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ENTRE LETRAS
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LINGUAGENS, CÓDIGOS
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e suas tecnologias
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Gramática e Literatura
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ENTRE LETRAS
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Lucas Limberti, Murilo de Almeida Gonçalves, Pércio Luis Pereira e Rodrigo Martins
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Caro aluno
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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva
metodologia em período integral, com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material
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didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos
livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e trans-
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versal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar
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a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
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INCIDÊNCIA DO TEMA VIVENCIANDO
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NAS PRINCIPAIS PROVAS
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico é o seu
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desenvol-
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distanciamento da realidade cotidiana, o que dificulta a compreen-
vida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e nos são de determinados conceitos e impede o aprofundamento nos
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principais vestibulares voltados para o curso de Medicina em todo temas para além da superficial memorização de fórmulas ou regras.
o território nacional. Para evitar bloqueios na aprendizagem dos conteúdos, foi desenvol-
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vida a seção “Vivenciando“. Como o próprio nome já aponta, há
uma preocupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações
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entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm contato
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em seu dia a dia.
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TEORIA
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada coleção
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tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolução das ques-
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tões propostas. Os textos dos livros são de fácil compreensão, com-
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pletos e organizados. Além disso, contam com imagens ilustrativas
que complementam as explicações dadas em sala de aula. Qua-
APLICAÇÃO DO CONTEÚDO
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dros, mapas e organogramas, em cores nítidas, também são usados
e compõem um conjunto abrangente de informações para o aluno Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fazem
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que vai se dedicar à rotina intensa de estudos. parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos compila-
dos, deparamos-nos com modelos de exercícios resolvidos e co-
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MULTiMÍDiA
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CONHECiMENTO DO ENEM
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imagens, artigos e até sugestões de aplicativos que facilitam os fim da escolaridade básica, organizamos essa seção para que o
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estudos, com conteúdos essenciais para ampliar as habilidades aluno conheça as diversas habilidades e competências abordadas
de análise e reflexão crítica, em uma seleção realizada com finos na prova. Os livros da “Coleção Vestibulares de Medicina” contêm,
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critérios para apurar ainda mais o conhecimento do nosso aluno. a cada aula, algumas dessas habilidades. No compilado “Áreas de
Conhecimento do Enem” há modelos de exercícios que não são
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Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, cria-
gem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão,
mos para os nossos alunos o máximo de recursos para orientá-los em
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entender que cada disciplina não existe de forma isolada, mas faz
pais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a organização dos
parte de uma grande engrenagem no mundo em que ele vive.
estudos e até a resolução dos exercícios.
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HERLAN FELLiNi
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© Hexag Sistema de Ensino, 2018
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Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2021
Todos os direitos reservados.
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Autores
Lucas Limberti
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Murilo Almeida Gonçalves
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Pércio Luis Ferreira
Rodrigo Martins
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Diretor-geral
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Herlan Fellini
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Diretor editorial
Pedro Tadeu Vader Batista
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Coordenador-geral
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Editoração eletrônica
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Imagens
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Freepik (https://www.freepik.com)
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Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
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ISBN: 978-65-88825-50-1
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Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legis-
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lação, tendo por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do
qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição para
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2021
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CEP: 04043-300
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www.hexag.com.br
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contato@hexag.com.br
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SUMÁRIO
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ENTRE LETRAS
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GRAMÁTICA
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Aulas 17 e 18: Numerais, preposições e interjeições 6
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LITERATURA
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Dentre os temas abordados neste caderno, Exige-se a compreensão de classes como elementos
o de maior incidência no Enem é o uso de constitutivos de um sentido textual. Assim, compre-
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tempos verbais. Os demais temas são de ender como as classes gramaticais, trabalhadas nos
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aplicação bastante esporádica. tópicos iniciais, relacionam-se dentro de um amplo
painel sintático será fundamental.
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Aborda o uso das classes gramaticais apresentadas A prova da Unifesp apresenta exigências a respeito do Funções sintáticas dentro de orações e
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neste caderno, sempre considerando o seu ambiente uso correto das classes adverbiais e pronominais, além períodos ocorrem com frequência. Este
de enunciação. De tal modo, é comum que a prova de seus valores sintáticos no ambiente textual. caderno aborda os elementos que constituem
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trabalhe com a relação entre os níveis gramaticais e o o período e algumas classes gramaticais.
ambiente de produção de um determinado texto.
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É relevante saber reconhecer como a aplicação de As classes gramaticais e suas especificidades são Aborda os vários sentidos das classes gramaticais. As questões sobre as classes gramaticais e suas
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uma conjunção pode modificar termos presentes uma constante nesse vestibular. Portanto, convém É importante diferenciar os numerais dos artigos, os corretas utilizações são bastante diretas. Por isso,
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no texto, e como as preposições podem interagir saber reconhecer em quais situações elas se diferentes sentidos de uma preposição e as situações exige-se reconhecer os diferentes sentidos de uma
com outros elementos textuais, de modo coeso aplicam e qual o significado delas para o contexto de uso de uma interjeição. Também a análise sintática mesma preposição e compreender a situação de
e organizado. Saber analisar sintaticamente os em que se encontram. de períodos simples pode ser proposta. uso de uma interjeição. Análises sintáticas também
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UFMG
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Apresenta textos configurados por linguagens verbal A relação entre linguagens verbal e não verbal é É comum abordar questões que se atentem aos
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e não verbal. Pode apresentar questões que exigem uma constante nesse vestibular. Propagandas e elementos sintáticos de que um texto se vale para
identificar os referentes não verbais de uma preposi- charges acabam sendo fontes para questões. a sua composição. Portanto, convém estar seguro
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ção, bem como os recursos estilísticos destinados ao sobre o uso correto dos termos que compõem os
tratamento de uma interjeição. períodos simples.
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Numerais e preposições podem aparecer em questões so- A abordagem se ampara na atenção aos diferentes Apresenta muitas questões de classes grama-
bre os termos aos quais eles se referem em determinado usos das conjunções e preposições. Por isso, o reco- ticais. Então, é importante ter domínio sobre
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contexto. Quanto aos termos que compõem as orações, nhecimento das características de um determinado as condições gramaticais em que elas devem
segue-se o mesmo raciocínio. termo ou das funções coesivas e semânticas de uma ser utilizadas obrigatória ou facultativamente.
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Exemplos:
AULAS 17 E 18
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Verifique o segundo contato da agenda.
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Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar
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na Lua.
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§ Multiplicativos: indicam a multiplicação de seres ou
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NUMERAIS, coisas, ou seja, quantas vezes a quantidade foi aumen-
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tada proporcionalmente.
PREPOSIÇÕES E
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03
INTERJEIÇÕES Exemplos:
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Apareceu o triplo de convidados na festa.
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Quando eu era criança, ele tinha o dobro da
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COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 minha altura.
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§ Fracionários: indicam divisão, ou seja, a diminuição
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1, 2, 3, 18 e 27 proporcional da quantidade de seres ou coisas.
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HABILIDADES:
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Exemplos:
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Dois terços dos alunos foram aprovados na pri-
1. Numerais meira fase da prova.
NA
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que elas ocupam em determinada sequência, mantendo “Ambos/ambas” e “ambos os/ambas as” são conside-
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com os substantivos vínculos morfossintáticos. rados numerais e significam “um e outro” e “os dois”
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Os cinco ingressos devem ser distribuídos aos ambos/ambas forem empregados em função adjetiva,
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dispensa-se o artigo.
PE
Passou-se uma década até alcançarmos a de- Os dois estudantes, ambos repetentes, tinham
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dade em si mesma ou uma quantidade exata de seres Meio(s) e meia(s) são numerais adjetivos que acompa-
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Exemplos:
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1.1.3. Empregos especiais dos numerais
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§ Substantivo: “Bloco de cimento”.
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Quando há a necessidade de se atribuir numeração a figu- § Adjetivo: “Contente com o desempenho”.
NA
ras importantes, como papas, reis, imperadores, séculos ou § Advérbio: “Preciso imediatamente de um curativo”.
partes de uma obra, empregam-se os ordinais até o déci-
4A
mo elemento. Daí em diante, devem ser empregados os car- § Pronome: “Quem de vocês fez isso?”.
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dinais, desde que o numeral apareça depois do substantivo. § Verbo: “Gostar de matemática”.
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Ordinais > cardinais
2.1. Classificação das preposições
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João Paulo II (segundo)
03
Tomo XVI (dezesseis) § Essenciais – palavras que atuam exclusivamente
JO
como preposição. São elas: a, ante, após, até, com,
D. Pedro II (segundo)
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contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem,
Capítulo XX (vinte) sob, sobre, trás.
AR
Século VIII (oitavo) § Acidentais – palavras de outras classes gramaticais
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que atuam como preposições. São elas: como, confor-
Século XX (vinte)
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me, consoante, durante, exceto, mediante, segundo,
Exceção: para designar leis, decretos e portarias, empre- senão, visto, etc.
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ga-se o ordinal até o nono, e o cardinal a partir de dez.
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2.2. Categorização das preposições
PA
Artigo 1.º (primeiro) NA
Artigo 9.º (nono) No que diz respeito às categorias, as preposições são
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2. Preposições
35
As preposições são palavras que estabelecem relações substantivo, adjetivo ou advérbio), e que, por esse motivo,
03
de sentido entre dois ou mais termos de uma oração. Tra- não acrescentam qualquer valor semântico à sentença. As
ta-se de um processo de conexão entre os elementos que
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Exemplo: Exemplos:
S
PE
Comprou os bilhetes da rifa com o troco do lan- Eu necessito de ferramentas. (de ferramentas
che. (da: contração da preposição “de” com o ar-
LO
As preposições são invariáveis, isto é, não se flexionam presa = complemento nominal / não há sen-
em gênero, número ou grau. Não obstante, elas se con-
NA
tante lembrar que não se trata de uma variação própria da São aquelas que acrescentam valor semântico à sentença.
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preposição, mas da palavra com a qual ela se funde. As preposições nocionais introduzem o adjunto adnominal
3
53
e o adjunto adverbial.
A relação estabelecida pelas preposições pressupõe um
03
é o que exige a preposicão, tambem chamado de termo Essas terras são de grandes fazendeiros (a pre-
posição “de” transmite ideia de posse)
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O antecedente ou termo regente de preposição pode ser: ção “para” transmite ideia de destino ou direção)
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2.2.3. Preposições nocionais mais recorrentes
UL
Ele viajou para a França. (destino)
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2.2.3.1. Preposicão A 2.2.3.6. Preposição POR
NA
A persistirem os sintomas, o médico deve ser Comprei o livro no sebo por apenas vinte reais.
4A
consultado. (condição) (preço)
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Nas férias passadas, viajamos a Brasília. (destino) A reunião acontecerá por Skype. (meio)
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As provas devem ser feitas a lápis. (instrumento) Viajamos por muitas cidades. (lugar)
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Ele faz isso por medo de ser demitido. (causa)
03
2.2.3.2. Preposição COM
Ficarei aqui por uns três meses. (tempo)
JO
Os moradores estão preocupados com as fortes
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chuvas. (causa)
2.3. Locuções prepositivas
AR
Amanhã sairei com meu tio. (companhia)
São duas ou mais palavras empregadas com a fun-
S
Amanhã será o jogo do Palmeiras com o Corin- ção de uma única preposição. Nelas, a última pala-
PE
thians. (oposição) vra do conjunto é sempre uma preposição essencial:
LO
Ele me agrediu com uma bacia. (instrumento) acerca de, apesar de, a respeito de, de acordo com, graças
A
a, para com, por causa de, abaixo de, por baixo de, embai-
UL
Ele estava atrasado; caminhava com pressa. (modo)
xo de, adiante de, diante de, além de, antes de, acima de,
PA
Iremos a sua formatura com certeza. (afirmação) em cima de, por cima de, ao lado de, dentro de, em frente
NA
Só poderemos continuar o projeto com os devi- a, a par de, em lugar de, em vez de, em redor de, perto de,
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dos investimentos. (condição) por trás de, junto a, junto de, por entre, etc.
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Saímos de casa cedo. (origem) No português, não ocorre a contração de preposição com ar-
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Falaram bastante de você na festa. (assunto) tigo quando o substantivo que aparece depois da preposição
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pido. (meio)
entender as razões do rapaz. (O substantivo “ra-
A
bola. (modo)
tender as razões de o rapaz desistir do curso. (O
LO
Devemos ingerir vários copos de água durante Interjeições são formas invariáveis que manifestam sen-
NA
2.2.3.4. Preposição EM
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tos. (tempo)
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3.1. Classificação
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§ Admiração ou surpresa: Puxa! Vixe! Caramba!
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Nossa! Céus! Eita!
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§ Alegria: Viva! Oba! Que beleza! Eba!
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§ Aplauso: Viva! Bravo! Parabéns!
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§ Chamamento: Alô! Ei! Oi! Psiu! Socorro!
multimídia: livro
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§ Concordância: Claro! Certo! Ok!
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Interjeição: um fator de identidade cultural do
§ Dor: Ai! Ui! Ah! Oh! brasileiro – Adriana Leite do Prado Rebello
JO
§ Lamento: Que pena! Ai coitado! Esse livro demonstra como as interjeições devem ser
AU
§ Saudação: Olá! Oi! Adeus! descritas e utilizadas pedagogicamente no trabalho
AR
com o português como língua não materna, a fim de
§ Silêncio: Silêncio! Basta! Chega! proporcionar ao aluno estrangeiro uma aprendizagem
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que vise à sua competência comunicativa.
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DIAGRAMA DE IDEIAS
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GRAMÁTICA
NORMATIVA
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FORMAÇÃO DE
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PALAVRAS
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CLASSES DE
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PALAVRAS
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CLASSES CLASSE
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INVARIÁVEIS VARIÁVEL
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Ela não só foi à feira como também passou
AULAS 19 E 20 na farmácia.
PA
§ Adversativas – estabelecem uma relação de contras-
NA
te, de oposição entre os termos: mas, porém, contudo,
4A
todavia, entretanto, no entanto, não obstante, etc.
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Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu.
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CONJUNÇÕES
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Precisava chegar cedo, no entanto não consegui.
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§ Alternativas – estabelecem uma relação de alternân-
03
cia, de escolha ou de exclusão entre os termos: ou, ou...
JO
ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez...
talvez, etc.:
AU
AR
Ou você chega logo, ou vou embora para casa.
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8
S
Ora ri, ora chora.
PE
1, 2, 3, 18 e 27 § Conclusivas – estabelecem uma relação de conclu-
LO
HABILIDADES:
são a respeito de um fato dado: logo, portanto, por
A
conseguinte, por isso, assim, pois (depois do verbo e
UL
entre vírgulas), etc.
PA
Estava muito irritado, portanto, preferiu conver-
1. Introdução
NA
sar mais tarde.
4A
A conjunção é um vocábulo gramatical invariável que serve Ela estudou muito, por conseguinte estava
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Além das conjunções, podemos ter as locuções conjun- porquanto, pois (antes do verbo), etc.
03
3. Conjunções subordinativas
PE
tante ressaltar que essas conjunções não se alteram com Introduzem uma oração subordinada que exerce a função
0
a mudança de construção em uma frase, exatamente por de adjunto adverbial da oração principal. São elas:
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ligarem elementos independentes. Elas são classificadas § Causais – introduzem a oração que é causa, motivo
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de acordo com a relação que estabelecem entre os ter- da ocorrência da oração principal: porque, que, pois
03
mos que são ligados por elas: que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde
JO
§ Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de que, como (no início da frase).
AU
adição entre os termos: e, nem, não só... mas tam- Ele não fez as compras porque não havia trazi-
AR
bém, não só... como também, bem como, não só... do a carteira.
mas ainda, etc.
S
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§ Concessivas – introduzem a oração que expressa que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre
ideia contrária à da principal: embora, ainda que, ape- que, assim que, agora que, mal (assim que)
PA
sar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, pos- Ele nos atendeu assim que começamos a reclamar.
NA
to que, conquanto.
Saiu de casa desde que começou a trabalhar.
4A
Embora fosse arriscado, investimos em ações.
§ Comparativas – introduzem orações que expressam
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Vou viajar mesmo que tentem me impedir. ideia de comparação em relação à oração principal:
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como, assim como, tal como, como se, (tão)... como,
35
§ Condicionais – introduzem uma oração que indica a
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal
53
hipótese ou a condição para a ocorrência da principal:
qual, que nem, que (combinado com menos ou mais).
03
se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde
que, a menos que, sem que. A seleção fez mais gols hoje que no jogo anterior.
JO
AU
Caso precise de um empréstimo, procure um banco. Hoje ele está atarefado como ontem.
AR
Não irei trabalhar hoje, a não ser que haja algo § Consecutivas – introduzem orações que expressam
urgente. consequência em relação à principal: de sorte que, de
S
PE
modo que, sem que (que não), de forma que, de jeito
§ Conformativas – introduzem uma oração que expri-
LO
que, que (cujo antecedente na oração principal seja tal,
me a conformidade de um fato com outro: conforme,
tão, cada, tanto, tamanho).
A
como (conforme), segundo, consoante.
UL
Dormiu tanto que ficou com dores no pescoço.
As coisas nem sempre ocorrem como queremos.
PA
Ele ficou tão surpreso que esqueceu o que ia falar.
Organize tudo conforme o combinado.
NA
§ Finais – introduzem uma oração que expressa a fina- 3.2. Integrantes
4A
no horário correto.
03
Vou sair a fim de que eu possa me distrair. Não sei se ele voltará (não sei da sua volta).
O
Dica
sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência
A
AR
da principal: à medida que, à proporção que, ao passo Para confirmar se uma conjunção é do tipo integrante, de-
que – e as combinações: quanto mais... (mais), quanto ve-se substituir os termos “que”, “se” ou “como” (além
S
PE
menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto me- do restante da oração que se segue) pelo pronome “isso”.
LO
§ Temporais – introduzem orações que acrescentam A seguir veremos uma tabela que apresenta alguns usos
4A
uma circunstância de tempo ao fato expresso na ora- mais amplos e variados para algumas conjunções até aqui
30
CONECTIVOS
03
Por exemplo, exemplificando, isto é, tal como, vestibulares porque cobra explicitamente uma “in-
AR
aliás, ou antes, vale dizer, etc. querem que o participante apresente uma solução
PE
11
U
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LO
A
UL
A criminalidade é enorme e o Brasil foi considerado
PA
o décimo primeiro país mais inseguro do mundo,
CONTRASTE/ Mas, entretanto, porém, contudo, no entan-
segundo a ONG norte-americana Social Progress
NA
to, pelo contrário, por outro lado, ao invés
OPOSIÇÃO Alternative (dados de 2014). Contudo, a violência
de, todavia, etc.
4A
não ocorre apenas da parte dos bandidos, mas igual-
mente por parte da polícia.
30
70
Da mesma maneira, da mesma forma, como, Correspondentemente ao que ocorre nas línguas lati-
35
COMPARAÇÃO correspondentemente, do mesmo modo, as- nas, as línguas de origem saxônica também apresen-
53
sim como, igualmente, etc. tam linearidade.
03
O período de desigualdade regulada propiciou
JO
mobilidade social sem precedentes, universali-
AU
zando o acesso à educação básica e média e, em
E, também, além de, além do mais, além certa medida, também a superior, para as famílias
AR
ADIÇÃO DE IDEIAS disso, ademais, não só... mas também, não dos estratos inferiores em relação à distribuição
S
apenas... como também, etc. de renda. Ademais, a situação de fortalecimen-
PE
to da organização coletiva possibilitou o acesso
LO
desse segmento social ao Estado e à definição de
suas políticas.
A
UL
Assim, coloca-se então a questão motivadora
PA
desta pesquisa: a possibilidade de lidar com o
humanismo de forma não empática, não ilusó-
NA
Primeiro, primeiramente, em primeiro lugar,
ria – mas dramática, num possível diálogo com
segundo, em segundo lugar, para começar,
4A
alterações de rota.
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03
Realmente, de fato, certamente, principal- Subitamente, me ocorreu uma questão: que livros
LO
mente, decerto, por certo, inquestionavel- eram aqueles folheados pelo casal de policiais?
ÊNFASE
mente, sem dúvida, inegavelmente, com Decerto, a população ordeira e a imprensa (e os es-
LA
Assim, em suma, portanto, para concluir, Em síntese, é possível afirmar que a pesquisa te-
NA
SUMÁRIO/ em uma palavra, enfim, logo, assim sendo, órica não requer coleta de dados e pesquisa de
dessa forma, em síntese, em resumo, dessa campo. Ela busca, em geral, compreender ou pro-
4A
ENCERRAMENTO maneira, por isso, por consequência, desse porcionar um espaço para discussão de um tema
30
no futuro.
JO
teriormente, posteriormente, em seguida, de alto padrão que um dos itens mais valorizados
AR
TEMPO
frequentemente, constantemente, eventual- no empreendimento é o número de vagas para
mente, por vezes, ocasionalmente, não raro, guardar os carros.
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PE
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PE
LO
A
UL
Embora, apesar de que, ainda que, por mais
PA
que, se bem que, mesmo que, por menos O Japão poupa mais do que investe porque já tem
CONCESSÃO que, a menos que, a não ser que, em contra- infraestrutura pronta, ao passo que o Brasil ainda
NA
partida, enquanto, ao passo que, por outro precisa de muita coisa.
4A
lado, etc.
30
Com o intuito de facilitar o acesso à justiça, a Cons-
PROPÓSITO, INTENÇÃO, Com o fim de, a fim de, com o propósito
70
tituição Federal de 1988 conferiu ao segurado a fa-
de, para que, a fim de que, com o intuito
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FINALIDADE culdade de propor a ação contra o Instituto Nacional
de, com o objetivo de, para, etc.
do Seguro Social no foro do seu domicílio.
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03
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AR
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PE
ÁREAS DO CONHECIMENTO DO ENEM
LO
A
UL
PA
NA
4A
HABILIDADE 27
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70
Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
35
53
A referida habilidade exige que o candidato seja capaz de desenvolver os conhecimentos que já detém a res-
03
peito da gramática normativa, estendendo-os para outras relações semânticas. Em termos mais práticos, não
O
basta conhecer o sentido básico/tradicional de uma conjunção, é necessário também ser capaz de identificar
UJ
outras dimensões de sentido que determinada conjunção pode apresentar em outro contexto.
A
AR
O exercício em destaque foi construído justamente a partir dessa definição: a conjunção “mas” opera, em primeiro
plano, uma oposição. No entanto, dependendo do contexto, ela pode também alcançar outras dimensões de sentido.
S
PE
LO
MODELO 1
LA
(Enem 2014)
U
PA
TAREFA
Morder o fruto amargo e não cuspir
NA
Na organização do poema, os empregos da conjunção “mas” articulam, para além de sua função sintática:
S
PE
LO
LA
13
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
a) a ligação entre verbos semanticamente semelhantes.
b) a oposição entre ações aparentemente inconciliáveis.
NA
c) a introdução do argumento mais forte de uma sequência.
4A
d) o reforço da causa apresentada no enunciado introdutório.
30
e) a intensidade dos problemas sociais presentes no mundo.
70
35
ANÁLISE EXPOSITIVA
53
A questão apresenta um poema cujos versos, em certos momentos, são iniciados pela conjunção “mas”. É
03
importante notar que a referida conjunção não serve aí apenas para demarcar oposição entre os períodos
JO
mas também para introduzir um argumento que, sendo contrário, torna-se mais forte que o argumento ante-
AU
riormente apresentado. Apenas para exemplificar, pegando os dois primeiros versos: primeiramente o eu lírico
AR
afirma que se deve “Morder o fruto amargo e não cuspir”, no entanto, existe um argumento oposto mais
forte, que vem logo na sequência: “Mas avisar aos outros quanto é amargo”. Em suma, não basta morder o
S
fruto amargo, mais importante do que isso é avisar aos outros.
PE
LO
A
RESPOSTA Alternativa C
UL
PA
NA
4A
30
70
35
53
03
O
A UJ
AR
S
PE
LO
U LA
PA
NA
4A
030
357
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
14
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
DIAGRAMA DE IDEIAS
NA
4A
30
70
35
53
GRAMÁTICA NORMATIVA
03
JO
AU
FORMAÇÃO DE
AR
PALAVRAS
S
PE
LO
CLASSES DE
A
UL
PALAVRAS
PA
NA
4A
• ADITIVA • CAUSAL
35
• ADVERSATIVA • COMPARATIVA
53
• ALTERNATIVA • CONCESSIVA
03
• CONCLUSIVA • CONDICIONAL
• EXPLICATIVA • CONFORMATIVA
O
UJ
• CONSECUTIVA
A
• FINAL
AR
• PROPORCIONAL
• TEMPORAL
S
PE
LO
LA
U
PA
NA
4A
30
0
357
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
15
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
tanto, deve-se observar que o termo constante em toda
AULAS 21 E 22 oração é o verbo.
PA
NA
Exemplos:
4A
Choveu o dia todo.
30
(Verbo que indica um fenômeno natural)
70
PERÍODO SIMPLES: Chorou.
35
TERMOS ESSENCIAIS (Verbo que indica uma ação e permite a possível
53
03
identificação do sujeito através da desinência)
JO
1.1. Classificação do sujeito
AU
O sujeito pode ser determinado, indeterminado ou inexistente.
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8
1. Sujeito determinado: é aquele que pode ser identifi-
S
PE
cado com precisão. Ele pode ser:
1, 3, 4, 18, 25 e 27
LO
HABILIDADES:
a) Simples, se apresentar apenas um núcleo (a palavra
A
principal do sujeito, que encerra essencialmente a signifi-
UL
cação) ligado diretamente ao verbo, estabelecendo uma
PA
relação de concordância com ele.
1. Termos essenciais da
NA
Exemplo:
4A
da gramática normativa, o verbo sempre concordará com o Observação: O sujeito é simples, se o verbo da oração re-
35
núcleo do sujeito em número e pessoa. ferir-se a apenas um elemento, seja ele um substantivo (sin-
53
Em grande número de casos, o sujeito da oração é tam- sujeito simples com a noção de singular.
bém o agente da ação expressa pelo verbo, mas essa não
O
UJ
Exemplos:
b) Composto, se apresentar dois ou mais núcleos ligados
LO
Ele viajou para o interior de São Paulo. diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de con-
LA
(Viajaram está no plural para concordar com Brigadeiro e caipirinha são especialidades ti-
4A
Ele está no interior de São Paulo. c) Desinencial ou oculto, se omitir o sujeito da senten-
0
ça, mas, ainda assim, for possível localizá-lo por meio das
3
uma ação)
03
16
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
2. Sujeito indeterminado: é aquele que, embora exis- Nevou muito este ano em Santa Catarina.
tindo, não é possível determiná-lo nem pelo contexto, nem
PA
É possível constatar que essas orações não têm sujeito.
pela terminação do verbo. Há três maneiras diferentes de
Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato me-
NA
indeterminar o sujeito de uma oração:
diante o predicado apenas. O conteúdo verbal não é atri-
4A
a) com verbo na terceira pessoa do plural, sem que buído a nenhum ser: a mensagem centra-se no processo
30
ele se refira a nenhum termo identificado anteriormente verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da
70
(nem em outra oração). língua portuguesa ocorrem com:
35
a) verbos que exprimem fenômenos da natureza:
53
Exemplos:
nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer,
03
Proibiram a entrada de menores. anoitecer, etc.
JO
Estão transferindo as crianças de lugar.
AU
Exemplos:
b) com verbo na voz ativa e na terceira pessoa do
AR
singular seguido do pronome se, pronome esse que atua Ventou muito no inverno passado.
S
como índice de indeterminação do sujeito. Essa cons- Amanheceu antes do horário previsto.
PE
trução ocorre com verbos que não apresentam complemento
LO
direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). Observação: Se usados na forma figurada, esses verbos
O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. podem apresentar sujeito determinado.
A
UL
Exemplos: Exemplos:
PA
Choviam canivetes quando eles brigavam.
NA
Vive-se melhor após o avanço da tecnologia.
(verbo intransitivo) (canivetes é o sujeito)
4A
No dia da prova, sempre se fica nervoso. b) verbos ser, estar, fazer e haver, se usados para
53
orológicos:
c) com o verbo no infinitivo impessoal:
O
Ser
UJ
Exemplos:
A
Exemplos:
AR
Importante: Se o verbo estiver na terceira pessoa do Observação: Ao indicar tempo, o verbo ser varia de acor-
LA
plural e fizer referência a elementos explícitos em orações do com a expressão numérica que o acompanha.
U
Exemplos:
Exemplo:
NA
É uma hora.
4A
ram é Ana e Gustavo. Ocorre sujeito oculto na Ao indicar data, o verbo ser pode ficar no singular, suben-
0
57
madas apenas pelo predicado e articulam-se a partir de um Exemplo: Hoje é, ou são, 15 de março. (data)
verbo impessoal (trata-se de um verbo que não admite
JO
Estar
a posição estrutural de pessoa/sujeito). Por isso se diz que
AU
17
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Fazer mostram um aumento no número de ci-
clovias. O verbo é o núcleo do predicado por in-
PA
Exemplos: dicar o conteúdo da predicação sobre o sujeito.)
NA
Faz dois anos que não o vejo. (tempo decorrido) Os dados foram coletados no início do ano. (su-
4A
Fez 40 °C ontem. (temperatura) jeito: os dados) – (predicado: foram coletados
30
no início do ano. O núcleo é coletados, pala-
Haver
70
vra que guarda a significação do predicado sobre
35
Exemplos: o que está informado acerca do sujeito.)
53
Não a vejo há anos. (tempo decorrido) O instituto considerou irregular a coleta dos
03
Havia muitos alunos naquela aula. (haver com dados. (sujeito: o instituto) – (predicado: consi-
JO
significado de existir) derou irregular a coleta dos dados.
AU
Há dois núcleos nesse predicado, uma vez que considerou
AR
ATENÇÃO! predica sobre o sujeito, mas irregular predica sobre a coleta
dos dados. Portanto, há uma ação direcionada ao sujeito,
S
Os verbos impessoais devem ser usados sem-
PE
pre na terceira pessoa do singular. Cuidado mas também há uma informação sobre o que é alvo da
ação. Vamos detalhar como essa estrutura funciona. Nesse
LO
com os verbos fazer e haver usados impessoalmen-
te: não se deve empregá-los no plural. predicado há um núcleo verbal e um núcleo nominal.)
A
UL
Exemplos: 1.2.1. Tipos de predicado
Faz muitos anos que nos conhecemos. PA
A partir de estruturas que se assemelham às dos exemplos an-
NA
Deve fazer dias quentes na Bahia. teriores, podem-se classificar os predicados em três categorias:
4A
Há muitas pessoas interessadas na vaga. 1. Predicado verbal: tem, como núcleo, uma forma verbal.
30
Observação: O verbo existir é pessoal, portanto, Predicado: gosta de viajar nas férias
53
primeira oração e uma biodiversidade muito Os verbos que ocorrem nos predicados nominais são sem-
LO
1.2. Predicado
NA
sujeito e do vocativo, faz parte do predicado. Núcleo: emocionante (adjetivo que dá informação sobre
3
Os dados mostram um aumento no número Predicado: ficaram animados com a programação para o
PE
18
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Núcleo: animados (adjetivo que dá informação sobre o constitui o núcleo de um predicado nominal ou o núcleo de
sujeito oculto. Sintaticamente, esse adjetivo recebe a fun- um predicado verbo-nominal. O predicativo pode se referir
PA
ção de predicativo do sujeito). ao sujeito da oração – predicativo do sujeito –, no caso dos
NA
predicados nominais, ou ao objeto da oração – predicativo
3. Predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um
4A
núcleo constituído de uma forma verbal e um núcleo cons- do objeto –, no caso dos predicados verbo-nominais.
30
tituído de uma forma nominal.
70
Exemplos:
35
Exemplo: Ana saiu enfurecida.
53
03
Os alunos chegaram cansados. Predicado: saiu enfurecida
Predicado: chegaram cansados Núcleo: enfurecida (predicativo do sujeito)
JO
Núcleo verbal: chegaram Eles julgaram o criminoso culpado.
AU
Núcleo nominal: cansados
AR
Predicado: julgaram o criminoso culpado
Núcleo verbal: julgaram
S
Exemplo: Núcleo nominal: culpado (predicativo do objeto)
PE
Eles o julgaram responsável.
LO
Predicado: o julgaram responsável
A
UL
Núcleo verbal: julgaram
PA
Núcleo nominal: responsável NA
1.3. Predicativo do sujeito e
4A
DIAGRAMA DE IDEIAS
LO
U LA
PA
NA
SINTAXE
4A
30
0
57
PERÍODO SIMPLES
3
53
03
JO
• SUJEITO
S
• PREDICATO
PE
LO
LA
19
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Exemplo
AULAS 23 E 24
PA
Os animais de estimação precisam de cuida-
dos diários.
NA
4A
(Verbo precisar necessita do complemento “cuidados di-
ários” e também de uma preposição (“de”) para que se
30
construa uma frase com sentido pleno).
70
PERÍODO SIMPLES:
35
c) Dá-se o nome de verbos bitransitivos ou verbos
TERMOS INTEGRANTES
53
transitivos diretos e indiretos aos verbos que neces-
03
sitam de dois complementos: um sem preposição, outro
com preposição (não existe ordem obrigatória).
JO
AU
Exemplo
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 Os ministros informaram a nova política econô-
S
mica aos trabalhadores.
PE
1, 3, 4, 18, 25 e 27 (Verbo informar necessita de dois complementos para
LO
HABILIDADES:
que se construa uma frase com sentido pleno: o primeiro é
A
“a nova política econômica” e o segundo, com preposição
UL
“a”, é “os trabalhadores”.
Alguns verbos ou nomes presentes numa oração não têm rão de complementos).
30
§ agente da passiva
A
dicação. Caso não ofereçamos tal complemento, a sen- Ele tinha pavor de aranhas.
PA
tença se torna incompreensível. Vejamos suas definições (O substantivo pavor necessita do complemento “ara-
NA
básicas e funcionamentos iniciais.. nhas”, além da preposição “de” para que se construa uma
4A
a) Dá-se o nome de verbos transitivos diretos (VTD) frase com sentido pleno.
30
aos verbos que necessitam de complementos sem a pre- 1.1. Complementos verbais completam o sentido de
0
Exemplo
verbo transitivo direto (VTD), ligando-se a ele sem o auxílio
03
20
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
O objeto direto pode ser constituído:
Observação1
PA
I. por um substantivo ou expressão substantivada.
NA
Assim como ocorre com os objetos diretos, os indire-
Exemplos: tos também podem ser substituídos por substantivos,
4A
expressões substantivadas e pronomes oblíquos.
30
70
O agricultor cultiva a terra. Observação2
35
O pronome oblíquo “-lhe” e sua forma plural (“lhes”)
53
03
são usados para substituir complementos verbais ou
VTD objeto direto
nominais que apresentem preposição. No exemplo a
JO
seguir, temos o verbo “obedecer”, que é transitivo indi-
AU
reto e rege preposição “a”. Seu complemento de terceira
Unimos o útil ao agradável.
AR
pessoa, portanto, deverá ser o pronome oblíquo “-lhe”
S
PE
VTD objeto direto
Os alunos costumavam lhe obedecer.
LO
II. por pronomes oblíquos.
A
UL
objeto indireto VTI
Exemplos:
PA
NA
c) Objeto pleonástico é um fenômeno em que notamos
4A
Ela me ama.
Exemplo
O
A UJ
Observação:
LO
VTI objeto indireto sentar uma preposição, que adentra a estrutura pelos se-
PE
guintes motivos:
LO
LA
21
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
I. Realçar algum substantivo próprio que remeta a alguma 1.2. Complemento nominal completa o sentido de ele-
figura importante mentos que não são verbos. Pode ocorrer com substantivos,
PA
adjetivos ou advérbios. Trata-se de um complemento que
NA
Exemplo sempre será preposicionado
4A
Exemplos
30
70
Os evangélicos amam a Deus.
35
53
Ela tem orgulho da filha.
03
VTD objeto direto
preposicionado
JO
substantivo complemento nominal
AU
II. Complementar a estrutura de expressão de alguns pro-
nomes oblíquos
AR
Ana estava consciente da sua escolha.
S
Exemplo
PE
LO
adjetivo complemento nominal
A
Eles ofenderam a mim com essa atitude.
UL
PA
O juiz decidiu favoravelmente ao acusado.
NA
VTD objeto direto preposicionado
4A
vos ou indefinidos
nominal
70
35
Exemplo
53
03
Atenção
O diretor elogiou a todos.
O
Exemplo
LA
Exemplo Exemplo
JO
AU
Venceu aos inimigos, o conhecido guerreiro. A vencedora foi escolhida pelos jurados.
AR
S
PE
22
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Observação1
PA
NA
O agente da passiva pode ser expresso por substantivos, como no exemplo acima, ou por pronomes oblíquos.
4A
Exemplo
30
70
35
Este livro foi escrito por mim.
53
03
verbo ser + particípio agente da passiva
JO
AU
Observação2
AR
Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode, muitas vezes, ser omitido se já houver sido
S
feita uma referência a ele em momento anterior.
PE
LO
Exemplo:
A
UL
- Os anfitriões estão na casa?
PA
- Sim, mas as pessoas ainda não foram atendidas. / (pelos anfitriões).
NA
4A
DIAGRAMA DE IDEIAS
AUJ
AR
S
PE
LO
IGUALDADE
SINTAXE
U LA
PA
NA
PERÍODO SIMPLES
4A
030
357
• COMPLEMENTO VERBAL
JO
OBJETO DIRETO
AU
OBJETO INDIRETO
AR
• COMPLEMENTO NOMINAL
• AGENTE DA PASSIVA
S
PE
LO
LA
23
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
verbal: o modo como amanheceu (rapidamente) e o lugar
AULAS 25 E 26 onde amanheceu (no campo). A esses termos acessórios
PA
que indicam circunstâncias relativas ao processo ver-
NA
bal, damos o nome de adjuntos adverbiais.
4A
Observe o que ocorre ao se expandir um pouco mais essa
30
mesma oração.
70
PERÍODO SIMPLES:
35
Exemplo:
TERMOS ACESSÓRIOS
53
Rapidamente amanheceu na pacata cidade do campo.
03
Há termos que se referem ao substantivo cidade, que o ca-
JO
racterizam, que lhe delimitam o sentido. Trata-se de termos
AU
acessórios que se ligam a um nome, determinando-lhe o
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 sentido. São chamados adjuntos adnominais.
S
Por fim, analise esta frase:
PE
1, 3, 4, 18, 25 e 27
LO
HABILIDADES:
O mar estava calmo.
A
Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: o mar. Há
UL
também um predicativo do sujeito (calmo), relacionado ao
PA
sujeito pelo verbo de ligação (estava). Trata-se, portanto,
1. Termos acessórios da oração
NA
de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é
capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada
4A
São os termos acessórios da oração que, além de contribu- plica, que enfatiza esse núcleo: azul e frio. Esse termo é
A
chamado de aposto.
AR
§ o adjunto adverbial
LO
Amanheceu. Exemplo:
30
Rapidamente amanheceu no campo. complemento verbal). Por esse motivo, nós o chamamos de
S
A ideia central continua contida no verbo da oração com “termo acessório”, termo que entra na sentença para ampliar
PE
duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo o sentido de outros termos já presentes. No exemplo acima,
LO
LA
24
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
a sentença original (de sentido completo) seria “Ele pegou o k) Meio ou instrumento (com que?): Abri o pacote
suco”. Ou seja, as informações apresentadas já são suficiente- com uma faca.
PA
mente compreensíveis pelo leitor / ouvinte. A locução “na ge-
l) Assunto (sobre o que?): O professor falou sobre
NA
ladeira” não é exigida pelo verbo, portanto, não é necessária
Machado.
4A
ao entendimento mais básico da sentença. Por esse motivo,
adjuntos adverbiais são considerados termos acessórios.
30
1.2. Adjunto adnominal
70
Exemplo
35
É o termo que determina, especifica ou explica um subs-
53
tantivo. O adjunto adnominal tem função adjetiva na ora-
03
Ele certamente virá à reunião na próxima terça. ção, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções
adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos.
JO
AU
adj. adverbial (afirmação) adjunto adverbial (tempo) Exemplos
AR
Podemos ter em uma mesma sentença diversos adjun-
S
tos adverbiais atribuindo relações de sentido variadas a Esse médico prescreveu dois remédios ao paciente
PE
um mesmo verbo. No exemplo acima, a sentença origi-
LO
nal (de sentido completo) seria “Ele virá à reunião”. Ou
seja, as informações apresentadas já são suficientemente adj.adnominal adj.adnominal adj.adnominal
A
UL
compreensíveis pelo leitor / ouvinte. Os elementos “certa-
PA
mente” e “na próxima terça” não são exigidos pelo ver-
bo, portanto, não são necessários ao entendimento mais Os políticos corruptos só andam com ternos de grife.
NA
básico da sentença.
4A
Atenção
70
Como informado na definição desse tópico, os advér- Nas sentenças apresentadas, temos vários elementos mor-
35
1.1.1. Classificação do adjunto adverbial tantivos para especificá-los e qualifica-los. Também são, em
S
domingo.
PA
c) Modo (como?): Ele viajou de carro para o Rio de nenhum outro elemento que componha a sentença.
4A
Janeiro.
30
e) Afirmação: Mudarei, sim, os móveis de lugar. ciente”. Vemos então que os adjuntos adnominais não são
3
53
f) Intensidade: Os serviços dele foram bastante úteis. parte integrante (termos integrantes) da sentença, mas ele-
03
j) Companhia (com quem?): Ele veio com vários amigos. b) locuções adjetivas: anéis de ouro, livro de histórias;
LO
LA
25
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
c) artigos definidos e indefinidos: o papel, os papéis,
um papel, uns papéis;
PA
d) pronomes possessivos: meu carro; A obra de Drummond é símbolo do movimento modernista.
NA
4A
e) pronomes demonstrativos: este carro;
adjunto adnominal
30
f) pronomes indefinidos: algum carro;
70
g) pronomes Interrogativos: qual chave?; Nessa oração, o termo em destaque é uma locução adje-
35
tiva (tem a função de adjetivo, similar à “obra drummon-
h) pronomes relativos “cujo”: na biblioteca cujos li-
53
diana”). É, portanto, um adjunto adnominal. Os apostos
vros estão em mau estado;
03
especificadores são mobilizados por substantivos pró-
i) numerais adjetivos: trezentos e cinquenta soldados.
JO
prios com capacidades de nomeação.
AU
1.3. Aposto
AR
É um termo que – acrescentado a outro termo da oração 1.4. Vocativo
S
PE
– tem a função de ampliar, resumir, explicar ou desenvolver É um termo que não tem relação sintática com outro ter-
mais o conteúdo do termo ao qual se refere.
LO
mo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem
ao predicado. Serve para chamar, invocar ou interpelar um
A
Exemplo
UL
ouvinte real ou hipotético. Em razão de seu caráter, geral-
mente se relaciona à segunda pessoa do discurso.
PA
NA
Machado, o maior romancista brasileiro, também atuou Exemplos
4A
rito, pessoal!
aposto explicativo
70
35
tantivo próprio “Machado”, explicando algo sobre ele. A vida, minha filha, é feita de escolhas.
O
vocativo
A
mas de Portugal.
PA
Para não confundir o aposto especificador com o As confusões entre adjunto adnominal e complemento
S
adjunto adnominal, observe o exemplo: nominal ocorrem em casos pontuais, quando o adjunto é
PE
26
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
preposição) e se confunde com a preposição exigida pelos § É um termo que compõem o sintagma que forma o
complementos nominais. Vejamos como diferenciar: objeto, portanto, ao substituir esse objeto por um pro-
PA
Adjunto adnominal nome oblíquo, o adjunto também será substituído.
NA
Predicativo do objeto
4A
§ Serão locuções adjetivas que poderão acompanhar
substantivos concretos ou abstratos. § Surge em sentenças com verbos atributivos (julgar, con-
30
siderar, achar, nomear, declarar, entre outros).
70
§ É um termo acessório, não necessário para compreen-
35
são do substantivo. § Não é um termo que compõe o sintagma que forma
53
§ Apresenta comportamento ativo na sentença. o objeto, não ficando junto dele nas substituições por
03
pronomes oblíquos.
§ Pode apresentar valor possessivo.
JO
Complemento nominal Exemplos
AU
§ Complementa, com preposição, o sentido de substan-
AR
tivos abstratos.
Naquele dia, os alunos fizeram uma atividade tranquila.
S
PE
§ É um termo integrante, necessário para complementar
alguns substantivos.
LO
adjunto adnominal
§ Apresenta comportamento passivo na sentença.
A
UL
§ Não apresenta valor possesivo.
PA
Naquele dia, os alunos consideraram a atividade tranquila.
Exemplos
NA
4A
Como diferenciar?
35
Como diferenciar?
PE
Predicativo do objeto
0
57
ferenças essenciais:
AU
AR
Adjunto adnominal
S
27
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
DIAGRAMA DE IDEIAS
NA
4A
30
70
35
53
IGUALDADE
SINTAXE
03
JO
AU
AR
PERÍODO SIMPLES
S
PE
LO
A
TERMOS TERMOS TERMOS
UL
ESSENCIAIS INTEGRANTES ACESSÓRIOS
PA • ADJUNTO ADVERBIAL
NA
• ADJUNTO ADNOMINAL
4A
• APOSTO
30
• VOCATIVO
70
35
53
03
O
AUJ
AR
S
PE
LO
LA
U
PA
NA
4A
30
0
357
53
03
JO
AU
AR
S
PE
LO
LA
28
U
PA
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
357
030
4A
NA
PA
ULA
LO
PE
S
AR
AUJ
O
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
NA
PA
UL
A
LO
PE
S
AR
A
A
AR
S
PE
LO
A
UL
PA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
NA
4A
30
70
35
53
03
JO
AU
AR
O exame do Enem é conhecido por ser essen- No vestibular Fuvest, a interpretação de texto
cialmente interpretativo. Assim, a compreensão acontece de forma mais prática. Muitas vezes liga-
S
semântica é essencial para a leitura de textos da aos textos literários ou críticos, a compreensão
PE
literários e não literários. As aulas presentes neste dos conceitos que balizam a semântica, como a
caderno servirão, portanto, como conhecimento coesão e as intertextualidades, pode ser a chave
LO
crucial às resoluções das questões. para resolver uma questão.
A
UL
PA
NA
Um vestibular crítico. Textos críticos e literários serão Boa parte das questões da frente de linguagem da A prova da Unesp trabalha a interpretação
4A
colocados em discussão, bem como textos comuns Unifesp diz respeito à interpretação. Uma vez que a de texto em paralelo aos textos literários. É
ao cotidiano do estudante. Ter em mente que a interpretação não ocorre isolada, é preciso que o aluno importante estar atento as possíveis intertex-
30
compreensão semântica e a intertextualidade são associe os recursos linguísticos, compreendendo bem tualidades para que o exercício de leitura não
essenciais para uma boa leitura poderá fazer a as variações semânticas e as possíveis intertextualida- seja prejudicado.
70
Apenas ler não bastará na prova do Einstein. No vestibular em questão, a interpretação É uma prova conceitual. A interpretação de textos De forma geral, o vestibular da Santa Casa equilibra
A
Haja vista que a ideia de aplicar o conheci- de texto pode ser a chave para um bom ocorre de maneira direcionada, focada, sobretudo, bem as frentes da área de Português, de modo que
AR
mento é chave nessa prova, o aluno terá que resultado. Os recursos linguísticos ligados nos recursos linguísticos. Trabalhar de forma atenta, as questões de interpretação se tornam bastante
trabalhar os sentidos de palavras e textos para à produção de textos, como as figuras de lembrando e aplicando os conceitos aprendidos em direcionadas. Não por menos, co conhecimento de
S
a resolução das questões. linguagem, não devem ser esquecidos no aula será fundamental. textos típicos poderá ser um recurso valioso na
PE
UFMG
U LA
PA
A prova da UEL alinha a interpretação de texto Foco e atenção. Além de conhecer os recursos O exame CMMG é objetivo. Exige do candidato
NA
às obras literárias que costuma exigir na sua lista linguísticos, sobretudo os recursos basilares, como uma capacidade leitora fundamental, exigindo
obrigatória de leitura. Assim, conhecer de forma as figuras de linguagem, é importante lembrar que dele aptidão em reconhecer os efeitos de sentido
4A
ampla os textos é ampliar o potencial de leitura uma leitura atenta às possíveis intertextualidades e seus modos de operação dentro dos textos.
e compreensão intertextual que o aluno levará pode fazer a diferença.
30
à prova.
0
3 57
53
03
JO
Além do senso crítico apurado, o vestibular da Exame majoritariamente interpretativo, exigirá A interpretação de texto é a chave para resolução
UERJ demandará do candidato conhecimento do aluno conhecimento sobre os recursos da grande maioria das questões. Desse modo, uma
AU
sobre os conceitos fundamentais da interpre- linguísticos fundamentais. Compreender bem leitura atenta e crítica, aliada aos conhecimentos
tação. Saber reconhecer intertextualidades, os sentidos do texto auxiliará o aluno na que serão trabalhados neste caderno, a semântica e
AR
dentro de uma leitura naturalmente crítica e resolução de questões que envolvem textos o intertexto, renderá ao aluno melhores resultados.
avaliativa, poderá ser um grande em variados gêneros, literários
diferencial. ou não.
S
PE
LO
LA
U
PA
A
AN
AN
A
PA
ULA
LO
PE
S
AR
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JO
03
53
357
030
4A
NA
PA
ULA
LO
PE
S
AR
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O
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30
4A
NA
PA
UL
A
LO
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S
AR
AU
JO
03
53
35
70
30
4A
DE TEXTOS
INTERPRETAÇÃO
NA
PA
UL
A
LO
31
PE
S
AR
A
A
AR
S
PE
LO
A
1.3. Paronímia
UL
AULA 9
PA
Paronímia é a relação entre palavras que apresentam for-
NA
mas semelhantes e sentidos diferentes.
4A
§ comprimento (largura) e cumprimento (saudação)
30
§ discriminar (separar) e descriminar (descriminalizar,
70
SEMÂNTICA: ELEMENTOS inocentar)
35
DE ANÁLISE I
53
1.4. Hiperonímia e hiponímia
03
São fenômenos que operam relações de abrangência entre
JO
palavras (palavras que englobam outras ou que são englo-
AU
badas). As palavras que englobam são conhecidas como
AR
hiperônimos; as englobadas, como hipônimos.
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8
S
PE
1, 2, 3, 4, 18, 19, 20, 21, Exemplos:
LO
HABILIDADES:
22, 23, 24, 25, 26 e 27 Comprei um bacalhau para preparar na semana
A
santa. Esse peixe é bastante salgado. (“Peixe” é
UL
uma palavra mais abrangente, que dá conta de
PA
“bacalhau” e de outros diversos peixes; portan-
1. Semântica – elementos
NA
to, afirma-se que “peixe” é hiperônimo de “ba-
calhau” e que “bacalhau” é hipônimo de peixe).
4A
1.1. Sinonímia
PE
LO
ou semelhantes.
U
§ cão = cachorro
Este livro possibilita a alunos e professores entrar em
NA
A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possi- versas correntes da semântica. O autor parte dos fatos
30
bilidade de se reconstruir uma frase ou texto com outras da língua para analisar frases e expressões do ponto de
0
palavras similares) e auxilia nos processos de coesão vista de sua significação, dentro de correções sintáticas.
57
termos em um texto).
03
1.2. Antonímia
JO
AU
cados opostos.
§ bonito ≠ feio
S
PE
§ alto ≠ baixo
LO
LA
32
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
banco (local onde se senta) e banco (instituição
AULA 10 financeira)
PA
NA
3. Denotação e conotação
4A
30
No campo da semântica temos também os processos de
70
denotação e conotação, fenômenos linguísticos que nos
SEMÂNTICA: ELEMENTOS
35
mostram a amplitude de significação existente em nossa
DE ANÁLISE II
53
língua. O estudo desses processos nos permite perceber
03
o quanto os significados podem variar de acordo com o
interesse dos interlocutores, ganhar novos sentidos, figu-
JO
rados, carregados de valores afetivos ou sociais. Vejamos
AU
alguns exemplos:
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 Filho, você tem que comer todo o seu jantar, ou
S
PE
não terá sobremesa.
1, 2, 3, 4, 18, 19, 20, 21,
LO
HABILIDADES:
22, 23, 24, 25, 26 e 27 O piloto fez o adversário comer poeira.
A
Nas frases apresentadas, o verbo comer foi usado com dois
UL
sentidos diferentes. Na primeira, temos comer sendo usado
PA
na sua acepção mais comum, que é “alimentar-se”. Já na
1. Homonímia
NA
segunda, foi empregado para “figurar” a ideia de alguém
4A
A homonímia ocorre quando duas ou mais palavras apre- comendo poeira, ou seja, para transmitir a ideia de que o pi-
loto passou tão rápido pelo adversário que levantou poeira,
30
1. Homônimas homófonas heterógrafas: iguais na No primeiro caso, a palavra comer foi usada em seu sentido
53
pronúncia, mas com grafias diferentes. dito literal, próprio, real (sentido padrão da palavra). Quando
03
3. Homônimas homófonas homógrafas (homônimas como são operados alguns processos de interpretação em
NA
perfeitas): iguais na pronúncia e na escrita. gêneros textuais do português, como os textos científicos,
4A
A polissemia é a propriedade de uma palavra apresentar O sentido conotativo explora os múltiplos significados que
JO
vários sentidos que só se explicam dentro de um contexto. uma palavra pode ter. Em um texto conotativo, não importa
AU
natureza (meio ambiente) e natureza (essência tualmente usam a linguagem conotativa são os literários
PE
33
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
também encontrar essa linguagem em outros tipos de gêne- Exemplos:
ro, dependendo das intenções do autor. Normalmente são
PA
O pai falou com o filho caído no chão. (Quem
textos de natureza mais complexa, que exigem um trabalho
está caído no chão? Pode ser o pai ou o filho.)
NA
de leitura mais profundo, para que se possa apreender o que
4A
o autor quis expressar nas entrelinhas da mensagem. É ne- Eu li a notícia sobre a greve na faculdade. (A gre-
cessário um conhecimento amplo de vocabulário. ve é na faculdade ou fora dela?)
30
70
O Papa abençoou os fiéis da janela. (Não é pos-
35
4. Ambiguidade sível determinar a posição do Papa; ele pode es-
53
tar na janela mandando bênçãos para os fiéis,
03
O problema da ambiguidade interfere diretamente nas ou pode estar na rua mandando bênçãos para
possibilidades de interpretação de textos. Isso porque a aqueles que estão na janela.)
JO
ambiguidade faz com que uma palavra ou frase possua
AU
mais de um direcionamento de sentido, provocando equí-
AR
vocos na interpretação. Temos dois tipos de ambiguidade:
a lexical e a sintática.
S
PE
LO
4.1. Ambiguidade lexical
A
A ambiguidade lexical ocorre em alguma composição
UL
linguística quando uma palavra aponta para mais de um
PA
sentido diferente. É um tipo de ambiguidade que estabe- NA
lece relações diretas com o fenômeno da polissemia e da
4A
da palavra problemática.
030
57
34
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
solta serpentina). Os dois estímulos juntos contribuem
AULA 11 para a compreensão global do anúncio. É interessante no-
PA
tar que, em se tratando de pessoas que residam no Brasil,
NA
um anúncio como o apresentado poderia até dispensar
4A
explicações a respeito do feriado abordado na propaganda
(uma vez que o chuveiro é associado à serpentina, e costu-
30
mamos associar serpentinas ao carnaval).
70
SEMÂNTICA: RECURSOS
35
PARA INTERPRETAÇÃO 1.1.1. As afirmações (e negações) nos textos
53
03
Um dos segredos para uma interpretação de textos bem-
JO
-sucedida consiste em estar atento àquilo que se afirma (ou
AU
não se afirma) dentro de um texto. Uma vez que se afirma
um dado, ele deve ser notado e anotado pelo leitor como
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 base de argumentação até o fim do texto (ou até que o autor
S
do texto, por acaso, em outro momento, negue ou reveja a
PE
1, 2, 3, 4, 18, 19, 20, 21, afirmação anteriormente realizada).
LO
HABILIDADES:
22, 23, 24, 25, 26 e 27
Outro ponto importante é ser capaz de perceber que em um
A
UL
texto nem tudo são certezas (positivas ou negativas). Um
texto pode mobilizar dúvidas, incertezas ou incompletudes.
PA
Desse modo, o aluno deve saber diferenciar articulações lin-
1. Conceitos básicos para
NA
guísticas que denotem afirmações/negações (certezas) de
4A
interpretação de textos outros que não o façam. Vejamos algumas dicas importantes:
30
1.1. Linguagens verbal e não verbal § Verbos no presente simples do indicativo (fato que
35
uso da escrita ou da fala na comunicação (pensando em § Verbos no pretérito perfeito do indicativo (fato pas-
vestibulares, haverá proeminência da escrita); já a lingua- sado concluído);
O
UJ
gem não verbal é aquela que explora o uso de elemen- § Verbos no pretérito mais-que-perfeito do indicativo
A
tos imagéticos (figuras, fotografias, símbolos, pinturas, es- (podem, em alguns casos, indicar fato passado concluí-
AR
culturas), sonoros (tom de voz, ruídos, música) ou gestuais do sobre outro fato passado também concluído);
(posturas corporais, mímicas).
S
PE
vidosos ou hipotéticos:
30
O anúncio publicitário apresentado acima mobiliza a lin- § Termos ou expressões partitivas (elementos como “apro-
S
guagem verbal (explorando principalmente o termo “pro- ximadamente”, “cerca de”, “perto de”, “mais ou me-
PE
longado”) e a não verbal (apresentando um chuveiro que nos”, entre outros, podem demarcar incertezas).
LO
LA
35
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Exemplo 1
PA
Brasil: o país que menos valoriza o professor
NA
Segundo a pesquisa da instituição beneficente de ensino global Varkey Foundation,
4A
divulgada nesta quarta-feira (07), o Brasil é o país que mais desvaloriza o pro-
30
Estrutura de predicativo:
fessor entre as 35 nações avaliadas. informação afirmativa
70
O Índice Global de Status de Professores teve sua estreia em 2013 e também mos-
35
trava uma posição desconfortável do Brasil: penúltimo lugar. Desta vez, está
53
Verbo no pretérito
em último.
03
imperfeito: suspensão
de um evento
As informações são baseadas em análises de opinião realizadas pelo Insti-
JO
tuto Nacional de Pesquisa Econômica e Social da Inglaterra (National Insti-
AU
Estrutura de predicativo:
tute of Economic and Social Research) com mais de 35 mil adultos na faixa etária dos informação afirmativa
AR
16 aos 64 anos e mais de 5.500 professores ativos em 35 países.
S
A pesquisa mostra que 9 em cada 10 brasileiros acreditam que não há
PE
Verbo no presente:
respeito por parte dos alunos aos seus professores. É o menor número entre evento em andamento
LO
os 35 países pesquisados. Outro tema apresentado foi a carga horária semanal
A
dos profissionais em sala de aula, onde a pesquisa aponta o desconhecimen- Verbo no pretérito
UL
to do público em relação ao tempo gasto pelos mestres. De acordo com o índice, os perfeito: evento já encerrado
PA
professores brasileiros têm uma carga horária semanal muito maior do que se pen- NA
sa – 47,7 horas semanais, enquanto o brasileiro julga ser 39,2 horas no período.
4A
Fonte: <https://veja.abril.com.br/educacao/brasil-o-pais-que-menos-valoriza-o-professor/>.
30
Exemplo 2
70
35
informação afirmativa
UJ
Verbos no pretérito
imperfeito: suspensão
Não existiam diferenças muito expressivas entre uma e outra orto-
S
de um evento
PE
outros obstáculos.
LA
anos 1960, mas só resultaram em consenso depois de mais de duas décadas. perfeito: evento já encerrado
PA
acordo ortográfico.
4A
Fonte: <www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/01/bem-sucedido-acordo-
ortografico-completa-10-anos-e-espera-por-ajustes.shtml>.
0 30
Exemplo 3
57
3
53
Dois jogadores da seleção no álbum da Copa não foram chamados por Tite
03
Dos 18 jogadores que aparecem nas páginas da seleção brasileira no álbum oficial da
JO
Verbo no pretérito
nesta segunda: Daniel Alves e Giuliano.
perfeito: evento já encerrado
AR
36
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
nome certo na convocação, seria titular da equipe de Tite e era cotado como Verbo no futuro do
um dos candidatos a carregar a braçadeira de capitão.
PA
pretérito: evento hipotético
NA
jogou 14 vezes pela seleção e chegou a ser titular em um amistoso no ano passado, Verbo no pretérito
4A
mas acabou perdendo espaço. imperfeito: suspensão
30
de um evento
Fonte: <https://oglobo.globo.com/esportes/dois-jogadores-da-selecao-no-
70
album-da-copa-nao-foram-chamados-por-tite-22681498>.
35
53
03
1.1.2. Atenção aos títulos, Exemplo:
JO
datações e fontes em textos
AU
AR
Outros fatores a que se deve estar atento no momento de
interpretar os textos são os seguintes:
S
PE
Título
LO
É a palavra, expressão ou enunciado que irá iniciar o tex-
A
UL
to. Por esse motivo comporta as bases semânticas que
PA
irão conduzir suas ideias mais gerais. Em alguns casos, a
compreensão do título também só será completa com a
NA
leitura do texto.
4A
30
Exemplo:
70
Exemplo:
0
ideia dupla de que a moeda chinesa, o yuan, cai enquanto Nós cantaremos as grandes multidões movimentadas pelo
3
53
desvalorização financeira, mas também cai sobre a “cabe- trabalho, pelo prazer ou pela revolta; as marés multicolori-
03
ça” de outros países, uma vez que a referida desvalorização das e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; a
prejudica aqueles com quem a China estabelece relações. vibração noturna dos arsenais e dos estaleiros sob suas luas
JO
As datas de publicações de textos ou de obras artísti- suas fumaças; os navios aventureiros farejando o horizonte;
S
cas ajudam a direcionar adequadamente os processos as locomotivas de grande peito, que escoucinham os trilhos,
PE
37
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
voo deslizante dos aeroplanos, cuja hélice tem os estalos da (algo que depende muito mais da forma como uma pessoa
bandeira e os aplausos da multidão entusiasta. em particular entende aquele texto). No entanto, conforme
PA
Fonte: (Apud Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda europeia estudamos a interpretação de textos de modo mais detido,
NA
e modernismo brasileiro, 1992. Adaptado.)
vemos que ela opera de modo mais objetivo do que costu-
4A
Tendo em vista que o livro de onde o fragmento foi retirado mamos crer. Existem algumas instâncias para nos apegar-
30
se chama Vanguarda europeia e modernismo brasileiro, é mos no momento em que realizamos a leitura dos textos.
70
possível deduzirmos que o fragmento é parte de algum texto Vejamos quais são:
35
vanguardista, possivelmente um manifesto. Outros conheci-
53
mentos acumulados nos permitirão fazer outras inferências I. As teorias de comunicação
03
(há no texto várias referências e elogios à modernidade, o
que pode permitir a um aluno com mais repertório inferir que As teorias de comunicação são uma série de estudos sobre
JO
se trata de um trecho do manifesto futurista, por exemplo). a Comunicação Social, podendo englobar estudos linguís-
AU
ticos, filosofia, sociologia e psicologia, dependendo do tipo
AR
1.1.3. Repertório e conhecimento de mundo de abordagem e da área que está sendo estudada.
S
Os processos interpretativos muitas vezes dependem de
PE
II. Os gêneros textuais
que o leitor possua determinados conhecimentos prévios
LO
(de sua vivência no mundo) para que consiga fazer as de- Gênero textual é o nome dado a diferentes formas de lin-
A
vidas inferências sobre o texto. guagem que são empregadas nos textos. O estudo envolve
UL
tipos de texto formais ou informais. No decorrer de nosso
O aumento de repertório é algo que depende de muitos fa-
PA
tores, como acúmulo de informações em aulas, acúmulo de curso, conheceremos os gêneros que mais frequentemente
NA
leituras variadas, entre outras informações adquiridas em aparecem em vestibulares (por exemplo, os textos publici-
tários, os textos de divulgação científica, os textos jornalís-
4A
Na tirinha de Hagar, o efeito de humor só se concretiza se o lhes sobre particularidades de textos em prosa (romance,
A
leitor possuir a referência a respeito da antiga prática de se conto, novela), textos em verso (poesia, poemas em prosa,
AR
“contar carneirinhos” mentalmente, quando não se con- epopeias) e textos mistos (crônicas).
S
leitor deve possuir esse conhecimento em seu repertório. IV. Comandos (verbais) de interpretação
LO
(Níquel Náusea – Fernando Gonsales) aulas de semântica, estudaremos esses processos de modo
30
mais detalhado.
Na tirinha apresentada, o efeito de humor também depende de
0
57
cias não apenas sobre o embate entre os seres como também Relacionar/dialogar Substituir
JO
Inferir Explicitar
1.2. Os comandos de interpretação
AR
Comparar Reconhecer
S
38
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
§ Analisar: é o ato de averiguar, estudar ou explorar Informação
alguma coisa de maneira minuciosa, com riqueza de
PA
Pressupostos
detalhes: só aceitará a proposta depois de analisar
NA
as possibilidades. Comentar criticamente; subjugar ou Argumentos
Localização
4A
criticar. Fazer uma apreciação ou julgamento de algo, Causas
30
alguém ou de si mesmo: antes de falar do outro, você Consequências
70
precisa se analisar. Referenciais
35
§ Relacionar/dialogar/comparar: é necessário co-
53
nectar informações de matrizes distintas dentro de § Informação: recuperar informações pontuais do texto.
03
um texto, ou mesmo verificar como as informações § Pressupostos: recuperar informações subentendidas
JO
de um texto “conversam” com informações contidas no texto.
AU
em alternativas.
§ Argumentos: localizar pontos de vista defendidos
AR
§ Citar: é o ato de reportar-se a um texto ou às palavras pelo produtor do texto.
de alguém com o intuito de fundamentar aquilo que
S
§ Causas: localizar argumentos causais (porquês) que
PE
se diz, ou mesmo para informar ou notificar alguém a
levam a certas consequências.
LO
respeito de algo.
§ Consequências: localizar fatos no texto que desenca-
A
§ Inferir: é o ato de deduzir fatos ou raciocínios partindo
UL
de indícios previamente apresentados. deiam outros efeitos.
PA
§ Explicar: é o ato de fazer com que algo fique claro e § Referenciais: localizar informações cuja referencia
NA
compreensível; descomplicar uma ambiguidade. parte de recursos pronominais.
4A
§ Identificar: é o ato de distinguir ou ter a capaci- § Sinonímia e antonímia: mobilizar repertório com pa-
O
UJ
suas particularidades.
situações em um texto.
S
num contexto.
53
A seguir, veremos outros comandos para interpretação § Fatos: encontrar um significado geral para a combi-
AR
comandos que trabalharemos com mais detalhes nas au- § Informações: encontrar um significado geral para os
PE
39
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
3. Constituição de repertório: lidar com intertextuali-
AULA 12 dade depende de um acúmulo de informações a respeito
PA
de diversos gêneros textuais existentes. Textos publicitários,
NA
jornalísticos, em prosa, em verso, crônicas, quadrinhos, car-
4A
tuns; todos esses são exemplos de gêneros que habitual-
mente são conjugados (trabalhados juntos) em questões
30
de vestibular. Quanto mais conhecemos as particularidades
70
SEMÂNTICA:
35
desses textos, melhor saberemos lidar com eles em proces-
INTERTEXTUALIDADES
53
sos que exigem comparações.
03
4. Aprender a relacionar dados: a intertextualidade
JO
vem sendo trabalhada de maneira cada vez mais frequente
nos vestibulares, por meio da comparação/relacionamento
AU
entre tipos e códigos linguísticos; além disso, há a exigência
AR
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8 de que os candidatos saibam conectar informações condi-
S
zentes a autores/escolas literárias com dados históricos.
PE
1, 2, 3, 4, 18, 19, 20, 21,
LO
HABILIDADES:
22, 23, 24, 25, 26 e 27 1.1. Tipos de intertextualidade
A
UL
Há alguns eventos linguísticos que são oriundos do proces-
PA
so de intertextualidade. Vejamos quais são:
A partir dessa ideia, temos também a possibilidade de traba- ca introdutória” de outra obra, guardando com ela alguma
S
lhar com variedades de “encontros” textuais. A esse proces- relação mais ou menos oculta.
PE
De maneira mais abrangente, podemos dizer que a intertex- cria, com seus próprios recursos, um texto já existente, reme-
LA
tualidade trabalha com superposições de textos sobre outros, morando a mensagem original.
U
ticas usadas; se há, por exemplo, alguma recorrente). 1.2.1. Intertextualidade temática
AR
2. Compreensão de elementos ideológicos: é necessá- É aquela em que o trabalho intertextual recai sobre o tema
S
rio também que se identifiquem no texto elementos ideológi- das obras com a intenção básica de retomar algumas ideias
PE
cos relacionados à cultura, à sociedade e também à história. do texto citado, ou rivalizar com ele. Vejamos um exemplo:
LO
LA
40
U
PA
A
AN
A
AR
S
PE
LO
A
UL
Quadrilha murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma
criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
PA
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili Macunaíma (Mário de Andrade)
NA
que não amava ninguém.
§ O parágrafo introdutório de Macunaíma, de Mário de An-
4A
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, drade, retoma elementos estruturais e referenciais de Irace-
30
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes ma, de José de Alencar, como às referências ao nascimento
70
que não tinha entrado na história da personagem principal em lugar longínquo ou mesmo as
35
(Carlos Drummond de Andrade) retomadas das ideias de mata e virgindade.
53
03
Flor da idade
A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia
JO
Pra ver Maria
AU
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
AR
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
S
Nem desconfia
PE
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor
LO
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família
A
A armadilha
UL
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha
PA
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha
Que maravilha
NA
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor
4A
A gente sua
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
70
E continua
53
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que
O
amava Paulo que amava Juca que amava Dora que amava
UJ
Carlos amava Dora que amava Rita que amava Dito que
A
amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava
AR
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que
amava a filha que amava Carlos que amava Dora que ama-
S
PE
va toda a quadrilha
LO
(Chico Buarque)
LA
mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe
03
de palmeira.
JO
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha
recendia no bosque como seu hálito perfumado.
AU
41
U
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A
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A
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S
PE
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b) Indireto – No discurso indireto, o narrador em 3ª pes-
AULA 13 soa (externo à história) reproduz as falas de todos os per-
PA
sonagens com as suas próprias pala¬vras, colocando-se na
NA
condição de intermediário frente à ocorrência.
4A
Exemplos
30
70
TEXTOS EM PROSA: O estudante afirmara que precisava dedicar mais
35
tempo àquele tema.
TIPOS DE DISCURSO
53
O gerente tinha gritado que ninguém ali seria
03
promovido.
JO
Podemos notar que nos exemplos apresentados os nossos
AU
personagens “estudante” e “gerente”, que haviam falado
AR
diretamente nos exemplos de discurso direto, agora tive-
COMPETÊNCIAS: 1, 6 e 8
S
ram suas falas “monopolizadas” e colocadas em cena pelo
PE
1, 2, 3, 4, 18, 19, 20, 21, narrador em 3ª pessoa (falas não foram colocadas direta-
LO
HABILIDADES:
22, 23, 24, 25, 26 e 27 mente, mas de modo indireto). Na estrutura de discurso
A
indireto, percebemos algumas estruturas frequentes como
UL
conjunções integrantes (nos exemplos, vemos a conjunção
PA
integrante “que” que é substituível pelo pronome “isso”)
1. Discursos também surgem os verbos de elocução.
NA
4A
O tópico de Discursos é um dos mais frequentemente cobra- c) Indireto-livre – No discurso indireto-livre, as formas
direta e indireta se fundem por meio de um processo em
30
três tipos de discurso mais tradicionais, que são os seguintes: a respeito das entradas de fala ou pensamento das per-
sonagens. Em geral, é possível distinguir os discursos por
O
perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar etc.). Ve- Afinal para que serviam os soldados ama-
LO
Exemplos
PA
uma espécie de “autorização prévia” por parte do narra- -se; duzentos que fossem, ou cem, era um sonho
3
indicar a transição discursiva e a fala da personagem (dois- Podemos notar que nos exemplos acima, temos narrativas
AU
-pontos, travessões ou aspas), além dos verbos dicendi conduzidas por um narrador em 3ª pessoa (podemos notar
AR
(também conhecidos como verbos de elocução), que são pelas desinências verbais em 3ª pessoa do singular, que in-
S
verbos que autorizam entradas enunciativas (falar, dizer, dicam que o narrador trata o personagem como um “ele”).
PE
afirmar, exclamar, perguntar, responder, gritar etc.) No entanto, há certos momentos (destacados acima, em
LO
LA
42
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negrito) em que adentram, sem aviso prévio as falas ou Pretérito perfeito do indicativo no discurso direto
pensamentos das personagens. É possível notar que elas passa para pretérito mais-que-perfeito do indica-
PA
são acompanhadas de sinais de pontuação (exclamações tivo no discurso indireto.
NA
e interrogações).
Futuro do presente do indicativo no discurso direto
4A
passa para futuro do pretérito do indicativo no discur-
30
2. Regras para passagem so indireto.
70
do discurso direto para Presente do subjuntivo no discurso direto passa para
35
pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.
53
discurso indireto
03
Futuro do subjuntivo no discurso direto passa para pre-
térito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.
JO
2.1. Mudança das pessoas do discurso:
AU
AR
Os pronomes eu, me, mim, comigo no discurso direto
passa para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no dis-
S
PE
curso indireto.
LO
Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nos-
sos, nossa, nossas no discurso direto passam para seu,
A
UL
seus, sua e suas no discurso indireto.
PA
Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto pas- NA
sam para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto.
4A
no discurso indireto.
70
35
discurso indireto.
AUJ
e adjuntos adverbiais:
S
PE
no discurso indireto.
NA
discurso indireto.
03
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INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
NA
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03
JO
AU
AR
A prova do ENEM exige que o aluno tenha A maior parte das questões de literatura dessa
conhecimento a respeito das escolas literárias e de prova se refere às obras de leitura obrigatória.
S
seus principais representantes. Neste caderno, você Neste livro, encontram-se alguns exercícios sobre
PE
encontra algumas questões sobre Realismo, Naturalis- Machado de Assis, autor de uma das obras
mo, Parnasianismo, Simbolismo e Pré-modernismo, exigidas por esse exame: Quincas Borba.
LO
sendo os dois primeiros movimentos
bastante frequentes nesse
exame.
A
UL
PA
NA
A maioria das questões de literatura da Unicamp A Unifesp não contém uma lista obrigatória de Como a Unesp não possui uma lista obrigatória de
4A
refere-se às obras de leitura obrigatória. Neste livro, livros, desse modo, as questões contemplam o livros, as questões contemplam o conhecimento
encontram-se alguns exercícios sobre Realismo, conhecimento das escolas literárias, bem como de acerca das escolas literárias, bem como de seus
30
movimento do qual fazem parte duas obras cuja seus principais representantes. Neste livro, estão principais representantes. Neste livro, estão pre-
leitura é exigida por esse exame: A Falência de presentes questões sobre as estéticas realista, sentes questões sobre movimentos literários que
70
Júlia Lopes de Almeida e Bons Dias! naturalista, simbolista, parnasiana e aparecem com bastante frequência
35
Parte das questões de literatura dessa prova se baseia nas A maior parte das questões de literatura dessa prova se Como a PUC-Camp não possui uma lista A prova da Santa Casa exige seus conhecimentos
A
obras de leitura obrigatória da FUVEST. Neste livro, encontram- refere às obras de leitura obrigatória. Entretanto, para obrigatória de livros, as questões contemplam acerca dos movimentos literários no Brasil e em
AR
-se alguns exercícios sobre o Realismo brasileiro, movimento melhor compreender essas obras, é importante que o aluno o conhecimento acerca dos diferentes gêneros Portugal. Neste livro, estão presentes questões
do qual faz parte um dos livros cuja leitura é exigida: Quincas conheça os movimentos literários, bem como seus principais literários e das escolas literárias. Este livro sobre as estéticas realista, naturalista, parnasiana,
Borba de Machado deAssis, bem como questões a respeito representantes. Neste livro, estão presentes questões sobre contém exercícios sobre as estéticas realista, simbolista e pré-modernista, sendo as duas
S
de Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Sim- naturalista, parnasiana, simbolis- primeiras muito frequentes nessa
PE
UFMG
U LA
PA
A maior parte das questões de literatura da UEL se A maioria das questões de literatura da UFPR cobram A maior parte das questões de literatura se refere às obras
NA
refere às obras de leitura obrigatória. Neste livro, as obras de leitura obrigatória. Neste livro, estão presen- de leitura obrigatória. No entanto, também são comuns
estão presentes questões sobre o Naturalismo e tes questões sobre o Naturalismo brasileiro, movimento exercícios que cobrem o conhecimento do aluno acerca dos
4A
Pré-modernismo, movimentos a que pertencem, do qual faz parte a obra Casa de Pensão de Aluísio de movimentos literários em geral, bem como de seus principais
respectivamente, Aluísio Azevedo e Lima Barreto, Azevedo, e exercícios a respeito do Pré-Modernismo, representantes. Neste livro, estão presentes questões sobre
30
autores cuja obra é cobrada por esse movimento do qual faz parte Clara dos as estéticas realista, naturalista, parnasiana,
exame. Anjos de Lima Barreto. simbolista e pré-modernista.
0
3 57
53
03
JO
Como a UERJ não possui uma lista obrigatória de livros, Como a Ungranrio não possui uma lista obrigatória de li- A Souza Marques avalia seus conhecimentos
as questões contemplam o conhecimento acerca dos vros, as questões contemplam o conhecimento acerca dos acerca dos gêneros literários e dos movimentos
AU
diferentes gêneros literários e das escolas literárias, bem diferentes gêneros literários e das escolas literárias, bem literários brasileiros. Neste livro, estão presentes
como de seus principais representantes. Nesse caderno, como de seus principais representantes. Este livro contém questões sobre as estéticas naturalista, parna-
AR
você encontra algumas questões sobre Realismo, exercícios a respeito de movimentos literários que siana, simbolista e pré-modernista, sendo as
Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo frequentemente são cobrados por essa duas primeiras bastante recorrentes
e Pré-modernismo. prova, como o Realismo e o nessa prova.
S
Naturalismo.
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LITERATURA
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A
2. Realismo: projeto crítico
UL
AULAS 17 E 18
PA
O mundo cada vez menor, as máquinas e as teorias sociais.
NA
Tudo isso caminhava em uma direção oposta à idealização
4A
proposta pela visão de mundo romântica. Assim, com novos
parâmetros de compreensão do mundo, o objetivismo rea-
30
lista suplantou o subjetivismo romântico. Dramas individuais
70
ESTÉTICA REALISTA foram substituídos pelos comportamentos sociais e coletivos.
35
E REALISMO EM
53
O Realismo, assim, busca observar e analisar a nova con-
03
figuração social que se apresenta sob uma ótica do método
PORTUGAL científico, detectando causas, denunciando consequências
JO
e expondo juízos críticos sobre a sociedade.
AU
Na Europa, a primeira narrativa realista foi Madame Bovary
AR
COMPETÊNCIA: 5 (1856), do escritor francês Gustave Flaubert. Um romance
S
focado na personagem Emma Bovary, uma jovem criada
PE
15, 16 e 17 e educada aos moldes dos ideais burgueses românticos.
LO
HABILIDADES:
Assim, no tédio do casamento, que se realiza de maneira
A
lamentável, bastante diferente do que a moça havia lido
UL
e aprendido ser, ela cai no papo do primeiro conquistador
PA
que aparece. Seu destino é a morte, mas não a morte ide-
1. Realismo: contexto
NA
alizada por amor, mas a descrição objetiva de um cenário
4A
Eça de Queirós.
03
O realismo passa a figurar na estética literária europeia no § Representação do real como denúncia de aspectos ne-
O
expansionismo urbano gerou alguns problemas sociais, Durante o século XIX, mais especificamente na sua segun-
da metade, Portugal se mostrou um país relativamente
NA
nal. O número de pessoas em situação de rua e de pros- avançava com a industrialização, em Portugal, o processo
30
tituição cresceu em paralelo com a pobreza e o acúmulo de implementação da industrialização não se configurara,
0
57
diferentes doutrinas sociais passam a entrar em cho- ficultava ainda mais o progresso industrial do país. Vive-se
que na tentativa de explicar e entender a organização o período de Regeneração e o único sinal de modernidade
JO
capitalista. Adam Smith (1723-1790), Thomas Malthus são as estradas de ferro, elaboradas em acordo com os in-
AU
(1766-1834), Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels gleses. Há um nítido contraste entre a vida no campo e a
AR
(1820-1895) são alguns dos nomes lidos durante o sé- vida na cidade.
S
culo XIX e que ajudaram a moldar o pensamento dos De tal modo, o início do Realismo em Portugal foi mar-
PE
46
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a juventude, encorajada pelas informações que vinham
dos grandes centros europeus, reunia-se para discussões.
PA
O escritor quer o espírito livre de jogos, o pensamento
É nesse meio que vai nascer a chamada Geração de 70. livre de preconceitos e respeitos inúteis, o coração li-
NA
Nascidos em meio a uma visão conservadora de uma so- vre de vaidades, incorruptível e intemerato.
4A
ciedade atrasada e excessivamente religiosa, essa juven-
Só assim serão grandes e fecundas as suas obras; só
tude mostrou-se bastante idealista em relação à ideia de
30
assim merecerá o lugar de censor entre os homens,
que uma revolução cultural pudesse transformar social-
70
porque o terá alcançado, não pelo favor das turbas, in-
35
mente o país. Essa geração foi bastante influenciada pela
conscientes e injustas, mas elevando-se naturalmente
53
leitura de outros escritores europeus.
sobre todos pela ciência, pelo paciente estudo de si e
03
dos outros, pela limpeza interior duma alma que só vê
4.1. A Questão Coimbrã
JO
e busca o bem, o belo, o verdadeiro.
AU
Trata-se de um embate dentro da Universidade de Coim- (Bom-senso e bom gosto. In: ABDALA Jr, B.;
PASCHOALIN, M. A. História social da Literatura
bra, envolvendo os artistas modernos – que buscavam
AR
Portuguesa. São Paulo: Ática, 1987).
dialogar com a estética realista – e os conservadores –
S
que mantinham o discurso romântico em pauta. No ano
PE
de 1864, Teófilo Braga lançou seus poemas Visões dos
4.2. Cassino Lisbonense
LO
tempos e Tempestades sonoras, eram poemas realista que
A
chamaram atenção da classe artística e acadêmica. Antero As conferências da primavera de 1871 marcaram Lisboa e
UL
de Quental, outro poeta moderno, apresentou no ano se- o cenário do realismo em Portugal. As conferências, cha-
PA
guinte suas Odes Modernas. madas de Conferências Democráticas, foram pensadas
NA
Contudo, as obras dos jovens poetas não agradou a todos, pela juventude anti-romântica que almejava tirar Portugal
4A
em especial, Antônio Feliciano de Castilho, famoso nome da situação de atraso em que se encontrava.
30
na Universidade e conhecido por ser um poeta românti- Dentre os participantes das conferências destacavam-se:
70
co português. Castilho criticou duramente a nova poesia Antero de Quental, Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e
35
portuguesa. Em um posfácio de um livro de Pinheiro Cha- Teófilo Braga. Antero era o líder do grupo. Realizadas em
53
gas (um de seus discípulos românticos), falou muito mal casarões de Lisboa, a localidade dos encontros originou o
03
corrupção e a opressão.
assim, o espírito reformista da geração de 70 tocou as pes-
S
Assim, Antero de Quental, inconformado, resolveu respon- soas e instalou o Realismo em Portugal.
PE
47
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UL
metafísica, passando por diferentes fases: apostolado so-
Transcendentalismo cial, desejo de evasão e de morte e pensamento teológico.
PA
NA
(Ao Sr. J. P. Oliveira Martins)
Já sossega, depois de tanta luta,
4A
Mais luz!
Já me descansa em paz o coração.
30
Cai na conta, enfim, de quanto é vão Amem a noite os magos crapulosos,
70
O bem que ao Mundo e à Sorte se disputa. E os que sonham com virgens impossíveis,
35
Penetrando, com fronte não enxuta, E os que se inclinam, mudos e impassíveis,
53
No sacrário do templo da Ilusão, À borda dos abismos silenciosos...
03
Só encontrei, com dor e confusão,
Tu, Lua, com teus raios vaporosos,
Trevas e pó, uma matéria bruta...
JO
Não é no vasto mundo — por imenso Cobre-os, tapa-os e torna-os insensíveis,
AU
Que ele pareça à nossa mocidade — Tanto aos vícios cruéis e inextinguíveis,
AR
Que a alma sacia o seu desejo intenso... Como aos longos cuidados dolorosos!
Na esfera do invisível, do intangível,
S
Eu amarei a santa madrugada,
PE
Sobre desertos, vácuo, soledade, E o meio-dia, em vida refervendo,
LO
Voa e paira o espírito impassível! E a tarde rumorosa e repousada.
Antero de Quental
A
In Sonetos, 1861, Edição de 1886 (Org. J. P. Oliveira Martins) Viva e trabalhe em plena luz: depois,
UL
Seja-me dado ainda ver, morrendo,
PA
NOTAS: 1. soneto do período: 1880-1884 /2. grafia atualizada
O claro Sol, amigo dos heróis!
NA
(QUENTAL, Antero de Poesia e prosa.
4A
Findada a polêmica da Questão Coimbrã, Antero mudou- Magos crapulosos: sacerdotes libertinos
30
revolucionou a literatura.
UJ
do movimento democrático.
PA
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Aos 21 anos participou ativamente das Conferências do
Casino Lisbonense.
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Ingressou na vida diplomática e atuou como cônsul em
NA
Cuba e na Grã-Bretanha, onde escreveu O crime do padre
4A
Amaro e O primo Basílio, romances de mais repercussão
30
em sua carreira literária.
70
Mesmo com tempo gasto com a diplomacia, Eça de Queirós multimídia: livro
35
não deixou de escrever para jornais portugueses e brasileiros.
53
03
Em 1883, foi eleito sócio-correspondente da Academia Real História da Literatura Portuguesa – Joaquim Ferreira
de Ciências. Conheceu o escritor Émile Zola, em Paris, para Obra de grande interesse para o estudo da literatura
JO
onde foi transferido. portuguesa, compreende desde a época medieval até a
AU
Depois de escrever e publicar A relíquia e Os Maias, em época contemporânea.
AR
1888, Eça já não era mais o combativo jovem das Confe-
S
rências do Casino. Tampouco o eram seus companheiros.
5.2.2. Obras
PE
Em Paris, escreveu A ilustre casa de Ramires e A cidade
LO
e as serras. Sua última visita a Portugal foi em 1900, ano
em que faleceu. O crime do padre Amaro (1875)
A
UL
O primeiro romance do Realismo português tem o en-
PA
5.2.1. As três fases de Eça de Queirós redo ambientado em Leiria, cidade interiorana do norte
NA
A obra de Eça de Queirós pode ser organizada em três fases: de Portugal, onde o ingênuo padre Amaro Vieira vai as-
sumir sua paróquia. Hospedado inicialmente na casa da
4A
§ Primeira fase – de 1865 a 1871 – é considerada a Senhora Joaneira, acaba por se envolver amorosamente
30
fase de aprendizado, com a produção dos folhetins com sua filha Amélia. Seus colegas padres não estra-
70
Também em folhetins nasceu seu primeiro romance – Amélia engravida e acaba por morrer no parto, e Amaro en-
O mistério da estrada de Sintra (1871) –, escrito em trega a criança a uma “tecedeira de anjos”. Depois da morte
O
parceria com Ramalho Ortigão. O método epistolar da da criança, Amaro prossegue em sua carreira sacerdotal.
UJ
do padre Amaro e Os Maias. Seu objetivo foi assim ex- Pelo meio do dia ordinariamente Amaro subia à sala
U
PA
presso por Eça de Queirós em carta ao amigo Teófilo de jantar, onde a S. Joaneira e Amélia costuravam. “Es-
Braga: [...] “pintar a sociedade portuguesa e mostrar- tava aborrecido embaixo, vinha um bocado para o ca-
NA
-lhe, como num espelho, que triste país eles formam. vaco”, dizia. A S. Joaneira, numa cadeira pequena, ao
4A
[...] destruir as falsas interpretações e falsas realizações pé da janela, com o gato aninhado na roda do vestido
30
que lhe dá uma sociedade podre”. de merino, cosia de luneta na ponta do nariz. Amélia,
0
fantasista”, em que suas obras focam o tradiciona- sua risca fina, nítida, um pouco afogada na abundância
03
lismo das origens de Portugal e uma tentativa de fazer do cabelo; os seus grandes brincos de ouro, em forma
de pingos de cera, oscilavam, faziam tremer e crescer
JO
ra colocar-se à altura de seus antepassados medievais olheiras leves cor de bistre esbatiam-se delicadamente
AR
e recompor a própria história. Essa fase compreende sobre a pele de um trigueiro mimoso, que um sangue
S
também A correspondência de Fradique Mendes e o forte aviventava; e o seu peito cheio respirava devagar.
PE
49
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Às vezes, cravando a agulha na fazenda, espreguiçava-se seu quarto, enfiadas numa cana. Nunca estivera assim
PA
devagarinho, sorria, cansada. Então Amaro gracejava: na intimidade duma mulher. Quando percebia a por-
NA
ta do quarto dela entreaberta, ia resvalar para dentro
– Ah preguiçosa, preguiçosa! Olha que mulher de casa!
4A
olhares gulosos, como para perspectivas dum paraíso:
[...] um saiote pendurado, uma meia estendida, uma liga
30
70
Depois, animando-se, bulia-lhe no cesto da costura. Um que ficara sobre o baú, eram como revelações da sua
35
dia encontrara uma carta; perguntou-lhe pelo derriço; nudez, que lhe faziam cerrar os dentes, todo pálido. E
53
ela respondeu, picando vivamente o pesponto: não se saciava de a ver falar, rir, andar com as saias
03
muito engomadas que batiam as ombreiras das portas
– Ai! a mim ninguém me quer, senhor pároco... estreitas. Ao pé dela, muito fraco, muito langoroso, não
JO
– Não é tanto assim, acudiu ele. Mas suspendeu-se, lhe lembrava que era padre; o Sacerdócio, Deus, a Sé, o
AU
muito vermelho, afetando tossir. Pecado ficavam embaixo, longe, via-os muito esbatidos
AR
do alto do seu enlevo, como de um monte se veem as
Amélia às vezes fazia-se muito familiar; um dia mes-
casas desaparecer no nevoeiro dos vales; e só pensava
S
mo, pediu-lhe para sustentar nas mãos uma meadi-
PE
então na doçura infinita de lhe dar um beijo na brancu-
nha de retrós que ela ia dobar.
LO
ra do pescoço, ou mordicar-lhe a orelhinha.
– Deixe falar, senhor pároco! exclamou a S. Joaneira.
A
Às vezes revoltava-se contra estes desfalecimentos,
UL
Ora a tolice! Isto, em se lhe dando confiança!...
batia o pé:
PA
Mas Amaro prontificou-se, rindo, todo contente: – ele
– Que diabo, é necessário ter juízo! É necessário
estava ali para o que quisessem! Era mandarem, era
NA
ser homem!
mandarem!... E as duas mulheres riam, dum riso cá-
4A
lido, enlevadas naquelas maneiras do senhor pároco, Descia, ia folhear o seu Breviário; mas a voz de Amélia
30
“que até tocavam o coração”! Às vezes Amélia pou- falava em cima, o tique-tique das suas botinas batia o
70
sava a costura e tomava o gato no colo; Amaro che- soalho... Adeus! a devoção caía como uma vela a que
35
gava-se, corria a mão pela espinha do maltês que se falta o vento; as boas resoluções fugiam, e lá volta-
53
arredondava, fazendo um ronrom de gozo. vam as tentações em bando a apoderar-se do seu cé-
03
E a voz de Amaro murmurava, perturbada: então a sua liberdade perdida: como desejaria não a
AR
Depois a S. Joaneira erguia-se para dar o remédio à bios e de economia, e passear pela sua horta quando
LO
idiota ou ir palrar à cozinha. Eles ficavam sós; não fa- as alfaces verdejam e os galos cacarejam ao sol! Mas
lavam, mas os seus olhos tinham um longo diálogo Amélia, de cima, chamava-o – e o encanto recomeça-
LA
bamboleando a perna.
4A
pressa; e a espaços, erguendo o busto, mirava o ali- ordenado e em breve irá para Roma continuar seus estu-
3
53
nhavado ou o pesponto, passando-lhe por cima, para dos, graças à boa relação que mantém com o bispo. Antes,
03
o assentar, a sua unha polida e larga. contudo, deve trabalhar em uma paróquia. É enviado para
Los Reyes para atuar sob as ordens do padre Benito (Sancho
JO
da cor dos seus vestidos, do seu andar, do modo de pas- corrupta e contraditória. Lá Amaro conhece a linda e devota
AR
sar os dedos pelos cabelos, e olhava até com ternura Amélia (Ana Claudia Talancón), filha de Sanjuanera (Angéli-
S
para as saias brancas que ela punha a secar à janela do ca Aragón), dona do restaurante mais importante da cidade
PE
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é confrontado com a hipocrisia da Igreja, que condena as
guerrilhas, mas convive com chefes do tráfico de drogas.
PA
(1h42, 2002. Disponível em: <adorocinema.com/filmes/
NA
filme-49421/>. Acesso em: 14 mar. 2015).
4A
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70
35
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O Primo Basílio (1878)
A
Jorge e Luísa são um casal da burguesia lisboeta. Convi-
UL
vem num círculo de amizades formado, entre outros, pelo
PA
Conselheiro Acácio, homem apegado a convenções sociais; NA
Dona Felicidade, que nutre uma paixão por ele; e Sebas-
tião, o melhor amigo de Jorge.
4A
que faz com que ela se imagine vivendo uma das aventu-
ras amorosas de suas leituras românticas. Eles se tornam momento em que Juliana está só e, com ameaças de pri-
O
amantes, passando a trocar cartas de amor. Luísa encontra são, obtém as cartas. Vendo escapar-lhe o sonho de enri-
UJ
estímulo na amiga Leopoldina, mulher casada, coleciona- quecimento, Juliana tem uma síncope e morre. Sebastião
A
AR
tas com planos de enriquecimento rápido. uma carta de Basílio. Imaginando que a causa da doença
LO
Para escapar das desconfianças dos vizinhos, o casal de da esposa seja algum problema familiar de cujo conhe-
cimento ela o poupa, Jorge abre a carta. Nela, Basílio re-
LA
do lugar, chamam-no de Paraíso. Ali vivem tórridas cenas a esposa melhora, Jorge lhe mostra a carta de Basílio.
de amor. Com o tempo, Luísa percebe um esfriamento na Luísa sofre um choque e, alguns dias depois, morre.
NA
paixão de Basílio, que passa a tratá-la com certo desprezo. (Disponível em: <educacao.globo.com>. Acesso em: 14 marco. 2015).
4A
Juliana apodera-se de algumas cartas trocadas entre os Trechos do segundo e terceiro capítulos do romance O pri-
30
retorna a Paris.
53
03
lhe devolver as cartas. Para conter seus ímpetos, Luísa vê-se pequena reunião, uma cavaqueira, na sala, em redor
AU
obrigada a conceder à empregada uma série de privilégios: do velho candeeiro de porcelana cor-de-rosa. Vinham
AR
presenteia-lhe com seus vestidos, deixa seu quarto mais apenas os íntimos. O “Engenheiro”, como se dizia na
S
confortável e chega até mesmo a substituí-la em alguns rua, vivia muito ao seu canto, sem visitas. Tomava-se
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chá, palrava-se. Era um pouco à estudante. Luísa fazia Sempre tivera o gosto perverso de certas mulheres
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crochê, Jorge cachimbava. pela calva dos homens, e aquele apetite insatisfeito
NA
inflamara-se com a idade. [...]
O primeiro a chegar era Julião Zuzarte, um parente
4A
muito afastado de Jorge e seu antigo condiscípulo nos Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço
30
primeiros anos da Politécnica. Era um homem seco e entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no
70
nervoso, com lunetas azuis, os cabelos compridos caí- queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um
35
dos sobre a gola. Tinha o curso de cirurgião da Escola. pouco amolgada no alto; tingia os cabelos que de uma
53
Muito inteligente, estudava desesperadamente, mas, orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca – e
03
como ele dizia, era um tumba. Aos trinta anos, pobre, aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho
JO
com dívidas, sem clientela, começava a estar farto do à calva; mas não tingia o bigode: tinha-o grisalho, farto,
caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tira-
AU
seu quarto andar na Baixa, dos seus jantares de doze
vinténs, do seu paletó coçado de alamares; e entalado va as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
AR
na sua vida mesquinha, via os outros, os medíocres, os as orelhas grandes muito despegadas do crânio.
S
superficiais, furar, subir, instalar-se à larga na prosperi-
PE
[...]
dade! “Falta de chance”, dizia. [...]
LO
Houve um silêncio comovido, e à porta uma voz
Como vinha mais cedo ia à sala de jantar, tomava a fina, disse:
A
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sua chávena de café; e tinha sempre um olhar de lado
– Dão licença?
PA
para as pratas do aparador e para as toaletes frescas
de Luísa. [...] – Oh, Ernestinho!... – exclamou Jorge.
NA
Às nove horas, ordinariamente, entrava D. Felicidade Com um passo miudinho e rápido, Ernestinho veio
4A
de Noronha. Vinha logo da porta com os braços es- abraçá-lo pela cintura:
30
tendidos, o seu bom sorriso dilatado. Tinha cinquenta – Eu soube que tu partias, primo Jorge... Como está,
70
formas transbordavam. Já se viam alguns fios brancos Era primo de Jorge. Pequenino, linfático, os seus mem-
03
um pouco devota, muito da Encarnação. Luísa bordava, calada; a luz do candeeiro, abatida
PA
Capítulo III
0
– O Conselheiro? Vem.
57
[...]
3
[...]
Nascera em Lisboa. O seu nome era Juliana Couceiro
53
03
Havia cinco anos que D. Felicidade o amava. Em casa Tavira. Sua mãe fora engomadeira. [...]
de Jorge riam-se um pouco com aquela chama. Luísa
Servia, havia vinte anos. Como ela dizia, mudava de
JO
O Conselheiro era a sua ambição e o seu vício! Havia mir em cacifos, a levantar-se de madrugada, a comer
AR
sobretudo nele uma beleza, cuja contemplação demo- os restos, a vestir trapos velhos, a sofrer os repelões
S
rada a estonteava como um vinho forte: era a calva. das crianças e as más palavras das senhoras, a fazer
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despejos, a ir para o hospital quando vinha a doença,
PA
a esfalfar-se quando voltava a saúde!... Era demais!
NA
Tinha agora dias em que só de ver o balde das águas
4A
sujas e o ferro de engomar se lhe embrulhava o estô-
mago. Nunca se acostumara a servir. Desde rapariga a
30
sua ambição fora ter um negociozito, uma tabacaria,
70
uma loja de capelista ou de quinquilharias, dispor, go-
multimídia: livro
35
vernar, ser patroa; mas, apesar de economias mesqui-
53
nhas e de cálculos sôfregos, o mais que conseguira
03
Antologia de textos da Questão Coimbrã –
juntar foram sete moedas ao fim de anos; tinha então Alberto Ferreira Maria José Marinho
JO
adoecido; com o horror do hospital fora tratar-se para Livro de apoio aos estudos de História e Literatura Portugue-
AU
casa de uma parenta; e o dinheiro, ai! derretera-se! sa. As notas, os textos escolhidos e a bibliografia formam
AR
No dia em que se trocou a última libra, chorou horas
um conjunto extremamente valioso de manuseamento e
com a cabeça debaixo da roupa.
compreensão fáceis, instrumento imprescindível de trabalho.
S
PE
Apesar de seu dia a dia abrutalhado, Juliana sonhava
LO
com um futuro de grande dama. Curiosidade
A
Ficou sempre adoentada desde então; perdeu toda a O romance O primo Basílio também foi adaptado para a
UL
esperança de se estabelecer. Teria de servir até ser ve- fotonovela em uma livre versão de Mário Miguel.
PA
lha, sempre, de amo em amo! Essa certeza dava-lhe NA
uma desconsolação constante.
4A
Começou a azedar-se.
30
[...]
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pôr o pé no pescoço!
O
todas nervosas...
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[...]
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DIAGRAMA DE IDEIAS
NA
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REALISMO NA EUROPA
03
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SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX;
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FIM DA ESTÉTICA ROMÂNTICA;
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CRÍTICA AOS VALORES BURGUESES.
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EUROPA
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PROJEITO REALISTA
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QUESTÃO COIMBRÃ
03
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CONFERÊNCIAS DEMOCRÁTICAS
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PROSA POESIA
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1840 dificilmente poderia fazer de alguém um grande
AULAS 19 E 20 nome da literatura brasileira.
PA
Machado perdeu a mãe muito jovem e, à custa de mui-
NA
to esforço próprio, acumulou uma excelente formação na
4A
área das humanidades e da cultura. É de 1855 uma das
30
primeiras publicações de Machado, um poema chamado
70
REALISMO NO BRASIL: "Ela", no jornal Marmota Fluminense. A partir daí, Macha-
35
do quase nunca parou de publicar.
MACHADO DE ASSIS
53
03
Acadêmia Brasileira de Letras – ABL
JO
AU
Machado de Assis foi um dos fundadores da ABL, em
1896. Ocupou a cadeira número 23 e se tornou, em
AR
COMPETÊNCIA: 5 1897, o primeiro presidente da Acadêmica. Cargo que
S
ocuparia até a sua morte.
PE
15, 16 e 17
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HABILIDADES:
A
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1. Realismo: contexto PA
NA
4A
de produção
30
Roberto Schwarz
to amada e revisora da obra de Machado. Carolina seria
A
A abolição é um tema cuja discussão não afeta somente os Em que descansas dessa longa vida,
U
imperial torna-se iminente. Propagandas republicanas co- Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
4A
meçam a aparecer e as bases que sustentavam a ideologia Fez a nossa existência apetecida
e a sociedade romântica começam a ruir.
30
Nessa direção, a realidade brasileira altera-se profunda- Trago-te flores, - restos arrancados
57
mente e é Machado de Assis quem passará a desenvolver Da terre que nos viu passar unidos
3
53
um olhar mais cético e real para analisar a sociedade do E ora mortos nos deixa e separados.
03
Segundo Império de forma ácida e fiel. Que eu, se tenho nos olhos malferidos
Pensamentos de vida formulados,
JO
Nascido em 1839, Joaquim Maria Machado de Assis teve Janeiro. Sua morte impacta a sociedade e seu funeral é
S
uma infância difícil. Era pobre, negro, gago e epilético, um feito em grande estilo, algo digno das grandes persona-
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2.1. Primeira fase
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perfeição no dia em que nos disser o número exato dos
fios de que se compõe um lenço de cambraia ou um
PA
Comumente, divide-se a carreira de Machado de Assis em esfregão de cozinha. Quanto à ação em si, e os episódios
NA
duas fases, haja vista que é uma de suas obras que irá mar- que a esmaltam, foram um dos atrativos d’ O Crime do
car o início do Realismo no Brasil. A primeira delas envolve Padre Amaro, e o maior deles; tinham o mérito do pomo
4A
defeso. E tudo isso, saindo das mãos de um homem de
alguns contos, poemas e romances, marcados, ainda, por
30
talento, produziu o sucesso da obra.
algumas características românticas, embora, mesmo neles,
70
Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/
já despontassem alguns traços de genialidade.
35
index.php>. Acesso em: Mar. 2021.
53
Obras como Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Assim, emerge a famosa ironia machadiana, a partir da
03
Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878) apresentam, assim, ideia de que para descrever a realidade era preciso fazer
elementos marcantes dos romances de Machado, como com que a linguagem simulasse-a. De tal modo, a partir
JO
a preocupação com a relação entre a ascensão social e de personagens pertencentes à própria aristocracia que
AU
o casamento burguês. Nessas obras, notamos histórias de Machado fazia questão de criticar, o autor contava tramas
AR
amor envolvendo uma estrutura narrativa romântica, isto cujo paralelo entre texto e realidade configurava intensa
é, com começo, meio e fim bem delimitados, mas já com
S
ironia na expressão das opiniões éticas do criador da obra.
PE
críticas ao dinheiro e a família. Pode-se falar assim, de uma
É importante destacar assim que a ironia de Machado,
LO
espécie de intenção moralizante, no que tange ao tema,
mas ainda preso à forma imposta pelos folhetins. portanto, não está em uma fala debochada ou sarcástica
A
de determinada personagem, mas no contraste do ridículo
UL
entre a fala e o contexto real no qual ela se insere.
2.2. Segunda fase: o realismo machadiano
PA
NA
É com Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1881, que 2.2.2. Aspectos Gerais da obra Machadiana
4A
§ Mulheres-símbolo;
bastante brasileiro, "que pode ter lavores de igual escola,
53
Assis Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Cas- § Digressões;
murro, Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908). Em
A
AR
todos eles, as tramas desenvolvem-se no Rio de Janeiro, ca- § Diálogo com o leitor.
pital do Segundo Império. São obras que narram a hipocrisia
S
çamento sobre esses temas faz com que Machado perce- A narrativa de Brás Cubas marca o Realismo no Brasil. Uma
ba que as relações humanas na sociedade se estruturam a
LA
românticos de se narrar.
textos, vide o final de Brás Cubas: não tive filhos não transmi-
PA
ti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. A trama compreende a autobiografia de Brás Cubas e, logo
NA
2.2.1. O estilo e a linguagem Machadiana narrador protagonistas está contando as suas experiências
após a sua morte. Brás Cubas não teve uma vida excep-
30
O que Machado de Assis entende desde o seu primeiro cional, porém, foi apenas um playboy, membro da elite
0
57
descrição minuciosa e exaustiva das cenas. ra do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara
AR
lidade de um autor, que não esquece nada, e não ocul- e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos
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contos e fui acompanhado ao cemitério por onze ami- Crê que era tão sincero então como agora; a morte
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gos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas não me tornou rabugento, nem injusto.
NA
nem anúncios. Acresce que chovia – peneirava – uma
– Mas, dirás tu, se você não guardou na retina da
4A
chuvinha miúda, triste e constante tão constante e
memória a imagem do que fui, como é que podes
tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora
30
assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-
70
a intercalar esta engenhosa ideia no discurso que
-la depois de tanto anos?
35
proferiu à beira de minha cova: – “Vós, que o conhe-
Ah! Indiscreta! Ah! Ignorantona! Mas é isso mesmo que
53
cestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que
nos faz senhores da terra, é esse poder de restaurar o
03
a natureza parece estar chorando a perda irreparável
de um dos mais belos caracteres que cobrem o azul passado, para tocar a instabilidade das nossas impres-
JO
como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má sões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer o Pascal
AU
que lhe foi à natureza as mais íntimas entranhas; tudo que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata
AR
isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado”. pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição,
que corrige a anterior, e que será corrigida também, até
S
[...]
PE
a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
LO
Brás Cubas viveu uma típica vida burguesa e, o que se re- Assim, a narrativa Machadiana não apenas introduz o re-
A
UL
vela na sua narrativa, é que a típica vida burguesa é, em alismo no Brasil, mas também o particulariza a uma re-
fato, uma vida pautada em máscaras sociais, interesses
PA
alidade moldada por contradições. Mostra-se como um
próprios e motivada pelo dinheiro e ascensão social. Assim, realismo que não caminha em direção à crítica direta, mas
NA
ao contar sua vida, diferentemente do esperado quando há o mergulho na composição psicológica do ser humano, ao
4A
um narrador protagonista nos romances tradicionais, que apresentar personagens de modo fidedigno e longe de
30
valoriza as suas qualidades, o que se revela são os pio- retoques, fazendo com que o leitor reconheça e encare o
70
res traços da sua personalidade, haja vista que não haverá outro e também a si naquelas páginas.
35
Virgília? Mas então era a mesma senhora que alguns realistas, Machado apresenta uma segunda narrativa com
A
anos depois...? A mesma; era justamente a senhora, narrador-personagem, mas, dessa vez, explorando profunda-
AR
que em 1869 devia assistir aos meus últimos dias, e mente o quão confiável pode ser o narrador de uma obra.
S
mais íntimas sensações. Naquele tempo contava Bento Santiago, o Dom Casmurro, é quem decide o que é e o
que não é contado ao leitor, de modo que não podemos saber
LO
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Na mesma medida, revela o quão pouco reais são as rela-
ções burguesas, que apenas seguem uma norma de con- – Você jura?
PA
duta social pautada pela hipocrisia. – Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.
NA
Não interessa, portanto, saber se Capitu traiu ou não traiu
4A
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera
Bentinho, mas sim compreender como Machado retrata ex- deles, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”. Eu
30
traordinariamente o comportamento do homem destroçado não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e
70
pelo ciúme e como, ao deixar a decisão para o leitor, sua queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se
35
literatura invade a realidade: provando-se realista, de fato. fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nun-
53
ca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a do-
03
çura eram minhas conhecidas. A demora da contem-
JO
Capítulo XXXII – Olhos de ressaca
plação creio que lhe deu outra ideia do meu intento;
AU
Tudo era matéria às curiosidades de Capitu. Caso imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de
AR
houve, porém, no qual não sei se aprendeu ou en- perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados
sinou, ou se fez ambas as coisas, como eu. É o que neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos,
S
contarei no outro capítulo. Neste direi somente que,
PE
crescidos e sombrios, com tal expressão que...
passados alguns dias do ajuste com o agregado, fui
LO
[...]
ver a minha amiga; eram dez horas da manhã. D. For-
A
tunata, que estava no quintal, nem esperou que eu
UL
lhe perguntasse pela filha.
PA
2.2.5. Contos: o criticismo no texto breve
– Está na sala penteando o cabelo, disse-me; vá deva-
NA
garzinho para lhe pregar um susto. Machado de Assis não se aventurou somente nos romances,
4A
pode ser que não fosse; era um espelhinho de pataca Seus contos são considerados grandes dentro da literatura
70
– Há alguma coisa?
– Não há nada, respondi; vim ver você antes que o Pa-
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§ Determinismo: conceito utilizado por Taine, crítico
AULAS 21 E 22 literário, na intenção de explicar que o indivíduo era
PA
socialmente condicionado por três fatores, sendo eles,
NA
a raça, o meio e o momento.
4A
30
2. Naturalismo:
70
ESTÉTICA NATURALISTA projeto literário
35
53
No caminho do que foi exposto, inspirados pelas tendências
03
evolucionistas, os naturalistas passaram a ressaltar a falta de
JO
autonomia humana, também coligados às leis da natureza.
AU
Assim, a personagem naturalista age em função da pulsão
AR
sexual que, quase sempre, sobrepõe-se à capacidade de ra-
COMPETÊNCIA: 5 ciocínio (pulsão lógica). Estão aliadas literatura e ciência.
S
PE
Os escritores naturalistas, portanto, exploraram uma ten-
15, 16 e 17
LO
HABILIDADES:
dência que corroborou com a visão cientificista. Buscavam
A
olhar para a realidade por meio da lente das teorias deter-
UL
ministas e evolucionistas. O grande nome do Naturalismo
PA
na Europa será Émile Zola.
1. Naturalismo: um
NA
Zola irá definir o Naturalismo literário como a aplicação da
4A
O projeto literário do Naturalismo surge em paralelo ao do objetivo desses romances se faz na exaltação do modelo
70
Realismo, haja vista que são duas escolas que se configu- cientificista. Zola, contudo, vai um pouco além, pois pensa
35
ram na segunda metade do século XIX. Diferentemente que na compreensão dos seres humanos, a partir de suas
53
do Realismo, porém, o Naturalismo acentua sua vertente pulsões, pode-se alcançar o melhor dos mundos.
03
§ Positivismo: Comte propôs a filosofia positivista, nela, Dada a percepção de que o ser humano não é nada mais do
PE
o saber científico seria um saber superior aos demais. que mais um animal preso às leis da natureza, o romance
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naturalista passa a buscar uma forma revelar como as pesso- Azevedo foi um escritor que, antes do lançamento de O
as, ao serem submetidas a condições precárias, perdem a hu- mulato, publicou uma notícia em um jornal anunciando a
PA
manidade e passam a adotar comportamentos animalescos. chegada de um advogado na cidade. O advogado era um
NA
“Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das personagem de um romance que ele iria publicar. O suces-
4A
impressões que ele recebeu chegando aqui: ela era a luz so da campanha publicitária fez com que Azevedo tivesse
sucesso com o público, garantindo que ele pudesse sobre-
30
ardente do meio-dia; (...) ela era a cobra verde e traiço-
eira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava viver como escritor profissional. Azevedo foi consagrado
70
havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhan-
35
como um "romancista das massas".
do-lhe os desejos, acordando-lhe as fibras embambeci-
53
das pela saudade da terra, picando-lhe as artérias, para Contudo, é a partir de O cortiço e com Casa de Pensão que
03
lhe cuspir dentro do sangue uma centelha daquele amor a crítica literária olha para Azevedo. No primeiro, Aluísio
setentrional, uma nota daquela música feita de gemidos
JO
de Azevedo constrói um romance de tese com a intenção
de prazer, uma larva daquela nuvem de cantáridas que
de provar o determinismo do meio. Assim, conta a história
AU
zumbiam em torno da Rita Baiana e espalhavam-se pelo
de um cortiço, cujo dono é João Romão, também dono de
AR
ar numa fosforescência afrodisíaca.”
pedreira e de uma taverna. Com ele, mora Bertoleza, uma
AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).
S
negra supostamente alforriada.
PE
Ainda no alinhamento com a ciência, é importante destacar
Próximo ao cortiço, há um sobrado, onde mora Miranda
LO
que uma grande característica naturalista era a presença
e sua família, o comendador. É o sobrado o símbolo de
do fogo narrativo em terceira pessoa. A fim de evitar sub-
A
ascensão que Romão almeja. O que Aluísio de Azevedo irá
UL
jetivações, o olhar objetivo se dá a partir de uma espécie
nos mostrar, assim, é o que acontece quando um homem
PA
de narrador cientista, que tudo vê com olhar fotográfico,
honesto é inserido dentro do cortiço: visto como um am-
a compor um espaço que se forma pela sobreposição de
NA
biente de degradação.
várias imagens, um quadro final de múltiplas perspectivas
4A
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DIAGRAMA DE IDEIAS
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NATURALISMO
03
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CIENTIFICISMO;
AR
TEORIA EVOLUCIONISTA;
S
DETERMINISMO E POSITIVISMO.
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PROJETO NATURALISTA
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ÉMILE ZOLA
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ROMANCE DE TESE
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AUJ
BRASIL
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ALUÍSIO DE AZEVEDO
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CORTIÇO E CASA
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DE PENSÃO
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abandono em relação a certos parâmetros formais em fun-
AULAS 23 E 24 ção da subjetividade.
PA
Assim, poetas passaram a lançar mão de um movimento
NA
antirromântico. Na França, em 1886, Théophile Gautier e
4A
Leconte de Lisle corroboram o lançamento de uma anto-
30
logia chamada O Parnaso contemporâneo. A antologia de-
70
PARNASIANISMO fendia o fim das lamentações românticas e a necessidade
35
de tratar a poesia de uma forma mais objetiva e ligada à
E SIMBOLISMO
53
arte, isto é, a arte pela arte.
03
JO
O PARNASO
AU
O nome Parnaso faz referência a uma montanha gre-
AR
COMPETÊNCIA: 5 ga homônima. De acordo com a mitologia grega, o
S
monte seria a morada do deus Apolo e das musas ins-
PE
15, 16 e 17 piradoras dos artistas. O aceno para a tradição grega,
LO
HABILIDADES:
assim, demonstra que os poetas buscavam o resgate
A
de uma visão de arte cujo objetivo é a perfeição e a
UL
beleza formal, adquiridas por intermédio do trato cui-
PA
dadoso e detalhista (técnica).
Nenhum dos poetas da nova geração quer fazer do
NA
verso um instrumento sem vida; nenhum deles quer
4A
transformar a Musa num belo cadáver. O que eles não No alicerce da edificação parnasiana, portanto, estava a
querem é que a Vênus grega seja coxa e desajeitada e
30
não existe para outra coisa que não ela mesma, tais ideias
53
2. Parnasianismo no Brasil
O
projeto literário
A UJ
tas, que buscam novas lentes para observar a realidade. Na fatos históricos, entre outros elementos que evocam
AU
Para entender bem como isso se dá, é preciso relembrar que § formalismo: preocupação com a técnica, o metro, o
S
por séculos a poesia foi campo de expressão de sentimentos ritmo, a rima, tudo deveria ser elaborado de forma har-
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UL
§ contenção lírica: sem exasperados sentimentos român- Olavo foi um dos poetas mais populares do Brasil, é dele,
ticos diante de objetos poéticos. por exemplo, a autoria do Hino à Bandeira. Olavo foi consi-
PA
derado um mestre dos sonetos em especial pela ampla lei-
§ resgate dos temas clássicos: referências mitológicas e
NA
tura de Bocage e de Camões. Trouxe o culto ao formalismo
históricas.
4A
como uma devoção poética e registrou o desejo poético
§ preciosismo: busca pela palavra exata. como a tarefa de um ourives, ao implementar às palavras o
30
rebuscamento e a beleza.
70
§ arte pela arte: a função essencial da arte é ela mesma.
35
No Brasil, o parnasianismo surgiu a partir de polêmicas, Em muitos de seus poemas, notava-se o preciosismo vo-
53
como "A batalha do Parnaso", em que houve o debate cabular, a busca por rimas raras e a forma perfeita. Olavo
03
sobre a possibilidade de uma poética filosófico-científica Bilac, assim, encarava o objeto poético como uma espécie
JO
para a época. A polêmica mobilizou o cenário cultural, já de jóia na grande maioria de suas produções. Contudo, o
autor também explorou poemas ufanistas sobre a terra
AU
que o público, até aquele momento, estava apegado aos
arrebatamentos românticos. brasileira e, até mesmo, um lirismo erótico (romantismo
AR
erotizado) em parte de sua carreira.
O marco literário, contudo, foi a publicação do livro Fan-
S
PE
farras, de Teófilo Dias, em 1882 – obra que incorporou os Seus poemas mais conhecidos e mais cantados, porém, fo-
ram aqueles em que dentro da beleza e do rebuscamento
LO
princípios do projeto parnaso. Apesar de Teófilo ter iniciado
o movimento, os nomes de maior destaque dentro do Par- parnaso, foi capaz de encontrar um lirismo um pouco mais
A
sentimental, por meio do qual Bilac parecia demonstrar
UL
nasianismo brasileiro foram: Olavo Bilac (cuja história diz
que de tão famoso, as pessoas, ao cruzarem com ele na que o Parnasianismo não deveria deixar de explorar em
PA
rua, começam a recitar os seus versos mais belos), Raimun- totalidade a passibilidade.
NA
do Correia, Alberto Oliveira e Vicente Carvalho. Sendo que XIII
4A
Profissão de Fé
NA
4A
Victor Hugo
0
57
Hercúleo e belo,
53
Com o camartelo.
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Para, brutal,
Erguer de Atene o altivo porte
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Descomunal.
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Seduz-me um leve relicário No azul da adolescência as asas soltam,
De fino artista. Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
PA
E eles aos corações não voltam mais...
Invejo o ourives quando escrevo:
NA
Imito o amor CORREIA, Raimundo. Poesias. Rio de Janeiro: Agir, 1976.
4A
Com que ele, em ouro, o alto relevo
O poema de Correia mostra o voar das aves como uma
Faz de uma flor.
30
cena em que se faz o amanhecer. Os versos de Raimundo,
Imito-o. E, pois, nem de Carrara
70
assim, se mostram conectados a uma pintura da natureza,
A pedra firo:
35
a partir de imagens com grande força poética.
O alvo cristal, a pedra rara,
53
O ônix prefiro
03
[...] 3.3. Alberto de Oliveira:
o segundo príncipe
JO
BILAC, Olavo. Profissão de fé. Disponível em: <http://dominiopublico.
gov.br/download/texto/bi000179.pdf>. Acesso em: Mar. 2021.
AU
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3.2. Raimundo Correia: o
S
poeta das pombas
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70
35
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03
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seu soneto "As pombas". Assim como Bilac, Raimundo Vaso chinês
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também explora certo lirismo em seus poemas, por exem- Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
plo, trazendo imagens sugestivas, que variam entre a des- Casualmente, uma vez, de um perfumado
NA
Vai-se outra mais ... mais outra ... enfim dezenas Em rubras flores de um sutil lavrado,
3
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas, Também lá estava a singular figura.
AU
Ruflando as asas, sacudindo as penas, Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Voltam todas em bando e em revoada... Sentia um não sei quê com aquele chim
AR
Os sonhos, um por um, céleres voam, OLIVEIRA, Alberto. Vaso chinês. Disponível em: <https://academia.org.br/
PE
Como voam as pombas dos pombais; academicos/alberto-de-oliveira/textos-escolhidos>. Acesso em: Mar. 2021.
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4. Simbolismo: projeto literário
UL
1944) envolveu-se com a publicação de duas revistas aca-
dêmicas: Os insubmissos e Boêmia nova, ambas defenso-
PA
A arte simbolista reflete o lado mais sensível das transfor- ras do Simbolismo francês.
NA
mações que marcam o final do século XIX, em especial os
Com a publicação da obra Oaristos (1890) definiu algumas
4A
sentimentos de incerteza e pessimismo, capazes de expor
características da nova escola, como o uso de rimas novas e
um olhar questionador para a realidade e a busca pelas
30
raras, novas métricas, aliterações, sinestesias e vocabulário
representações mais abstratas.
70
musical. Essa técnica tem inspiração em Paul Verlaine: busca
35
A fim de investigar o desconhecido incerto, os autores des- intensa de musicalidade, como neste poema Um sonho.
53
se período irão apostar na experiência dos símbolos e das
03
sensações, e quais analogias podem ser extraídas dele em
relação ao mundo visível. Esses símbolos, partirão de um
JO
mergulho na subjetividade e, ao contrário do parnasianis-
AU
mo, os poetas irão de encontro à produção poética sem o
AR
auxílio da razão.
S
No campo das artes visuais, o Impressionismo e o Expres-
PE
sionismo ajudam a sintetizar as características da tendên-
LO
cia artística do período.
A
UL
O simbolismo também tem origem na França, a partir das
PA
produções de poetas como Baudelaire, Verlaine e Mallar-
mé. O termo aparece pela primeira vez em 1886, por meio
NA
do escritor francês Jean Moréas, que vai dizer que a arte
4A
simbolista não revela ideias, mas as sugere a partir das ex- Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...
30
periências sensoriais que ela evoca no público. O sol, o celestial girassol, esmorece...
70
Graves,
§ Concepção mística do mundo Suaves.
LA
O marco inicial do Simbolismo em Portugal foi Oaristos, de Uns com brilhos de alabastros,
30
Eugênio de Castro, em 1890. O prefácio traz um verdadeiro Outros louros como nêsperas,
0
programa de estética simbolista, com base nas ideias do No céu pardo ardem os astros...
57
Esmorece: desmaia
quando Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro lançaram
Cantinela: cantiga suave, monótona
JO
de 1889, o português Eugênio de Castro e Almeida (1869- Sistros: o mesmo que liras
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6.2. Camilo Pessanha
UL
De posse dessa metáfora para intitular sua obra, Camilo Pes-
sanha chama a atenção para o tempo que flui e para o tema
PA
Camilo Almeida Pessanha (1867-1926) é considerado o da obra: a perda, a efemeridade de tudo quanto passa, a
NA
melhor, mais autêntico e inovador poeta simbolista por- inutilidade da vida, a dor, o medo, a realidade ambígua. Pre-
tuguês cujo trabalho influenciou modernistas posteriores,
4A
dominante na obra é a ideia de que o ser humano só atinge
como Fernando Pessoa. as aparências, nunca a essência das coisas.
30
70
Distante da tendência neorromântica dos escritores do seu Chorai arcadas
35
tempo, incorporou procedimentos muito semelhantes aos Do violoncelo!
53
do francês Verlaine, ao aproximar a poesia da música. Sua Convulsionadas,
Pontes aladas
03
visão de mundo é pessimista, a partir da óptica da ilusão
De pesadelo...
e da dor. Sente-se um verdadeiro exilado no mundo, sob
JO
a impressão de uma verdadeira desintegração de seu ser. De que esvoaçam,
AU
Brancos, os arcos...
Por baixo passam,
AR
Se despedaçam,
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No rio, os barcos.
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Fundas, soluçam
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Caudais de choro...
A
Que ruínas, (ouçam)!
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Se se debruçam,
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Que sorvedouro!...
Trêmulos astros,
NA
Soidões lacustres...
– Lemes e mastros...
4A
E os alabastros
30
Dos balaústres!
70
Urnas quebradas!
35
Blocos de gelo...
53
– Chorai arcadas,
03
Despedaçadas,
Do violoncelo.
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tem poemas que se destacam pela musicalidade e pelo ca- Tenho sonhos cruéis: n’alma doente
S
cones interligados, usado para medição de tempo. O tem- O Simbolismo brasileiro desenvolveu-se paralelamente ao
S
po é medido com base na velocidade de escoamento da Parnasianismo, portanto no mesmo contexto histórico-cul-
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água do cone superior para o inferior. tural. Todavia, desenvolveu-se fora do Rio de Janeiro, com
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a publicação de duas obras do poeta catarinense Cruz e eminentemente branca, padeceu diversas formas de pres-
Sousa: Missal e Broquéis, ambas de 1893, e terminou com são social e preconceitos.
PA
a publicação de Canaã, de Graça Aranha, em 1902.
Fixou-se no Rio de Janeiro em 1886, onde viveu bastante
NA
Como o Parnasianismo, o movimento simbolista também pobre e discriminado pela origem étnica. Ficou conhecido
4A
se projetou no século XX, sendo que sua influência esten- como “Cisne negro” e “Dante Negro”. Teve seu valor reco-
30
deu-se pelo Pré-Modernismo e Modernismo, considerando nhecido somente após a morte.
70
que houve modernistas neossimbolistas.
35
O decadentismo do final do século XIX reflete-se no Sim-
53
bolismo do Brasil, se forem consideradas estas três orienta-
03
ções que o nortearam:
JO
§ Orientação humanístico-social, adotada por Cruz
AU
e Sousa e continuada mais tarde por Augusto dos An-
AR
jos: preocupação com os problemas transcendentais do
ser humano.
S
PE
§ Orientação místico-religiosa, adotada por Alphon-
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sus de Guimaraens: temas religiosos distantes do eso-
A
terismo europeu.
UL
§ Orientação intimista-crepuscular, adotada por pré-
PA
-modernistas e modernistas, como Olegário Mariano, NA
Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel Bandeira Missal e Broquéis, marcos iniciais do Simbolismo no Brasil,
4A
e Cecília Meireles: temas relacionados com o cotidiano, foram publicados em 1893. Sua obra poética conta ainda
sentimentos melancólicos e gosto pela penumbra.
30
A produção em prosa não vingou no Simbolismo brasileiro, A temática de sua poesia é caracterizada pela busca do
35
mesmo com a poesia em prosa de Cruz e Sousa, por exem- transcendente, ao lado do sentimento trágico da existên-
53
Missal
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Fonte: Youtube
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Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
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Que brilhe a correção dos alabastros
NA
Sonoramente, luminosamente.
[...]
4A
(Cruz e Sousa. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ouro, 1957.)
30
Antífona: pequeno verso que se canta antes e depois de um salmo
70
multimídia: livro Turíbulos: vasos para queimar incenso
35
Aras: altares
53
Réquiem: ritual para mortos
03
Cruz e Sousa – Tasso da Silveira Diafaneidades: transparências
Esse livro reúne as mais belas poesias do maior poeta Fuljam: brilhem
JO
simbolista brasileiro: Cruz e Souza. Alabastros: rochas muito brancas, translúcidas
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7.2. Alphonsus de Guimaraens
Broquéis
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São 54 sonetos – forma poética preferida pelo autor nesse
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livro. O branco está presente em diversos jogos e matrizes,
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a luminosidade do luar e da neblina; a neve, as imagens
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vaporosas, os cristais, criando um universo delicado. Sines-
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tesias, assonâncias e aliterações qualificam os poemas. NA
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Antífona
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Ó Formas alvas, brancas, Formas claras O “Solitário de Mariana”, como era conhecido, Afonso
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Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... de parte de sua vida em Minas Gerais, onde exerceu a
Incensos dos turíbulos das aras...
30
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume... pertou nele um sentimento religioso que o acompanha-
ria na poesia, a começar pelos títulos das obras: Kyriale,
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[...]
Setenário das dores de Nossa Senhora, Dona Mística,
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Da alma do Verso, pelos versos cantem. natureza e da arte, que de alguma forma se relacionam
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Obras
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A catedral § Setenário das dores de Nossa Senhora (1899);
Entre brumas, ao longe, surge a aurora,
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§ Dona mística (1899);
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O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol. § Câmara ardente (1899);
PA
A catedral ebúrnea do meu sonho
§ Kiriale (1902);
NA
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.
4A
§ Mendigos (1920);
E o sino canta em lúgubres responsos:
30
O astro glorioso segue a eterna estrada. § Pastoral aos crentes do amor e da morte (1923);
35
Ebúrnea: marfim
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DIAGRAMA DE IDEIAS
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PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
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LITERATURA DO FINAL DO SÉCULO XIX
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RAZÃO EMOÇÃO
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PARNASIANISMO SIMBOLISMO
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ENTRE O MUNDO
DAS IDEIAS E O
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MUNDO VISÍVEL
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2. Euclides da Cunha
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AULAS 25 E 26
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PRÉ-MODERNISMO
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COMPETÊNCIA: 5
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Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha (1866-1909) termi-
PE
15, 16 e 17 nou o curso de Engenharia Militar na Escola Superior de
LO
HABILIDADES:
Guerra, em 1892. Trabalhou na construção da Estrada de
A
Ferro Central do Brasil e, mais tarde, atuou na cidade de
UL
São Carlos do Pinhal (SP) como engenheiro-assistente, na
PA
O termo Pré-modernismo foi criado em 1939 por Tris- Superintendência de Obras. Ao mesmo tempo colaborava
NA
tão de Athayde (pseudônimo de Alceu Amoroso Lima, com artigos para o jornal O Estado de S. Paulo, que o con-
4A
1893-1983) para denominar o “momento de alvoroço vidou para ser correspondente em Canudos – cidade do
intelectual, marcado pelo fim da grande guerra [1914- interior da Bahia – durante o conflito entre o líder Antonio
30
1918] e, entre nós, por toda uma ansiedade de renova- Conselheiro e as forças governistas. Permaneceu no ser-
70
massacre de Canudos.
– Jean Marcel Oliveira Araujo
03
O pré-modernismo compreende um período histórico. sertões, obra que publicaria em 1902 e que o consagraria
AR
des da Cunha, mas uma vez que os movimentos históricos perspicaz: o de grande observador do gênero humano.
marcaram o início do Modernismo no Brasil com grandes
JO
algumas das obras publicadas entre 1902, ano de publica- da Cunha, Augusto dos Anjos, D. Pedro II, Oliveira Lima,
S
ção de Os Sertões, de Euclides da Cunha, e 1922, ano da Manuel Bandeira, Nina Rodrigues e outros.
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2.1. Os sertões
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4A
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As forças governistas acabaram por aniquilar
o primitivo exército de jagunços.
53
03
Na terceira parte, finalmente, desenrola-se a luta, organi-
zada em seis episódios: Preliminares, Travessia do comboio,
JO
Expedição Moreira César, Quarta expedição, Nova fase da
AU
luta e Últimos dias.
AR
Trecho da segunda parte, O homem, de Os sertões.
S
PE
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Os sertões situa-se entre a literatura, a sociologia e a ci-
PA
ência. Trata-se de uma análise sociocultural que revelou
ao brasileiro um mundo desconhecido, de miséria abso-
NA
luta. O rigor científico de Euclides da Cunha – de linha
4A
para Os sertões o vocabulário preciso de seu ofício e or- A sua aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista,
ganizou o livro em três partes – a terra, o homem e a luta
S
–, com o intuito de trazer ao leitor uma visão completa do peno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas.
LO
Na primeira parte, o narrador descreve a terra, palco reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem
U
onde foi representada a trágica peleja entre brasileiros-ir- firmeza, sem aprumo, quase gigante e sinuoso, aparenta a
PA
mãos que se desconheciam e que o destino colocou no translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura
NA
são trazidos à cena: Volta-Grande, Pajeú, Pedrão, João para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira
AR
Abade, Trança-Pés, Boca-Torta, Chico-Ema, bem como os conversa com um amigo, cai logo – cai é o termo – de có-
S
coronéis Moreira César e Tamarindo, o general Machado coras, atravessando largo tempo num posição de equilíbrio
PE
Bitencourt e muitos militares. instável, em que todo seu corpo fica suspenso pelos dedos
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grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma
simplicidade a um tempo ridícula e adorável.
PA
É o homem permanentemente fatigado.
NA
4A
Reflete a preguiça invencível, a atonia muscular perene, em
tudo: na palavra remorada, no gesto contrafeito, no andar
30
desaprumado, na cadência langorosa das modinhas, na
70
tendência constante à imobilidade e à quietude. multimídia: vídeo
35
Fonte: Youtube
53
Entretanto, toda esta aparência de cansaço ilude.
03
Guerra de Canudos
Nada é mais surpreendedor do que vê-la desaparecer de
Em 1893, Antônio Conselheiro (José Wilker) e seus se-
JO
improviso. Naquela organização combalida operam-se, em
segundos, transmutações completas. Basta o aparecimen- guidores começam a tornar um simples movimento em
AU
to de qualquer incidente exigindo-lhe o desencadear das algo grande demais para a República, que acabara de
AR
energias adormidas. O homem transfigura-se. [...] ser proclamada e decidira por enviar vários destacamen-
tos militares para destruí-los. Os seguidores de Antônio
S
PE
Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova
LO
ordem não podia aceitar que humildes moradores do
sertão da Bahia desafiassem a República.
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É natural que estas camadas profundas da nossa estratifi-
cação étnica se sublevassem numa anticlinal extraordinária
NA
– Antônio Conselheiro...
multimídia: vídeo
4A
A imagem é corretíssima.
30
Fonte: Youtube
70
Deus e o Diabo na terra do sol Da mesma forma que o geólogo interpretando a inclinação
35
te de uma criança, Rosa mata o beato. Simultaneamen- É difícil traçar no fenômeno a linha divisória entre as tendên-
LO
te, Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um matador cias pessoais e as tendências coletivas; a vida resumida do
LA
de aluguel a serviço da Igreja católica e dos latifundiá- homem é um capítulo instantâneo da vida de sua sociedade.
U
rios da região, extermina os seguidores do beato. Acompanhar a primeira é seguir paralelamente e com mais
PA
3. Lima Barreto
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0
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Os Sertões – Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa. e, à época, designados como mestiços, Lima Barreto sofre
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preconceito durante toda sua vida. Seja pela cor de pele, seguinte, tornou-se escriturário do Ministério da Guerra.
seja pela questão financeira. Temas que o autor irá abordar Permanece na função até se aposentar. Em 1905, adentra a
PA
de maneira intrínseca em sua obra. Sua mãe morre quando área do jornalismo com algumas reportagens escritas para o
NA
o autor tem apena sete anos. Por ser afilhado do Visconde Correio da Manhã. Funda a revista "Floreal", em 1907, que
4A
de Ouro Preto, pode ter acesso a uma educação de quali- lança apenas quatro números.
30
dade, estudando no Colégio Pedro II e, seguidamente, na Sua estréia literária é marcada pelo romance Recordações
70
Politécnica do Rio de Janeiro. do Escrivão Isaías Caminha (1909). O texto conta a história
35
de um jovem afrodescendente que vem do interior para a
53
cidade e sofre sérios preconceitos raciais. Há alto tom auto-
03
biográfico bem como uma bela satira do jornalismo carioca.
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multimídia: vídeo
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Fonte: Youtube
Policarpo Quaresma, herói do Brasil
NA
O major Policarpo Quaresma é um sonhador. Um visio-
4A
Lima Barreto: triste visionário – Lilia Schwarcz associando a temática à questão de classe.
LA
Durante mais de dez anos, Lilia Moritz Schwarcz mergu- Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia
U
realizar um perfil biográfico que abrangesse o corpo, a sem... Em que lhe contribuía para a felicidade saber o
4A
alma e os livros do escritor de Todos os Santos. Essa, nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante
é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das
que é a mais completa biografia de Lima Barreto des-
30
discutida nos trabalhos sobre sua vida. como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu
AU
Lima Barreto se viu obrigado a largar o curso. Seu pai ha- inúmeros? Outra decepção. A sua vida era uma decepção,
PE
via enlouquecido e cabia a ele sustentar os irmãos. No ano uma série, melhor, um encadeamento de decepções.
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A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma cria- documentalmente que o autor era filiado a um grupo
do por ele no silêncio de seu gabinete. paulista de eugenia. A revisão necessária, contudo, não
PA
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível anula o fato de que por anos o autor foi estudado dentro
NA
em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
do pré-modernismo brasileiro, seja como autor, seja como
4A
ponto polêmico, seja como conservador, seja como um in-
4. Monteiro Lobato centivador da literatura infantil.
30
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5. Augusto dos Anjos
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30
tenha incentivado à produção de uma obra precursora da Caricatura de Augusto dos Anjos
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A literatura de Lobato não para por aí, porém. Dono de fe. No contato com o ambiente acadêmico, familiarizou-se
editora, foi autor de obras que tratavam o regionalismo no com a ciência e absorveu de tal maneira termos científicos
S
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país, como Urupês (1918), conto em que se encontra o fa- que passou a usá-los cotidianamente, até mesmo em seus
LO
moso personagem Jeca Tatu: poemas. Sempre voltado para a literatura, publicou em edi-
[…] a verdade nua manda dizer que entre as raças va- ção particular o livro de poemas Eu, que causou enorme
LA
riadas do matiz, formadoras da nacionalidade e metidas polêmica, pois o público, acostumado com a linguagem
U
evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada A poética de Augusto dos Anjos nasceu de uma situação
a põe de pé. […] Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, histórica híbrida. Influenciado pelas ciências da época, o
4A
maravilhoso epitome de carne onde se resumem todas poeta parecia encantado com o uso de termos científicos.
30
as características da espécie. […] De pé ou sentado, as Seria uma forma de inovar a poesia. Embora empregasse
0
cora-se em frente ao fogo para “aquentá-lo, imitado da deiras essências misteriosas, despertando-lhe um fascínio
53
mulher e da prole. […] Pobre Jeca Tatu! Como és bonito por aquilo que ele não conhecia.
03
Hoje, a literatura de Lobato parece estar sendo revista, identificado sempre com os sofrimentos da população do cam-
AR
uma vez que se percebe a reprodução de certos preconcei- po e da cidade marginalizada pelo progresso capitalista.
S
tos (étnicos e regionais) dentro de suas obras. Além disso, A doença, a dor e a desilusão de viver estão muito presentes
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Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
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Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
NA
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
4A
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
30
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
70
multimídia: livro Escarra nessa boca que te beija.
35
53
(Augusto dos Anjos) Euclides da Cunha
03
Antologia poética de Augusto dos
Anjos – Ivan Cavalcanti Proença
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Augusto dos Anjos é um poeta estranho, perturbador, in-
AU
quietante e, como não poderia deixar de ser, capaz de
AR
grande sedução. O vocabulário pouco comum, a multipli-
cidade de influências literárias que recebe e recria, tornan-
S
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do-se inclassificável, e principalmente, o desespero radical
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com que tematiza o fim de todas as ilusões românticas
são alguns motivos de sua rejeição e paradoxal aceitação.
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5.1. Eu PA
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poesia de negação.
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Versos íntimos
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DIAGRAMA DE IDEIAS
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PRÉ-MODERNISMO
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UM PERÍODO DE TRANSIÇÃO
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ESCRITORES DE CARÁTER MODERNISTA
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1902 1912 1915
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TRISTE FIM DE
OS SERTÕES EU POLICARPO
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QUARESMA
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LIMA BARRETO
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1922 1918
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SEMANA DE
URUPÊS
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ARTE MODERNA
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MODERNISMO
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Competência 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para
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sua vida.
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H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
30
H2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
70
H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
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H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.
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Competência 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas
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e grupos sociais.
H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
JO
H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
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H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
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H8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.
Competência 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da iden-
S
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tidade.
H9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
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H10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
A
Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para
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H11
diferentes indivíduos.
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Competência 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da
própria identidade.
NA
H12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
4A
H13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
30
H14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.
70
Competência 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a
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natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
53
H15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
03
H16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
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Competência 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da reali-
dade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
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H18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
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H20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional
LO
Competência 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não-verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
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H23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção,
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H24
chantagem, entre outras.
4A
Competência 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização
do mundo e da própria identidade.
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H25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
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H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
53
Competência 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida
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pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte,
às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
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H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
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H30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem
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3
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ENTRE LETRAS
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LINGUAGENS, CÓDIGOS
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e suas tecnologias
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Gramática e Literatura
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ENTRE LETRAS
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Lucas Limberti, Murilo de Almeida Gonçalves, Pércio Luis Pereira e Rodrigo Martins
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