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2021 - 2029
A Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, feita a análise do seu papel de instituição
educadora, assume a necessidade de elevar as qualificações académicas, pessoais e profissionais
de todos os alunos, como condição prioritária para o desenvolvimento económico, social e
cultural da comunidade em que se insere e contribuir para o desenvolvimento da Região
Autónoma da Madeira (RAM), em cooperação institucional com a Secretaria Regional de
Educação, Ciência e Tecnologia. Este compromisso passa pela responsabilidade da adoção de
medidas educativas sustentáveis, para que todos os alunos tenham as condições de aquisição de
competências úteis e duradouras, suscetíveis de os colocar em posição favorável para enfrentar
os desafios dum mundo novo.
Assim, a nossa proposta de trabalho assenta numa reflexão sustentada que pretende melhorar os
pontos fracos que abaixo, se elencam:
- Elevado número de alunos com classificações medianas e mesmo negativas, geralmente oriundos
de agregados familiares com reduzida literacia, face a uma minoria com prestações elevadas/de
excelência;
- Fraca interação dos pais e encarregados de educação nas atividades escolares, mesmo quando
solicitados a participar;
- Se deve abrir à comunidade, comprometida com a realidade e com o mundo fora dos seus
muros, de forma a preparar os alunos, em conformidade com o perfil do aluno à saída da
escolaridade obrigatória, para uma vida ativa num mundo em permanente mudança, orientada
para profissões que ainda nem existem; indo ao encontro das suas expectativas e interesses,
numa lógica inclusiva, onde se cria oportunidades para que todos acedam ao currículo e às
aprendizagens tidas como essenciais, mudando formas de pensar, de planear, de agir e de
avaliar;
- Todas as crianças e jovens são capazes de aprender e capazes de atingir o sucesso, que não é o
mesmo para todos, mas sim à medida de cada um, sendo essencial identificar e eliminar, o mais
precocemente possível, as barreiras à aprendizagem e proporcionar-lhes práticas pedagógicas
diversificadas, proativas, flexíveis e significativas, através de múltiplos meios de envolvimento,
de representação, assim como, múltiplos meios de ação e de expressão, propiciando a todos o
maior grau de êxito possível;
- É preciso mudar o olhar sobre o mundo escolar e trazer à escola a responsabilidade da aldeia
que educa todas as suas crianças, não bastando apenas a flexibilização e a integração do
currículo, mas implementando projetos e ensaiando estratégias de aprendizagem, onde os
alunos sejam construtores de saberes, e os docentes, em equipa/par, apoiam a descoberta e
consolidação de saberes duradouros e significativos.
- Os seus professores devem ter coragem e arrojo para tentar percursos metodológicos e novas
abordagens pedagógicas que exigem diferentes e novas formas de ser docente;
- Deve melhorar e superar, não apenas as metas da escolarização, ao nível interno, mas
melhorar o desempenho dos nossos alunos a nível regional e nacional.
- Fundamentada nos pressupostos acima elencados, a escola avança com esta proposta de
trabalho, que persegue a meta de construção de uma escola inclusiva e de aprendizagem
participada na melhoria de resultados escolares internos, na formação integral do aluno como
cidadão interventivo, crítico, autónomo e humanista para uma sociedade da comunicação, sem
esquecer a promoção social da comunidade em que a escola atua, fator de alavancagem cultural,
económica e integradora do outro.
OBJETIVOS
- Promover uma aprendizagem de proximidade ao real, contextualizada e comprometida com o
sucesso escolar, pessoal e social dos alunos e da comunidade em que vivem, valorizando os saberes
experienciados e adaptando-se às possíveis situações de ensino presencial/distância;
- Implicar, ativamente, todos os agentes do processo educativo, de forma gradual, na consecução das
aprendizagens projetos/produtos a apresentar à comunidade educativa;
- Comprometer os docentes ao nível do conselho de turma (CT), no apoio aos projetos das equipas,
acompanhando a planificação, a definição de tarefas e o processo de evolução para o produto final,
reportando ao CT e ao Diretor de Turma o ponto de situação das aprendizagens e do trabalho
realizado;
- Agregar aos projetos das turmas, na medida do possível, parcerias com entidades e/ou comunidades
externas à escola (Associações, outras escolas, Universidades,), como forma de criar novas dinâmicas
e proporcionar uma eficaz divulgação do trabalho;
- Minimizar as barreiras às aprendizagens para todos os alunos, principalmente para aqueles com
maiores dificuldades e necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão;
- Contextualizar as estratégias de aprendizagem numa cultura de partilha, promotora duma escola
como comunidade, dialógica e aprendente;
- Mobilizar todos os docentes dos grupos disciplinares na definição de estratégias promotoras das
aprendizagens, com foco na avaliação formativa e na reflexão dos resultados obtidos, ao fim de cada
período definido;
- Implicar a escola (docentes, pessoal não docente, alunos e encarregados de educação) nas dinâmicas
de incerteza e mudança do Séc.XXI (o digital, educação ambiental, aprendizagem ao longo da
vida…) participando em projetos locais, regionais, nacionais e internacionais (Erasmus…);
MEDIDA
Julgamos que para se atingir os objetivos propostos, englobando a medida pretendida, é importante
munir-se de um conjunto de indicadores estratégicos e metodológicos, de natureza didático
pedagógica, que apoiem e deem corpo e razão à proposta de trabalho enunciada. A aplicação das
metodologias/estratégias é negociada e assumida pela equipa pedagógica (Conselho de Turma) como
um todo, de acordo com as necessidades da turma, pese embora a existência de uma planificação
prévia das diferentes disciplinas.
Este trabalho pedagógico de intervenção exige momentos de reflexão e de tomadas de decisão
estratégico-pedagógicos, que acontecem nos encontros semanal/quinzenal, essenciais para acertar
estratégias de atuação comuns, em função das dificuldades/progressos alcançados. Poderão, ainda,
ocorrer outros encontros, em momentos-chave da consecução do projeto, com a participação de
Pais/Encarregados de Educação e outros parceiros, para balanço e (re)avaliação do(s) trabalho(s) em
curso das turmas.
● DOCENTES
- preparados para arriscar em novas metodologias de ensino, assim como na criação de novos
ambientes de aprendizagem que deverão ser fundamentados no conhecimento de teorias de
ensino e de aprendizagem, de modo a que não sejam aplicadas arbitrariamente, sem o perfeito
entendimento do seu impacto, gerando eventuais fracassos, pelo que é essencial que haja
formação em diferentes vertentes do ato pedagógico;
- capazes de flexibilizar as horas do seu horário para trabalho conjunto - Conselho de Turma -
sempre que necessário, para uma maior participação de todos os implicados no(s) projeto(s),
tendo em vista as metas definidas;
- disponíveis para abrir a sala de aula a outros colegas do projeto, ou fora deste, trabalhar em
parceria nas suas aulas e incentivar as tutorias de alunos dentro do espaço de aprendizagem;
- carreados dos recursos humanos ao nível da área sócio-afetiva (Serviço de Psicologia e Orientação,
Departamento de Educação Especial, Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva -
EMAEI e outros) para apoio ao projeto.
ii) O professor Tutor deve ser convidado, preferencialmente, pela equipa/grupo de trabalho, ou
ser assumido em conselho de turma. O acompanhamento do processo de construção e consecução do
projeto de equipa, agregado ao projeto curricular de aprendizagem da turma, terá mais eficácia se for
acompanhado por um tutor.
Os tutores devem atuar como facilitadores nas sessões de trabalho de projeto para ajudar os alunos a se
tornarem solucionadores de problemas, para que eles possam assumir a responsabilidade de usar as
habilidades desenvolvidas por conta própria.
● ALUNOS
● PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO/PARCEIROS
São fundamentais no processo de desenvolvimento da vida escolar dos alunos e nas dinâmicas
da escola com a comunidade. Pretende-se dar-lhes um papel ativo:
O projeto será coordenado por uma equipa de docentes que acompanhará/apoiará a aplicação do
projeto no terreno e procederá à sua monitorização e avaliação e respetivo relatório anual.
A equipa é constituída por 2 coordenadores do projeto a nível de escola e por 3 coordenadores de nível
(1 por ciclo).
- Devam, obrigatoriamente, participar em duas reuniões do CT, por semestre (arranque e balanço) com
o intuito de esclarecer, orientar e acompanhar a consecução dos trabalhos/projeto.
TEMPO/HORÁRIO
Considerando que esta proposta de projeto para a melhoria das aprendizagens e consequentemente
para a promoção do sucesso escolar, fundamentado na partilha e no trabalho cooperativo, sugerimos
que haja tempo - 1 hora semanal/2 horas quinzenais - para que toda a equipa de professores se
encontre e, desta forma, possa definir o ponto de partida, traçar planos para alcançar um ponto de
chegada, definir estratégias, preparar atividades, aplicá-las em ambiente de aprendizagem, recolher e
partilhar os resultados, refletir sobre os mesmos e avaliar o processo/desempenho.
Entendemos que estes momentos são fundamentais para se concretizarem as intenções acima
apresentadas. A reflexão sobre os processos de aprendizagem em equipa, em que todos são parte ativa,
é, de acordo com alguns teóricos como Hargreaves, (2004); Sagor (1992); Santos Guerra (2001);
Senge (1996) e Zeichner (1993), a chave do sucesso para a aprendizagem.
Entre outras atividades que se revelem oportunas, sugere-se que o CT debata e desenvolva os
seguintes trabalhos:
ESPAÇO
AVALIAÇÃO DO PROJETO
- Diretores de turma;
- Professores da turma e alunos;
Alarcão, I., & Canha, B., (2013). Supervisão e Colaboração. Uma relação para o Desenvolvimento.
Coleção Nova Cidine. Porto: Porto Editora.
Alarcão, I., Roldão, M.C. (2010). Supervisão Um contexto de desenvolvimento profissional dos professores.
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