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“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda
por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser
ensinadas a amar.”
(Nelson Mandela)
Justificativa:
Apesar de a população negra constituir grande parte da sociedade
brasileira, somente a partir da Lei nº 10.639 de 2003 que tornou
obrigatório o ensino da História da África e dos afro-brasileiros no Ensino
Fundamental e Médio, as escolas ampliaram a reflexão e discussão sobre o
papel e a posição do negro em nossa sociedade. Em 2009 com a Lei 11.645 a
ampliação foi maior ainda sendo obrigatório estudar também sobre os
indígenas.
Há necessidade de conscientizar acerca das práticas e representações que
configuram o racismo, apresentando aos alunos a verdadeira história e
tradição do povo negro no Brasil, de maneira íntegra, sem estereótipos que
distorcem e não retratam fielmente a trajetória dos descendentes de
africanos, sem mensagens subliminares que consolidam uma sociedade
racista e excludente.
Assim sendo, ao elaborar um projeto sobre Cultura Negra deve-se pensar
em atividades que possibilitem aproximar nossos alunos da riqueza cultural
afro-brasileira, aprofundando o estudo das fortes raízes culturais
africanas, visando elevar a autoestima da criança negra e sua percepção e
atuação sobre si mesma e seu lugar no mundo.
Desde a mais tenra idade deve-se trabalhar o assunto, privilegiando a
questão da identidade, do respeito à diversidade e da autoaceitação. Toda a
comunidade escolar deve estar inserida no projeto e não apenas os afro-
descendentes, de forma em que fique claro que conhecer as variadas
culturas é essencial, despertando na criança o respeito pelas outras pessoas
independentemente da raça. Para tal, é fundamental divulgar o lado positivo
da história negra, não apenas as questões de escravidão, miséria e
sofrimento, proporcionando situações didáticas centradas em dinâmicas,
vivências, ações e reflexões, no estímulo a criticidade e na resolução de
problemas que possibilitem aos alunos a pensarem na questão de forma
ética.
Sugestões de Atividades:
Para iniciar o tema proponha aos alunos que listem oralmente duas
características físicas e duas características de seu caráter/personalidade.
Recolha todas as listagens e, de forma lúdica, leia uma a uma para a classe
instigando os alunos a descobrirem quem é o dono de cada característica.
Após a brincadeira abra uma roda de conversa levando-os a refletirem
sobre a dinâmica, sondando: O que percebemos com essa vivência? Existem
pessoas exatamente iguais? Permita que os alunos expressem suas opiniões
e, em um segundo momento, proponha que todos se observem atentamente e
analisem as diferenças entre eles, levando em consideração os tipos de
cabelo, as cores dos olhos e da pele, os formatos dos narizes e dos lábios,
as alturas, etc. Para criar um clima mais afetivo introduza uma música
ambiente tranqüila e permita o toque caso desejem.
Literatura infantil
LIMA, Heloísa Pires. Histórias da Preta. São Paulo: Cia. das Letrinhas,
1998/2000.
LIMA, Heloísa. A Semente que veio da África, editora Salamandra.
MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita.
São Paulo: Melhoramentos.
OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. A bonequinha preta. Belo Horizonte: LÊ, 1982.
OTERO, Regina; RENNÓ, Regina. Ninguém é igual a ninguém: o lúdico no
conhecimento do ser. São Paulo: Editora do Brasil, 1994.
PEREIRA, Edimilson de Almeida. Os reizinhos do Congo. São Paulo: Paulinas,
2004.
RAMOS, Rossana. Na minha escola, todo mundo é igual. São Paulo: Cortez,
2004.
ROSA, Sônia. O menino Nito. Rio de Janeiro: Pallas, 2002.
SANTOS, Joel Rufino. Dudu Calunga. São Paulo: Ática, 1996.
SANTOS, Joel Rufino. Gosto de África. Histórias de lá e daqui. São Paulo:
Global, 2001.
UNICEF. Crianças como você: uma emocionante celebração da infância. São
Paulo: Ática, 2004.
ZIRALDO. O Menino Marrom. São Paulo: Melhoramentos,
1986.
É papel do professor:
Escutar o que os alunos sabem e necessitam expressar;
Não se colocar como o único e principal informante;
Conectar o tema a outros conteúdos e à realidade;
Organizar os espaços e tempos de acordo com as exigências do
trabalho a ser executado;
Adaptar as diversas sugestões de atividades aos interesses,
necessidades e faixa-etária de seus alunos.
O menino marrom
Pelo tipo de coisa que aconteceu aquele dia na escola, eles já estavam no
primeiro grau. Sem dúvida: estavam. Foi uma tarde, os dois brincavam com
suas cores, quando o menino marrom misturou todas as tintas que tinha na
caixinha de aquarela, todas as cores do arco-íris.
E aí, sabe o resultado que deu? A mistura das cores todas deu um marrom. Um
marrom forte como o do chocolate puro. O menino marrom olhou para aquela
cor que ele tinha inventado e falou: “Olha aí, é a minha cor!”
Os olhinhos do menino cor-de-rosa brilharam como eles brilhavam diante de
suas descobertas. E ele disse: “Sua cor é a soma de todas as cores!”
O menino marrom ficou todo feliz. Criou sua cor e achou que era bom.
Justo no dia seguinte, na escola, a tia levou toda a turma para o laboratório
do colégio para dar algumas explicações sobre cores. Quando os dois
souberam que assunto era cor, ficaram, muito excitados. É que eles iam
revelar aos coleguinhas sua grande descoberta.
Aí, chegou a hora. A professora resolveu mostrar para eles o Disco de Newton.
Todo mundo conhece o Disco de Newton, não é verdade? Todo mundo já foi ao
laboratório da escola, certo? Ou sua escola não tem laboratório.
Bem, essa é uma outra história e é o Ministério da Educação que tem que
resolver. Deixa a gente contar a nossa, que felizmente tem um laboratório
instalado na escola. E ali tinha o Disco de Newton.
O Disco de Newton é o seguinte: um pequeno círculo de metal, plano como
um disco comum, dividido em raios (como uma roda de bicicleta). São sete
espaços entre os raios, cada espaço com uma das cores do arco-íris. O disco
gira em pé, como uma pequena roda-gigante, tocado por uma manivela. Você
toca a manivela bem depressa, o disco vai girando, girando e aí, o que
acontece com as sete cores? O que ?
PROJETO DIDÁTICO
INSTITUIÇÃO:
MUNICÍPIO :
ESTADO:
TEMA DO PROJETO: Trabalhando o Respeito e a Valorização das Relações Étnico-
Racial na Educação Infantil de Forma Lúdica
TEMPO DE EXECUÇÃO:
TURMAS ENVOLVIDAS: Berçário I, Berçário II, Maternal I (A e B) e Maternal II
TURNO: vespertino
PROFESSORAS: Claudia, …….
DIREÇÃO:
COORDENAÇÃO:
EIXOS DE CONHECIMENTO:Linguagem Oral/Escrita, Matemática,
Natureza/Sociedade, Arte, Musicalidade e Identidade/Autonomia..
JUSTIFICATIVA
CONTEÚDOS:
Linguagem Oral : diálogo, histórias infantis e cantigas infantis .
Linguagem escrita: desenhos e garatujas.
Linguagem Sonora Musical: expressão corporal, relações sócio-afetivas e faz de conta.
Linguagem Plástica: garatujas simples, modelagem, picotagem e pintura.
Espaço: conceito de posição ( longe/perto lado/atrás, frente/costas)
Classificação: gênero, formas e cores.
Ser Humano: características físicas do ser humano e suas relações na vida atual.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver a consciência nos alunos (as) do respeito e da valorização dos
povos negros, da cultura africana e afro-brasileira na sociedade, destacando a
importância dos mesmos na construção da identidade do povo brasileiro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
DESENVOLVIMENTO:
ATIVIDADES PROPOSTAS:
Berçário I e Berçário II
Maternal I e Maternal II
- Contos infantis ( Menina Bonita do Laço de Fita, Autora: Ana Maria Machado), (O
Cabelo de Lelê Autora: Valéria Belém), (A linda garota de Angola Autora: Ana Gizélia
Vieira), (O ratinho branco e o grilo sem asas Autora: Maria Amanda Capelão) entre
outros.
- Cantigas infantil ( escravos de jó, roda pião, boi da cara preta etc.);
- painel diversidade ( com fotos dos alunos) e do conto “ Menina Bonita do Laço de
Fita;
- DVD infantil relacionado com o tema;
- Culinária afro-brasileira;
- Desenhos para colorir- diversidade
- Pinturas;
- Teatro com fantoche ( Menina Bonita do Laço de Fita);
- Poesias ilustradas- diversidade;
- Brincadeiras afro-brasileira ( pião,
- Leitura de imagens de animais africanos, figurino africano etc.
- Trava línguas.
- Apresentação de dança ( Nêga Maluca).
RECURSOS DIDÁTICOS:
Sulfite, cartolina, papel manilha, fita larga, cola quente, macarrão, EVA, tinta
guache, lápis de cor, giz de cera, pincel atômico, CDs, aparelho de som, máquina
fotográfica digital, televisão, DVD, livros de contos infantis, jogos pedagógicos, crepom
etc.
CULMINÂNCIA
Será feita uma amostra das atividades realizadas pelas turmas envolvidas neste
projeto no pátio da instituição para as demais turmas de alunos e pais visualizarem.
Ainda, poderão ser realizadas apresentações artísticas ( danças, músicas e
teatro) pelas turmas envolvidas no projeto.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita através de registro por parte dos professores das turmas
acima, através da observação e do desenvolvimento da aprendizagem dos alunos frente
as atividades propostas durante a realização deste projeto.
O relatório final da avaliação da aprendizagem será entregue para a Coordenação
Geral da Educação Infantil deste município, e outra cópia para a Coordenação
Pedagógica desta instituição.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
Justificativa:
O que é o Dia da Consciência Negra? Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia
da Consciência Negra homenageia e resgata as negras raízes do povo brasileiro.
Escolhido por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, ele é
dedicado à reflexão sobre presença do negro na sociedade brasileira.
O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir
a temática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo
negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença
importante desse grupo na história do Brasil.
Objetivo Geral:
Conhecer e valorizar a cultura negra.
Objetivos específicos:
Conteúdos englobados:
Dicas e desenvolvimento:
Músicas: Tem que rebolar (Elza Soares), Nega Maluca (As Meninas), Vixe
mainha (Café com pão), Negro Rei (Cidade Negra);
Histórias: A bonequinha Preta (Alaíde Lisboa de Oliveira), O Menino
Marrom (Ziraldo), Menina bonita do laço de fita (Ana Maria Machado),
O amigo do rei (Ruth Rocha), O cabelo de Lelê (Valéria Belém), Líndara
(Sonia Rosa), Seis pequenos contos africanos sobre a criação do mundo
e do homem (Raul Lody); As tranças de Bintou (Sylviane Diouf);
Culinária: Feijoada, acarajé, quibebe, Mungunzá (canjica), vatapá;
Artesanato afro-brasileiro: Normalmente feitos com argila e colares com
contas ou sementes coloridas:
Confecção de cartazes com personalidades negras da cidade, do país e do
mundo: Pelé (Jogador de futebol), Zezé motta (atriz), Cartola (sambista),
Daiane dos Santos (ginasta), Nelson Mandela (líder politico), Obama
(presidente dos EUA), Muhammad Ali (boxeador);Muhammad Ali
Muhammad Ali
Culminância:
Mostra da Cultura Afro-brasileira com apresentações, artesanatos e artes dos
alunos e comidas típicas;
Avaliação:
A avaliação será continuada levando-se em conta a evolução, participação,
atenção e envolvimento dos alunos com as atividades do tema;