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FACULDADE EVANGÉLICA DE SALVADOR

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

LUANA DE SOUSA PEREIRA

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Á EDUCAÇÃO INCLUSIVA

IGARAPÉ DO MEIO-MA
2022
LUANA DE SOUSA PEREIRA

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Á EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Evangélica de Salvador, como
requisito avaliativo para obtenção do título de
Graduado na Licenciatura em Pedagogia.

Orientador: Prof. José Eduardo Sousa Pontes

IGARAPÉ DO MEIO-MA
2022
LUANA DE SOUSA PEREIRA

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Á EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Aprovado(a) em: / /2022

BANCA DE APRESENTAÇÃO

____________________________________
Dados Do Professor Avaliador

___________________________________
Dados Do Professor Avaliador

_______________________________________
Dados Do Professor Avaliador

IGARAPÉ DO MEIO-MA
2022
“Inclusão parece uma palavra difícil, um movimento grande que
cabe a grandes esferas e se ensina em livros complicados. Mas,
na verdade, é uma mudança que mora em cada um de nós.
Precisamos mudar o ponto de vista. Entender que lugares são
deficientes, ideias são deficientes, a educação, o esporte... E não
as pessoas."
LAU PATRÓN
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a meu querido e amado Deus, por ter me encorajado e me


abençoado proporcionando saúde, força e sabedoria, para que eu pudesse vencer o
obstáculo nessa caminhada com sucesso e proporcionando a mim uma grande
experiência;
A minha família que esteve presente à sua maneira, me incentivando,
compreendendo minhas ausências. Em especial minha mãe Luzia Antônia de Sousa,
meu pai Antônio Fernandes e meus irmãos.
Ao meu namorado, por cada gesto de motivação, por estar presente nos
momentos mais difíceis e felizes da minha vida. Por todas as vezes que mesmo
indiretamente me motivou a não desistir dos meus sonhos, acreditando em meu
potencial, enquanto pessoa e profissional
As minhas amigas, com quem pude contar em diferentes momentos,
demonstrando carinho, atenção, preocupação, me fazendo compreender o verdadeiro
sentido da amizade. Aos colegas de turma, com quem pude trocar experiências e
aprofundar discussões.
Agradeço todos os docentes que colaboram nesta minha trajetória,
alimentando-nos de seus conhecimentos, nos proporcionando momentos muito
especial que ficará eternamente guardados nos nossos corações
A meu orientador, Eduardo pontes, pela paciência e disponibilidade para me
orientar, com quem também pude aprender a ampliar meus conhecimentos.
E não poderia deixar de agradecer ao secretário de educação, Elder Lima,
muito obrigado por me possibilitar essa experiência enriquecedora e gratificante, de
muita importância para meu crescimento profissional e como ser social.
PEREIRA, Luana de Sousa. Da educação especial à educação inclusiva. 2022.
Número total de folhas: 34 fls, Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Pedagogia) – FACULDADE EVANGÉLICA DE SALVADOR, Igarapé do Meio, 2022.

RESUMO

A educação infantil é uma das etapas de ensino mais importante para o


desenvolvimento da criança, seja ela com deficiência ou não. Dentro desse processo
educacional, o professor que trabalha e possui uma visão positiva da educação
inclusiva se torna um dos fatores primordiais para o sucesso deste tipo de educação.
A proposta desse trabalho foi analisar como é realizado o processo de educação
inclusiva com educandos portadores de deficiência. Com a finalidade de identificar os
desafios do processo de inclusão no ambiente escolar, foi sucedido a importância de
descrever e refletir acerca das ações de inclusão dos educadores e observar e
compreender o papel dos mesmos frente à inclusão dos alunados com deficiência no
ambiente escolar. Além disso foi de suma importância compreender os mecanismos
facilitadores que norteiam a inclusão como; o lúdico na aprendizagem da educação
inclusiva, e a escola e família que é de suma importância, pois a família como espaço
de orientação, da identidade de um indivíduo deve promover juntamente com a escola
uma parceria, a fim de contribuir no desenvolvimento integral da criança.

Palavras-chave: Educação Inclusiva, Parceria colaborativa. Criança com deficiência,


PEREIRA, Luana de Sousa. From special education to inclusive education. 2022.
Número total de folhas:34 fls, Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Pedagogia) – FACULDADE EVANGÉLICA DE SALVADOR, Igarapé do Meio, 2022.

ABSTRACT

Early childhood education is one of the most important teaching stages for the
development of children, whether they have a disability or not. Within this educational
process, the teacher who works and has a positive view of inclusive education
becomes one of the primary factors for the success of this type of education. The
purpose of this work was to analyze how the inclusive education process is carried out
with students with disabilities. In order to identify the challenges of the inclusion
process in the school environment, the importance of describing and reflecting on the
inclusion actions of educators and observing and understanding their role in the
inclusion of students with disabilities in the school environment was followed. In
addition, it was extremely important to understand the facilitating mechanisms that
guide inclusion such as; the playful in the learning of inclusive education, and the
school and family that is of paramount importance, because the family as a space of
orientation, of the identity of an individual must promote together with the school a
partnership, in order to contribute to the integral development of the child .
Keywords: Inclusive Education, Collaborative Partnership. disabled child
SUMÁRIO

1 . INTRODUÇÃO .......................................................................................................09
2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA .......................................................................................11
3. A INCLUSÃO E O PAPEL DA ESCOLA ...............................................................12
3.1 O processo de inclusão na infância ......................................................................14
3.2 O atendimento educacional especializado ...........................................................15
3.3 A importância da afetividade no papel do educador............................................19
3.4 O lúdico como ferramenta norteadora ..................................................................22
4. A FAMILIA NO PROCESSO DE INCLUSÃO ........................................................27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................31
6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................33
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1. INTRODUÇÃO

A educação inclusiva surgiu de maneira assistencialista, com a finalidade de


oferecer assistência às crianças que tinham alguma deficiência. Com o decorrer dos
tempos as instituições proliferaram-se em prol da educação inclusiva e as crianças
com deficiência começaram a ter seus direitos respeitados. Nesse sentido, a inclusão
recebe A Declaração de Salamanca, principal documento a favor da educação
inclusiva e as escolas, a partir deste documento, dão início ao processo de inclusão
dentro das suas instituições de ensino. Nessa perspectiva as escolas tendem a se
adequar para oferecer um ensino/aprendizagem a essas crianças de maneira que
todos possam ser inclusos no âmbito educacional sem nenhuma descriminação
Este estudo ajudou a compreender como funciona o processo da educação
inclusiva, visto que muitos educadores não estão capacitados e preparados para
transmitir o conhecimento de maneira diferenciada, de maneira que, o ensino
dedicado às crianças com deficiência precisa ser diferenciado das demais em virtude
de os estímulos serem diferentes, tendo o cuidado para não as excluís, pois, os
conteúdos ensinados podem ser o mesmo, o que muda é a metodologia. Nesse
sentido a sala de aula inclusiva precisa proporcionar um novo arranjo pedagógico,
oferecendo um ensino dinâmico e estratégico, complementando, adaptando e
suplementando o currículo quando necessário. Pensando assim o que deve ser
modificado é a escola, a sala de aula e as estratégias de ensino com a finalidade de
o aluno desenvolver e aprende
A importância desta pesquisa é compreender como é realizado o processo de
educação inclusiva com as crianças, sabendo que a educação inclusiva deve
acontecer de fato e de direito em todo o âmbito educacional. Tendo como objetivos:
Identificar os desafios do processo de inclusão para crianças com deficiências no
ambiente escolar; descrever e refletir acerca das ações de inclusão dos educadores
e observar e compreender o seu papel frente à inclusão das crianças com deficiência
no ambiente escolar.
Contudo viu-se a necessidade de problematizar o lúdico e mostrar sua
importância para o ensino e aprendizagem, principalmente com crianças especiais.
Os jogos e brincadeiras dentro da sala de aula se transformam em ferramentas
importantes para a integração das crianças, desenvolvendo habilidades
comunicativas, aumentando a autoestima. Além do que, esta pesquisa foi de
10

fundamental relevância para o trabalho acadêmico, pois, foi possível conhecer um


universo especial, onde se percebeu que a educação realmente é para todos desde
que seja proporcionado esse direito.
Este estudo teve embasado pela pesquisa exploratória na qual buscamos
apoio em vários documentos legais como: Decreto nº 7.611/2011, Declaração de
Salamanca/1994, A Declaração dos Direitos da Criança, A Constituição Brasileira de
1988, A Declaração dos Direitos Humanos/1948, A resolução nº 4/2009, A nota
técnica- SEESP/GAB Nº 9/2010,LDB/1996, RCNEIs, e através de alguns estudiosos
da área, como: Bruno(1996), Lopes(2007), Carvalho(2004), Siluk(2012),
Mendes(2006), Piaget(1998), Friend e Cook(1990
No início deste trabalho destacamos o surgimento da educação inclusiva, em
seguida enfatizamos como funciona o atendimento educacional especializado, quais
os objetivos, os alunos, o espaço físico e como deve ser o projeto pedagógico do
atendimento educacional especializado, os procedimentos metodológicos.
Concluímos que o processo de educação inclusiva precisa ser exercido por
todos em prol de uma educação inclusiva, obedecendo ao que consta nas leis de uma
educação para todos, já que as Leis são feitas para serem cumpridas.
O trabalho foi concluído com percepção e a concepção de que a inclusão do
lúdico na educação especial só traz benefícios, visto que possibilita a integração das
crianças ao ambiente que facilita seu desenvolvimento cognitivo e social. Vale
salientar que, há necessidade de maiores parcerias para que recursos e um melhor
ambiente escolar seja propiciado
Este trabalho teve uma contribuição muito importante ao pesquisador
acadêmico, tendo em vista possibilitar o conhecimento da realidade de uma instituição
escolar que trabalha com crianças com necessidades especiais. Sabe-se que, o
desejo de melhorias ao atendimento a esse público especial é grande e, assim sempre
busca formas de proporcionar o bem-estar dos mesmos.
11

2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Breve Histórico

A educação voltada para pessoas com deficiência surgiu como uma


maneira assistencialista, em que os religiosos e filantropos da Europa se preocuparam
em oferecer assistência a essas pessoas. Posteriormente nos Estados Unidos
aparecem os primeiros programas voltados para atender as pessoas com deficiências,
proporcionando cuidados básicos como: saúde, alimentação, moradia, educação e
respeito perante a sociedade.
Em 1620 Jean Paul Bonet teve a iniciativa de ensinar os mudos a falar, já em
Paris é criada a primeira instituição de educação de surdos, por Abade Charles
M.Eppé o qual criou o método dos sinais, em 1784 é criado o Instituto Real dos Jovens
Cegos que se destinava ao ensino da leitura tátil. Cinquenta anos depois, Louis Braille
criou a leitura e escrita em relevo denominando o sistema braile. Esses métodos de
educação possibilitou o acesso as pessoas com deficiências a uma comunicação,
educação e ensino. A educação voltada às pessoas com deficiência mental só teve
início no século XIX pelo médico Francês Jean Marc Itard.
Em 1854 nasce no Brasil à primeira escola especial, o Imperial Instituto de
meninos Cegos, e em 1857 surge à segunda escola, o Instituto Imperial de Educação
de Surdos, ambas no Rio de Janeiro, as mesmas propagaram o modelo de escola
residencial para todo o País.
A partir da segunda metade do século XIX e início do século XX, as escolas
especiais se proliferaram por toda Europa e Estados Unidos. Essas escolas
começaram a utilizar o enfoque médico e clinico, criado pela médica italiana Maria
Montessori. No século XX aparecem às associações de pais de pessoas com
deficiências física e mental na Europa e Estados Unidos, já no Brasil são criadas a
Pestalozzi e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES), que tem o
intuito de oferecer programas de reabilitação e educação especial.
Com o avanço das instituições em prol da educação especial, as pessoas com
necessidades começam a ter seus direitos respeitados e garantidos por lei. A
Declaração dos Direitos Humanos (1948) no art. 26 declara que “Toda a pessoa tem
direito à educação. A educação deve ser gratuita”. Nesse sentido todas as pessoas
com deficiência têm direito ao acesso à educação
12

3. A INCLUSÃO E O PAPEL DA ESCOLA

Quando falamos educação para todos estamos falando da inclusão, inclusão


essa que precisa ser compreendida como um eixo norteador a legitimação da
diferença (diferentes práticas pedagógicas), ou seja, o aluno com deficiência precisa
ser inserido na sala regular de ensino, tendo o mesmo objeto de conhecimento das
outras crianças. Quando se inclui uma criança com deficiência no âmbito educacional
estamos proporcionando o mesmo direito das demais.
A Declaração de Salamanca (1994) estabelece que:

Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser


dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de
aprendizagem, aqueles com necessidades educacionais
especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria
acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança,
capaz de satisfazer a tais necessidades.

Segundo A Declaração dos Direitos da Criança no princípio 5º “Às crianças


incapacitadas física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a
educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar”. A mesma é
de grande importância para a inclusão de crianças especiais no espaço educacional
tendo em vista que as mesmas podem ser diferentes das demais no aspecto físico e
mental, porém iguais em questão de direitos
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental
regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção. E também enfatiza que a
criança com deficiência deve receber atendimento especializado complementar, de
preferência dentro da escola.
O ensino voltado para crianças deficientes deve ser planejado de maneira
diferenciada, mas não excludente, visto que a própria necessidade exige essa atitude
do professor. Sendo assim, o professor precisa estar preparado para lidar com
situações que envolvam crianças deficientes. Assim preleciona Lopes (2007) sobre
esta temática:
Lopes (2007) nos alerta que a inclusão chega à escola como
uma metanarrativa revolucionária, pretensiosa sendo necessário
examiná-la detida e cuidadosamente o que (...) não significa lutar
13

para inviabilizá-la, mas significa uma tentativa de pensá-la para


além do binômio reducionista do incluído ou do caráter
salvacionista que a inclusão parece carregar (LOPES, 2007, p.
1). Ou seja, no momento de inserirmos crianças com NEE não
devemos fazê-lo como uma medida assistencialista, muito
menos estacionarmos apenas nas discussões de oposições
binárias entre inclusão e exclusão. Muito antes pelo contrário,
devemos analisá-la como direito garantido de todos à educação
que (...) pretende não impor para tais alunos facilidades ou
dificuldades diferentes dos demais, apenas pensar em
estratégias diferentes de planos de ações. (LOPES, 2007, p. 1)

A autora Lopes (2007) também nos mostra que, atualmente, muito se fala sobre
a inclusão, mas não a realizamos de fato. É natural vermos gestores educacionais e
professores que sempre encontram barreiras para a concretização da inclusão.
Quando não pior, os veem apenas como uma ferramenta assistencialista, acreditando
que o simples fato de as crianças deficientes já estarem em uma Instituição regular
de ensino é o suficiente. A autora ainda afirma que administradores escolares e
professores que assumem tais posturas desconsideram que todos possuem o direito
à aprendizagem e ao ensino de qualidade que respeitem as peculiaridades de cada
um.
Os professores das salas regulares não estão preparados para receber os
alunos com deficiência. Para que a inclusão aconteça é necessário que o educador
tenha dedicação, respeito e qualificação, pois muitos deles se sentem desqualificados
ou pouco se interessam em colaborar com o desempenho dessas crianças.

Quando uma professora diz “não quero esse menino em minha


sala”, podemos interpretar sua recusa como à-vontade, medo,
pouca colaboração... ou como a tradução do desejo de contribuir
para o sucesso na aprendizagem do aluno, para qual se sente
desqualificada! (CARVALHO, 2004, p. 74)

Pensando nisso é necessário que as instituições tenham salas de atendimento


educacional especializado, com profissionais habilitados para esse atendimento tão
especial. A sala do AEE é um atendimento diferenciado da sala regular, a criança será
14

atendida pela psicóloga e a psicopedagoga as quais trabalham o potencial da criança,


descobrindo as habilidades dos mesmos.

3.1 A escola no processo de inclusão na infância

A escola como um todo tem papel significante no processo de inclusão na


educação infantil. A mesma deve buscar em conjunto com o município formular uma
política educacional inclusiva. Desse modo, cabe à escola tomar à iniciativa de
reunir ações intersetoriais de saúde e seguridade social que atendam às
necessidades de desenvolvimento a aprendizagem na primeira infância.
Essas ações promoverão a conscientização tanto da equipe técnica da escola
quanto dos alunos, contribuindo para que todos compreendam a importância da
inclusão.
Bruno (1996, p.16) enfatiza que a “escola elabore um projeto pedagógico que
ultrapasse a visão assistencialista de educação compensatória”. Esse projeto não
deve ser pensado como assistência e sim como projeto inclusivo, visando à ação
democrática e humana. Para Bruno,

A implementação de um projeto para educação inclusiva


demanda vontade política, planejamento e estratégias para
capacitação continuada dos professores do ensino regular em
parceria com professores especializados, dirigentes e equipe
técnica dos centros de educação infantil, visando construir e
efetivar uma prática pedagógica que lide com níveis de
desenvolvimento e processos de aprendizagem diferenciados,
buscando juntos a solução dos conflitos e problemas que surjam
nesse processo. (1996, p.16)

Nesse sentido, não é necessário um novo currículo para inclusão na educação


infantil e sim ajustes e modificações no seu currículo. Assim preleciona Bruno (1996,
p.16) “não requerendo um currículo especial, mas sim ajustes e modificações,
envolvendo alguns objetivos específicos, conteúdos, procedimentos didáticos e
metodológicos que propiciem o avanço no processo de aprendizagem desses alunos”.

A escola, por sua vez, tem a finalidade de organizar o espaço físico,


contribuindo para a eliminação das barreiras arquitetônicas, disponibilizar materiais,
15

mobiliários, brinquedos e jogos para um melhor ensino/aprendizagem das crianças


com deficiência.

3.2 Atendimentos educacional especializado

O Atendimento Educacional Especializado é garantido por lei, porém não é


obrigatório, cabe à família optar ou não pelo atendimento, sabendo que este
atendimento contribui para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Assim os
objetivos do AEE estão estabelecidos no Decreto nº 7.611/2011 que dispõe:

Art.30 São objetivos do atendimento educacional especializado:


I – Promover condições de acesso, participação e aprendizagem
no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de
acordo com as necessidades individuais dos estudantes;
II- Garantir a transversalidade das ações da educação especial
no ensino regular;
III- fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e
pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e
aprendizagem; e
IV- Assegurar condições para a continuidade de estudos nos
demais níveis, etapas e modalidades de ensino (BRASIL, 2011,
p.2).

O Atendimento Educacional Especializado surgiu a fim de contribuir para que


a educação inclusiva acontecesse de fato e de direito. Assim, esse atendimento deve
acontecer no contra turno da sala regular.
A resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 no artigo 2º estabelece que o
atendimento educacional especializado tem como função eliminar as barreiras para
plena participação na sociedade, complementando e suplementando a formação do
aluno
O atendimento educacional especializado tem como função
identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de
acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena
participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento
educacional diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula
comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse
16

atendimento complementa e /ou suplementa a formação dos


alunos com vistas á autonomia e independência na escola e fora
dela (BRASIL, 2008b, p.10)

Segundo Siluk (2012, p.39) “A Educação Especial por um tempo organizou-


se seus serviços de forma que todos os alunos com necessidades educacionais
especiais eram atendidos por essa modalidade de ensino”. Hoje esse atendimento
educacional especializado não é mais para todas as necessidades, embora deveria
ser.
A partir da Política Nacional de Educação Especial o público alvo desse
atendimento tem suas especialidades para atendimento.
Com a Resolução CNE/CEB nº 4/2009 e o Decreto nº 7.611/2011 foram
delimitados o público alvo da educação especial. Essa resolução institui as Diretrizes
Operacionais para o AEE que define em seu artigo 4º os alunos que se destina o AEE

II Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de


longo prazo de natureza física, intelectual, mental ou sensorial.
II- Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles
que apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento
neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na
comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger,
síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da
infância(psicoses) e transtornos invasivos sem outra
especificação.
III- Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que
apresentam um potencial elevado e grande envolvimento com
as áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas:
intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade (BRASIL,
2009, p.1)

Para se atender essas crianças é viável que o AEE seja oferecido dentro da
própria escola, tendo em vista uma maior interlocução entre o professor do AEE e o
professor do ensino comum. Essa interlocução contribui para um melhor atendimento
e melhor desenvolvimento de aprendizagem. Segundo Siluk,
17

Essa proximidade beneficia o processo de aprendizagem do


aluno, pois o professor do AEE poderá acompanhar ativamente
a escolarização desse sujeito, bem como os recursos
pedagógicos e de acessibilidade utilizados. Esse profissional
poderá atuar de forma mais efetiva junto ao professor do ensino
comum, oferecendo o suporte necessário ao ensino do aluno.
(2012, P.44

A implantação da sala do AEE na escola é diferente das demais, tendo em


vista que o atendimento é diferenciado da sala regular. Assim preleciona Siluk sobre
essa temática:
A sala de recursos multifuncionais, lócus preferencial do AEE, é o espaço
físico que contém mobiliários, recursos pedagógicos e de acessibilidade e
materiais didáticos para atender às necessidades educacionais especificas
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação. (2012,P.44).

Para serem implantados os centros de Atendimento Educacional


Especializado é necessário seguir as orientações contidas nos documentos: A
Resolução e a Nota Técnica- SEESP/GAB Nº 9/2010.Ainda de acordo com Siluk,

Os centros de Atendimento Educacional Especializado deverão


ser conveniados à Secretaria de Educação, submetendo sua
proposta de AEE,prevista no Projeto Político Pedagógico do
Centro, à aprovação desse órgão. A efetivação do convênio
dependerá do parecer da Secretaria de Educação que analisará
a proposta do Centro e as demandas de sua rede de ensino.
(2012, P.48)

O professor para atuar no AEE precisa ser licenciado em pedagogia e possuir


especialização em educação especial, tendo ainda a possibilidade de formação
continuada a fim de atender as necessidades que venham surgir no espaço
educacional. Assim também o professor do AEE poderá ainda ter um profissional de
apoio, como consta na Nota Técnica- SEESP/GAB Nº 9/2010 que trata da organização
das atribuições do profissional de apoio. A necessidade de um profissional de apoio
deve ser avaliada caso a caso, tendo em vista a atual Política Nacional de Educação
Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008b).
18

O professor do AEE é grande colaborador para eliminar as barreiras de


aprendizagens, contribuindo assim para que o aluno dê continuidade a seus estudos.
A Resolução CNE/CEB Nº 4/2009 define as ações a serem desempenhadas
pelo professor do AEE.

Art. 11. A proposta de AEE, prevista no projeto pedagógico do centro de


Atendimento Educacional Especializado público ou privado sem fins
lucrativos, conveniado para essa finalidade, deve ser aprovada pela
respectiva Secretaria de Educação ou órgão equivalente, contemplando a
organização disposta no artigo 10 desta Resolução.
Art. 12. Para atuação no AEE, o professor deve ter formação inicial que o
habilite para o exercício da docência e formação específica para a Educação
Especial.
Art.13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional
Especializado:
I- Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos,
de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas
dos alunos público-alvo da Educação Especial;
II- Elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado,
avaliando a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade;
III- organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de
recursos multifuncionais;
IV- Acompanhar a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos pedagógicos
e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, em como em
outros ambientes da escola;
V- Estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de
estratégias e na disponibilidade de recursos de acessibilidade; VI- orientar
professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade
utilizado pelo aluno; VII- ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a
ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e
participação;
VIII- estabelecer articulações com os professores da sala de aula comum,
visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas
atividades escolares (BRASIL,2009a, p.03).
IX – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do
desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e
equipamentos, entre outros que maximizem o AEE.
X- Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor,
comprometimento nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias
motoras. Incluem-se nessa definição alunos com autismo clássico, síndrome
de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância
(psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação

Os profissionais que atuam no atendimento educacional especializado não


podem ser entendidos como substitutos do educador da sala regular de ensino, os
mesmos têm outras atribuições especificas do AEE, que são criar estratégias para
que a inclusão aconteça na escola como um todo.
19

3.3. A importância da afetividade no papel do educador

Um ambiente positivo, estimulador, deve se constituir desde as primeiras


relações da criança com o mundo. Nas interações iniciais com os seus primeiros
cuidadores, já lhe são atribuídas características que, introjetadas posteriormente,
formam o entorno sobre o qual a personalidade se estrutura (BOWLBY, 1997).
Segundo esse autor
[...] a experiência familiar daqueles que se tornarão pessoas
relativamente estáveis e autoconfiantes é caracterizada não
apenas pelo apoio infalível dos pais, quando a eles se recorre,
mas ainda por um estímulo gradual e constante à crescente
autonomia, notando-se ainda que os pais transmitem modelos
funcionais – de si próprios, da criança e de outros. (BOWLBY,
1997, p. 113)

Como enuncia o autor citado, ao se reconhecerem no lugar de genitores, os


pais, normalmente, atribuem à criança a condição de filho ou filha, desejado ou
rejeitado, bem-vindo ou intruso. Esse ambiente, no qual será inserida a criança, se
forma antes do seu nascimento. É uma construção que se inicia ainda na gestação,
quando regras culturais vão nortear a compra do enxoval, a arrumação do quarto, a
cor predominante na confecção das peças etc. Todas essas ações são realizadas
tendo como pano de fundo o momento emocional que a família, e em especial o casal,
vivem.
Para a família, e particularmente para a mãe, a criança já existe representada
sob a forma de um bebê ideal. Após o nascimento, toda mãe passa por um momento
inicial de adaptação, em que é confrontado o seu ideal de bebê com o bebê real,
aquele que chora, que mantém a família em constante vigília, que tem características
fisionômicas diferentes da esperada. Esse é o momento do luto materno, vivenciado
com grande sofrimento quando a criança nasce com deficiência. Pinho (1998, p. 13)
relata:
O nascimento de uma criança deficiente tem como efeito que o
lugar previamente construído pelos pais para este filho não
possa ser a ele suposto. Por ter o corpo lesado, não recebe o
crédito realizador dos ideais parentais. Os pais enxergam nessa
criança que nasce a sombra do bebê que não nasceu e está
perdido.
20

Nesse momento, será de extrema importância a continência dos outros


membros da família, amigos, vizinhos, colegas de trabalho. As interconexões entre os
sistemas no qual está inserido esse primeiro ambiente, em que a díade mãe-filho se
encontra, contribuirão para o estabelecimento do tipo de vinculação entre ambos.
Quase sempre é necessário o apoio de terceiros, para que a família possa
lidar com essa nova situação. Em alguns casos, torna-se necessária a presença de
um profissional especializado, para que um vínculo saudável entre a mãe e o bebê
seja estabelecido, e o desenvolvimento da criança possa prosseguir. É importante que
a família possa traduzir os sinais de afetividade que a criança cega apresenta:
interpretar e validar sinais de afeto, de desagrado; é assim que se firmará a relação
entre a criança e seus cuidadores. Nesses primeiros momentos, o sorriso e o choro
da criança, o contato físico e o tom da voz do adulto serão os instrumentos de
mediação imprescindíveis na criação de vínculos positivos (BRUNO, 1993).
A forma como foi superado esse momento inicial poderá desencadear atitudes
patológicas dos familiares em relação à criança, descritas por Grünspun (1987) como:
rejeição, superproteção, ansiedade, abandono, perfeccionismo, sedução, hostilidade.
Além desse desafio inicial, os autores que discutem a temática da criança com
deficiência, a exemplo de Bruno (1993, 1997 e 1999) ponderam que a família tem os
primeiros anos de vida da criança marcados por:
• Contatos frequentes com profissionais especializados, que orientam
acerca do desenvolvimento da criança, retirando do grupo familiar o domínio total da
situação, o que pode gerar uma sensação de incompetência para cuidar e acolher
aquele novo membro da família;
• Insegurança quanto ao prognóstico, medo quanto à evolução da
patologia, principalmente quando se trata de criança com baixa visão
• Desconforto que o diagnóstico da cegueira traz, rotulando e remetendo
o cego a todo instante para o “fantasma” da falha, incompetência, anormalidade;
• Convivência cotidiana com a dificuldade de esclarecer para familiares,
vizinhos, amigos, colegas, professores, entre outros, o que se passa com a criança;
• Trabalho de observação extenuante para identificar as limitações e o
potencial da criança sem superproteger nem negligenciar cuidados. Esse potencial irá
depender de contingências ambientais – no caso da baixa visão, por exemplo,
podemos citar casos em que a pouca luminosidade do ambiente interfere no
21

desempenho da criança. Em se tratando da cegueira, um conhecimento prévio do


ambiente pode facilitar a criança na execução de tarefas – e internas da criança – o
humor, o significado daquela atividade para a criança etc. –, podendo a mesma
responder de maneira diferente aos mesmos estímulos ambientais, causando
estranhamento à família e desconfiança quanto ao diagnóstico
Entendemos que é necessário que a criança cega seja também estimulada a
ampliar as suas relações sociais, pois toda criança necessita explorar e conhecer o
mundo além dos limites da família, afastando-se por um período de tempo dos
vínculos parentais. Este distanciamento permite que sejam construídas novas
relações, sem ter que, necessariamente, ocorrer a intermediação direta dos familiares.
Dessa forma, a criança vai progressivamente conquistando uma maior autonomia.
Esse argumento revela a importância de a criança cega estar na escola, vivenciando
novas situações, caminhando em busca da sua independência. É segundo Bruno
(1993): “[...] uma oportunidade de enriquecer o seu mundo interior e de ampliar as
suas vivências”.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil esclarece que em
1990, evolui-se uma discussão sobre a necessidade de se construir uma sociedade
para todos (1998).
Será através da convivência com as diferenças, que todos serão vistos como
iguais, pois o fato das crianças com necessidades especiais poder conviver com
outras crianças sem dificuldades de aprendizagem, interagindo e trocando
experiências, poderão progredir a nível intelectual, vivenciar ambientes que lhe
proporcione novas formas de ver e sentir a vida ajudará a progredir cognitivamente.
O desenvolvimento intelectual é indissociável do desenvolvimento afetivo.
Acrescenta Mantoan (2001) que o desenvolvimento sócio afetivo é fruto de um
contexto que se define por princípios de liberdade, respeito e responsabilidade, sendo
o mundo social a fonte e o limite de suas realizações.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que as crianças sem limitações poderão
compartilhar e se humanizarem através do contato com as crianças com limitações,
compartilham dos valores, o maior deles será o respeito mútuo
O docente contemporâneo tem que enxergar o processo de ensino com uma
nova visão em relação à inclusão. É preciso dosar com muito afeto, pois não são
apenas os deficientes, mas todos aqueles segregados, fracassados na escola,
22

humilhados para a vida, todos aqueles que a escola finge não ver, e que, na verdade,
necessitam de muita atenção.
Pois, somente através do carinho, do toque, do amor, da confiança e de muito
estudo de educadores envolvidos no processo de construção do conhecimento é que
poderemos dizer que estamos caminhando para uma sociedade inclusiva, menos
desigual, mais acolhedora, principalmente com nossas crianças para que essas,
inseridas na escola, possam enriquecer os processos de aprendizagem de todos
através da união de suas diferenças.

3.4. O lúdico como ferramenta norteadora

O termo lúdico se refere a uma atividade importante ao ser humano, pois dá


ao aluno a oportunidade de ter uma aprendizagem mais significativa. Com o lúdico a
criança poderá despertar interesses pelas atividades tanto individuais como coletivas.
Todo esse processo, proporcionará o crescimento intelectual e a integração de todos.
O desafio de novas formas de ensinar torna-se algo motivador, no que diz
respeito ao desenvolvimento cognitivo e emocional. Em relação aos alunos que
possuem alguma deficiência, trabalhos realizados mostram que, através do lúdico
desenvolvem habilidades importantes, além de conseguirem explorar e exercitar suas
próprias ações.
Pode-se afirmar que, o lúdico é um excelente recurso pedagógico. Hoje em
dia, é possível reconhecer seu enorme potencial de aprendizagem e sua importância
para o desenvolvimento cognitivo, da linguagem e para a socialização do educando
na sala de aula. Cada brincadeira é planejada, conduzida e monitorada, mas a ação
do educador é fundamental. Ele estrutura o campo das brincadeiras por meio da
seleção e oferta de objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, do arranjo dos espaços e
do tempo de brincar, a fim de que o aluno alcance os objetivos de aprendizagem
predeterminados, sem limitar sua espontaneidade e imaginação.
Hoje em dia, observa-se que nas salas de aula existem brincadeiras, jogos e
brinquedos. Assim, tanto o jogo quanto a brincadeira podem ser sinônimos de
divertimento. Mas, além das diferenças, esses conceitos possuem pontos em comuns,
pois, tanto no jogo quanto na brincadeira são culturais.
Nesse sentido, Frobel (1992, p. 55) afirma que:
23

A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem nesse


estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um
todo da vida natural interna do homem e de todas as coisas. Ela
dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e
interno, paz com o mundo, a criança que brinca sempre, com
determinação, auto estima, preservando, esquecendo sua
fadiga física, pode certamente tornar-se um homem
determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção do seu
bem e dos outros. Como sempre indicamos o brincar em
qualquer tempo não é trivial, é altamente sério e de profunda
significação.

É notável que ao brincar, a criança mostra que é cheia de criatividade,


habilidade, imaginação e inteligência, compreende o que é ser ela mesma e ao mesmo
tempo, pertencer a um grupo social. Com a brincadeira a criança descobre a vivência
da realidade de forma prazerosa. Experimenta diferentes maneiras e situações, tenta
compreender, fazendo, refazendo, trocando de papéis, ou seja, no brincar é possível
aprender. No faz-de-conta, vive o mundo concretamente, pois confere aos brinquedos
sentimentos reais de amor e agressão.
O conhecimento é adquirido pela criação de relações e não por exposição a
fatos e conceitos isolados, é através da atividade lúdica que a criança o faz. A
participação da criança, a natureza lúdica, prazerosa encantadora, fornece dados
relevantes no nosso agir, enquanto educadores. O brinquedo encoraja a criança a
reconhecer suas limitações do elemento competitivo. Todos ser humano nasce com o
espirito para brincar. Jogos ou divertimento, sem orientação de um animado
consciente, ao invés de educar proporcionar alegria sadia entre as crianças, podem
estimular a delinquência infantil e juvenil.
A criança, que não consegue bons resultados na sala de aula, já vem de casa
com problemas de ajustamento e insegurança, é capaz de encontrar nos jogos um
bom meio para a satisfação das suas necessidades emocionais, logo, entrega-se ao
jogo com naturalidade, expressando suas alegrias
Contudo Perrenoud (2001,p.45) alerta:

Quando as crianças de origem popular que frequentam uma sala


de aula ativa contam sua jornada na escola, seus pais podem ter
a impressão que os filhos brincam o dia inteiro, que não exige
deles nenhum esforço, que não se impõe a eles nenhum limite
24

e, portanto, que não aprendem nada. A escola em que se


aprende brincando, em que a aquisição dos conhecimentos não
é sinônima de sofrimento, de esforço e de competição, é uma
escola que, geralmente, a geração dos pais não conheceu. Para
aqueles que não estão familiarizados com as psicologias da
moda, para aqueles cuja experiência do trabalho escolar e
profissional torna, pouco crível e mesmo incompreensível a ideia
de que é possível aprender brincando, as novas pedagogias
parecem pouco serias. Sabe-se, em todas as classes sociais,
que ela sem duvidada pretende tornar as crianças mais felizes,
fazer com que elas vão à escola sem angustia, com prazer.

Lúdico é a atividade essencial ao ser humano, possibilita ao educando uma


aprendizagem significativa, despertando interesses pelas atividades individuais e
coletivas, proporcionando, crescimento intelectual e a integração de todos os
participantes.
As novas maneiras de ensinar e aprender são desafio motivador,
principalmente no que se refere ao desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos.
Trabalhos realizados com os que apresentam deficiência mental, através do lúdico
demonstram que se desenvolveram habilidades e importantes, para que possam
explorar e exercitar suas próprias ações, enriquecendo, a sua capacidade intelectual
e se auto estima e na sua aprendizagem.
É dito que as atividades lúdicas se dividem em três dimensões: jogos,
brinquedos e brincadeiras. Assim, é preciso considerar a necessidade de saber em
quais espaços essas atividades devem acontecer. A ideia que se tem do espaço lúdico
é que seja propício para as crianças usufruírem juntamente com os educadores. Na
verdade, esse lugar pode ser qualquer ambiente, é preciso apenas que seja agradável
e prazeroso para que possa ser realizada as atividades propostas para o momento.

Jogos

O jogo é tido como uma atividade muito importante para o desenvolvimento


infantil. Com o jogo, a criança poderá explorar o meio que a rodeia através de
atividades motoras e mentais realizadas livremente e espontaneamente. O jogo é uma
atividade que a criança desempenha sozinha, mas, que precisa de alguém que oriente
para que possa compreender qual é o objetivo do jogo.
25

Para tanto, Grassi (2004. p.33) ao desenvolver suas pesquisas a respeito dos
jogos, realizou uma análise das vinte e sete definições encontradas no dicionário
Michaelis (2001, p.1024), para o verbete jogo e selecionou uma delas que é
“brincadeira, divertimento, folguedo” e “divertimento ou exercício de criança em que
elas fazem prova de sua habilidade, destreza ou astúcia”.

Brinquedo

Para Vygotsky, (apud MALUF (2004, p.43) “O brinquedo tem um papel


importante, aquele de preencher a atividade básica da criança, ou seja, ele é um
motivo para a ação. ”
O brinquedo é um objeto em que a criança pode realizar a si mesma a
oportunidade de divertimento. O brinquedo nos momentos das brincadeiras
proporciona ao desenvolvimento social e emocional entre outras, tão importantes para
o crescimento do educando. Com o brinquedo seu pensamento é aguçado, instigando
a criatividade, a imaginação e curiosidade.
Permite que a criança venha a conhecer mais claramente as funções mentais
como o desenvolvimento do raciocínio, através da criação, pois as crianças podem e
criam com um único brinquedo diversas situações de brincadeira. É importante
também considerar que através do brincar e das infindas situações que os brinquedos
proporcionam, existe aí um excelente desenvolvimento da linguagem através do
diálogo.

O brincar
Brincar é um dos melhores momentos para a criança, muitos veem como um
momento mágico. Toda criança precisa dessa magia, desse encanto. O brincar além
de proporcionar novos conhecimentos, desenvolve habilidade de forma lúdica e
agradável. Ela é uma das necessidades básicas da criança, e essencial para um bom
desempenho motor, social e cognitivo (MALUF, 2003, p.26).
Para uma criança especial, a brincadeira é muito importante. É uma atividade
que a distrai, além de ser fundamental ao seu desenvolvimento integral, o qual
contribuirá muito na formação da personalidade e identidade.
26

A criança que não brinca não tem a oportunidade de conhecer a magia da


fantasia, do mistério, da emoção que a brincadeira proporciona. A expressão lúdica
tem a capacidade de unir razão e emoção, conhecimento e sonho, formando um ser
humano mais completo e pleno”. (SANTOS, apud GRASSI, 2004, p.22)
Existem vários tipos de brincar. Segundo Garvey existe o brincar com
movimento e interação; o brincar com objetos; o brincar com a linguagem; o brincar
com materiais sociais e as brincadeiras ritualizadas.
Com o passar dos tempos as crianças vão conhecendo outras formas de
brincar. Passam então a brincar com os pais. Estas brincadeiras dependem da
disponibilidade destes para lhes proporcionar experiências novas. “As primeiras
brincadeiras com os pais estão dependentes da disposição destes para estruturar
sequências previsíveis de som, tato e movimento e para se encarregar de mais de
metade do esforço de comunicação” (Garvey,1992: 55)
Quando as crianças já são mais crescidas e já conseguem escolher as suas
brincadeiras, surgem as chamadas brincadeiras turbulentas. “À medida que se vão
tornando mais hábeis no movimento e na comunicação, as crianças começam a ser
capazes de se dedicarem àquilo a que damos o nome de brincadeiras turbulentas e
desordenadas” (Idem: 58)
As brincadeiras turbulentas referidas por Garvey, englobam enumeram
atividades desde gritos, expressões, movimentos bruscos, atividades mais físicas.
Atividades denominadas brincadeiras turbulentas e desordenadas. São compostas
por corridas, saltos, pulos, quedas, perseguições, fugas, lutas, choques, risos e
caretas. Contrastam com a conduta agressiva que inclui bater, dar empurrões,
puxões, olhar para o chão e franzir o sobrolho”. (Idem:59)
As brincadeiras são geralmente do agrado das crianças pelo facto de serem
geralmente desenvolvidas não sozinhas, mas acompanhadas. “O que desperta mais
a atenção no que se refere às brincadeiras das crianças é o facto de serem raramente
individuais” (Idem: 63).
27

4. A FAMÍLIA NA ESCOLA, UM PROCESSO EM CONSTRUÇÃO

Em uma educação centralizada em forma de caráter moral das pessoas, fica


claro que a família desempenha um papel muito importante, os pais são os principais
responsáveis pela educação dos seus filhos. Como linhas paralelas, a escola e a
família devem caminhar unidas. A escola exercendo seu papel para a formação
intelectual do indivíduo e a família na formação moral em busca de um único propósito,
“o de formar pessoas para vida”.
A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação
dos filhos e influenciar o comportamento dos mesmos no meio social. A escola, por
sua vez, que se unir com a instituição familiar terá mais chances de oferecer com mais
qualidade o seu trabalho pedagógico.
O acesso à educação formal e informal são tarefas das duas, que trabalhando
juntas poderão ter mais sucesso. No momento em que as duas se unirem, muitos dos
problemas enfrentados pela escola poderão ser superados. Para que isso aconteça,
os pais devem participar do cotidiano escolar dos filhos, os mesmos devem
comprometer-se com a escola dando condições ao educando de que estão sendo
amparados.
Dessa maneira, a criança, o jovem, passa a dar valor à escola e ao seu
professor, pois sabe da importância do seu sucesso educacional para seus pais. A
escola por sua vez, precisa do amparo familiar, reunir os pais e seus alunos,
estimulando e aproveitando as iniciativas dos pais a favor da educação.
A escola como detentora do conhecimento científico deve fornecer e promover
nessa relação, todo seu cabedal de conhecimento de forma que esse esforço leve em
consideração os aspectos particulares da situação social e cultural hora vigente, e que
influenciam de forma decisiva o equilíbrio familiar (Jardim, 2006).

Por sua vez as famílias, responsáveis pelo desenvolvimento


social e psicológico de seus filhos, devem buscar a interação
com a escola, promovendo, questionando, sugerindo e
interagindo de forma a fornecer elementos que através de
discussões e ampla comunicação com os educadores
promovam as iniciativas que vão de encontro às necessidades
dos educandos. (PIAGET, 1972 apud JARDIM, 2006, p.50).
28

Sendo assim, a relação família e escola deve partir da própria escola, porque
a maioria dos pais tem pouco conhecimento e até mesmo nenhum conhecimento das
características do desenvolvimento cognitivo, psíquico e motor da criança e muito
menos como acontece a aprendizagem, por isso fica tão difícil participar da vida
escolar dos filhos.
Portanto, o papel que a escola desempenha na construção dessa parceria é
de suma importância, pois cabe a ela levar em consideração as necessidades da
família interagindo com vivencias e situações que favoreçam a participação ativa da
família na escola. Vale salientar que, a escola e a família devem se unir e dessa forma
entender o que é família, o que é escola, e como ambas eram vistas antigamente e
como se apresentam nos dias de hoje.
Atualmente a escola busca o apoio da comunidade, permitindo sua presença
para que reflita positivamente trazendo benefícios. Por outro lado, a família precisa
mudar a visão de que a escola é um ambiente formal, que só serve para deixar os
filhos e pegá-los depois.
Conforme as mudanças vivenciadas pela a escola, é necessária também a
mudança dos pais, procurando conhecer melhor os profissionais que atuam na
instituição e também conhecer outros pais, pois desta forma, contribui positivamente,
trazendo benefícios qualitativos para o ensino.
As reuniões de pais para a entrega de boletim escolar e para tratar da conduta
dos seus filhos, pode ser uma forma com que a escola deve solicitar a colaboração
dos pais na tarefa de ensinar.

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais


leva, pois, muita coisa mais que a uma informação mútua: este
intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e,
frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao
aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais
dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um
interesse pelas coisas da escola, chega-se a uma divisão de
responsabilidades [...] (PIAGET, 1972 apud JARDIM 2007,
p.50).
29

É de extrema importância para a escola um trabalho inovador, a instituição


deve buscar novos projetos para serem postos em práticas à medida que vão surgindo
novos paradigmas.
O uso de uma metodologia inovadora proporciona ao aluno uma melhora no
seu aprendizado, despertando-os para o interesse de conhecer o “novo” através de
outras formas de realizações.
A maioria das escolas coloca em práticas projetos receptivos e cansativos,
apenas cumprindo seu papel por obrigatoriedade deixando de lado verdadeiros
objetivos, que são educacionais.
Portanto, essa falta de compromisso da escola com o seu trabalho
pedagógico acaba desestimulando os pais que por sua vez, não motiva os filhos a
participarem. As escolas devem promover projetos e eventos que possam ser
atrativos para a família e organizados com dedicação por parte das instituições
escolares, os mesmos proporcionam o incentivo a educação e a cultura, e aos alunos
momentos prazerosos de aprendizagem. Através desses métodos o trabalho da
escola, corpo docente e dos pais tornar-se mais valorizado. (Jardim, 2006)
A escola como patrocinadora da educação deve propiciar e incentivar os pais
a participarem dos projetos e eventos realizados pela instituição. Escola e a família
são as responsáveis pela missão de educar, socializar, ensinar valores, sentimentos
de amor e solidariedade ao próximo.
Muitos pensam que o professor é o único que pode educar, isto deve ser
quebrado. Os professores precisam da participação dos pais na educação das crianças,
o professor não é dono do saber e sim orientador da aprendizagem, que precisa da
colaboração de todos, fazendo assim os pais parceiros da educação, ou seja,
expressando a sua opinião diante dos assuntos que, envolve a educação dos seus filhos.
Segundo Régia (2004, p. 48) “Defrontamos com o despotismo profissional do
professor em relação às famílias ao considerar-se como o único depositório do saber
pedagógico”. Vale ressaltar que esta citação de subordinação comumente está ao
inverso, isto é, as famílias submissas aos professores. Na maioria das vezes não é dada
as famílias a oportunidade de participar.
As práticas curriculares ainda não assumiram o compromisso de considerar o
interpretar da família e sua participação como enriquecedoras do trabalho pedagógico.
De modo a acreditar, que são ignorantes, pouco aptos a opinar e tomar decisões
juntamente com a equipe docente da escola.
30

Com a relação à tomada de decisão, cabe acrescentar a necessidade de


evitar situações que convidam os familiares a uma pseudoparticipação quando na
verdade as questões a serem decididas já foram resolvidas pela equipe docente. Esse
tipo de atitude marcará o sentido verdadeiro da participação, o qual deve ser
construído com base na discussão na negociação do poder e não do autoritarismo,
como justifica Bordenave (1983), quando se refere à educação e à qualidade da
participação. É essa participação que se faz necessária, uma participação coerente e
consistente

A qualidade da participação se eleva quando as pessoas


aprendem a conhecer sua realidade; a refletir; a superar
contradições reais ou aparentes; a identificar premissas
subjacente; a antecipar consequência; a entender novos
significados das palavras; a distinguir efeitos de causas,
observações de inferência e fatos de julgamentos.
(BORDENAVE, 1983, p.72-73).

Desse modo, para que a participação da família se torne realmente positiva e


significativa na escola, é necessário antes de tudo uma mudança de atitude por parte
de todos.
É comum pais acharem que cabe à escola tomar a iniciativa de procurá-los,
enquanto a escola, por sua vez, coloca toda a responsabilidade sobre os pais. Em
muitos casos, a famílias só são chamadas para falar sobre os filhos quando ocorre
algum problema. Quando os pais ou responsáveis tomam a iniciativa de procurar a
escola. Esta nem sempre se mostra preparada para acolhê-los e o inverso também
ocorre: diretores que tentam atrair as famílias, mas não conseguem. O desafio é
romper essa inércia e criar uma agenda positiva, que busque estratégias de
aproximação em todos os momentos. Esse deve ser um compromisso tanto dos
gestores e formuladores de políticas públicas quanto de diretores, professores,
funcionários e pais ou responsáveis no cotidiano.
Uma função básica da família consiste em responder às necessidades de
saúde física e mental dos seus membros. Estão aqui incluídas as tarefas do dia-a-dia,
como cozinhar, limpar, tratar das roupas, cuidar dos transportes e obter cuidados
médicos quando necessário. É sabido que os cuidados diários a prestar a uma criança
ou jovem com deficiência podem constituir um pesado fardo para toda a família.
31

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando falamos em educação inclusiva estamos falando de práticas


pedagógicas, metodologias, especialização e cuidado específicos, a fim de promover
uma inclusão especial e de qualidade. Neste caso tanto o professor da educação
regular quanto o educador da sala de educação inclusiva precisam buscar a formação
continuada, a fim de estarem preparadas para o processo de inclusão, em que é
exigido cuidado e preparação, frente os diferentes tipos de especialidades que surgem
nos dias atuais.
Pensando assim, o atendimento educacional especializado tende a ser
oferecido como um espaço que venha dar subsídios a essas crianças, favorecendo
um atendimento especifico a fim de descobrir as habilidades que cada criança
especial possui.
Nesse sentido é necessário que tanto a sala regular de ensino, a sala de
educação especial quanto à família esteja inter-relacionada num só propósito de fazer
com que a inclusão aconteça, mas não uma inclusão de inserir o aluno na escola, mas
uma inclusão que contribua para o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, sócio
afetivo. Nesse caso é necessária uma boa relação entre alunos, docentes, gestores,
família e profissionais de saúde que realizam o atendimento das crianças com
deficiência.
Nessa perspectiva a escola como um todo deve proporcionar condições de
acesso, participação e aprendizagem a essas crianças.
Nesse sentido, a escola tende a oferecer a acessibilidade, a língua de sinais
(LIBRAS), braile, para um melhor desenvolvimento da aprendizagem. Além de tudo
isso a escola deve oferecer o atendimento educacional especializado, com a
finalidade de dar assistência especifica e individual aos estudantes com diferentes
necessidades presentes no âmbito escolar.
Diante do processo de inclusão o professor da sala regular de ensino tem o
papel altamente significativo de promover a inclusão, permitindo assim a socialização
entre todos os alunos. Mesmo sendo uma tarefa difícil cabe a ele criar estratégias a
que venha promover laços afetivos entre todos. Porém cabe ao professor buscar se
especializar a fim de aprender como lidar com determinadas especialidades que
surgem. O Atendimento educacional especializado deve em conjunto com os
32

professores da sala regular de ensino, formar grupos de estudos que venham estudar
sobre determinados tipos de especialidades.
Diante deste contexto a educação inclusiva tem que ser compreendida como
uma educação de direito, respeito e acima de tudo uma educação democrática e
humana. Quando educamos temos que educar com amor.
33

REFERÊNCIAS

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inclusão: introdução. [4. ed.] / elaboração. – Brasília: MEC, Secretaria de Educação
Especial,2006.

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Especial,o Atendimento Educacional Especializado e dá outras
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http://portal.mec.gov.br>>Acesso em 13/Nov/222.

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<<http://www.direitoshumanos.usp.br >>Acesso em: 13/Nov/222.
34

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documentação - CE. Universidade Federal de Santa Maria, 2012
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MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincar prazer e aprendizado. Petrópolis, RJ:


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