosas, sombrias e noturnas;
- Subjetividade: O mundo pessoal, as emoções espontâneas e os sentimentos do Eu definem o
espaço central da criação;
- Sentimentalismo: Supervalorização do Eu;
- Ânsia de liberdade: Vence o desejo de quebrar todas as correntes que prendem a liberdade
do EU.
- O mal du siècle: O pessimismo, a melancolia, o desespero, o cansaço, a volúpia do
sofrimento, a angústia de existir, a insaciabilidade e irreverência humanas e a busca da solidão
são tópicos recorrentes.
- Evasão: Preconiza-se a idealização da realidade circundante e a fuga para mundos
imaginários; valoriza-se o sonho e o devaneio.
- Valorização do exótico: O exótico é visto como o “distante no espaço”;
- Interesse pela Idade Média e suas tradições: As atenções voltam-se para esta época, para a
cultura folclórica, para as tradições, lendas e canções medievais denegridas pelo racionalismo
iluminista;
- Nacionalismo: Tudo quanto é popular e nacional é exaltado pelos românticos; Culto de uma
ideologia patriótica;
- Idealização da mulher: Anjo ou demónio, a figura da mulher é sempre idealizada.
CARACTERÍSTICAS FORMAIS:
- Libertação estilística;
- Versificação mais variada e com influência popular;
- Justaposição do sublime e do grotesco num estilo em que não há fronteira entre o poético e
o prosaico na seleção vocabular;
- Abandono da mitologia e dos processos eruditos da retórica greco-romana;
- Fusão de géneros (é recorrente a fusão da tragédia e da comédia no drama);
- Pontuação expressiva: o uso de exclamações e reticências espelha o estado emocional do
sujeito poético;
- Estilo declamatório;
- Recurso a figuras de estilo que transmitem o manancial de emoções do sujeito poético, com
destaque para a hipérbole;
ANANKÉ (destino):
- É o destino que propícia a ausência de D. João e que origina a mudança da família de Manuel de
Sousa Coutinho para o palácio de D. João, pelo facto de os governadores espanhóis terem
escolhido a casa de Manuel de Sousa Coutinho para aí se instalarem, o que o leva a incendiá-la.
DISCURSO POLÍTICO
● Género textual que se insere no protótipo argumentativo, marcado pro um carácter
fortemente PERSUASIVO e por exibir uma DIMENSÃO ÉTICA E SOCIAL, cujas características
essenciais são:
- Expressão de uma opinião que pode gerar controvérsia;
- Expressão de argumentos coerentes e válidos a favor de uma determinada tese ou contra ela;
- Apresentação de contra-argumentos e provas/exemplos;
- Apresentação de uma dimensão social, assumindo-se como uma voz coletiva, e ética, na
medida em que surge alicerçado em informações compartilhadas entre emissor e recetor, que
traduzem valores sociais, políticos, religiosos, entre outros, visando o interesse de uma
comunidade;
- Eloquência da oratória, cujos objetivos são: docere, delectare e movere;
- Artifícios retóricos: metáforas, metonímias, personificação, hipérbole, ironia, gradação,
interrogações retóricas;
- Apresentação de uma série de características linguísticas, as quais são, em síntese:
1) Uso de verbos de opinião (achar/pensar), de crença (crer), ‘dicendi’ («verbos de dizer» -
dizer/concordar) e verbos modais (dever/ser preciso) e psicológicos (gostar);
2) Recurso a tempos verbais do sistema do presente do indicativo (presente, pretérito perfeito
e futuro), bem como tempos ancorados na situação de enunciação;
3) Emprego de conectores e organizadores textuais de carácter concessivo (embora/se bem
que/apesar de) e de carácter adversativo (mas/não obstante/todavia);
4) Presença de marcas linguísticas que expressam um ponto de vista;
TEXTO DE OPINIÃO
→ ESTRUTURA:
- 1) Título;
- 2) Introdução: Apresentação do tema e formulação do ponto de vista;
- 3) Desenvolvimento: Exposição de argumentos e exemplos que sustentam o ponto de vista defendido;
- 4) Conclusão: Síntese das ideias defendidas ao longo do desenvolvimento.
→ MARCAS DE GÉNERO:
- Discurso de primeira pessoa;
- Explicitação clara do ponto de vista;
- Clareza e pertinência da perspetiva adotada, dos argumentos desenvolvidos e dos respetivos exemplos;
- Discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito);
- Linguagem clara e objetiva;
- Uso de articuladores discursivos;