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COLÉGIO ESTADUAL DE PARAMIRIM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Paramirim
2016
SUMÁRIO
1-IDENTIFICAÇÃO E DADOS GERAIS DA UNIDADE ESCOLAR

1.1- IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

ESTABELECIMENTO DE ENSINO: Colégio Estadual


Paramirim

MUNICÍPIO: Paramirim - Bahia

NRE: 12 – Macaúbas - Ba

ENDEREÇO: Rua Trasibu Olímpio de Brito, Nº 34 Centro,


CEP- 46190-000
Fone-Fax: (77) 34712455
E-mail: cp.paramirim@educacao.ba.gov.br

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL- Criação – Ato nº 08 de 18-03-58 -


Reconhecimento do 1º e 2º grau ,Parecer CEE – nº 057-86 - Resolução – nº
1.620 – D.O. de 19 e 20-04-86 Mudança de Denominação da Unidade
Escolar: Portaria Nº 2126/2016 D.O. 19/03/2016, Incorporado à Rede
Estadual de Ensino, a partir de 1990. Pela Portaria nº 6001– .O. de 27-12-
94 Código – 1127731 - NRE- 12

DIRETORA – Luciana Pereira Camacam

VICE DIRETOR – Vanoel Marques Souza


2-APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino define-se por ser


uma construção coletiva da identidade da escola pública, popular, democrática e de
qualidade para todos. O projeto define uma concepção de homem, sociedade,
conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e avaliação
articulada à dimensão político-pedagógica de produzir uma concepção de educação e
sociedade democráticas. Sua finalidade é enfrentar os desafios das mudanças e
transformações, tanto na forma como a escola organiza o seu processo de trabalho
pedagógico como na gestão que é exercida, repensando a sua estrutura e estratégias de
ação, um plano elaborado de forma reflexiva, consciente, sistematizada e
principalmente coletiva.
Em 2015, iniciou-se estudos sobre a elaboração do projeto, culminando com o
processo de construção coletiva, a partir de muita investigação, reflexões para definir
caminhos e ações de acordo com a realidade da comunidade escolar. O resultado deste
levantamento reforça a importância da mudança e transformação, tanto na forma como a
escola organiza seu processo de trabalho pedagógico, incluindo conteúdos, objetivos
metodológicos e avaliação.
Concluiu-se como de fundamental importância para a formação cidadã, a
inclusão social em seus vários aspectos e a gestão democrática, pois através da
participação desenvolve-se a consciência social crítica e o sentido de cidadania.
3-JUSTIFICATIVA

“O projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia dos


seus agentes,ousadia de cada escola em assumir-se como
tal, partindo da “cara” que tem com o seu cotidiano e o
seu tempo-espaço, isto é, o contexto histórico em que ela
se insere. supõe, rupturas com o presente e promessas
para o futuro. Projetar significa ‘lançar–se para frente’
antever um futuro diferente do presente. Projeto
pressupõe uma ação intencionada com um sentido
definido, explicito, sobre o que quer inovar.”(Moacir
Gadotti).

Este projeto tem como objetivo explicitar a proposta político pedagógica do Colégio
Estadual de Paramirim, bem como compreender a real situação da Instituição, buscando
identificar os principais problemas que dificultam a organização das atividades
pedagógicas rumo a uma escola que garanta a todos o direito de aprender. Nele serão
traçadas medidas e direcionamentos para atender aos interesses da comunidade escolar
através de objetivos educacionais e organização do sistema de ensino, determinando
linhas de ação a partir do diagnóstico da sua realidade procurando oferecer aos
educandos as condições que a necessidade lhe faz. Assim, temos o desafio de promover
ações educativas que no processo de construção e reconstrução do conhecimento
proporcione a formação humana integral de nossos estudantes.

O projeto tem como referencial teórico-metodológico a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional, lei 9394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio,
Resolução Nº 2 de 30 de Janeiro de 2012, o Regimento Escolar Unificado da Rede
Estadual de Ensino Portaria nº 5.872/2011, portaria nº 1.128/2010 de reestruturação
curricular das escolas da rede estadual da Bahia entre outros.

Especialistas em educação afirmam que o Projeto Político-Pedagógico é um


instrumento capaz de proporcionar a transformação da escola. Partindo dessa premissa é
que o Colégio Estadual de Paramirim assume o compromisso com o ensino e a
aprendizagem de qualidade reelabora o seu documento, objetivando atender as
mudanças por vez já acontecendo referente à instituição e a sociedade, bem como,
atender às novas configurações no cenário educacional provocadas pela otimização da
tecnologias educacionais. Assim, o coletivo escolar se mobilizou e organizou para
reestruturar este projeto, com o propósito de torná-lo cada vez mais um documento
norteador do trabalho pedagógico, aliando teoria e prática.
Para a realização do diagnóstico da Unidade Escolar após discussão em grupos,
com base no levantamento e análise de dados para a construção do perfil da escola e dos
estudantes foi sinalizado como principal desafio para esta Unidade de Ensino elevar o
nível de aprendizagem dos estudantes nas Avaliações da escola e também da Avaliação
Externa, uma vez que os resultados revelam baixo desempenho da maioria dos alunos
em quase todas as disciplinas. Somado ao insucesso da maioria que já chegam ao
Ensino Médio com déficit acentuado de aprendizagem e não encontram perspectiva de
superação, ou por não conseguirem conciliar trabalho e estudo, se sentem desmotivados
e evadem.O índice de distorção idade-série é também outro indicador crítico, pois temos
_X_% dos estudantes em distorção no turno noturno.
Diante disso, é necessário que toda comunidade escolar se envolva na
reconstrução de prática educativa que defina as ações relevantes para o planejamento de
políticas de melhoria da educação.
“O projeto busca um rumo, uma direção. E uma ação intencional, com
um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por
isso, todo o projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político
por estar intimamente articulado ao compromisso sócio-político com
os interesses reais e coletivos da população majoritária.[...] na
dimensão pedagógica reside na possibilidade da efetivação da
intencionalidade da escola que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico no sentido
de se definir as ações educativas e as características necessárias às
escolas de cumprirem seus propósitos e suas intencionalidades (Saviani
apud. VEIGA, 995. p.93).

Portanto, a reestruturação se faz necessária, a qual vem sendo analisada,


estudada e refletida pelo coletivo escolar, levando a constatação e a consciência de que
há necessidade de uma mudança, tendo como princípio a função primordial da escola
pública que é proporcionar o acesso ao conhecimento científico, filosófico e artístico em
articulação com as dimensões para a formação humana integral - trabalho, cultura,
ciência e tecnologia. Pressupondo ainda um compromisso com a qualidade social da
aprendizagem do aluno, capaz de orientar sua caminhada no dia a dia.
3.1 CARACTERIAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual de Paramirim foi fundado em 1958, para atender não só a


comunidade local do município de Paramirim, como as cidades vizinhas. Está
localizado no centro, conta atualmente com 700 alunos matriculados em 2016
atendendo alunados das comunidades rurais, da sede e também contamos com dois
anexos. (Anexo – Distrito de Canabravinha e Anexo – Distrito de Caraíbas).
A população que compõe esta comunidade escolar compreende uma diversidade
cultural e social bastante complexa exigindo da escola o reconhecimento dessas
dentidades e diferenças de nossos alunos o que demanda um planejamento capaz de
atender as expectativas da sociedade contemporânea onde novos conhecimentos são
produzidos e veiculados com bastante rapidez num processo permanente de
aprendizagem.
São alunos oriundos das comunidades rurais, filhos de pequenos agricultores,
pessoas que possuem pouca escolaridade porem, conscientes do futuro que almejam
para seus filhos. Alguns desses alunos apresenta ritmo de aprendizagem mais lento
porém contribuem para a heterogeneidade das turmas, fator positivo para o
enriquecimento das discussões em sala de aula uma vez que a Escola recebe também
alunos de escolas particulares, escolas do município e das escolas públicas estaduais. Já
os alunos que residem na sede são filhos de professores, funcionários públicos estaduais
e municipais comerciantes entre outros, muitos são egressos de escolas particulares e
demais das escolas municipais.
A diversidade cultural dos alunos que se matriculam nesta Unidade de Ensino,
por outro lado, pela falta de um projeto que atenda dificuldades de aprendizagem,
trazem alguns problemas que carecem de um repensar da prática pedagógica dos
profissionais que aqui atuam, resultando em um número significativo de abandono,
repetência, aprovados para série seguinte com dependência e constatação de baixo
rendimento escolar entre outros. Propor planejamento estratégico para oferecer
qualidade de aprendizagem para estes alunos que necessitam recuperar deficiência em
anos de ensino que pouco evoluiu, constitui no desafio para nós, profissionais desta
Unidade escolar.
O município de Paramirim conta com aproximadamente 23.000 habitantes. Suas
principais atividades econômicas são a agricultura, a pecuária, pequenas indústrias
destacando o comércio como setor econômico predominante, além do turismo
temporário, nos finais de semana e em épocas das festas populares e que frequentam o
rio e o principal ponto turístico da cidade- a Barragem do Zabumbão no Rio Paramirim.
Trata-se de uma cidade com um ritmo lento de crescimento se comparado aos
grandes centros, porém não apresenta tanta disparidade econômico-social, apesar da
pouca oportunidade de trabalho em especial para os jovens. O município oferta o
Cursinho Pré-Vestibular para os alunos que cursam o 3º Ano do Ensino Médio e
também os concluintes do mesmo. Temos os cursos profissionalizantes.
O Colégio oferece o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, etapa final
da educação básica, que segundo LDB nº 9394/96 tem como finalidade: o
aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, desenvolvimento de
sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico, sua preparação para o mundo do
trabalho e o desenvolvimento de competências para continuar seu aprendizado,
considerando portanto essa fase de estudos como um período de consolidação e
aprofundamento de muitos dos conhecimentos construídos ao longo do ensino
fundamental. Outra modalidade ofertada é a educação de jovens e adultos destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e
médio na idade própria.
Assim, outro desfio que se apresenta é, como organizar o trabalho educativo,
oferecido por esta instituição de ensino de forma que garanta aos estudantes uma
motivação para o prosseguimento nos estudos, pensando na formação continuada, onde
a atividade de aprender seja mais prazerosa, em um ambiente mais agradável e propicio
para a efetivação do fortalecimento dos fundamentos do aprender a conviver, aprender a
aprender e aprender a ser, sem esquecer do aprender a fazer.
Nessa ótica, é de suma importância que a Unidade Escolar organize suas ações
tendo em vista o estabelecimento de caminhos para a solução dos principais problemas
identificados na escola, onde todos os envolvidos se sintam parte do processo, co-
participantes tanto das mudanças concretizadas, do sucesso, das vitórias alcançadas,
quanto dos fracassos de algo que por ventura não venha atender as expectativas do que
foi planejado.
3.2 VISÃO

Conceber a Unidade Escolar como espaço de construção de saberes em suas


dimensões: social, politica, ética, afetiva espiritual e intelectual.

3.4 MISSÃO

Preparar o educando para os desafios da vida cotidiana propiciando uma formação para
a participação ativa em uma sociedade que exige aprimoramento constante.

3.5 OBJETIVOS GERAIS

 Valorizar a educação como um instrumento de humanização e de interação social,


proporcionando uma educação de qualidade através de um trabalho de parceria entre a
família e profissionais da educação, num processo colaborativo de formação cidadã,
aptos a construir sua própria autonomia, reconhecendo-se como ser único mas também

coletivo.

3.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Garantir o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da


cidadania e sua compreensão de mundo;
 Assegurar a igualdade de condições para o acesso, permanência e sucesso na
Escola, bem como a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
 Promover aos educandos oportunidades para prosseguir nos estudos e o
aprimoramento como pessoa humana integral, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
 Conceder os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, o
trabalho como principio educativo, contextualizando a teoria com a prática, no
ensino de cada componente curricular;
 Consolidar aprendizagem aprofundando nos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
 Garantir um ensino de qualidade, pautado na exaltação dos princípios e valores
humanos, a diversidade cultural, étnico-racial, religiosa e sexual.

4-HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR

Foi criado em 1958 pela FUNDAÇÃO 16 DE SETEMBRO, órgão mantenedor


durante muito tempo, até alcançar incorporação ao Estado. Funcionou inicialmente
como curso ginasial, autorizado pelo MEC, através de AC nº 08 de março de 1958.
O Ginásio de Paramirim iniciou suas atividade com uma turma composta por 37
alunos, numa das salas do Grupo Escolar Professor Jose Cândido Vieira. No segundo
ano de funcionamento já com duas turmas, passou para o casarão da Praça da Matriz,
onde permaneceu por três anos.
O prédio próprio do Ginásio, atual Colégio, foi construído em um terreno doado
pelo Clube Social de Paramirim, cuja sede era na atual Praça Érico Cardoso. A
transferência para este novo imóvel se deu de forma solene, em 14 de maio de 1961,
organizado pelo Diretor da época Dr. Aurélio Justiniano Rocha.
A existência do Ginásio de Paramirim, constitui-se em marco histórico para o
desenvolvimento deste município não só como espaço de acesso à formação dos jovens
paramirienses, que antes teriam que concluir seus estudos na cidade de Caetité, Vitória
da Conquista entre outras.
São considerados fundadores do Colégio de Paramirim: Dr Aurélio Justiniano
Rocha, Ulisses Azevedo Bittencourt, Manoel Flavio Barbosa, Assuero Vieira Azevedo,
Ulisses Cayres Brito e alguns professores como D. Zelinda de Magalhães e Natália
Vieira Brito.
Batizado, inicialmente com o nome de Ginásio de Paramirim, por oferecer o
curso até 8ª Série do antigo 1º grau. Em 1963, com a criação do curso pedagógico
passou a ser denominado ESCOLA NORMAL E GINASIO DE PARAMIRIM
Devido às dificuldades enfrentadas em 1982, foi criado um novo Colégio de
Paramirim. Todo patrimônio foi doado ao Estado pela Fundação, tornando assim uma
Instituição Pública Estadual. Com o decreto 6001, publicado em diário oficial de 27 de
dezembro de 1994, o ensino passou a ser gratuito, atualmente oferece o Ensino
Médio/EJA O Tempo Formativo II nos três turnos de funcionamento: matutino,
vespertino e noturno.

4.1-ESPAÇO FÍSICO

É válido enfatizar que o Colégio Estadual de Paramirim possui uma estrutura


física muito antiga, pois foi construída nos moldes de um Colégio pequeno, em 1958,
para atender poucos alunos e era mantida por uma Fundação particular. Hoje, o contexto
dos espaços físicos não consegue suprir as reais necessidades e carências para ofertar
uma educação de melhor qualidade aos seus 700 alunos, funcionando os três turnos.
Assim, é mister e urgente uma readaptação e reforma de alguns espaços para
melhor comodidade, segurança e oferta de uma educação mais equânime.
O Colégio Estadual de Paramirim integram 2 pavilhões que divide parte
administrativa e pedagógica. São 8 salas de aula sendo que uma dessas salas foi
improvisada para o funcionamento da biblioteca. As dimensões das mesmas mede uma
área de 48 m². Quanto à luminosidade são espaços que apresenta duas janelas e vitrô
laterais. Parte dessas salas foi necessário o fechamento das janelas que do acesso a área
externa da escola. São salas que apresenta pouca ventilação e baixa luminosidade sendo
necessário a utilização da luz artificial durante o período de aulas no diurno caso que
compromete ainda mais a circulação destes ambientes.
O Colégio Estadual de Paramirim possui como ambientes de oficinas: Uma sala
de leitura que contém um número significativo de acervo bibliográfico que fomenta a
pesquisa e potencializa o conhecimento dos estudantes; Uma sala, que funciona de
forma concomitante como sala dos professores e ambiente de laboratório de informática
e que serve de fonte de apoio a pesquisas e aprendizagem através das Tic’s. A escola
não possui salas para atendimento educacional especializado, contudo as atividades a
serem desenvolvidas no âmbito do AEE ocorrerão nas salas de aula com o apoio e
direcionamento das habilidades e competências a serem formadas de acordo com a
especialidade do estudante portador de necessidades especiais.

4.2- Caracterização da Unidade Escolar: Apresentação da escola, revelando as suas


características principais.
08 salas de aula;
01 sala de direção;
01 sala da secretaria;
01 sala de professores;
03 sanitários;
Recursos Físicos
01 depósito;
01quadra de esporte;
01 cantina
01 sala de arquivos
01 pátio coberto

4.3-RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Recursos Televisores, Caixa Amplificada, Computadores, Aparelho de


pedagógicos DVD, Datashow, Máquinas de Xerox , lousa, livros didáticos e
paradidáticos
23 professores efetivos: 03 com formação em pedagogia
Perfil Docente 07 professores em Regime Especial de Direito Administrativo

São alunos da faixa etária entre 14 e 20 anos de idade


matriculados no 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio nos turnos
matutino, vespertino e noturno. E do EJA – Tempo Formativo III
acima de 18 anos. Dos quais a maioria são oriundos de escolas
particulares, municipais e estaduais fator que contribui para a
heterogeneidade das turmas e consequente diferentes ritmos de
Perfil Discente aprendizagem. Percebemos os alunos vindos do fluxo com
dificuldade de se expressar tanto de forma oral como escrita e com
conteúdos sem serem vistos na maioria das disciplinas, sendo os
mesmos de suma importância para a compreensão dos
subsequentes. A maioria dos alunos que frequentam o turno
noturno trabalha e apresenta distorção idade série.

Perfil dos 02 servidores administrativos efetivos


Funcionários 11 servidores Regime Especial de Direito Administrativo
14 Servidores Municipais
Descrição da A comunidade externa é formada por Pais ou responsáveis
Comunidade residentes na comunidade local e nas comunidades rurais que
Externa pertencem à jurisdição do município de Paramirim. O principal
meio de sobrevivência dos pais que vivem na comunidade rural é
através da agricultura e da pecuária, quem mora na comunidade
local atua no comércio ou são funcionários públicos municipais e
estaduais

Outras A Unidade Escolar atende à três salas de aula numa Escola que
Considerações funciona como Extensão na comunidade de Caraíbas, 01 Sala que
funciona como EMITEC com 2º ano Ensino Médio na
Comunidade de Canabravinha.

4.4-OFERTA DE CURSOS E TURMAS

O Colégio Estadual de Paramirim, oferta os Cursos do Ensino Médio Regular / EJA –


Tempo Formativo III distribuídos nos seguintes horários de funcionamento da escola
por turno:
PERÍODO DIURNO:
Manhã: Das 7:00 às 11:30, com intervalo das 9:30 às 9:50 para o Ensino Médio.
Tarde: Das 13:00 às 17:30 com intervalo das 15:30 às 15:50 50 para o Ensino
Médio Regular.

PERÍODO NOTURNO: Das 19:00 às 22:30, com intervalo das 21:00 às 21:10 para o
Ensino Médio Regular.
Das 19:00 às 22:00, com intervalo das 21:00 às 21:10 para EJA – Tempo
Formativo III.
5.0 CONTEXTO DA COMUNIDADE E DA ESCOLA

5.1 Panorama Paramirinhense: ambiente social, cultural e físico

O Colégio de Paramirim é uma escola estadual de Ensino Médio que está


localizado no Centro da Cidade de Paramirim-Ba. Trata-se de uma escola de Médio
Porte que atende a uma clientela variada uma vez que é uma das duas escolas públicas
estaduais no município e recebe em seu seio alunos das variadas localidades do
município, tanto da zona urbana como da zona rural.
Para melhor entendimento do contexto em que esta escola está inserida e a qual
público ela atende serão descritos, em linhas gerais, alguns aspectos que caracterizam a
comunidade local, isto é, que caracterizam o município. Fez-se entender que havia a
necessidade de relatar a realidade do município como um todo porque, como dito acima,
os alunos do Colégio de Paramirim são oriundos das diversas regiões, apresentando
classes econômicas variadas, costumes e culturas também diferentes.
O Município de Paramirim fica situado no sudoeste do Estado da Bahia e
apresenta uma extensão territorial de 1.170.128 km² em sua totalidade. A sua população
é de 23.000 habitantes e há um equilíbrio na disposição geográfica da mesma, uma vez
que, deste total, 47,8% residem na zona urbana e 52,3% na zona rural. (IBGE, Censo
demográfico de 2010)
Por fazer parte da Chapada Diamantina Meridional e da Bacia Hidrográfica do
São Francisco, com o Rio Paramirim como um de seus maiores e mais importantes
afluentes da margem esquerda, o município conta com muitas riquezas naturais. A água
em abundância, que é a sua riqueza por excelência, torna propício o desenvolvimento da
agricultura e da agropecuária, bem como o bem estar da comunidade Paramirinhense.
Embora apresente condições favoráveis ao crescimento, por se tratar de uma
cidade centenária, Paramirim apresenta um ritmo de crescimento lento. Ao compará-la
com outros centros regionais que mesmo não tendo o mesmo tempo de emancipação
política e toda a riqueza natural que esta possui, nota-se a disparidade em termos de
desenvolvimento, tanto político, econômico, social e cultural.
O Município não conta com muito investimento em políticas públicas para o
desenvolvimento econômico, embora tenha potencial para isto, e, assim, a economia em
pequena escala não gera interesse governamental para implementação de mais órgãos de
fiscalização mais acessíveis ao povo, bem como não provoca interesse em grandes
investidores. Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, o PIB Paramirinhense em
2009 foi de 3.763,06 reais. (IBGE)
De modo igual, a falta de uma Instituição de Educação Superior pública que
ofereça cursos integrados com as necessidades potenciais da região ou até mesmo uma
escola de Cursos Profissionalizantes acarreta na não especialização de mão de obra,
refletindo também na qualidade da prestação de serviços e na economia de forma geral.
As principais atividades econômicas de subsistência em Paramirim são o
funcionalismo público municipal e estadual, a agricultura, a pecuária, pequenas
indústrias, tendo o comércio como setor econômico predominante, além do turismo
temporário nos finais de semana e nas épocas das festas populares.

5.1.1 Situação das residências, Serviços de Saneamento e de Saúde

A área urbana da cidade é composta por 10.029 pessoas, distribuídas em 4.729


endereços, dentre eles uma média de 300 casas populares oriundas de programas
governamentais de moradia. Todos os endereços abastecidos com água encanada e rede
de energia elétrica. A rede de esgoto ainda se encontra em fase de implementação e
utiliza-se fossa rudimentar na maioria das residências
Ao considerar que os procedimentos essenciais do saneamento básico são
tratamento de água, canalização e tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e
avenidas, coleta e tratamento de resíduos orgânicos (em aterros sanitários regularizados)
e materias (através da reciclagem), pode-se afirmar que Paramirim ainda está se
adequando aos padrões ideais.
Em análise sobre o saneamento básico do município o Censo de 2010 revela
dados surpreendentes quanto tratamento do esgoto e limpeza e coleta inteligente do lixo.
Os resultados da pesquisa e análise sobre a área urbana apresentam somente 27,5 dos
domicílios como saneamento adequado, 58,6 como semi-adequados e 13,9 inadequados.
A zona rural, por sua vez, que na maioria dos 4.070 domicílios não tem
sanitários com fossa ou rede de esgoto e também não tem coleta de lixo, os resultados
são ainda mais desconcertantes: 0,4 adequados, 72,2 semi-adequados e 27,4
inadequados. Nestas residências costuma-se utilizar privada rudimentar e o lixo é
jogado diretamente na natureza. Falta, nesse sentido, conscientização da população
sobre a destinação adequada do lixo.
Desse modo, Paramirim apresenta uma média de 2.700 pessoas que vivem em
condições inadequadas de saneamento. O Censo 2010 analisa ainda a relação entre os
índices de pobreza com o saneamento básico. Quanto menor é o rendimento mensal
familiar maiores são os índices de inadequação do saneamento.
Se por um lado o município enfrenta índices indesejáveis em alguns segmentos,
o da saúde apresenta condições que suprem as necessidades básicas da população. A
sede conta com dois hospitais públicos e várias clínicas particulares com atendimento
especializado. No sistema público, ao todo são 24 estabelecimentos de saúde entre os
hospitais e Postos de Saúde.
O Programa Saúde na Família (PSF) também compõe política de valorização da
saúde. O programa inclui ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação,
reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, fazendo frente ao modelo tradicional
de assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais.
Como parte integrante da proposta de saúde direta à família o município conta
com a atuação da equipe de Agentes Comunitários de Saúde, orientados por
supervisores das unidades de saúde, que realiza visitas domiciliares na área de
abrangência da sua unidade produzindo informações capazes de dimensionar os
principais problemas de saúde da comunidade.

5.1.2 Características da população: costumes, lazer e acesso aos meios de


comunicação

A população de Paramirim, como em qualquer outra sociedade contemporânea,


se apresenta bastante heterogênea em diversos aspectos. Essa heterogeneidade,
particularmente, diz respeito à raça/cor, religião, sexualidade, costumes, valores, etc.
É possível inferir que esta pluralidade tem se construído ao longo da história de
formação dessa sociedade e acentuado mais ainda nos tempos recentes, uma vez que,
tem aumentado significativamente as comunicações e os contatos entre os povos. Essas
mudanças têm relação íntima com os avanços das novas tecnologias.
Em estudos sobre a formação do município de Paramirim foi possível encontrar
relatos de que os primeiros povos a habitar essas terras foram portugueses e se
estabeleceram motivados pela extração de metais preciosos e mais tarde pela
agricultura. As atividades de exploração do solo, por sua vez, propiciaram a vinda
também de muitos negros para o exercício do trabalho braçal.
Desse modo, a herança étnica da população paramirinhense remonta
principalmente a essas duas raças: brancos e negros. Segundo o Censo Demográfico de
2010 o município consta de 7.614 habitantes brancos, 1.917 pretos, 11.406 pardos, 56
amarelos e 7 indígenas. (IBGE, Censo 2010)
Quanto à identidade cultural, historicamente a cultura do município é marcada
muito pela religiosidade e se concretiza basicamente na prática de festas em
homenagem às entidades de adoração. O espírito do povo paramirinhense é revelado,
portanto, como alegre e festeiro.
Outro aspecto que também imprime marca na cultura local é o turismo
temporário e visitas de pessoas de outras regiões nos fins de semana. O turismo gera
renda para os pequenos comerciantes e funciona como fonte de diversão para os
moradores, uma vez que, os visitantes se tornam amigos e companheiros dos habitantes
da cidade. Essa relação aberta ao outro torna o povo de Paramirim expansivo, alegre e
hospitaleiro.
Além dos costumes festivos e de receptividade que fortalecem a pluralidade
cultural e social do povo em menção, os meios de comunicação como a televisão e a
internet são nos tempos atuais fontes de informações acerca de conhecimentos
produzidos na pela humanidade. A maioria dos habitantes do município tem acesso à
televisão tanto na zona urbana como na zona rural, e a internet e jornais populares são
mais acessíveis a população da cidade.
A questão das tecnologias como meio de informações, em especial a internet,
apresenta discussões antagônicas sobre os reflexos que esta gera na formação das
identidades culturais, bem como na formação crítica dos sujeitos sociais. Nesse sentido
Macedo comenta que “A tecnologia, ao mesmo tempo em que permite ao homem um
maior domínio da natureza, tende a transformar a vida cotidiana em uma prática cada
vez mais irrefletida.” (MACEDO in Currículo: Questões atuais / Antônio Flávio
Barbosa Moreira (Org.)).
Essa prática irrefletida que o autor menciona diz respeito à alienação de perfis
culturais bem demarcados, valorizando a diferenciação unicamente para viabilizar um
mercado de consumo e, desse modo, estimulando a universalização dessa diversidade
cultural. Essa prática em nosso dia-a-dia pode ameaçar os valores e a cultura do nosso
povo uma vez que massifica determinados estilos/perfis e oprime outros.
Fica evidente também que a globalização das informações produz profundas
desigualdades sociais e políticas ao propiciar maior criticidade e poder de influência às
pessoas que tem acesso aos meios de comunicação e, por outro lado, quem não tem
acesso fica excluído das “tribos sociais” e ainda vulneráveis a terem suas consciências
manipuladas.
Diante dessas possíveis problemáticas faz-se necessário reconhecer a
importância do espaço escolar como um meio de fortalecer e dar voz aos oprimidos na
nossa sociedade e constituir “tarefa primordial dos educadores trabalharem no sentido
de reverter essa tendência histórica na escola, construindo um projeto-político-
pedagógico que espresse e dê sentido democrático à diversidade cultural”, bem como
propiciar o despertar crítico dos sujeitos inseridos nesse ambiente. (SANTOS e LOPES
in Currículo: Questões atuais / Antônio Flávio Barbosa Moreira (Org.)).

5.1.3 A EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE PARAMIRIM: PERFIS DAS


FAMÍLIAS, NÍVEIS DE ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO, CRIANÇAS
FORA DA ESCOLA

As famílias têm assumido perfis diferentes na contemporaneidade. O que é


histórico e mais convencional na sociedade é o modelo patriarcal de família com maior
quantidade de membros em que o pai provem com a proteção e o sustento e a mãe com
os cuidados necessários.
Nos dias atuais, entretanto, são notórias transformações quanto à sua formação e
a função dos responsáveis nas famílias. Dados provenientes de pasquisa feita pelo IBGE
em 2010 demonstram que das 5.626 residências do município 1.649 são de
responsabilidade da mulher, tanto no sentido de cuidados e educação como de sustento
financeiro.
A valorização da formação educacional do indivíduo tem aumentado no seio das
famílias. A máxima fordiana de que “conhecer é poder” tem, há algum tempo, norteado
os objetivos de muitos pais para comos seus filhos.
Há algumas gerações atrás começou-se a formar essa consciência de que “o
estudo”, isto é, a acesso ao conhecimento, é a base para o progresso profissional e
pessoal. Esse despertar se deu principalmente por conta da afirmação do capitalismo e
da competição acirrada no mercado de trabalho.
Hoje é possivel perceber commaior nitidez os reflexos dessa busca pela
formação através de análise dos indices de alfabetização. Comas políticas
governamentais pelaeducação de todos os cidadãos brasileiros o índice de analfabetismo
tem reduzido significativamente.
O município de Paramirim também se envereda nessa luta pela formação
educacional e social de seus habitantes. Segundo o Censo demográfico de 2010, do total
de 23. 000habitantes quase 16.000 são alfabetizados (precisamente 15.895). O Censo
analisou também a quantidade de pessoas analfabetas e concluiu que a maiori destas são
de idade bem avançadas. Dentre 3.303 pessoas analfabetas com mais de 15 anos de
idade 51,6 % possuem 60 ou mais anos.

6- FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

6.1 - O PAPEL DA EDUCAÇÃO NA ESCOLA PÚBLICA

Segundo LDB (ART. 22), a educação básica tem como finalidade desenvolver o
educando de maneira plena, prepará-lo para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores, considerando o ser humano
em todas as dimensões – corpo, mente e espírito. Percebe-se dessa forma que a tarefa da
escola de transmitir saberes sistematizados não é um fim em si mesmo, mas um meio
para atingir tal finalidade, mediante a organização do currículo de cada escola, pois a
formação básica do estudante se faz a partir dos conteúdos significativos estudados e
compreendidos. A formação integral de todos os seres humanos- crianças, jovens, e
adultos – é alcançada por meio da convivência e da ação concreta, qualificada pelo
conhecimento.
Se essas são as finalidades e a função social da escola, analisar o papel da
educação é verificar como a escola se organiza para realizar suas atribuições atendendo
todas os estudantes, na idade própria com sucesso. Sabemos que o ideal de educação
para todos, defendido por numerosos educadores brasileiros há décadas, e inscrito nas
principais leis do país, ainda não foi totalmente atingido em muitas escolas. No Colégio
de Paramirim, apesar de não apresentar altos índices de reprovação, é preciso melhorar
o desempenho, melhorando a qualidade. Sabemos que muitos são aprovados com
desempenho abaixo do desejado para o exercício da cidadania na sociedade
contemporânea.
Nos últimos anos o número de matriculas de crianças e jovens em idade escolar
começou a crescer, democratizando o acesso a escola, indicando que os filhos da
população menos favorecida estavam finalmente entrando na escola básica e nela
permanecendo, restando às instituições escolares a preocupação com a busca qualidade
da educação para esses alunos. Esse discurso cobra da escola não só bons resultados de
aprendizagem dos alunos, como também a adequação do que ela ensina, tendo em vista
a mudanças que se processam na civilização mundial e na sociedade brasileira.
De todas essas questões, estamos com a dupla tarefa de resolver, ao mesmo tempo,
problemas de ontem (acesso e permanência) e de hoje (qualidade de ensino). É possível
que, pensando a escola necessária para o atual momento civilizador, possamos propor
soluções para resolver os problemas que se acumulam.
O momento atual caracterizado pelas mudanças tecnológicas e de comunicação, em
que as informações são produzidas e veiculadas de maneira rápida e constante, traz para
o campo da educação algumas inquietações: Como preparar os jovens para um mundo
no qual a formação inicial em qualquer profissão é apenas o começo de uma longa e
permanente aprendizagem de novos conhecimentos, que poderá ocorrer de muitas e
diferentes formas e não só por meio da escola, visto que os conhecimentos
sistematizados não estão mais reunidos unicamente nas bibliotecas nem o cesso a eles
dá-se apenas na salas de aula. Devido aos avanços tecnológicos e informacionais do
mundo contemporâneo o conhecimento circula em complexas redes de informação,
sendo veiculados não penas pelos meios tradicionais de comunicação (rádio, jornais
revistas, televisão etc.), mas, também, pela internet, blogs, e outros.
Outro aspecto da contemporaneidade que traz implicações para o fazer pedagógico,
diz respeito as relações de competição e intolerância, presentes na sociedade, em que a
diferença entre as pessoas é motivo de discriminação e exclusão constituindo desafio na
elaboração de projeto de educação que trabalha com os jovens na dimensão da
tolerância, do respeito, da diferença, na formação de valores para convivência
democrática
6.2- PERFIL DO CIDADÃO A SER FORMADO
O perfil do alunado do Colégio Estadual de Paramirim é composto por
diferentes contextos sociais, culturais e históricos que determinam o padrão
socioeconômico dos discentes. Atualmente a instituição atende alunos oriundos de dois
polos: a zona urbana e a zona rural. Cada grupo possui renda variável, mas a maioria
circula num padrão mínimo de poder econômico e com deficiência de acesso a bens
culturais mais amplo.
Pensar numa proposta curricular que contemple a diversidade de gêneros e de
classes sociais que circulam no contexto desta instituição é priorizar a formação de
cidadãos que possam ter acesso às diferentes oportunidades oferecidas pela sociedade
de consumo. É um erro dar maior ênfase à preparação para vestibular, pois um
porcentagem muito elevada de nossos alunos visa a conclusão do Ensino Médio para
conquistar seu espaço no mercado de trabalho ou gerenciar negócios já existentes. Tal
fato é determinado pela falta de perspectiva de um futuro educacional mais elevado
que , geralmente, é interrompido pela dificuldade de financiá-lo ou pela falta de
condições de deslocamanto e conciliação do trabalho com os estudos.
Por outro lado, mesmo sabendo das dificuldades em que se encontra a
educação em nossa região, o que se percebe é a falta de proposta que possam integrar o
aluno em seu projeto de vida possível de realização. Nesse aspecto , vale ressaltar que
nossa instituição ainda está aquém dessa proposta, visto que o ensino não consegue
demonstrar significado para o aluno. Sabemos que nosso aluno, embora seja de origens
diversas espera-se da escola uma oportunidade de melhoria de sua vida e ponto de
partida para sua sustentabilidade em seu meio.
Diante de tantas inquietações, tanto por parte dos educadores quanto dos
alunos, o que fazer para sanar as falhas educacionais de nosso tempo? Como construir a
escola que todos gostariam de ter sem uma proposta renovadora de metodologias e de
conteúdos significativos? Estas e outras questões precisam ser analisadas, pois se
quisermos ressignificar o ensino, é preciso considerar as diversidades culturais,
econômicas e sociais, numa dinâmica educacional que possa aglomerar todos os
interesses no projeto curricular homogêneo e desafiador capaz de promover a inclusão
social e a inserção dos educandos nas varias oportunidades de desenvolvimento
profissional como cidadãos conscientes de seu papel social.
Sendo assim, o Colégio de Paramirim ainda precisa ampliar sua atuação como
formador de opinião, responsável pelo desempenho de seres humanos nas suas mais
diferentes atuações na sociedade onde vivem, agindo de forma consciente e reponsável
na construção de uma sociedade pacífica, sustentável e solidária. Não basta empregar os
discursos vazios, mas deve-se colocar em prática ações inovadoras que transforme a
vida de cada aluno, dando-lhes suportes para superar os desafios que, certamente irão
fazer parte da geração em que está inserido e das futuras, rompendo fronteiras e
quebrando paradigmas.

6.3- TRABALHO PEDAGÓGICO

Para que a escola cumpra sua função de facilitar o acesso ao conhecimento e


promover o desenvolvimento de cada estudante, é necessário que todos os responsáveis
pela efetivação de uma prática pedagógica eficiente estejam de acordo sobre a maneira
como se desenvolve o processo de ensino - aprendizagem. Assim é importante
considerar o papel ativo do sujeito na apropriação e na construção de eu próprio saber,
bem como o papel do professor na mediação do trabalho educativo.
Buscar explicitar uma linha teórico – pedagógica que fundamenta nossa proposta
educacional e sua organização no cotidiano escolar é um tanto complicado, e constitui
um grande desafio para o grupo responsável pela elaboração e implementação do
Projeto Político nesta Escola. A dificuldade consiste em conscientizar todos os
responsáveis, em especial os docentes tanto no processo de elaboração quanto a
percepção da relevância desse documento como instrumento coletivo, norteador da
organização do trabalho escolar na Instituição de Ensino, e, dessa forma, evitar, por
conta disso, muitas das consequências que ocorrem na escola durante o período letivo:
desarticulação entre as áreas do conhecimento, incompatibilidade do plano de ação do
professor com o próprio PPP e, talvez a pior delas: a fragmentação do conhecimento
adquirido e da formação do educando.
Um PPP democrático, situado e contextualizado à realidade, participativo, onde
todos os segmentos da instituição efetivamente participam da construção de um
documento dessa magnitude, pode reverter significativamente questões que impedem
avanços na atividade educativa, especificamente, e da própria sociedade em um âmbito
geral.
Nesta perspectiva, é necessário estabelecer em linhas gerais, os pressupostos
básicos de construção do conhecimento, bem como os fatores que facilitam a
aprendizagem no âmbito educacional. Segundo os PCNs

“A pratica escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que


acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de
convívio social, por constituir-se de uma ação intencional, sistemática, planejada e
continuada para crianças e jovens durante um período continuo e extenso de
tempo. A escola ao tornar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar
com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de
ensino, conteúdos, que estejam em consonância com as questões sociais que
marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as
consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e
deveres”.( PCN: Introdução, p. 45)

Para ter mais clareza sobre essa ação intencional e sobre a melhor forma de
selecionar e utilizar conteúdos e procedimentos metodológicos que possibilitem
mudanças no cotidiano da escola, para definir entre as concepções pedagógicas e
explicações psicológicas sobre desenvolvimento e aprendizagem de modo que nos
oriente na construção prática pedagógica que valorize as possibilidades dos alunos de
aprender e se modificar, ou seja se desenvolver. Vale rever algumas teorias que tratam
dessa relação e que apresentam posições divergentes.
Para os behavioristas, o ambiente em que vivemos é variável mais forte na
formação dos seres humanos. Os adeptos dessa visão não negam a existência de fatores
internos (próprios do sujeito) no processo, mas acham que o importante são os fatores
externos, presentes no meio em que vivemos. Assim não há relação entre
desenvolvimento e aprendizagem. Os berravioristas acreditam na aprendizagem e
argumentam que toda vez que aprendemos também nos desenvolvemos.
Por outro lado, os interacionistas, defendem a relação estabelecida entre os seres
humanos e o ambiente em que vivem. Para eles, tanto fatores internos (do
desenvolvimento) como fatores externos (próprios do meio) são importantes. Os
peageteanos por exemplo, supõem que a formação dos seres humanos resultam a ação
do sujeito sobre o ambiente em que vive.os adeptos dessa visão ressaltam que para
haver aprendizagem, ,é preciso que os alunos já tenham conquistado um certo nível de
amadurecimento. Sem isso não é possível aprender. Conceber o processo de
aprendizagem nesta perspectiva,justifica estruturar o ensino em etapas progressivas que
corresponderiam ao processo de maturação do sujeito, sem considerar a influencia dos
fatores sociais, culturais, bem como a função transformadora da educação sobre o
sujeito. Nessa ótica, o papel do professor, ficaria reduzido, pois a educação não
promove grandes mudanças.
Existem também os sóciointeracionistas, que apoiados em Vigostski, defendem a
ideia de que nos tornamos sujeitos humanos apenas na interação com outros seres
humanos. Assim, o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas
entre o individuo e o meio. Nessa concepção a interação social e o instrumento
linguístico são decisivo para o desenvolvimento. É na troca com outros sujeitos e
consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papeis e funções sociais, o
que permite a formação do conhecimento e da próprio consciência. Trata-se de um
processo dialético que caminha do plano social – relações interpessoais- para o plano
individual interno- relações intrapessoal.
O Colégio de Paramirim assume a concepção de ensino-aprendizagem
sóciointeracionista ao considerar que o conhecimento é construído pela interação do
sujeito com o meio social, e a sua apropriação se efetiva por meio da articulação entre a
realidade vivenciada e os conceitos científicos num efetivo processo de aprendizagem
significativa. A aprendizagem deve dispor de recursos teóricos metodológicos que
permite o desenvolvimento de competências para compreender a realidade do mundo
globalizado, pós-industrial e, dessa forma favorecer a formação de atitudes e
habilidades, proporcionando condições para o exercício da cidadania ativa e a
construção de uma sociedade mais justa.
Na pratica, essa postura transparece na respeitosa relação interpessoal de
professores com os estudantes, no intuito de promover auto-estima de todos e o respeito
as diferenças individuais, em um ensino bem planejado, que leva em conta tudo o que
os alunos já sabem, buscando estabelecer pontes entre os conhecimentos prévios e os
novos. Vale ressaltar que Um ponto central da teoria de Vygotsky é o conceito de Zona
de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no
intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras palavras, a
ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem
potencialidade de aprender. Seria neste campo que a educação atuaria, estimulando a
aquisição do potencial, partindo do conhecimento da ZDP do aprendiz, para assim
intervir. O conhecimento potencial, a ser alcançado, passa a ser o conhecimento real e a
ZDP redefinida a partir do que seria o novo potencial.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, o Ensino Médio tem como
finalidade o aprimoramento do educando como ser humano, sua formação ética, o
desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento crítico , sua
preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de competências para
continuar seu aprendizado.
Essa finalidade expressa a preocupação dos legisladores com a real possibilidade
dos educandos desenvolverem as suas capacidades cognitivas, a partir do Ensino
Fundamental, não somente realizando e concluindo uma escolaridade no Ensino médio,
mas, principalmente, sendo capazes de realizar as diversas leituras das áreas do
conhecimento, com o pleno domínio da sua capacidade de ler, interpretar, sistematizar,
inferir,analisar; de desenvolver o raciocínio lógico, o calculo e de interpretar textos e
contextos, dentre outros.1
A partir desse entendimento, os PCNEM identificam os princípios e
fundamentos que orientam o processo educativo no Ensino Médio, tratados
didaticamente como estética da sensibilidade, política da igualdade e ética da
igualdade e que devem ser mencionados nesse documento para orientar nas mudanças
necessárias em nosso trabalho pedagógica.

Como expressão de identidade nacional a estética da sensibilidade facilitará o


conhecimento e a valorização da diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e
expressar a realidade própria dos gêneros, das etnias e das muitas regiões e grupos sociais
do País (BRASIL,PCNEM,2000).

Quanto a política da igualdade diz respeito ao reconhecimento dos direitos


humanos e no exercício dos direitos e deveres da cidadania e em outros aspectos como:
nova forma de lidar com o público e o privado – sendo o entendimento de “público”
como aquilo que é do interesse de todos, e respeito ao bem comum expresso em
condutas de participação, solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro
no âmbito das relações que se estabelecem na convivência social, presentes também na
ética da identidade.

1
Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino Médio, p. 19
Nessa perspectiva, “a educação é um processo de construção de identidade [...]
ao criar as condições para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da
sensibilidade (PCNEM,2000 ).2

7-AVALIAÇÃO EDUCACIONAL

“Cada pessoa é um ser único ori-


ginal, com experiências, histórias,
conhecimentos, possibilidades e
limitações diferentes, que a cons-
tituíram como é; a sala de aula é
o espaço da diferença, da hetero-
geneidade”.
( Jussara Margareth)

Sabemos que o processo avaliativo é uma atividade inerente ao ser humano e assim um
ato contínuo em nosso dia-a-dia o que muitas vezes determina o nosso modo de ser e de
agir, fruto das interações que estabelecemos com os outros e com o mundo, mediante
reflexão e ações constantes. Na organização da prática pedagógica,Avaliar é uma tarefa
permanente e deve estar integrada com a proposta de ensino médio integral, de
qualidade social, e em consonância com as novas Diretrizes Curriculares Nacional para
o Ensino Médio (DCNEM), que reforçam o compromisso da “avaliação da
aprendizagem, como diagnóstico preliminar, e entendida como processo de caráter
formativo, permanente e cumulativo” (BRASIL, 2012).
As DCNEM indicam três dimensões básicas de avaliação: avaliação da aprendizagem,
avaliação institucional e avaliação externa ou avaliação em larga escala.
A avaliação da aprendizagem, conforme a Lei de Diretrizes de Bases da Educação
Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pode ser adotada com vistas
à promoção, aceleração de estudos e classificação, e deve ser desenvolvida pela escola
refletindo a proposta expressa em seu projeto político-pedagógico.
É Importante observar que esse tipo de avaliação deve assumir caráter educativo,
viabilizando especialmente ao estudante a condição de analisar seu percurso e ao
professor e à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e coletivas.

2
Orientações Curriculares Estaduais para o Ensino Médio, p. 25
A avaliação institucional,é realizada a partir da proposta pedagógica da escola, assim
como dos planos de trabalho e de ensino, que devem ser avaliados sistematicamente, de
maneira que a instituição possa analisar seus avanços e localizar aspectos que merecem
reorientação.
A avaliação externa de escolas e redes de ensino é responsabilidade do Estado, seja
realizada pela União, sejapelos demais entes federados. Em âmbito nacional, no Ensino
Médio,está contemplada no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), com
resultados de Língua Portuguesa e de Matemática, com foco em leitura e resolução de
problemas respectivamente, que, juntamente com as taxas de aprovação, são utilizados
no cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), instituído com o
propósito de medir a qualidade de cada escola.
Tradicionalmente, os resultados da avaliação da aprendizagem são utilizados para
decidir, ao final do período letivo, sobre a progressão de cada aluno, ou, para decidir
quem será aprovado ou reprovado, enfatizando com isso sua função somativa, isto é
realizada no final do processo pedagógico. Visto dessa forma a avaliação perde sua
função mediadora na aprendizagem, focando quase que exclusivamente no aluno os
resultados, sem estabelecer relações com os programas de ensino e com estratégias
metodológicas utilizadas. Como alternativas, tendo em vista a garantia do direito a
educação para todos, essa Unidade de Ensino defende o desenvolvimento de uma
avaliação formativa/processual, isto é, um processo avaliativo que contribua para
orientar o professor- no sentido conhecer o aluno, de revisão de seu programa de ensino,
na investigação das causas dos resultados encontrados, para que sejam adotadas
medidas que permitam superação de limites apontados, encaminhando para um fazer
pedagógico voltado para a inclusão e o sucesso de todos. Para isso, é fundamental que o
estudante também se avalie, que seja parte integrante desse processo, que perceba seus
avanços e suas dificuldades, e ainda que seja estimulado a se auto avaliar sempre.
A efetivação da avaliação processual perpassa três momentos extremamente relevantes
para o desenvolvimento curricular, como salienta Perrenoud (1999), apud Caderno 6
(PACTO, p. 18)
a) Inicial:conduzida, preferencialmente,antes do início do ano letivo ou de um novo
tópico de ensino. Configura a avaliação com função diagnóstica, que permite aos
professores, em decorrência dos resultados,refletirem sobre a programação das
atividades— e correspondentes materiais de apoio — a serem desenvolvidas com seus
alunos, inclusive para trabalharem com as possíveis diferenças entre os alunos, em cada
turma e na escola como um todo.
b) Intermediário: quando é desencadeada durante o desenvolvimento do programa
curricular. Configura a avaliação com função formativa, que deve, entre outros
aspectos,favorecer a revisão das estratégias de ensino e eventuais ajustes nas atividades
planejadas, servindo, igualmente para que os alunos tomem consciência de seus
progressos e dificuldades,contribuindo para que se tornem sujeitos pleno sde suas
aprendizagens.Essa avaliação pode ser tomada como uma avaliação para a
aprendizagem, pois se organiza com vistas às iniciativas que os professores devem
desencadear para que as aprendizagens ocorram enquanto a proposta curricular ainda
está em desenvolvimento no período letivo,por isso é que se trata de uma avaliação que
ocorre durante a ação docente.
c) Final: quando é desencadeada ao final do ano letivo ou de um tópico de
ensino.Configura a avaliação com função somativa, que se reveste de grande utilidade,
pois seus resultadospermitem julgar o aprendizado, isto é, oganho de cada aluno, turma
e escola, supondo que tenham sido estabelecidos os patamares no início do processo.
Essa função avaliativaalimenta, também, a avaliação de currículos e programas,
fornecendo indicações de atividades a serem (re)pensadas pela equipe escolar no
prosseguimento do processo de aprendizagem, quer para ações suplementares – quando
é o caso de tópicos dentro de um ano letivo –, quer para o próximo ano, ganhando ares
de avaliação diagnóstica.
A intenção é consolidar uma cultura de avaliação, associado ao desenvolvimento
cognitivo do estudante, considerando que sua formação ocorre em estágios, com
características especificas,ou seja não é igual para todos. Ancorado em
técnicas,instrumentos e procedimentos pelos quais cada aluno seja avaliado em relação
a si mesmo, em relação aos colegas, com base em critérios que forneçam as informações
necessárias à emissão de juízo de valor.
A emissão de um juízo, determinará se o estudante atingiu ou não o conhecimento, a
competência ou habilidade que deseja avaliar, ou ainda se “domina pouco ou nada”, “
domina muito” , “domina completamente”. Para tanto, necessário se faz, a proposição
de atividades ou situações a partir das quais são evidenciadas as informações
procuradas, conforme os critérios pré-definidos, tendo em vista uma tomada de decisão.
Assim, o aluno que não realizou nada de uma tarefa proposta deve demandar um de
atenção diferente daquele que realizou completamente. Dai a importância dos alunos
participarem ativamente de todo processo avaliativo, discutindo com eles os critérios
para a emissão de julgamento.
Assim, cabe ao professor definir os procedimentos avaliativos mais apropriados aos
objetivos de ensino propostos. Nesse sentido vale recorrer a diversos instrumentos com
a finalidade de encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos alunos e
oferecer alternativas para uma evolução mais segura. É preciso acompanhar a evolução
do pensamento do aluno para poder ajuda-lo a avançar.

Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades pedagógicas,


principalmente na relação professor/a com o/a aluno/a e no tratamento dos
conhecimentos trabalhados neste espaço. Portanto, a intervenção do/a professor/a ajuda
a construir as mediações necessárias para a construção do conhecimento.

As avaliações regulares apontarão os problemas ocorridos parcialmente ao longo do


bimestre, que serão recuperados mediante atividades-trabalhos de recuperação paralela,
como preparação para o conceito final. Esta U.E. não adota Semana de Avaliação,
exceto final de ano, deixando a critério do(a) professor(a) a realização desta, dentro do
período limite de cada Unidade, determinada no calendário do ano letivo (em anexo).
Com base no atr. 50 do Regimento Escolar destaca que as avaliações devem acontecer
no decorrer de cada unidade no mínimo três vezes, visando sempre a promoção da
aprendizagem do educando.

A recuperação paralela, prevista em lei ajuda a reelaborar estes conceitos que por
ventura não foram apropriados por alguma razão e que novas oportunidades de
recuperação devem ser oferecidas, não restringindo apenas no sentido de realizar mais
uma prova. Esta nova oportunidade deve estar devidamente registrada nos instrumentos
de acompanhamento definidos pelo Sistema de Gestão Escolar – SGE, e pela própria
escola. Portanto, o trabalhodo/a professor/a é fundamental na condução do processo. É
função docente estar atento a esta questão. Será oportunizada a todos (as) os(as)
alunos(as)a dando-se ênfase ao resgate do conteúdo não apreendido.

Art. 55. Os estudos de recuperação têm por objetivo eliminar as insuficiências


verificadas no aproveitamento escolar do estudante, devendo ser realizadas
com orientação e acompanhamento específicos.
Art. 56. O estudante que estiver cursando o ensino fundamental ou médio será
submetido aos estudos de recuperação seguidos de avaliação, paralelamente a
cada unidade.
Parágrafo único. No caso da não obter aprovação, o estudante será novamente
submetido aos estudos de Recuperação após o término do ano letivo.
Art. 57. Serão submetidos a estudos obrigatórios de recuperação os estudantes
de insuficiente rendimento escolar, de que trata o art. 51 deste Regimento.
Art. 58. O estudante, durante os estudos de recuperação, será submetido a
mensurações processuais da aprendizagem, sabendo-se que estará promovido,
por componente curricular, se alcançar, no mínimo, o percentual previsto no
incisos II e III  do art. 51, anulando-se os resultados do ano letivo, e
observando-se a freqüência exigida em lei.
Art. 59. O estudante que, após estudos de recuperação, não lograr aprovação
será submetido ao Conselho de Classe, observadas as especificidades de cada
caso.

Partindo dessa premissa os educadores do Colégio Estadual de Paramirim


compromissados com a formação integral do educando enquanto sujeito político,
responsável pelas suas atitudes e capaz de intervir no meio em que vive,estabeleceram
critérios pautados no Regimento Escolar para desenvolver as atividades de estudos de
recuperação paralela, como aquelas capazes de conquistar a aprendizagem, sendo elas
uma oportunidade de inclusão do educando à aprendizagem. Listamos abaixo os
critérios definidos por todos os educadores que comungam por um ensino de qualidade:
 O aluno que deixar de participar das avaliações realizadas no decorrer das
unidades, sem a devida justificativa pautada no art. 54 do Regimento Escolar,
não terá direito de realizar a atividade paralela;
 O aluno só terá direito de realizar a paralela se obtiver 75% de freqüências nas
disciplinas que apresentar baixo rendimento;
 Para a paralela deverá ser utilizado diversos instrumentos avaliativos
diferentemente das avaliações normalmente aplicadas;
 A avaliação paralela será realizada para aqueles alunos que não alcançaram a
aprendizagem planejadas para a unidade letiva e para aqueles que já
consolidaram a aprendizagem, serão aplicadas outras atividades;
 O aluno que constar de observação no registro de acompanhamento do aluno não
fará paralela.
 Conforme o Regimento Unificado Escolar que traz o Regime de Progressão
define critérios para a promoção dos educandos:

I - frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas obrigatórias
do período letivo regular;
II - rendimento com percentual igual ou superior a 50% (cinquenta por cento) alcançado, dos
indicadores de desempenho previstos e trabalhados, convertidos em nota equivalente para os
casos específicos de registros numéricos;
III - rendimento adequado nos termos da escala de conceitos para os casos específicos de
registros conceituais; e
IV – promoção, classificação e reclassificação pelo Conselho de Classe, devendo ser
considerado o desenvolvimento de cada estudante nas avaliações de processo sem priorizar-se as
avaliações finais.
No que tange ao conselho de classe também o documento destaca em seus arts.
11 a 15 normas de seu funcionamento bem como objetivos com foco na garantia
do direito a aprendizagem de todos os estudantes. Este Colegiado reunir-se-á
regularmente ao final de cada unidade letiva e extraordinariamente, sempre que
convocado pela direção da unidade escolar e ao final dos estudos obrigatórios de
recuperação para avaliar o desempenho acadêmico e a dinâmica pedagógica e os
resultados do ano letivo, à luz do P.P.P. Participará do Conselho de Classe: os
professores dos componentes curriculares de cada série, um representante dos
estudantes de cada classe; um representante de pais e responsáveis de cada
classe; um coordenador pedagógico; e um representante da direção da unidade
escolar.

Para o Conselho de Classe final


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