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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA – TÓPICOS INTEGRADORES II

Josiane Francisca de Oliveira da Silva


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Pedagogia

A inserção da temática étnico-racial na educação infantil visa garantir uma


educação que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele. Contar
histórias é uma maneira encontrada pelos pesquisadores de resgatar a cultura
afro-brasileira, indígena e africana, que sensibiliza não só os estudantes, mas a
escola num todo. Nós percebemos que a escola não trata dessas questões,
mas elas existem com as crianças, sobretudo com as meninas negras, que
desde muito cedo já não se sentem representadas nas histórias. As princesas
na maioria das vezes são loiras, com personagens que não têm nem a cor e
nem o cabelo como delas, isso faz com que tenhamos uma construção de um
estereótipo do que é ser princesa, do que é ser bonita, as escolas contam com
decorações tradicionais que são compostas pelos padrões impostos pela
sociedade, com bonecos pintados na parece com a cor da pele branca, ou com
bonecos de cabelo loiro e magro, não contam com uma decoração que
compõem no todo todos os tipos de diferenças.
A contação de histórias é uma maneira lúdica de fazer essa reflexão sobre a
temática, assim as crianças desenvolvem o imaginário, envolvem com os
personagens, e conseguem se apropriar dos temas. Em relação aos alunos é
possível perceber que após a contação de história há crianças que dizem que
seu cabelo é lindo, que adoram a cor da sua pele; conseguem se identificar na
história. Ninguém nasce preconceituoso. Essa é uma ideia que desenvolvemos
na infância, principalmente por influência da família e da sociedade. O que a
criança escuta de familiares e outros adultos de referência, como professores,
para ela é correto. É preciso que se desenvolva uma cultura de valorização da
diversidade, para exercerem desde cedo a função social e que possibilite
a compreensão das semelhanças entre os seres humanos e a diversidade
existente em cada um deles.
Todos somos semelhantes, mas todos nós somos únicos e por isso, temos as
nossas diferenças. Ao trabalhar a diversidade em sala de aula, é preciso
desenvolver um olhar empático, em todos os aspectos, do aluno aos
colaboradores, entre os educadores e as família. O papel da educação em
direitos humanos é criar condições de conhecimento e transformação da
consciência sobre o contexto sócio-histórico e cultural em que os indivíduos se
inserem, criando condições de questionamento crítico e transformação social
por meio do processo educativo reflexivo.
Podemos fazer no ambiente escolar várias atividades e projetos que tragam a
valorização da cultura negra, tais como, buscar a sensibilização através da
leitura do Livro “Menina Bonita do Laço de Fita” é um livro muito popular e um
dos principais recursos na hora de trabalhar a consciência negra. O livro conta
a história de uma linda menina negra que desperta a admiração de um coelho
branco, que deseja ter uma filha tão pretinha quanto ela. Cada vez que ele lhe
pergunta qual o segredo de sua cor, ela inventa uma história. O coelho segue
todos os ´conselhos´ da menina, mas continua branco. Com a atividade é
esperado que se desenvolva a socialização, raciocínio, noção de diferenças e
igualdades raciais, tradições, conhecimento da cultura Afrodescendente e o
despertar do interesse por parte do aluno para assuntos relacionados. O que o
aluno poderá aprender com esta aula é tratar a questão das diferenças,
valorizando a diversidade a partir da raça negra.
Outra atividade é envolvendo brincadeiras, como por exemplo, a música
“Escravos de Jó”, primeiro o docente vai realizar a brincadeira com a música
pedindo para que todos cantem e façam os movimentos que a canção sugere e
depois pode estimular a turma através de perguntas para saber se eles tem
conhecimento do que significa. Após a conversa da turma o professor poderá
explicar que, Jó é um personagem bíblico do antigo testamento que possuía
uma grande paciência. Nada indica que Jó tinha escravos e muito menos que
jogavam o tal caxangá. Acredita-se que a cultura negra tenha se apropriado da
figura para simbolizar o homem rico da cantiga de roda. Os guerreiros que
faziam o zigue zigue zá, seriam os escravos fugitivos que corriam em
ziguezague para despistar o capitão-do-mato. O mais difícil de entender é o
que seria o caxangá. Segundo o dicionário Tupi-Guarani-Português, a palavra
vem de caá-çangá, que significa "mata extensa". Assim eles terão consciência
que uma simples música para uma brincadeira tem um significado cultural
enraizado de uma parte da escravidão.

Referencias
SANTOS, Greicielle. A importância de trabalhar questões étnico-raciais na educação
infantil. 2019. Disponível em: https://ufla.br/noticias/pesquisa/12934-a-importancia-de-
trabalhar-questoes-etnico-raciais-na-educacao-infantil-e-tema-de-pesquisa-na-ufla#:~:text=A
%20professora%20Luciana%20Soares%2C%20coordenadora,e%20a%20perceber%20o
%20outro%E2%80%9D.. Acesso em: 25 mai 2021.

CARVALHO, João Deusdete de. Educação em direitos humanos: possibilidades e


contribuições à formação humana. 2016. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/49804/educacao-em-direitos-humanos-possibilidades-e-contribuicoes-
a-formacao-humana#:~:text=O%20papel%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20em
%20direitos%20humanos%20%C3%A9%20criar%20condi%C3%A7%C3%B5es,meio%20do
%20processo%20educativo%20reflexivo.. Acesso em: 25 mai 2021.

SILVA, Karina Steluti. Plano de aula - Brincadeiras de origem africana. 2020. Disponível em:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5814/brincadeiras-de-origem-africana#atividade-acao-
propositiva. Acesso em: 25 mai 2021.

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