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Menina brasiliense, nascida em 2005 na periferia do Distrito Federal.

Rodeada de cultura e
de diversas histórias. Passeou e ficou no Sul do Brasil com apenas 4 anos, mas nunca perdeu
a raiz de sua origem. Em Ponta Grossa se dedicou a estudar e explorou tudo que era possível
- teatro, ginástica, balé, coral, as mais diferentes línguas - sempre gostou de se movimentar e
tinha uma personalidade muito curiosa.
Aprendeu de tudo um pouco, cada cultura presente nas variadas formas. Com a família da
mãe se encontrou e tudo se tornava comunicação e questionamento. Mas na escola era
diferente, lugar onde a crítica e o julgamento foram marcas fortes que modelam e silenciaram
muito as perguntas e a personalidade dela.
Com o decorrer do tempo, no ensino médio, a garota se tornou engessada e quieta. Foi
muita terapia e incentivo para pensar com maior criticidade e voltar a se questionar e expor a
própria opinião. Ainda dentro da escola Católica um incômodo cresceu, de forma que não se
podia mais ignorar. As violências silenciosas que aconteciam dentro do ambiente escolar, que
afetaram ela e muitos alunos ali presentes. Com a ajuda do técnico de formação de docentes
essa pergunta foi se ramificando e deixando óbvio a falta inconcebível de profissionalismo e
noção de muitos docentes no ensino médio. Deixando o ensino de muitos prejudicado.
Depois da formatura, a mocinha resolveu se dar um tempo, entrar em experiências
diferentes e reais sem obrigações ou expectativas. O viver trouxe novas oportunidades,
trabalhos (des)humanos, a reconexão e também as violências que se estenderam para além
das escolas. Ela também se encontrou consigo mesma e resolveu evoluir seus estudos.
Sua escolha foi Licenciatura em Letras na Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG). E por que Letras? Acredito que tenha sido pela sua curiosidade de aprender as
formas de relações e cultura nas diversas sociedades, além, das diversas oportunidades que
são oferecidas aos estudantes. E sendo sincera, os estudos para chegar lá não foram fáceis,
ainda mais sozinha e com dicas de redação de um querido bibliotecário onde estudava.
Mas ela chegou lá, aliás, eu cheguei aqui. Me chamo Giullia a propósito. E diante de tudo
que vivi e sobrevivi a escolha do meu tema só podia ser um: “A influência silenciosa de
pensamentos e cultura e o impacto na formação humana”. A propagação de conceitos político
e social é algo inevitável e ocorre de forma discreta e súbita dentro do ensino formal e
informal. Esta pesquisa submete-se a analisar o impacto dessas concepções nas relações
sociais de um indivíduo em formação, abordando uma lacuna significativa na compreensão
de como a educação formal desenvolve o debate sobre as diversas perspectivas de
pensamentos hoje presentes na nossa sociedade.
Pois, a educação é uma das áreas mais importantes que moldam o desenvolvimento
humano e social. Todavia, por dedicar-se ao ensino de indivíduos com a criticidade em
formação, enfrenta o embate de ideologias que são doutrinadas através dos pais e afetam a
convivência em sala de aula. Como o racismo e o machismo, temas com debates muito atuais
e que ainda estão entranhados no pensamento de um corpo social e afetam profundamente a
vida de muitos brasileiros.
Devido o atormento a vivência de diversas pessoas no Brasil, é crucial entender de onde
que esse pensamento se inicia e o combate desse dentro das instituições que são constituídas
de forma múltipla. Esta pesquisa é relevante não apenas para os acadêmicos que desejam se
aprofundar na área de relações socioculturais, mas também aos docentes, formuladores de
política, aos pais e profissionais de educação. Visto que, proporcionará uma visão mais crítica
sobre como pensamentos não-humanos afetam as relações e a vida dos alunos presente nas
escolas.
Este estudo pretende contribuir para o avanço do conhecimento ao fornecer uma análise
ampla sobre o impacto da ideologia na educação. Ao identificar e analisar os diferentes
métodos que a escola pode combater pensamentos nocivos, desde onde esses pensamentos se
iniciam até em que ponto a escola administra as relações entre os alunos que se afetam entre
si. Esta pesquisa irá preencher uma lacuna na literatura existente e informar futuras pesquisas
e intervenções educacionais.
Os resultados deste estudo podem informar uma forma mais eficaz no combate de ideias
racistas e machistas dentro da sociedade, desenvolver políticas educacionais, assim como
exaltar o pensamento crítico dos alunos, docentes e pais em momentos de autorreflexão.
Ademais, ao entender como isso aflige a vida de brasileiros, esta pesquisa pode promover
uma noção mais consciente e responsável da vida em sociedade.
Diante do exposto, dada a crescente relevância do pensamento crítico na sociedade e na
educação, esta pesquisa é oportuna e relevante. Ao investigar o impacto da disseminação de
ideias anti-humanas, este estudo tem o potencial de informar a todos, contribuindo para o
avanço do conhecimento e aprimoramento do sistema educacional.

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