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Por essa razão, conforme expõe Gusmão (2012), a Lei 10.639 carrega no seu processo
um dado catalisador que é a dinâmica de mexer com a escola. Isso ela faz. Faz com que todos
agentes da escola repensem a sua prática. Para a autora, a Lei 10.639/2003 obriga a que se
comece a pensar quem é o cidadão brasileiro e qual a sua participação numa sociedade de
inclusão. Pensar o negro é, apenas, a ponta do iceberg para se pensar em todos os brasileiros
que vivem alguma forma de exclusão como cidadãos deste país. É por em movimento
mecanismos e ações que permitam aos diferentes grupos fugir aos estereótipos e à
homogeneização a que são submetidos, para poder dizer com suas particularidades e no
conjunto das particularidades existentes no Brasil, de uma sociedade melhor.
Em vista disso, enquanto professores, precisamos ser conhecedores dessa Lei e buscar
estratégias para realmente efetivá-la dentro do espaço escolar. Para que isso aconteça,
precisamos vencer nossos próprios preconceitos e buscar os conhecimentos necessários para
assumir uma nova postura pedagógica, que tome as práticas antirracistas como centralidade.
Nesse processo, capacitações docentes, como essa ofertada pelo Sistema de Ensino Aprende
Brasil, surgem como uma oportunidade para que os professores se apropriem de
conhecimentos a respeito das relações étnico-raciais e de gênero, fomentando a importância
de estudar este tema, contribuindo, assim, na efetivação da Lei 10.639/03.
Referências