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Paramirim
2016
SUMÁRIO
1-IDENTIFICAÇÃO E DADOS GERAIS DA UNIDADE ESCOLAR
NRE: 12 – Macaúbas - Ba
Este projeto tem como objetivo explicitar a proposta político pedagógica do Colégio
Estadual de Paramirim, bem como compreender a real situação da Instituição, buscando
identificar os principais problemas que dificultam a organização das atividades
pedagógicas rumo a uma escola que garanta a todos o direito de aprender. Nele serão
traçadas medidas e direcionamentos para atender aos interesses da comunidade escolar
através de objetivos educacionais e organização do sistema de ensino, determinando
linhas de ação a partir do diagnóstico da sua realidade procurando oferecer aos
educandos as condições que a necessidade lhe faz. Assim, temos o desafio de promover
ações educativas que no processo de construção e reconstrução do conhecimento
proporcione a formação humana integral de nossos estudantes.
3.4 MISSÃO
Preparar o educando para os desafios da vida cotidiana propiciando uma formação para
a participação ativa em uma sociedade que exige aprimoramento constante.
coletivo.
4.1-ESPAÇO FÍSICO
Outras A Unidade Escolar atende à três salas de aula numa Escola que
Considerações funciona como Extensão na comunidade de Caraíbas, 01 Sala que
funciona como EMITEC com 2º ano Ensino Médio na
Comunidade de Canabravinha.
PERÍODO NOTURNO: Das 19:00 às 22:30, com intervalo das 21:00 às 21:10 para o
Ensino Médio Regular.
Das 19:00 às 22:00, com intervalo das 21:00 às 21:10 para EJA – Tempo
Formativo III.
5.0 CONTEXTO DA COMUNIDADE E DA ESCOLA
Segundo LDB (ART. 22), a educação básica tem como finalidade desenvolver o
educando de maneira plena, prepará-lo para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, considerando o ser humano
em todas as dimensões – corpo, mente e espírito. Percebe-se dessa forma que a tarefa da
escola de transmitir saberes sistematizados não é um fim em si mesmo, mas um meio
para atingir tal finalidade, mediante a organização do currículo de cada escola, pois a
formação básica do estudante se faz a partir dos conteúdos significativos estudados e
compreendidos. A formação integral de todos os seres humanos- crianças, jovens, e
adultos – é alcançada por meio da convivência e da ação concreta, qualificada pelo
conhecimento.
Se essas são as finalidades e a função social da escola, analisar o papel da
educação é verificar como a escola se organiza para realizar suas atribuições atendendo
todas os estudantes, na idade própria com sucesso. Sabemos que o ideal de educação
para todos, defendido por numerosos educadores brasileiros há décadas, e inscrito nas
principais leis do país, ainda não foi totalmente atingido em muitas escolas. No Colégio
de Paramirim, apesar de não apresentar altos índices de reprovação, é preciso melhorar
o desempenho, melhorando a qualidade. Sabemos que muitos são aprovados com
desempenho abaixo do desejado para o exercício da cidadania na sociedade
contemporânea.
Nos últimos anos o número de matriculas de crianças e jovens em idade escolar
começou a crescer, democratizando o acesso a escola, indicando que os filhos da
população menos favorecida estavam finalmente entrando na escola básica e nela
permanecendo, restando às instituições escolares a preocupação com a busca qualidade
da educação para esses alunos. Esse discurso cobra da escola não só bons resultados de
aprendizagem dos alunos, como também a adequação do que ela ensina, tendo em vista
a mudanças que se processam na civilização mundial e na sociedade brasileira.
De todas essas questões, estamos com a dupla tarefa de resolver, ao mesmo tempo,
problemas de ontem (acesso e permanência) e de hoje (qualidade de ensino). É possível
que, pensando a escola necessária para o atual momento civilizador, possamos propor
soluções para resolver os problemas que se acumulam.
O momento atual caracterizado pelas mudanças tecnológicas e de comunicação, em
que as informações são produzidas e veiculadas de maneira rápida e constante, traz para
o campo da educação algumas inquietações: Como preparar os jovens para um mundo
no qual a formação inicial em qualquer profissão é apenas o começo de uma longa e
permanente aprendizagem de novos conhecimentos, que poderá ocorrer de muitas e
diferentes formas e não só por meio da escola, visto que os conhecimentos
sistematizados não estão mais reunidos unicamente nas bibliotecas nem o cesso a eles
dá-se apenas na salas de aula. Devido aos avanços tecnológicos e informacionais do
mundo contemporâneo o conhecimento circula em complexas redes de informação,
sendo veiculados não penas pelos meios tradicionais de comunicação (rádio, jornais
revistas, televisão etc.), mas, também, pela internet, blogs, e outros.
Outro aspecto da contemporaneidade que traz implicações para o fazer pedagógico,
diz respeito as relações de competição e intolerância, presentes na sociedade, em que a
diferença entre as pessoas é motivo de discriminação e exclusão constituindo desafio na
elaboração de projeto de educação que trabalha com os jovens na dimensão da
tolerância, do respeito, da diferença, na formação de valores para convivência
democrática
6.2- PERFIL DO CIDADÃO A SER FORMADO
O perfil do alunado do Colégio Estadual de Paramirim é composto por
diferentes contextos sociais, culturais e históricos que determinam o padrão
socioeconômico dos discentes. Atualmente a instituição atende alunos oriundos de dois
polos: a zona urbana e a zona rural. Cada grupo possui renda variável, mas a maioria
circula num padrão mínimo de poder econômico e com deficiência de acesso a bens
culturais mais amplo.
Pensar numa proposta curricular que contemple a diversidade de gêneros e de
classes sociais que circulam no contexto desta instituição é priorizar a formação de
cidadãos que possam ter acesso às diferentes oportunidades oferecidas pela sociedade
de consumo. É um erro dar maior ênfase à preparação para vestibular, pois um
porcentagem muito elevada de nossos alunos visa a conclusão do Ensino Médio para
conquistar seu espaço no mercado de trabalho ou gerenciar negócios já existentes. Tal
fato é determinado pela falta de perspectiva de um futuro educacional mais elevado
que , geralmente, é interrompido pela dificuldade de financiá-lo ou pela falta de
condições de deslocamanto e conciliação do trabalho com os estudos.
Por outro lado, mesmo sabendo das dificuldades em que se encontra a
educação em nossa região, o que se percebe é a falta de proposta que possam integrar o
aluno em seu projeto de vida possível de realização. Nesse aspecto , vale ressaltar que
nossa instituição ainda está aquém dessa proposta, visto que o ensino não consegue
demonstrar significado para o aluno. Sabemos que nosso aluno, embora seja de origens
diversas espera-se da escola uma oportunidade de melhoria de sua vida e ponto de
partida para sua sustentabilidade em seu meio.
Diante de tantas inquietações, tanto por parte dos educadores quanto dos
alunos, o que fazer para sanar as falhas educacionais de nosso tempo? Como construir a
escola que todos gostariam de ter sem uma proposta renovadora de metodologias e de
conteúdos significativos? Estas e outras questões precisam ser analisadas, pois se
quisermos ressignificar o ensino, é preciso considerar as diversidades culturais,
econômicas e sociais, numa dinâmica educacional que possa aglomerar todos os
interesses no projeto curricular homogêneo e desafiador capaz de promover a inclusão
social e a inserção dos educandos nas varias oportunidades de desenvolvimento
profissional como cidadãos conscientes de seu papel social.
Sendo assim, o Colégio de Paramirim ainda precisa ampliar sua atuação como
formador de opinião, responsável pelo desempenho de seres humanos nas suas mais
diferentes atuações na sociedade onde vivem, agindo de forma consciente e reponsável
na construção de uma sociedade pacífica, sustentável e solidária. Não basta empregar os
discursos vazios, mas deve-se colocar em prática ações inovadoras que transforme a
vida de cada aluno, dando-lhes suportes para superar os desafios que, certamente irão
fazer parte da geração em que está inserido e das futuras, rompendo fronteiras e
quebrando paradigmas.
Para ter mais clareza sobre essa ação intencional e sobre a melhor forma de
selecionar e utilizar conteúdos e procedimentos metodológicos que possibilitem
mudanças no cotidiano da escola, para definir entre as concepções pedagógicas e
explicações psicológicas sobre desenvolvimento e aprendizagem de modo que nos
oriente na construção prática pedagógica que valorize as possibilidades dos alunos de
aprender e se modificar, ou seja se desenvolver. Vale rever algumas teorias que tratam
dessa relação e que apresentam posições divergentes.
Para os behavioristas, o ambiente em que vivemos é variável mais forte na
formação dos seres humanos. Os adeptos dessa visão não negam a existência de fatores
internos (próprios do sujeito) no processo, mas acham que o importante são os fatores
externos, presentes no meio em que vivemos. Assim não há relação entre
desenvolvimento e aprendizagem. Os berravioristas acreditam na aprendizagem e
argumentam que toda vez que aprendemos também nos desenvolvemos.
Por outro lado, os interacionistas, defendem a relação estabelecida entre os seres
humanos e o ambiente em que vivem. Para eles, tanto fatores internos (do
desenvolvimento) como fatores externos (próprios do meio) são importantes. Os
peageteanos por exemplo, supõem que a formação dos seres humanos resultam a ação
do sujeito sobre o ambiente em que vive.os adeptos dessa visão ressaltam que para
haver aprendizagem, ,é preciso que os alunos já tenham conquistado um certo nível de
amadurecimento. Sem isso não é possível aprender. Conceber o processo de
aprendizagem nesta perspectiva,justifica estruturar o ensino em etapas progressivas que
corresponderiam ao processo de maturação do sujeito, sem considerar a influencia dos
fatores sociais, culturais, bem como a função transformadora da educação sobre o
sujeito. Nessa ótica, o papel do professor, ficaria reduzido, pois a educação não
promove grandes mudanças.
Existem também os sóciointeracionistas, que apoiados em Vigostski, defendem a
ideia de que nos tornamos sujeitos humanos apenas na interação com outros seres
humanos. Assim, o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas
entre o individuo e o meio. Nessa concepção a interação social e o instrumento
linguístico são decisivo para o desenvolvimento. É na troca com outros sujeitos e
consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papeis e funções sociais, o
que permite a formação do conhecimento e da próprio consciência. Trata-se de um
processo dialético que caminha do plano social – relações interpessoais- para o plano
individual interno- relações intrapessoal.
O Colégio de Paramirim assume a concepção de ensino-aprendizagem
sóciointeracionista ao considerar que o conhecimento é construído pela interação do
sujeito com o meio social, e a sua apropriação se efetiva por meio da articulação entre a
realidade vivenciada e os conceitos científicos num efetivo processo de aprendizagem
significativa. A aprendizagem deve dispor de recursos teóricos metodológicos que
permite o desenvolvimento de competências para compreender a realidade do mundo
globalizado, pós-industrial e, dessa forma favorecer a formação de atitudes e
habilidades, proporcionando condições para o exercício da cidadania ativa e a
construção de uma sociedade mais justa.
Na pratica, essa postura transparece na respeitosa relação interpessoal de
professores com os estudantes, no intuito de promover auto-estima de todos e o respeito
as diferenças individuais, em um ensino bem planejado, que leva em conta tudo o que
os alunos já sabem, buscando estabelecer pontes entre os conhecimentos prévios e os
novos. Vale ressaltar que Um ponto central da teoria de Vygotsky é o conceito de Zona
de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no
intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras palavras, a
ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem
potencialidade de aprender. Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a
aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim
intervir. O conhecimento potencial, a ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a
ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, o Ensino Médio tem como
finalidade o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, o
desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico , sua
preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para
continuar seu aprendizado.
Essa finalidade expressa a preocupação dos legisladores com a real possibilidade
dos educandos desenvolverem as suas capacidades cognitivas, a partir do Ensino
Fundamental, não somente realizando e concluindo uma escolaridade no Ensino médio,
mas, principalmente, sendo capazes de realizar as diversas leituras das áreas do
conhecimento, com o pleno domínio da sua capacidade de ler, interpretar, sistematizar,
inferir,analisar; de desenvolver o raciocínio lógico, o calculo e de interpretar textos e
contextos, dentre outros.1
A partir desse entendimento, os PCNEM identificam os princípios e
fundamentos que orientam o processo educativo no Ensino Médio, tratados
didaticamente como estética da sensibilidade, política da igualdade e ética da
igualdade e que devem ser mencionados nesse documento para orientar nas mudanças
necessárias em nosso trabalho pedagógica.
1
Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino Médio, p. 19
Nessa perspectiva, “a educação é um processo de construção de identidade [...]
ao criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da
sensibilidade (PCNEM,2000 ).2
7-AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Sabemos que o processo avaliativo é uma atividade inerente ao ser humano e assim um
ato contínuo em nosso dia-a-dia o que muitas vezes determina o nosso modo de ser e de
agir, fruto das interações que estabelecemos com os outros e com o mundo, mediante
reflexão e ações constantes. Na organização da prática pedagógica,Avaliar é uma tarefa
permanente e deve estar integrada com a proposta de ensino médio integral, de
qualidade social, e em consonância com as novas Diretrizes Curriculares Nacional para
o Ensino Médio (DCNEM), que reforçam o compromisso da “avaliação da
aprendizagem, como diagnóstico preliminar, e entendida como processo de caráter
formativo, permanente e cumulativo” (BRASIL, 2012).
As DCNEM indicam três dimensões básicas de avaliação: avaliação da aprendizagem,
avaliação institucional e avaliação externa ou avaliação em larga escala.
A avaliação da aprendizagem, conforme a Lei de Diretrizes de Bases da Educação
Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pode ser adotada com vistas
à promoção, aceleração de estudos e classificação, e deve ser desenvolvida pela escola
refletindo a proposta expressa em seu projeto político-pedagógico.
É Importante observar que esse tipo de avaliação deve assumir caráter educativo,
viabilizando especialmente ao estudante a condição de analisar seu percurso e ao
professor e à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e coletivas.
2
Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino Médio, p. 25
A avaliação institucional,é realizada a partir da proposta pedagógica da escola, assim
como dos planos de trabalho e de ensino, que devem ser avaliados sistematicamente, de
maneira que a instituição possa analisar seus avanços e localizar aspectos que merecem
reorientação.
A avaliação externa de escolas e redes de ensino é responsabilidade do Estado, seja
realizada pela União, sejapelos demais entes federados. Em âmbito nacional, no Ensino
Médio,está contemplada no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com
resultados de Língua Portuguesa e de Matemática, com foco em leitura e resolução de
problemas respectivamente, que, juntamente com as taxas de aprovação, são utilizados
no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), instituído com o
propósito de medir a qualidade de cada escola.
Tradicionalmente, os resultados da avaliação da aprendizagem são utilizados para
decidir, ao final do período letivo, sobre a progressão de cada aluno, ou, para decidir
quem será aprovado ou reprovado, enfatizando com isso sua função somativa, isto é
realizada no final do processo pedagógico. Visto dessa forma a avaliação perde sua
função mediadora na aprendizagem, focando quase que exclusivamente no aluno os
resultados, sem estabelecer relações com os programas de ensino e com estratégias
metodológicas utilizadas. Como alternativas, tendo em vista a garantia do direito a
educação para todos, essa Unidade de Ensino defende o desenvolvimento de uma
avaliação formativa/processual, isto é, um processo avaliativo que contribua para
orientar o professor- no sentido conhecer o aluno, de revisão de seu programa de ensino,
na investigação das causas dos resultados encontrados, para que sejam adotadas
medidas que permitam superação de limites apontados, encaminhando para um fazer
pedagógico voltado para a inclusão e o sucesso de todos. Para isso, é fundamental que o
estudante também se avalie, que seja parte integrante desse processo, que perceba seus
avanços e suas dificuldades, e ainda que seja estimulado a se auto avaliar sempre.
A efetivação da avaliação processual perpassa três momentos extremamente relevantes
para o desenvolvimento curricular, como salienta Perrenoud (1999), apud Caderno 6
(PACTO, p. 18)
a) Inicial:conduzida, preferencialmente,antes do início do ano letivo ou de um novo
tópico de ensino. Configura a avaliação com função diagnóstica, que permite aos
professores, em decorrência dos resultados,refletirem sobre a programação das
atividades— e correspondentes materiais de apoio — a serem desenvolvidas com seus
alunos, inclusive para trabalharem com as possíveis diferenças entre os alunos, em cada
turma e na escola como um todo.
b) Intermediário: quando é desencadeada durante o desenvolvimento do programa
curricular. Configura a avaliação com função formativa, que deve, entre outros
aspectos,favorecer a revisão das estratégias de ensino e eventuais ajustes nas atividades
planejadas, servindo, igualmente para que os alunos tomem consciência de seus
progressos e dificuldades,contribuindo para que se tornem sujeitos pleno sde suas
aprendizagens.Essa avaliação pode ser tomada como uma avaliação para a
aprendizagem, pois se organiza com vistas às iniciativas que os professores devem
desencadear para que as aprendizagens ocorram enquanto a proposta curricular ainda
está em desenvolvimento no período letivo,por isso é que se trata de uma avaliação que
ocorre durante a ação docente.
c) Final: quando é desencadeada ao final do ano letivo ou de um tópico de
ensino.Configura a avaliação com função somativa, que se reveste de grande utilidade,
pois seus resultadospermitem julgar o aprendizado, isto é, oganho de cada aluno, turma
e escola, supondo que tenham sido estabelecidos os patamares no início do processo.
Essa função avaliativaalimenta, também, a avaliação de currículos e programas,
fornecendo indicações de atividades a serem (re)pensadas pela equipe escolar no
prosseguimento do processo de aprendizagem, quer para ações suplementares – quando
é o caso de tópicos dentro de um ano letivo –, quer para o próximo ano, ganhando ares
de avaliação diagnóstica.
A intenção é consolidar uma cultura de avaliação, associado ao desenvolvimento
cognitivo do estudante, considerando que sua formação ocorre em estágios, com
características especificas,ou seja não é igual para todos. Ancorado em
técnicas,instrumentos e procedimentos pelos quais cada aluno seja avaliado em relação
a si mesmo, em relação aos colegas, com base em critérios que forneçam as informações
necessárias à emissão de juízo de valor.
A emissão de um juízo, determinará se o estudante atingiu ou não o conhecimento, a
competência ou habilidade que deseja avaliar, ou ainda se “domina pouco ou nada”, “
domina muito” , “domina completamente”. Para tanto, necessário se faz, a proposição
de atividades ou situações a partir das quais são evidenciadas as informações
procuradas, conforme os critérios pré-definidos, tendo em vista uma tomada de decisão.
Assim, o aluno que não realizou nada de uma tarefa proposta deve demandar um de
atenção diferente daquele que realizou completamente. Dai a importância dos alunos
participarem ativamente de todo processo avaliativo, discutindo com eles os critérios
para a emissão de julgamento.
Assim, cabe ao professor definir os procedimentos avaliativos mais apropriados aos
objetivos de ensino propostos. Nesse sentido vale recorrer a diversos instrumentos com
a finalidade de encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos alunos e
oferecer alternativas para uma evolução mais segura. É preciso acompanhar a evolução
do pensamento do aluno para poder ajuda-lo a avançar.
A recuperação paralela, prevista em lei ajuda a reelaborar estes conceitos que por
ventura não foram apropriados por alguma razão e que novas oportunidades de
recuperação devem ser oferecidas, não restringindo apenas no sentido de realizar mais
uma prova. Esta nova oportunidade deve estar devidamente registrada nos instrumentos
de acompanhamento definidos pelo Sistema de Gestão Escolar – SGE, e pela própria
escola. Portanto, o trabalhodo/a professor/a é fundamental na condução do processo. É
função docente estar atento a esta questão. Será oportunizada a todos (as) os(as)
alunos(as)a dando-se ênfase ao resgate do conteúdo não apreendido.
I - frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas obrigatórias
do período letivo regular;
II - rendimento com percentual igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) alcançado, dos
indicadores de desempenho previstos e trabalhados, convertidos em nota equivalente para os
casos específicos de registros numéricos;
III - rendimento adequado nos termos da escala de conceitos para os casos específicos de
registros conceituais; e
IV – promoção, classificação e reclassificação pelo Conselho de Classe, devendo ser
considerado o desenvolvimento de cada estudante nas avaliações de processo sem priorizar-se as
avaliações finais.
No que tange ao conselho de classe também o documento destaca em seus arts.
11 a 15 normas de seu funcionamento bem como objetivos com foco na garantia
do direito a aprendizagem de todos os estudantes. Este Colegiado reunir-se-á
regularmente ao final de cada unidade letiva e extraordinariamente, sempre que
convocado pela direção da unidade escolar e ao final dos estudos obrigatórios de
recuperação para avaliar o desempenho acadêmico e a dinâmica pedagógica e os
resultados do ano letivo, à luz do P.P.P. Participará do Conselho de Classe: os
professores dos componentes curriculares de cada série, um representante dos
estudantes de cada classe; um representante de pais e responsáveis de cada
classe; um coordenador pedagógico; e um representante da direção da unidade
escolar.