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Presidente Prudente - SP
2020
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Presidente Prudente - SP
2020
SANTOS, Matheus Oliveira; SIMÕES, Deuzelha Rosa Dutra; SILVA, Susana de
Camargo; SOARES, Marcia Regina Dias. A inserção da contação de histórias
folclóricas na Educação Infantil. 20f. Relatório Técnico-Científico. Eixo de Licenciatura –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: Profª Renata Montrezol Brandstatter.
Pólo Presidente Prudente 1 4.N2, 2020.
RESUMO
Este estudo tem como finalidade a elaboração de um plano de aula envolvendo a atividade de
contação de história em sala de aula, na educação infantil. Tendo como foco lendas folclóricas.
O desafio da aula é envolver e despertar a atenção dos alunos através da atividade de contação
de histórias, ministradas nas aulas de Educação Infantil, pela professora Ana, articulando o
“antigo” lendas e fábulas com o “moderno” computador, aplicativos e celular. A pesquisa foi
embasada em um estudo bibliográfico, que envolveu fontes empíricas tais como: legislação,
normas, livros e artigos. As fontes teóricas utilizadas ofereceram uma abordagem qualitativa,
que ampara a reflexão, a análise e o intercâmbio acerca das teorias e hipóteses trabalhadas.
Visando assim, proceder uma análise sobre a importância da atividade de contação de histórias
como ferramenta pedagógica, atuando com ludicidade e promover momentos de descontração,
além de contribuir com a formação de futuros leitores. A importância da atividade de contação
de histórias na educação infantil, incide em refletir sobre a diversidade de procedimentos de
aprendizagens, através dos quais os estudantes conseguem se desenvolver cognitivamente,
aprimorando suas capacidades, reorientando para atender suas próprias necessidades e as da
sociedade atual.
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
2. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 2
2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS ...................................................................................................... 2
2.2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................... 2
2.3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................................3
A CULTURA FOLCLÓRICA E A EDUCAÇÃO NFANTIL..............................................................3
LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................................................5
O FOLCLORE BRASILEIRO.......................................................................................................7
A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL............................................................10
2.4 APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR.................................11
2.5 METODOLOGIA....................................................................................................................11
3. RESULTADOS......................................................................................................................12
3.1. SOLUÇÃO INICIAL ......................................................................................................12
3.2. SOLUÇÃO FINAL..........................................................................................................13
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................16
REFERÊNCIAS........................................................................................................................17
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1. INTRODUÇÃO
A contação de história em sala de aula, na educação infantil proporciona o
fortalecimento de vínculos sociais, educativos e afetivos. Para os professores este momento da
aula é ferramenta importante para o desenvolvimento da criança, para estimular futuros leitores,
a criatividade e imaginação. Neste trabalho apresentaremos uma plano de ação para a inserção
da contação de histórias folclóricas na Educação Infantil. Nesta etapa da educação as “principais
qualidades da literatura infantil são o ludismo e descompromisso dos textos. Essas
características tornam a experiência da leitura prazerosa”. (Andrade, 2014, p. 52)
A proposta é apresentar uma contação de histórias, de maneira remota, tendo como
tema o folclore brasileiro, já que o Brasil tem um folclore tão rico e diversificado, que é
interessante que as escolas de educação infantil se preocupe em ensinar esse conteúdo com seus
alunos, sendo a contação de história um meio para que essa riqueza seja valorizada.
O desafio da aula é envolver e despertar a atenção dos alunos através da atividade de
contação de histórias para crianças, utilizando metodologias pedagógicas e também
tecnológicas, que podem ajudar no árduo desafio de contar uma história. Sendo às vezes,
necessárias estratégias diferentes das convencionais, para alcançar sucesso junto às crianças.
Recursos visuais e auditivos são boas opções para conseguir a atenção das crianças e facilitar a
compreensão do conteúdo. Com desenhos, filmes ou músicas, outros sentidos são despertados e
ajudam na fixação dos temas.
Neste estudo abordaremos os seguintes tópicos:
Relação da cultura folclórica e a educação infantil;
Legislação da educação infantil;
Historiografia do folclore brasileiro e principais autores
A contação de história na Educação Infantil;
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2. DESENVOLVIMENTO
2.2. Justificativa
2. 3. Fundamentação teórica
A cultura folclórica e a educação infantil
Iniciaremos nosso estudo centrando nossa atenção em questões como o folclore
brasileiro; folclore como ferramenta educativa. Enfatizaremos sua importância na formação
infantil, o contato com histórias, lendas e fábulas folclóricas.
Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é o início e o fundamento
do processo educacional, sendo obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos. Com a inclusão da
Educação Infantil na BNCC (Base Nacional Curricular Comum), mais um importante passo é
dado nesse processo histórico de sua integração ao conjunto da Educação Básica.
Segundo a BNCC (20117), na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento
das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os
direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, e a organização
curricular está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos
os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Considerando esses saberes e conhecimentos,
os campos de experiências em que se organiza a BNCC são:
O eu, o outro e o nós;
Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Ainda conforme BNCC (2017), no que se refere ao último campo: escuta, fala,
pensamento e imaginação, estes tem por objetivo promover experiências nas quais as crianças
possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de
histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas
individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se
constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. As experiências com
a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem
para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do
conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis
etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre
ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação
de livros.
Sobre as aprendizagens essenciais na Educação Infantil, parafraseando a BNCC (2017),
relata que elas compreendem tanto comportamentos, habilidades e conhecimentos quanto
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O Folclore Brasileiro
No entanto, as influências culturais não pararam por aí. Mais tarde, outros imigrantes
vieram para o Brasil trazendo consigo suas tradições de origem e contribuindo ainda mais para
o enriquecimento do nosso acervo folclórico.
Por tudo isso é que o folclore brasileiro é considerado um dos mais ricos do mundo,
pois alia num conjunto admirável o folclore indígena, africano, e o folclore introduzido pelo
branco colonizador.
A palavra folclore apareceu pela primeira vez em 22/08/1846, empregada pelo
arqueólogo inglês G. J. THOMS. Este termo é composto de duas palavras inglesas: folk (povo)
e lore (ciência). Portanto, o folclore significa ciência do povo, ou seja, a ciência que estuda as
manifestações da criatividade popular.
Apesar de THOMS haver instituído este termo, isso não significa que não houvesse
preocupação em pesquisar e registrar as manifestações populares. Estudos relatam que a
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No entanto, algumas expressões folclóricas são bem regionais, enquanto que outras são
de âmbito nacional. Também muitos usos e costumes caracterizam o folclore brasileiro e estes
são bastante conhecidos e representativos. Estes vão do emprego do forno, vestimentas e
comidas características de determinadas regiões, as danças, ao uso da medicina popular
empregada na cura das mais diversas doenças.
O folclore possui um valor educativo. Pelo jogo e pela recreação, a criança se prepara
para a vida, amadurece para tornar-se um adulto em seu meio social (...) a sua
perpetuação não representa mero fenômeno de inércia cultural. Se as crianças
continuam a “brincar de roda”, esse folguedo preserva para elas toda a significação e a
importância psicosocial que teve para as crianças do passado (FERNANDES, 1978, p.
62).
Para outros tratadistas do folclore, o campo desse estudo abrange até mesmo as
sociedades mais primitivas. Esta é a posição de CASCUDO (1971). Para ele, haverá sempre, em
qualquer agrupamento humano, por mais rudimentar que seja, a memória coletiva de duas
origens de conhecimento: “o oficial, regular, ensinado pelo colégios dos sacerdotes ou direção
do rei, e o não-oficial, tradicional, oral, anônimo, independente de ensino sistemático, porque é
trazido nas vozes das mães, nos contos de caça e pesca, na fabricação de pequenas armas,
brinquedos, assombros”.
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CUNHA (1968), na sua obra Como ensinar literatura infantil, explicita alguns conceitos
sobre o folclore na concepção de diferentes autores. Segundo CARNEIRO (1965), entende-se
por folclore “um corpo orgânico de modos de sentir, pensar, e agir peculiares às camadas
populares das sociedades civilizadas”. Para SAINTYVES apud CARNEIRO (1965) o folclore
é o estudo da mentalidade popular numa nação civilizada.
Ainda na obra de CUNHA (1986), podemos encontrar teorias mais recentes, que
concebem o folclore como fenômeno “social”, portanto, sujeito aos processos comuns a esses
fenômenos.
CUNHA (1986) cita também LOMBARDO RADICE, que conceitua o folclore como
um dos meios de que dispomos para a defesa espiritual da criança das cidades grandes, assim
como a escola ao ar livre é um meio de defesa e prevenção com relação à saúde física.
As superstições, os costumes, os contos de fadas ou histórias da carochinha, as cantigas,
as canções do berço, os jogos populares, os esconjuros, os ditados, todas essas tradições
populares são o que constituem o folclore.
Através de LIMA (1972) constatamos que através do Decreto nº 56.747 de 17 de agosto
de 1965, foi criado o Dia do Folclore, no Brasil. O dia 22 de agosto passa a ser considerado em
todo o território nacional o Dia do Folclore, recordando assim, o lançamento, pela primeira vez,
em 1846, da palavra “folk-lore”. O governo queria com isso assegurar uma ampla proteção às
manifestações da criação popular, como também estimular sua investigação e estudo e ainda
defender a sobrevivência dos seus folguedos e artes.
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Conforme Craidy e Kaecher (2007), o ato de ouvir e contar histórias está presente em
quase todos os momentos da nossa vida, desde o nosso nascimento. As histórias passam de
geração para geração. Às vezes, no dia a dia da Escola Infantil esquecemos o quanto ouvir e
contar histórias é importante. Ao lembrarmos desta importância, transformamos este ato de ouvir
e contar histórias em momento de partilha.
É fundamental que o professor leia e fale sobre leitura para os alunos. A leitura em voz
alta, para crianças na pré-escola e nos primeiros anos escolares, ajuda a desenvolver o
vocabulário e motiva a leitura. A criança deve ser exposta a vários tipos de textos,
como poemas e contos, os quais devem ser lidos em voz alta pelo professor.
(ANDRADE, 2014, p. 49)
Segundo Andrade (2014), a escola tem papel fundamental, desde a primeira infância, a
proporcionar contatos com os livros, estimulando atividades de incentivo a leitura, uma delas é
a contação de histórias. A leitura, nesta etapa da educação desenvolve comportamentos leitores.
“Ao ver um adulto lendo, ao ouvir uma história contada por ele, ao observar as rimas (em um
poema ou em uma música), os pequenos começam a se interessar pelo mundo das palavras. É o
primeiro passo para se tornarem leitores literários”. (ANDRADE, p. 58, 2014)
Ao trabalharmos atividade como contação de histórias devemos nos atentar somente ao
“prazer que esta atividade proporciona, pela importância que a literatura pode ter, enquanto arte,
nas nossas vidas. Esta já é uma excelente razão para trabalharmos com a literatura na Educação
Infantil.” (CRAIDY e e KAECHER, 2007, p. 86)
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2.5. Metodologia
Para elaboração deste trabalho utilizamos dois conceitos que são o Brainstorming e o Design
Thinking, que são fermentas muito utilizadas para solução de problemas dentro de empresas
visando a melhor solução com maior nível de criatividade visando também o bem estar dos
colaboradores e o público alvo da empresa.
Brainstorming são as chuvas de ideias que surgem através de reuniões e discussões que
visam solucionar um problema ou criar algo novo de forma criativa podendo também ser
aplicada individualmente, já o Design Thinking é a uma abordagem que gera alguns processos
que podem nos ajudar na solução do problema visando sempre a criatividade e apresentando a
ideia de que problemas diferentes precisam de abordagens diferentes.
A elaboração da presente pesquisa foi embasada em um estudo bibliográfico, que
envolveu fontes empíricas tais como: legislação, normas, livros e artigos. As fontes teóricas
utilizadas ofereceram uma abordagem qualitativa, que ampara a reflexão, a análise e o
intercâmbio acerca das teorias e hipóteses trabalhadas.
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3. RESULTADOS
O presente trabalho visou proceder uma análise sobre a importância da atividade de
contação de histórias como ferramenta pedagógica, atuando com ludicidade e promover
momentos de descontração, além de contribuir com a formação de futuros leitores.
A análise e a discussão inferida levam a concluir que a literatura infantil e a contação
de histórias dá à criança os subsídios necessários a um desenvolvimento emocional, social e
cognitivo irrefutáveis.
A metodologia utilizada concerne à revisão bibliográfica, e prevê análise de
documentos amparados de pela legislação vigente da Educação Infantil, assim como livros e
artigos. A discussão e elaboração da pesquisa realizou-se com base na produção teórica referente
às concepções críticas sobre as especificidades da educação, e sobre sua conceituação de
referencial de aprendizagem e nas práticas de ensino utilizadas em sala de aula.
Esta investigação teve ainda como objetivo a valorização do texto folclórico
considerando-os como patrimônio que merece ser preservado. Propiciando o desenvolvimento
cultural dos alunos. Oportunizando a estes, contato com lendas do folclore brasileiro no espaço
escolar.
Objetivos específicos
Ampliar o desenvolvimento da criança em todos os aspectos: social, afetivo, motor e
cognitivo.
Proporcionar a ampliação de conhecimento de mundo, dando a oportunidade de
conhecer ou resgatar a cultura, despertando o interesse e atenção
Interar a criança da importância do folclore para o desenvolvimento da cultura regional
e nacional atualmente
Conhecer a lenda do personagem do saci- pererê, fazendo assim o conceito do folclore
em sua concreticidade,
Estimular o desenvolvimento da memória e a coordenação motora
Apreciação das produções artísticas
Metodologia
Aulas com diálogos, roda de conversa, música, dramatização, atividade gráfica,
vestimenta específica.
Recursos didáticos
- Tv (para reprodução da história)
- Imagens
- Papel branco
- Lápis coloridos
Recursos tecnológicos
Celular
Computador
Aplicativos (vivavideo, Kinemaster, inshot e whatsapp)
Tv
Avaliação
É realizada de maneira individual, respeitando a individualidade e do saber de cada
aluno.
Será observada a atenção, concentração e interesse do aluno.
A interação será considerada com seus pares e com o adulto.
Aplicação da aula
Foi observado que as crianças demonstraram boa atenção e concentração durante a o
conto e o reconto da história. As perguntas e as respostas formuladas demonstraram certa
independência e segurança para realização da atividade proposta.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância da atividade de contação de histórias na educação infantil, incide em
refletir sobre a diversidade de procedimentos de aprendizagens, através dos quais os estudantes
conseguem se desenvolver cognitivamente, aprimorando suas capacidades, reorientando para
atender suas próprias necessidades e as da sociedade atual.
A análise e a discussão inferida levam a concluir que a literatura infantil e
consequentemente as lendas dão à criança os subsídios necessários a um desenvolvimento
emocional, social e cognitivo irrefutáveis.
Concluímos que, conforme Andrade (2014), ao ver um adulto lendo, ao ouvir uma
história contada por ele, ao observar as rimas (em um poema ou em uma música), os pequenos
começam a se interessar pelo mundo das palavras. Sendo então o primeiro passo para se
tornarem leitores literários.
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, G. Literatura infantil. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2014. 196 p.
Disponível em:
<https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/22150/epub/0?code=XwH2+t8i7ne6yt2
Bp4VP7KyiMRt8X9DYuappPDQFHpcV1BF27IYHE2NIrv1459bbmYgh/DxPt7BAnWZrqp1
MnA==>> . Acesso em 9 de nov. 2020.
RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e contação de histórias. Goiânia, 2005.
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 1997.