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Caracterização de uma personagem de Frei Luís de Sousa

D. Madalena de
Vilhena
Teresa Ramos e Gonçalo Garcias 11ºC
Informações sobre a personagem
1. É a primeira personagem a aparecer, sendo apresentada na primeira cena do Ato I,
onde lê passagens de Os Lusíadas.

2. Personagem que pertence à sociedade nobre portuguesa (“sangue de Vilhena”)

3. Casada em primeiras núpcias com D. João de Portugal, a quem devia respeito como
um pai “”

4. Casa-se, após sete anos de procura pelo primeiro marido, com Manuel de Sousa
Coutinho.

5. É um personagem central, logo as suas ações, escolhas e sentimentos estão na base do


desenvolvimento da peça.
Caracterização Psicológica
Psicológicamente, D. Madalena é:

- Supersticiosa e perturbada pelo passado


- Como mãe: preocupada e protetora
- Como esposa: apaixonada e ansiosa
- Uma personagem romântica e trágica
Caracterização Psicológica
Supersticiosa e perturbada pelo passado

D. Madalena faz constantemente referências ao seu passado e vive atormentada com o medo de
que este volte para a atormentar. As circunstâncias misteriosas da “morte” de D. João de Portugal
e a possibilidade do seu regresso também a transformam em alguém supersticioso, fazendo-a
acreditar em pressentimentos e agouros., algo que antes não fazia.

“Hoje…hoje! Pois hoje é o dia da minha vida que mais tenho receado… Que
ainda temo que não acabe em muita grande desgraça… É um dia fatal para
mim: faz hoje anos que…que casei a primeira vez, faz anos que se perdeu el-
rei D. Sebastião, e faz anos também que… vi pela primeira vez a Manuel de
Sousa”- Ato II, cena X
Caracterização Psicológica
Como mãe: preocupada e ansiosa

D. Madalena é dotada de uma grande humanidade enquanto mulher e mãe, tendo assim uma
preocupação permanente para com Maria, no entanto o seu amor por Manuel é maior. Ao longo
da peça, vive profundamente angustiada com a fraqueza de Maria, manifestando preocupação
com o crescimento e com as crenças sebastianistas da filha.

“Maria, minha filha, toma sentido o ar, não te resfries. E o


sol.. Não saias debaixo do toldo dno bergantim. Telmo não
te tires de ao pé dela.”- Ato II, cena VII

“Temos esta filha, esta querida Maria, que é todo o gosto e


ânsia da nossa vida. Abençoou-nos Deus na formusura, no
engenho, nos dotes admiráveis daquele anjo…”- Ato I, cena
II
Caracterização Psicológica

Como esposa: apaixonada e ansiosa

D. João de Portugal não chegou a ser amado por Madalena; a sua figura aparece mais como a
de um protetor ("bom e generoso"). Manuel é que surge como o amante; é a este que Madalena
se dedica de alma e coração.

“Vivos ambos... sem ofensa um do outro, querendo-se, estimando-


se… e separar-se cada um para sua cova! Verem-se com a mortalha
já vestida- e…vivos, sãos… depois de tantos anos de amor… e
conveniência… condenarem-se a morrer longe um do outro, sós
sós!- e quem sabe se nessa tremenda hora arrependidos!”- Ato II,
cena VIII
Caracterização psicológica
Uma personagem romântica e trágica

D. Madalena é um personagem tipicamente romântica, é culta e educada, procura conforto na


meditação e introspecção, age pelo impulso da emoção em detrimento da razão, sentimentalista,
dramática e melancólica com um discurso muitas vezes desconexo, espaçado e reticente,
consequência das suas emoções

”Naquele ingano d’alma ledo e cego que a fortuna não deixa durar muito…
Com paz e alegria d’alma… um ingano, um ingano de poucos instantes que
seja… deve de ser a felicidade suprema neste mundo. E que importa que o não
deixe durar muito a fortuna? Viveu-se, pode-se morrer. Mas eu!…”- Ato I, cena
I

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