1) O documento discute o conceito de preconceito e racismo, e como educadores percebem essas questões no cotidiano escolar.
2) Uma educadora relata como as crianças negras às vezes querem ter cabelos lisos em vez de cachos, reforçando a negação da identidade racial.
3) Yvone compartilha uma experiência de infância onde crianças cantavam uma música humilhante sobre ela por causa da cor da pele.
1) O documento discute o conceito de preconceito e racismo, e como educadores percebem essas questões no cotidiano escolar.
2) Uma educadora relata como as crianças negras às vezes querem ter cabelos lisos em vez de cachos, reforçando a negação da identidade racial.
3) Yvone compartilha uma experiência de infância onde crianças cantavam uma música humilhante sobre ela por causa da cor da pele.
1) O documento discute o conceito de preconceito e racismo, e como educadores percebem essas questões no cotidiano escolar.
2) Uma educadora relata como as crianças negras às vezes querem ter cabelos lisos em vez de cachos, reforçando a negação da identidade racial.
3) Yvone compartilha uma experiência de infância onde crianças cantavam uma música humilhante sobre ela por causa da cor da pele.
antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos; ideia preconceituosa. RACISMO: Doutrina que Julgamento ou opinião formada sem levar em sustenta a superioridade de conta o fato que o conteste; prejuízo. certas raças. Qualidade, Superstição, crendice, prejuízo. Suspeita, intolerância, ódio irracial ou aversão a outras, sentimento ou ato de credos, religiões etc. O preconceito racial é indivíduo racista. indigno do ser humano. ( Dicionário Aurélio Burque de Holanda, 1986, p. 1443 e 1380). COMO OS EDUCADORES PERCEBEM AS QUESTÕES RACIAIS E OS PRECONCEITOS NO SEU COTIDIANO DE TRABALHO? Os professores podem trabalhar de diversas formas Segundo Nogueira (1979), dentro das com as crianças e de maneira atrativa e divertida, creches, e pré-escolas, percebe-se usando músicas folclóricas, histórias, programações crianças negras querendo os seus de exposição de trabalhos, levando as famílias a cabelos lisos, ruivos, louros e negros e participarem dessas atividades , possibilitando o escorridos, isto é, buscando a ideia do conhecimento de diferentes origens. Esse seria o “belo” que lhes é passada através de um desenvolvimento de valores básicos para o exercício processo excludente e preconceituoso, da cidadania, voltados para o respeito ao outro e a si deformando a imagem que a criança mesmo. Permitindo que as crianças compreendam, negra faz de si e reforçando a negação respeitem e valorizem a diversidade sociocultural e a convivência solidária em uma sociedade de sua condição racial. democrática. YVONE NA LUTA De modo geral, venho buscando, dentro e fora da creche fio cruz, ampliar a discussão e os estudos específicos sobre os preconceitos raciais, cada vez com menos medo de discutir uma questão que ainda traz muitos “episódios de sofrimento, lutando para reverter o quadro de humilhação e segregação de uma raça” (Silva,1996). EXPERIÊNCIA DE YVONE Depois de me esbaldar de brincar no quintal com meus irmãos e de estudar, minha mãe nos arrumava e saíamos para passear pela vila. Minha irmã Leda Maria, e eu, sempre tivemos nossos cabelos com Olhando esta história da minha muitos cachos, e mamãe nos enfeitava com belos fios de fitas de infância, vejo que os adultos daquela organdi ou gorgorão. época, assim como os de hoje, não percebiam que tais brincadeiras tinham um caráter segregatório, faltando-lhes entendimento para reconhecer indicativos Toda prosa, lá íamos nós, com nossas bonecas branca nos seus de preconceito e para combate-los carrinhos, felizes da vida. E de novo ouvíamos os meninos da vila durante o processo educativo das sentados na calçada, dando risadas e cantando: “Lá vêm as Luluzinhas crianças. pretas!...”. Era horrível, tão constrangedor e humilhante que até hoje não me esqueço o quanto isto me deixava triste e envergonhada. EDUCAÇÃO É notório que a educação conservadora, preconceituosa e excludente estabeleceu séculos de amarras, evidenciadas numa “grade” curricular “embranquecida” e burguesa, provocando desigualdades raciais e sociais, constituídas por uma história perversa e elitista, que não podemos receber e repassar, mas que podemos, de maneira coletiva, ajudar a desconstruir.
Percebendo o significado da infância e do direito à educação da criança,
em seus primeiros anos de vida, não podemos excluir de nossas práticas o diálogo sobre a questão do preconceito e do racismo, ainda que identificando a falta de reconhecimento e de inclusão de forma efetiva, da diversidade étnica e cultural, nas políticas públicas e nos planos nacionais de educação, que só recentemente perceberam a importância de tratar dessas questões no interior da escola.
A Escolarização do Corpus Negro: Processos de Docilização e Resistência nas Teorias e Práticas Pedagógicas no Contexto de Ensinoaprendizagem de Artes Cênicas