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Em 9 de janeiro de 2003, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei
10.639 que estabelece a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, colocando como conteúdo obrigatório o estudo
da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o
negro na formação da sociedade nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas
social econômica e política pertinente à história do Brasil.
A Lei n. 10.639/2003 pode ser considerada um ponto de chegada de uma luta histórica
da população negra para se ver retratada com o mesmo valor dos outros povos que para aqui
vieram, e um ponto de partida para uma mudança social. Na política educacional, a
implementação da Lei significa ruptura profunda com um tipo de postura pedagógica que não
reconhece as diferenças resultantes do nosso processo de formação nacional. Para além do
impacto positivo junto à população negra, essa Lei deve ser encarada como desafio
fundamental do conjunto das políticas que visam a melhoria da qualidade da educação
brasileira para tod@s.
- Expressão oral e literatura - expressão oral cuidadosa e literatura criteriosa para não
reforçarem preconceitos como “boi da cara preta”, “escravo de Jó” e poemas como
“As borboletas” de Vinícius de Morais. Fazer uso de poemas e expressões que
destaquem a beleza da diversidade em todas as instâncias; - estudos de palavras de
origem africana que são comuns no nosso idioma, confeccionando um dicionário
contendo esses termos. Por meio delas, pode-se fazer uma reflexão acerca da
participação africana na formação cultural brasileira, alcançando a contribuição
artística, política e intelectual negra.
- Corpo Humano – No trabalho com o corpo é preciso dar destaque para as diferenças
físicas entre as pessoas e as razões da cor da pele, textura de cabelo, formato do nariz
e boca. O trabalho com o corpo pode remeter a elementos da cultura de diversos
povos, como roupas, alimentação, penteados, hábitos de higiene etc.
Vídeos, filmes:
Poderão ser usados de variadas formas: ilustrando um tema que está sendo
estudado para despertar emoção e/ou sensibilizar, criando motivação para algum
assunto; abrindo possibilidades de novas interpretações sobre um mesmo tema e
analisando situações. Inúmeras possibilidades de trabalho poderão ser criadas por
professores/as e alun@s, segundo seus interesses e contextos.
Kiriku e Kiriku II 1998. 71 min. Michael Ocelaot (Visão de uma aldeia africana –
Inspirado em contos africanos).
Vista minha pele. 2003. 50 min. Joelzito Araújo. Ceert (Discriminação racial na vida
cotidiana de adolescentes).
Músicas:
Obs: todos os livros poderão ser lidos e/ou trabalhados por qualquer nível ou série,
dependendo do trabalho a ser desenvolvido.
As sugestões que se seguem poderão ser utilizadas nos dois níveis do Ensino
Fundamental (séries iniciais e séries finais), Ensino Médio e Educação de Jovens e
Adultos desde que sejam enriquecidas, ampliadas e adaptadas à complexidade que
caracteriza casa nível.
1. Atividades
Subtema: @ outr@, eu, a família d@ outr@, minha família, o lugar onde moro, o lugar
onde @ outr@ mora.
- confecção de painéis com fotos d@s alun@s da turma com títulos como: “do diverso
nasce o belo”, somos todos diferente, cada um é cada um”, respeito as diferenças na
igualdade de direitos”.
- confecção de álbuns familiares com fotos ou desenhos, livros de família, exposição de
fotos, entrevistas com as pessoas mais velhas, sessão de narração de histórias com os
familiares d@s alun@s (momento griot).
- feira de cultura da turma com as contribuições culturais que cada família poderá
apresentar (exposição de objetos de suas casas, narração de “causos” e de histórias).
- trabalho com diferentes gêneros textuais que destaquem a temática racial, levando
para sala de aula reflexões a respeito do tema com uso de artigos, textos informativos,
poemas (músicas como rap, reggae, samba etc apresentam letras que denunciam o
racismo no Brasil), folders, convites, anúncios publicitários etc.
- leitura de contos africanos e biografia de líderes negros que lutaram e lutam contra o
preconceito racial.
2.2. Matemática
- comparar a média de rendimento mensal de uma família branco (R$ 1.538,00) com
uma família negra (R$ 834,00), questionando o motivo dessa diferença.
2.3. Artes
2.4. História
- contar mitos africanos, dando outra visão à criação de mundo, para que @s alun@s
possam valorizar @ outr@ em nós;
2.5. Geografia
2.7. Ciências
Poderão ser usados de variadas formas: ilustrando um tema que está sendo
estudado para despertar emoção e/ou sensibilizar, criando motivação para algum
assunto; abrindo possibilidades de novas interpretações sobre um mesmo tema e
analisando situações. Inúmeras possibilidades de trabalho poderão ser criadas por
professores/as e alun@s, segundo seus interesses e contextos.
Besouro. 2009. 95 min. João Daniel Tikhomiroff (Mesmo com o fim da escravidão
ainda em 1920 os negros continuavam sendo tratados como escravizados. Besouro um
jovem capoeirista luta contra a opressão e provoca a irá de fazendeiros locais).
Cobaias. 1997. 118 min. Alfre Wodard (Teorias científicas de superioridade racial).
Duro aprendizado. 1994. 128 min. John Singleton (Alunos novatos em rota de colisão
com a diversidade, identidade e sexualidade numa escola contemporânea).
Invictus. 2009. 134 min. Clint Eastwood. (nos traz a inspiradora história de como
Nelson Mandela uniu forças com o capitão da equipe de rúgbi da África do Sul,
Francois Pienaar, para ajudar a unir a nação. Recém-eleito, o presidente Mandela sabe
que seu país permanece dividido racial e economicamente após o fim do apartheid.
Acreditando ser capaz de unificar a população por meio da linguagem universal do
esporte, Mandela apóia o desacreditado time da África do Sul na Copa Mundial de
Rúgbi de 1995, que faz uma incrível campanha até as finais).
Kiriku. 1998. 71 min. Michael Ocelaot (Visão de uma aldeia africana – Inspirado em
contos africanos).
Mandela – A luta pela liberdade. 2007. 130 min. Bille August (James Gregory é um
típico branco sul-africano, que enxerga os negros como seres inferiores, assim como a
maioria da população branca que vivia na África do Sul sob o apartheid dos anos 60.
Crescido no interior, ele fala bem o dialeto Xhosa. Exatamente por isso, não é um
carcereiro comum: atua, na verdade, como espião do governo com a missão de
repassar informações do grupo de Nelson Mandela para o serviço de inteligência. Mas
a convivência com Mandela cria um forte laço de amizade entre eles e o transforma
em um defensor dos direitos negros na África do Sul).
O contador de Histórias. 2000. 50 min. Roberto Carlos Ramos. Ed. Leitura (sugerimos
para trabalho “A oportunidade”).
Quando o crioulo dança. 1988. 35 min. Dilma Loes (Entrevistas e ficção mostram
situações vividas pelo negro no cotidiano).
Sarafina, o som da liberdade. 1992. 98 min. Darrell James Roodt. (na África do Sul,
professora ensina seus alunos negros a lutarem por seus direitos. Para uma aluna em
especial, essas lições serão um rito de iniciação na vida adulta na forma de tomada de
consciência da realidade que a cerca).
Tudo aos Domingos. 1998. 105 min. George Tilman (Tradições africanas na vida das
pessoas).
Um sonho possível. 2010. 120 min. John Lee Hancock. (Michael Oher era um jovem
negro, filho de uma mãe viciada e não tinha onde morar. Com boa vocação para os
esportes, um dia ele foi avistado pela família de Leigh Anne Tuohy, andando em
direção ao estádio da escola para poder dormir longe da chuva. Ao ser convidado para
passar uma noite na casa dos milionários, Michael não tinha ideia que aquele dia iria
mudar para sempre a sua vida, tornando-se mais tarde um astro do futebol
americano).
Uma Onda no ar. 2002. 92 min. Helvécio Ratton (conta a história de Jorge, o
idealizador de uma rádio na favela, e a luta, resistência cultural e política contra o
racismo e a exclusão social em que a população da favela encontra uma importante
arma: a comunicação).
Vista minha pele. 2003. 50 min. Joelzito Araújo. Ceert (Discriminação racial na vida
cotidiana de adolescentes).
3.2. Músicas:
Obs: todos os livros poderão ser lidos e/ou trabalhados por qualquer nível ou série,
dependendo do trabalho a ser desenvolvido.
Bibliografia