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https://novaescola.org.br/conteudo/130/como-
trabalhar-as-relacoes-raciais-na-pre-escola
Identidade e autonomia
Como trabalhar as
relações raciais na pré-
escola
Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma
lição que deve ser ensinada desde os primeiros anos de
escolaridade
Débora Menezes
Preconceito
Alguém age com preconceito quando faz um prejulgamento ou tem uma
ideia preconcebida, sem razão objetiva, a respeito de um indivíduo ou de
um povo. É preconceituoso quem diz que "os negros (ou os índios) não
gostam de estudar".
Discriminação
A discriminação ocorre quando os preconceitos são exteriorizados em
atitudes ou ações que violam os direitos das pessoas com base em
critérios injustos (que podem ser não só de raça mas de sexo, idade e
religião, entre outros).
Racismo
O racismo é definido como "o comportamento hostil e de menosprezo
em relação a pessoas cujas características intelectuais ou morais são
consideradas inferiores por outros que se consideram superiores".
Pesquisadores que estudam o assunto acreditam que o conceito atual de
racismo surgiu no século 18 para justificar a dominação do branco
europeu sobre os povos de outros continentes.
RODAS DE CONVERSA
Reunir os pequenos em uma roda abre espaço para conhecê-los melhor. Para
entender as relações de preconceito e identidade, vale a pena apresentar
revistas, jornais e livros para que as crianças se reconheçam (ou não) no
material exposto. A roda é o lugar de propor projetos, discutir problemas e
encontrar soluções. Também é o melhor espaço para debater os conflitos
gerados por preconceitos quando eles ocorrerem. Nessa hora, não tema a
conversa franca e o diálogo aberto.
VÍDEOS E CONTOS
A contação de histórias merece lugar de destaque na sala de aula. Ela é o
veículo com o qual as crianças podem entrar em contato com um universo de
lendas e mitos e enriquecer o repertório. Textos e imagens que valorizam o
respeito às diferenças são sempre muito bem-vindos.
BONECOS NEGROS
As crianças criam laços com esses brinquedos e se reconhecem. É
interessante associar esses bonecos ao cotidiano da escola e das próprias
crianças, que podem se revezar para levá-los para casa. A presença de
bonecos negros é sinal de que a escola reconhece a diversidade da sociedade
brasileira. Caso não encontre bonecos industrializados, uma boa saída é
confeccioná-los com a ajuda de familiares.
TOQUE
Mexer nos cabelos e trocar pequenos carinhos é uma forma de cuidar das
crianças e romper possíveis barreiras de preconceitos. O trabalho com o
cabelo abre caminho para estudar tamanho, textura, cor e permite aprender
que não existe cabelo ruim, só estilos diferentes.
COMIDA
Pesquisar a história de alimentos de origem africana é um jeito de valorizar a
cultura dos afro-descendentes. Melhor ainda se houver degustação, com o
apoio da comunidade. As aulas de culinária são momentos ricos para enfocar
as heranças culturais dos vários grupos que compõem a sociedade brasileira.
INTERNET
Endereço eletrônico do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e traz
apostilas do Programa São Paulo - Educando pela Diferença para a
Igualdade, com diversas sugestões de atividades para sala de aula
BIBLIOGRAFIA
Aguemon, Carolina Cunha, 54 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3241-
3677, 30 reais
As Tranças de Bintou, Sylviane Diouf, 32 págs,. Ed. Cosac Naify, tel. (11)
3823-6590, 31 reais
Bruna e a Galinha d'Angola, Gercilga de Almeida, 24 págs., Ed. Pallas,
tel. (21) 2270-0186, 21 reais
Educação como Prática da Diferença, Anete Abramowicz, Lucia Maria
de Assunção Barbosa e Valter Roberto Silvério, 184 págs., Armazém do
Ipê, tel. (19) 3289-5930, 33 reais
Irê Ayô: Mitos Afro-brasileiros, Vanda Machado e Carlos Petrovich, 123
págs., EDUFBA, tel. (71) 3263-6164, 20 reais
Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais,
org. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade, 264 págs., tel. (61) 2104-6183 (distribuição
gratuita para escolas)
Trabalhando a Diferença na Educação Infantil, Anete Abramowicz,
Valter Roberto Silvério, Fabiana de Oliveira e Gabriela Guarnieri de
Campos Tebet, 127 págs., Ed. Moderna, tel. 0800-17-2002, 23,50 reais
Tramas da Cor - Enfrentando o Preconceito no Dia-a-Dia Escolar,
Rachel de Oliveira, 121 págs., Ed. Selo Negro/Edições Summus, tel. (11)
3865-9890, 22 reais
Xangô, o Trovão, Reginaldo Prandi, 64 págs., Ed. Cia. das Letrinhas, tel.
(11) 3707-3500, 30,50 reais