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O livro escrito por Luana Tolentino, professora de História que leciona em escola públicas de
Belo Horizonte, mostra como pode ser possível levar até a sala de aula, e também fora dela, ensinos
sobre o feminismo, o antirracismo e a inclusão. Durante o livro, ela aborda esses temas e mostra a
luta e também a recompensa de tais assuntos serem trabalhados dentro da escola.
Rap da felicidade:
Em novembro no ano de 2015, Luana levou até os seus alunos do 6º ano ao 8º ano, o
projeto novembro negro. O objetivo era que os alunos levantassem discussões sobre a persistência
do racismo no Brasil e seus efeitos na vida da população afro-brasileira a partir de uma série de
atividades levadas até a escola. Diante disso, a professora levou até a sala de aula o “Rap da
Felicidade”. Essa atividade provocou em seus alunos muita reflexão e também construção de uma
identidade por parte dos jovens. Uma aluna ressaltou: “Professora, não é porque a pessoa mora na
favela que ela tem que ser humilhada”. Isso é um exemplo de como Luana conseguiu trazer
provocações de pensamentos em suas turmas sobre tal tema. A partir disso ela elaborou uma
proposta para que os alunos cantassem a música e que fosse feita uma gravação em vídeo desse
momento. As crianças não só ficaram mais animadas com a ideia, como o nível de adesão e
colaboração foram surpreendentes para Luana. Isso mostra como ela estava fazendo a diferença
entre seus alunos e como seu projeto estava sendo bem-sucedido e recíproco.
Encurtando distâncias:
Com o objetivo de os alunos terem acesso a uma experiência de conhecerem e se
conectarem a algo que nunca tinham conhecido antes, Luana junto com a professora Melissa que
lecionava em Moçambique, elaboraram um projeto para que seus alunos brasileiros e moçambicanos
trocassem cartas para dividir vivências e esclarecer dúvidas de cada povo. Elas passaram por
desafios para tal projeto acontecer, mas conseguiram e valeu muito a pena, já que os alunos ficaram
muito empolgados com a ideia de escreverem para pessoas de outras culturas que nunca tiveram
contato e acesso antes. Nas cartas eles fizeram perguntas e contaram de suas vivências. Quando
receberam as respostas, ficaram muito surpresos e felizes com a troca de perguntas e também de
histórias. Assim. As professoras, conseguiram encurtar as distâncias entre diferentes culturas com os
alunos, além de conseguirem quebrar paradigmas e estimular a curiosidade e o encanto entre os
alunos. Isso mostra como uma educação estimulante, participativa e de diálogo é possível dentro de
sala de aula.
Funk cordélico:
Nesse capítulo, Luana mostra dificuldades em trazer coisas novas e lidar com seus alunos
do 9º ano, além de que ela também estava desanimando a dar aula para essa turma. Quando ela
resolveu levar a Literatura de Cordel para a sala, dividiu a turma e grupos e pediu para que cada um
escolhesse um cordel de sua escolha e que, assim, dar vida a ele em algum tipo de apresentação. A
reação dos alunos no trabalho foi de extrema surpresa e de admiração pela professora, já que eles
realmente se engajaram nas apresentações. Teve um grupo que transformou o cordel em Funk, onde
surgiu o estilo musical Funk cordélico. Além disso teve teatro e outras formas de trabalho muito
surpreendentes. Luana então descobriu que estava diante de uma turma de artistas. Isso prova que
cada turma é diferente e que talvez ideias que deram certo em uma sala, podem não dar certo em
outra. É preciso se adaptar e saber lidar com cada turma que tem.
Cartas de amor:
Luana quer despertar em seus alunos o desejo pela escrita. Para isso ela desenvolve dentro
de sala de aula a elaboração de cartas, ela quer que os alunos consigam passar para a carta o que
sentem, isso estimula a criatividade e os motiva a escrever. Com isso, ela elabora o projeto “Cartas
de Amor”, que consistia em os alunos escreverem mensagens para os pacientes do Hospital Mario
Pena, instituição que foca no tratamento do câncer. Tal atividade despertou nos alunos e alunos
afeto por pessoas que nunca tiveram contato antes, despertou aprendizagens e discussões muito
produtivas. Não se sabe como os pacientes receberam as cartas dos alunos, mas a atividade
mostrou que a sala de aula pode ser um espaço que estimula nos estudantes o melhor que podem
ser.