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PROPOSTA
PEDAGÓGICA

Estudos para
Identidade
Pedagógica da RME
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APRESENTAÇÃO
A nova proposta pedagógica prevê uma conexão integradora desde a Educação Infantil até o Ensino
Fundamental, garantindo o desenvolvimento do processo de escolarização das crianças até que se tornem
adolescentes. Ela busca resgatar uma identidade em Rede focada no estudante e na inovação, a fim de tornar
a escola conectada ao futuro.

A escola que queremos é aquela que coloca a criança e o estudante no centro do processo e a partir de
diferentes oportunidades contribui para que cada um construa o seu projeto de vida, tornando-se
protagonista das suas experiências, aprendizagens e escolhas. O papel do professor é de fundamental
importância para que essa trajetória de conhecimento seja inspiradora e alinhada ao contexto de
contemporaneidade.

Com a participação dos profissionais da rede, buscamos valorizar as realidades distintas para construirmos
um cenário que represente a identidade da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A partir dela,
definiremos as matrizes curriculares, a expressão de resultados, o processo avaliativo e a formação
continuada de professores.
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APRESENTAÇÃO
A nova proposta pedagógica prevê uma conexão integradora desde a Educação Infantil até o Ensino
Fundamental, garantindo o desenvolvimento do processo de escolarização das crianças até que se tornem
adolescentes. Ela busca resgatar uma identidade em Rede focada no estudante e na inovação, a fim de tornar
a escola conectada ao futuro.

A escola que queremos é aquela que coloca a criança e o estudante no centro do processo e a partir de
diferentes oportunidades contribui para que cada um construa o seu projeto de vida, tornando-se
protagonista das suas experiências, aprendizagens e escolhas. O papel do professor é de fundamental
importância para que essa trajetória de conhecimento seja inspiradora e alinhada ao contexto de
contemporaneidade.

Com a participação dos profissionais da rede, buscamos valorizar as realidades distintas para construirmos
um cenário que represente a identidade da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre. A partir dela,
definiremos as matrizes curriculares, a expressão de resultados, o processo avaliativo e a formação
continuada de professores.
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A nova proposta pedagógica que resultará em um documento teórico-prático objetiva apresentar ações que
contribuam para a formação integral do estudante com um olhar que ultrapassa as salas de aula e vai além
dos muros da escola.

Queremos construir uma nova escola, com sentido para a aprendizagem, com espaços atrativos que
proporcionem o protagonismo juvenil e o sentido de territorialidade estudantil. Temos a convicção de que o
trabalho realizado nas nossas escolas tem sentido, afeto e acolhida para os diferentes estudantes, o que
mostra a força da interação da escola com a comunidade. Mas precisamos pensar grande, ir além dos
resultados que já alcançamos e projetar uma escola ainda mais atrativa.

Esse desafio nos une e nos conecta na missão de pensarmos estratégias pedagógicas que atraiam os
estudantes para o prazer de aprender, reconhecendo a importância da escola no seu presente para que
vislumbre o seu futuro, para que um dia a escola seja o seu passado que valeu a pena. Nosso agradecimento
a todos os profissionais envolvidos na construção desta nova Proposta Pedagógica.

Vamos juntos nesse desafio?

Dr ª Janaina Franciscatto Audino


Secretária Municipal de Educação de Porto Alegre
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Educação Básica
Temas Contemporâneos Transversais
IDENTIDADE PEDAGÓGICA Referencial Curricular de Porto Alegre (RCPOA)
PARA A
REDE MUNICIPAL DE Educação Especial
ENSINO
Educação de Jovens e Adultos
DE PORTO ALEGRE
Educação Integral
Tecnologia Educacional
Alfabetização
Educação Alimentar
Correção de Fluxo
Formação Continuada
Organização Curricular: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação
Especial, Curso Normal, Educação de Jovens e Adultos e Educação Integral
Processos de Avaliação: Períodos Avaliativos, Expressão de Resultados,
Avaliação Diagnóstica
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MARCOS LEGAIS: LINHA DO TEMPO


Resolução CNE/CEB, Parecer Resolução CME/POA
CME/POA n.º n.º 20/2009: n.º 20/2019:
8/2006: Fixa Revisão das Determina a Decreto nº
Diretrizes Base Nacional publicação no DOPA 9.765/2019:
normas para o Resolução
LDB, Lei Federal Curriculares Curricular do Parecer CME/POA Institui a Política
Ensino CME/POA n.º
9.394/1996 Fundamental na Nacionais para a Comum (BNCC), n.º 40/2018 Nacional de
Diretrizes 15/2014: Fixa
RME. Educação Infantil 2017 Alfabetização
Curriculares normas para a Ed.
Constituição Nacionais da Infantil na RME.
Federal de 1988 Educação
Básica, 2013

Referencial Portaria SES Nº


Lei Lei n.º Curricular
Resolução 031/2019: Dispõe
Complementar nº 13.005/2014. Gaúcho, 2018
CME/POA n.º sobre a vigilância
8.198/1998: Cria Resolução CME/POA Aprova o Plano
ECA, Lei sanitária e o
o Sistema 9/2009: Diretrizes n.º 13/2013: Dispõe
Federal Nacional de licenciamento dos
Municipal de para Modalidade de sobre as Diretrizes
8.069/1990 Educação (PNE) e Estabelecimentos de
Ensino de POA Educação de Jovens para a Educação dá outras Educação Infantil (EEI)
e Adultos Especial na RME providências. públicos e privados no
RS

OUTRAS LEGISLAÇÕES,
ACESSE AQUI
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CONCEPÇÕES
A Escola deve ser um espaço voltado para o futuro, motivador,
aberto à inovação, que considera a realidade do território onde
está inserida, amplia as perspectivas e concepções de mundo dos

FUNDAMENTAIS
estudantes, instiga o espírito autoral, tornando-os protagonistas
dos processos pedagógicos, em um ambiente de sociabilidade e
núcleo de ação a partir dos aprendizados, na relação com a
comunidade.
A Educação deve ser um processo contínuo, A Escola Infantil é um lugar que acolhe as crianças e as famílias,
contextualizado nas experiências e em seus contextos socioculturais, que proporciona bem-estar e
conhecimentos dos estudantes, contemplando os experiências significativas que potencializam aprendizagens sobre
saberes tradicionais de cada comunidade na si, sobre o outro e sobre o mundo. A função primordial da Escola de
construção do conhecimento acadêmico, um Educação Infantil é criar condições para que as crianças aprendam
sistema orgânico, em constante transformação/ e se desenvolvam, com base na indissociabilidade do cuidar e
atualização. educar. (Doc. Orientador EI da RME de Porto Alegre - 2016)
Segundo o RCG, a escola “pode ser compreendida Concebe-se o currículo como construção histórica e cultural, onde
como um espaço localizado entre a família e a o conhecimento deve ser contextualizado pela realidade local,
sociedade, contribuindo na subjetivação da social e individual da escola e do seu alunado, “a inclusão, a
construção de aspectos afetivos, éticos e sociais, valorização das diferenças e o atendimento à pluralidade e à
individuais e grupais, ensinando, portanto, modos diversidade cultural resgatando e respeitando as várias
de ser e estar na vida e na sociedade” (RCG, 2018, manifestações de cada comunidade”, conforme destaca o Parecer
p.25). CNE/CEB n º 7/20106.
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PONTOS PARA
Como nossos estudantes estão vivenciando os
processos de transição na Educação Básica?

REFLEXÃO
Educação Infantil Ensino Fundamental
Anos Iniciais Anos Finais
Anos Finais Ensino Médio

Como pensar uma escola para as infâncias que


A família das crianças e dos considere os tempos das crianças, seus
estudantes conhecem e compreendem interesses e suas necessidades?
as expressões de resultados utilizadas
em nossas escolas?
Atualmente, na prática, estamos atendendo
nossos estudantes por ciclo ou ano escolar?
Como rede de ensino estamos
ofertando um trabalho Proporcionamos um fluxo de transferência com
pedagogicamente alinhado? equidade para os estudantes entre as escolas
da rede?
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O CAMINHO
Participação de diferentes profissionais
para criação, formação e implementação
da Proposta Pedagógica da RME

A PARTIDA A CHEGADA
Compromisso com as legislações Crianças e estudantes com
vigentes e o Diagnóstico da RME habilidades e competências
que aponta a necessidade de desenvolvidas para seguir a vida
resgatar uma identidade estudantil, e pessoal, com
pedagógica em Rede. autonomia.
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A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação


O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa
Básica, um lugar que deve promover o encontro das
mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e
crianças e entre crianças e adultos, para juntos
14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo
compartilharem a vida cotidiana e as experiências
desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas
educativas próprias de seu processo de desenvolvimento,
a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre
em prol da aprendizagem.
outros. Como já indicado nas DCNEF Resolução CNE/CEB n º
7/2010)28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de
O Curso Normal , em nível médio e pós currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar
Educação Ensino
médio, destinado à formação específica de
Infantil Fundamental as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as
docentes para a Educação Infantil e para os etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, reger- Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais.
se-á pelas normas fixadas na Resolução
CEEd n º 352/2000, em complementação à Educaçã A Educação Especial é uma modalidade da
regulamentação estabelecida pela Educação Básica, que está incluída na Rede tanto
Resolução CNE n º 02/1999 e ao Art. 62 da
o PROPOSTA
Básica na Educação Infantil quanto no Ensino
Curso PEDAGÓGICA Educação
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Fundamental, com uma proposta político-
Normal Especial
Nacional n º 9.394/1996. pedagógica inclusiva, assegurando a igualdade
de condições para o acesso, permanência e
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) , modalidade da sucesso na escola. Configura-se como
Educação Básica, apoiada no princípio da educação possibilidade de educação para estudantes com
permanente, tem por objetivo a ampliação deste direito aos necessidades educativas especiais, assegurando
jovens e adultos. A EJA pauta-se pelas funções reparadora, recursos e serviços que necessitam de espaços e
equalizadora e qualificadora, não sendo permitida a Educação de tempos diferentes, com o propósito de mitigar a
antecipação do ingresso de alunos, sem a idade mínima. Jovens e Adultos
exclusão social e escolar.
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Criança como pessoa que vive as experiências da As crianças têm características pessoais e coletivas, que
primeira vez, em uma sucessão de começos que as diferenciam e as universalizam. Como protagonista de
caracterizam a etapa inicial da experiência seu viver, cada criança traz consigo múltiplas
humana. Ela é um ser-sujeito potente, com possibilidades de construir significados, atribuir sentidos
competências diversificadas que interage em seu sobre si, sobre o outro e sobre o mundo. Assim, afirma-se
ambiente e com seus parceiros (outras crianças e nossa concepção de criança como sujeito de direitos, de
adultos) e aprende na experiência. Desde bebê a forma que, nas Instituições de Educação Infantil, a criança
criança é capaz de interpretar sinais, tais como deve ser o centro do planejamento curricular. (Doc.
entonação da voz, sons, odores, gestos, toques, Orientador EI da RME de Porto Alegre - 2016)
mímica facial, respondendo a eles através de
“ A criança pequena é “competente” no duplo
diferentes manifestações corporais e emocionais.
sentido de “situação de entrada” e de “propósitos de
De suas interações primeiras, permeadas de afeto,
saída”: ao entrar na escola já traz consigo vivências e
retira a sustentação para ulteriores relações com o
destrezas (...) que a escola aproveitará como alicerces
outro e com o mundo, sobretudo as diferentes
do seu desenvolvimento. Ao deixar a Educação Infantil
linguagens promotoras de sua comunicação
deve possuir um repertório de experiências e destrezas
imaginação
social. Desse modo, ao interagirem com o meio
mais amplo, rico e eficaz, que expresse o trabalho
físico e social, as crianças vivem no conhecimento
educativo realizado durante os primeiros anos de
e conhecem no viver. (Doc. Orientador EI da RME
escolaridade.” ZABALZA, p. 20 - 1998.
de Porto Alegre - 2016)
A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA - INFANTIL
Educação
Infantil
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Os componentes da Base Nacional Comum Entendemos a criança como um sujeito


Curricula r se aproximam das necessidades das (protagonista) histórico e social. Uma criança,
crianças e dos jovens nesta etapa, quando quando chega na escola, traz consigo um conjunto
eclodem perguntas sobre os acontecimentos de experiências vividas em família e sociedade,
do mundo e da vida, auxiliando na aquisição deve ser considerado o fato de que sua constituição
de novas aprendizagens e na construção da histórica e social vem sendo construída nas diversas
identidade deste estudante em formação. experiências de vida com as quais teve contato.

Os estudantes dos anos iniciais deparam-se


Na sala de aula, esta criança tem o papel com um novo ambiente, diferente da Educação
de compor junto com professor e colegas Infantil. Neste momento, o estudante precisa ser
suas aprendizagens, interagindo, opinando, acolhido para adaptar-se a essa nova etapa da
expressando suas ideias e acolhendo os sua vida, e a escola deve oferecer subsídios para
novos saberes que o ambiente escolar que o trabalho tenha uma continuidade, a partir
imaginação
oferece. das experiências na Educação Infantil, com a
valorização das situações lúdicas de
aprendizagem.

A CRIANÇA NA EDUCAÇÃO
BÁSICA - ANOS INICIAIS
Ensino
Fundamental
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De acordo com a Organização Na escola, o núcleo social se amplia,


Mundial de Saúde (OMS) o período assim como os interesses de seus
dos 10 aos 14 anos compreende a estudantes. A curiosidade intelectual
pré-adolescência e dos 14 aos 19 nata preservada e estimulada promove o
anos a adolescência. Grupo etário processo cognitivo em formação,
que faz parte do final dos Anos favorecendo a aprendizagem.
Iniciais e de toda etapa dos Anos
Finais do Ensino Fundamental. Pensando nos Anos Finais , o foco desta
Durante essas etapas da vida, a etapa será a ampliação dos
criança e o adolescente estão conhecimentos, com desafios de maior
passando por diversas mudanças complexidade, dando outro significado
biológicas, físicas e emocionais. para as aprendizagens dos anosimaginação
anteriores.

O ESTUDANTE NA EDUCAÇÃO
Conhecimento
BÁSICA - ANOS FINAIS
Ensino
Fundamental
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As Totalidades da EJA visam proporcionar o A EJA atende um público com grande


desenvolvimento integral, buscando criar diversidade social, econômica, etária,
condições para que os estudantes com histórico repetitivo de exclusão
mantenham uma vivência participativa em escolar durante a infância e
sociedade, exercendo seus direitos e deveres adolescência, apresenta diversos
como cidadãos. Nas Totalidades objetiva-se comportamentos frente às situações
desenvolver o potencial através de de sala de aula. Sendo assim, faz-se
habilidades e competências adquiridas e necessário repensar os tempos e
construídas na educação escolar, buscando o espaços dessa modalidade.
resgate das identidades dos sujeitos e a
A Educação de Jovens e Adultos visa
ascensão pessoal e profissional. Cada
o desenvolvimento integral,
totalidade exerce práticas docentes que
vivência participativa em sociedade,
consideram o diálogo entre a realidade do
exercício dos direitos e deveres como
estudante e os conhecimentos formais, imaginação
cidadãos e qualificação para o
proporcionando o acesso a novos saberes, a
trabalho.
permanência e a conclusão de seus estudos
com autonomia.
O ESTUDANTE NA
EDUCAÇÃO BÁSICA - EJA
Educação de
Jovens e Adultos
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O Curso Normal possibilita o aprofundamento de


conhecimentos, competências e habilidades que
permitam o prosseguimento dos estudos, tanto em
nível médio quanto pós-médio, e prepara para o
exercício da atividade docente na Educação Infantil e
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A ênfase O estudante do Curso Normal é um
do curso está na formação de professores profissional da educação em construção que
comprometidos com uma educação de qualidade vivencia projetos pedagógicos com
que privilegie a reflexão, a responsabilidade, a estudantes da Educação Infantil e Anos
formação ética e a autonomia do aluno. Iniciais do Ensino Fundamental.
Durante a realização do curso, são
Ensino Médio - Curso Normal : desenvolvidos estágios, observações,
estudante entre 15 e 17 anos que realiza o monitorias e aulas teóricas e práticas sobre
curso concomitantemente ao Ensino Médio. educação.
imaginação
Curso Normal - Aproveitamento de Estudos :
estudante a partir de 18 anos que já concluiu
seu processo de escolarização na Educação
Básica, ou seja, já possui certificado de
O ESTUDANTE NA EDUCAÇÃO
conclusão do Ensino Médio.
BÁSICA - CURSO NORMAL
Curso
Normal
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Mas, afinal, como as crianças aprendem?


O sujeito inicia a interação com o mundo e o desenvolvimento do cérebro na gestação. O cérebro do bebê é
formatado por essas experiências e interações sociais e físicas, por isso as ações de educar e cuidar,
indissociadas, contribuem para o desenvolvimento infantil pleno e para os processos de aprendizagem.

Se relacionar Interpretar

Gestação Ensino
Se expressar Fundamental

Memória e emoções são elementos cruciais para a aprendizagem. O bebê já nasce com algumas memórias. Por
exemplo, de como chorar, se mexer, dormir e aprender. O cérebro é um órgão plástico que está disponível para o
aprendizado até o final da vida. Porém, é na Primeira Infância que 90% das conexões neurais acontecem,
possibilitando a facilidade para aprender e permitindo um acúmulo grande de memórias.
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Mas, afinal, como as crianças aprendem?


A condição emocional do sujeito no momento da formação de memória permanente implica na
qualidade da aprendizagem que irá se estabelecer e em como, futuramente, o sujeito irá acessar
essa informação. A emoção faz parte do processo de tomada de decisão e é fundamental para a
percepção e a atenção, habilidades imprescindíveis para a aprendizagem.

Habilidades e estratégias do processo de aprendizagem devem ser possibilitadas às crianças


desde sempre, como: observar, fazer registros (do seu jeito e com diferentes recursos), organizar os
dados coletados e comunicar o conhecimento estabelecido.

O desenvolvimento dessas habilidades auxilia a criança a compreender o mundo que a cerca.


Durante a vida escolar do sujeito, essas habilidades serão aprimoradas. Habilidades essas
relacionadas ao ato de pesquisar, ação que também deve ser incentivada na escola e que promove
a autonomia das crianças na busca por respostas e resolução de problemas.
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A cultura faz parte do contexto de


aprendizagem. A criança nasce em uma
cultura, conhece e aprende outras e, na
interação com o meio, a transforma, sendo
também sujeito produtor de cultura. A
ampliação do repertório cultural possibilita
novas experiências, novas interações e novas
brincadeiras, desenvolvendo a imaginação e
a criatividade.
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EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Resolução 13/2013 - CME dispõe sobre as Diretrizes para a Educação Especial no Sistema
Municipal de Ensino, na perspectiva da Educação Inclusiva, conforme o disposto na Constituição
Federal Brasileira de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN Lei n º
9.394/1996, bem como na Lei 8.198/1998 de Criação do Sistema Municipal de Ensino e Lei
Brasileira de Inclusão - LBI - 13.146/2015.

As Escolas Especiais são destinadas para estudantes com deficiência e transtornos globais do
desenvolvimento. Assumem a função de ponto de partida no processo de escolarização destes,
constituindo-se como um espaço de acolhimento, organização e socialização de saberes, respeitando
e auxiliando nas especificidades e no ritmo de aprendizagem de cada um, propiciando diferentes
formas de expressão, que são organizadas para apoiar, complementar e suplementar o processo de
ensino-aprendizagem. Para alguns estudantes, constituem-se como um espaço transitório.
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS


O Plano Municipal de Educação - 2014-2024 estabeleceu metas para a Educação de Jovens e
Adultos:

Meta 08: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de
modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste PME, para
as populações do campo, da região de menor escolaridade no Município de Porto Alegre e dos 25%
(vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros
declarados ao IBGE.

Meta 09: Universalizar a alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais, até o final deste
PME, e reduzir em 55% (cinquenta e cinco por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de EJA, de forma
integrada à educação profissional, nos ensinos Fundamental e Médio.
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EDUCAÇÃO INTEGRAL
A Educação Integral enquanto concepção compreende o desenvolvimento dos sujeitos em todas as
suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural e se constitui como projeto
coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades locais.

Uma proposta de Educação Integral coloca a criança e o estudante no centro do processo de


ensino-aprendizagem. Isso significa que todas as dimensões do projeto pedagógico das escolas
(currículo, práticas educativas, recursos, agentes educativos, espaços e tempos) são
permanentemente construídas, avaliadas e orientadas a partir do contexto, dos interesses, das
necessidades de aprendizagem e do desenvolvimento da perspectiva de futuro dos estudantes, isto
é, do seu Projeto de Vida .

A Educação Integral deve estar fundamentada nas políticas públicas e legislações vigentes, seja
de âmbito nacional ou estadual, e referendadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
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Meio Ambiente: Educação Ambiental e


Multiculturalismo: Diversidade
Educação para o Consumo
Cultural, Educação para valorização
do multiculturalismo nas matrizes
Economia: Trabalho, Educação
históricas e culturais brasileiras
Financeira e Educação Fiscal
(Negros, Indígenas, Quilombolas,
Ciganos, População em situação de Saúde: Educação Alimentar e
rua, Refugiados, Itinerantes e/ou Nutricional (Hortas Escolares,
circenses, Minorias Étnicas, Povos Amamentar é Tri, Crescer Saudável)
TEMAS
Tradicionais).
CONTEMPORÂNEOS Cidadania e Civismo: Vida Familiar e
TRANSVERSAIS NA
Social, Educação para o Trânsito,
BNCC
Educação em Direitos Humanos
Ciência e Tecnologia:
Considera a inclusão do Letramento (Mulheres, Pessoas com Deficiência,
Tecnológico no currículo da escola, Comunidade LGBTI+, Intolerância
buscando criar diferenciados usos dos Religiosa), Direitos da Criança e do
recursos tecnológicos, Adolescente, Processo de
redimensionando o planejamento e Envelhecimento, Respeito e
suporte didático-pedagógico. Valorização do Idoso.
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ALFABETIZAÇÃO
Segundo a PNA (2019), a Conforme aponta a BNCC (2017) , a criança tem contato com
“alfabetização é o ensino de o ambiente alfabetizador antes de ingressar nos Anos
habilidades de leitura e escrita em Iniciais, o qual é ampliado de forma gradativa. Na intenção
um sistema alfabético, a fim de de dar continuidade ao interesse das crianças de ingressar
que o alfabetizando se torne nesse mundo letrado, espera-se que nos Anos Iniciais haja
capaz de ler e escrever palavras e uma “articulação com as experiências vivenciadas na
textos com autonomia e Educação Infantil”. Tal articulação precisa prever tanto a
compreensão”. Para que esse progressiva sistematização quanto a formalização do
processo seja significativo, é conhecimento no 1 º e 2 º ano do Ensino Fundamental para
preciso que as crianças vivenciem que, no 3 º ano, elas tenham assegurada a complementação
situações que as possibilitem ler e do seu processo de aprendizagem.
escrever numa perspectiva
voltada para o âmbito escolar e,
também, pessoal e social.
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ALFABETIZAÇÃO
O Programa Nacional de
Alfabetização na Idade Certa
(PNAIC) enfatiza a
aprendizagem da leitura e da
Além da preocupação com o tempo de aprendizagem, há
escrita nos três primeiros anos
necessidade de olhar os aspectos que envolvem a
do Ensino Fundamental.
alfabetização, conforme a Política Nacional de
Alfabetização (PNA) estabelece a formação de
professores e os conhecimentos necessários que os
estudantes precisam para alcançar uma aprendizagem
com êxito. Baseado nas ciências cognitivas, propõe-se o
desenvolvimento de habilidades através da literacia,
literacia familiar, numeracia, consciência fonêmica,
fluência oral e escrita, bem como outras habilidades
relacionadas.
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TECNOLOGIA EDUCACIONAL
As inovações tecnológicas devem ser percebidas no campo educacional como alternativas, recursos capazes de
implementar a melhoria e a qualificação do ensino e da aprendizagem. Ao fazer uso de novas tecnologias aplicadas à
educação, a escola torna-se capaz de:

Criar contextos de aprendizagem mais dinâmicos, Aproximar os estudantes a ambientes não formais de
eficientes e inovadores de forma que estimulem a obtenção de conhecimentos (mídias digitais,
curiosidade e a pesquisa através de simulações e produções audiovisuais, narrativas gamificadas,
realidade virtual. ambientes virtuais, plataformas de conteúdos, sites,
autoria digital, etc.).
Personalizar as experiências de aprendizagem (trilhas
ou roteiros) de acordo com os perfis cognitivos dos Promover engajamento digital de estudantes para as
estudantes. ações escolares e também de bem comum e social.

Possibilitar a interatividade e o Produzir soluções para problemas Incluir estudantes com


contato com outras culturas - sociais: individuais e coletivos, necessidades educacionais
relação entre estudantes, entre observáveis no cotidiano, através especiais através do uso de
professores, entre demais de robótica, desenvolvimento de recursos tecnológicos de
atores dos contextos. pensamento computacional ou acessibilidade.
maker.
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ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
As experiências alimentares vividas durante a infância, especialmente na primeira infância, são consideradas uma janela
de oportunidades para a formação de bons hábitos alimentares e para manutenção da saúde na vida adulta.

O ingresso da criança na escola de Educação Infantil


não deve ser motivo de desmame, pelo contrário, a É necessária a prática rotineira de atividades de
escola tem um papel muito importante na promoção da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) nos diversos
amamentação. momentos de experimentação e promoção de
Após, inicia-se o processo de introdução alimentar. É competências.
nesta fase que a criança começa a aprender sobre o que A legislação atual prevê que as ações de EAN devem
comer, quando comer, por que certas substâncias são estar estabelecidas no Projeto Político Pedagógico.
comestíveis e outras não.

A forma de cuidar e de oferecer Quanto à inclusão da Educação A escola é, portanto, espaço


a refeição pode ajudar ou Alimentar no currículo, a Lei nº 11. para o desenvolvimento do
dificultar essa aprendizagem. 947 aponta a necessidade de inserir a pensamento crítico, incluindo
educação alimentar e nutricional no aqueles relacionados aos
currículo para desenvolvimento de hábitos alimentares.
práticas de vida saudável e segurança
alimentar (BRASIL, 2009).
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Segundo a legislação que organiza a oferta de O artigo 24, inciso V, da LDB (9.394/96),
ensino no país (Lei 9.394/1996), a criança deve permite, legalmente, uma proposta
ingressar na escola de ensino fundamental aos 6 pedagógica de aceleração de estudos
anos, no 1 º ano, e concluir a etapa aos 14 anos. para aqueles alunos que se encontram em
Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve distorção idade-ano. O objetivo é auxiliar
estar matriculado no ensino médio. o estudante a seguir com seus estudos,
evitando a infrequência e,
consequentemente, a evasão. Assim, a
Quando a diferença entre a idade do
CORREÇÃO DE turma de correção de fluxo deve se
aluno e a idade prevista para o ano FLUXO estabelecer a partir do olhar atencioso às
escolar é de dois anos ou mais, o aluno é dificuldades dos estudantes e ser
considerado em situação de distorção alicerçada em uma proposta pedagógica
ou defasagem idade-ano. diferenciada que vise a auxiliá-los na
superação destas dificuldades e a seguir o
fluxo normal do Ensino Fundamental.
Esse resgate do estudante precisa
ser visto de forma integral, A abordagem pedagógica deve buscar desenvolver as potencialidades
buscando também contemplar as dos estudantes, esse potencial deve ser capitalizado e potencializado
habilidades socioemocionais. para acelerar sua aprendizagem de forma motivadora, sanando
dificuldades, a partir dos seus pontos fortes.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei Federal n. 8069 de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Senado Federal, 1990.
______. Lei Federal n. 9394 de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal, 1996.
______. Lei Federal n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília: Senado Federal, 2014.
______. Decreto n º 9.765/2019. Institui a Política Nacional de Alfabetização/PNA. Brasília: Senado Federal, 2019.
BRASIL. Resolução CNE/CP n. º 1, de 17 de junho de 2004 - Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana.
______, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Parecer CNE/CP n. º 3, de 10 de março
de 2004 . Brasília: CNE/CEB, 2004.
______. Parâmetros de qualidade para Educação Infantil. V. 1 e 2. Brasília: MEC/SEB, 2008.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer n º 20/2009. Brasília: CNE/CEB, 2009.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2010.
______. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa/PNAIC. Brasília: MEC/SEB, 2012.
______. Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Resolução CNE/CP n º 1/2012. Brasília: MEC/SEB, 2012.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena. Parecer CNE/CEB n º 13/2012. Brasília: MEC/SEB, 2012.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Resolução CNE/CEB n º 8/2012. Brasília: MEC/SEB, 2012.
______. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2013.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017.
______. Secretaria de Alfabetização. PNA - Política Nacional de Alfabetização/Secretaria de Alfabetização - Brasilia: MEC, SEALF, 2019.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, Resolução n. 252, de 05 de janeiro de 2000. Rio Grande do Sul: CEED/RS, 2000.
______. Parecer n. 20, de 9 de dezembro de 2009. Brasília: CNE/CEB, 2009.
______. Referencial Curricular Gaúcho. CEEd-RS, 2018.
______. Portaria SES n º 31/2019. Dispõe sobre a vigilância sanitária e o licenciamento dos Estabelecimentos de Educação Infantil (EEI) públicos e privados no RS.
PORTO ALEGRE. Lei Complementar n º 8.198/1998. Cria o Sistema Municipal de Ensino de POA. CMV, 1998.
PORTO ALEGRE. Resolução n º 8/2006. Fixa as normas para o Ensino Fundamental na RME. CME-POA, 2006.
______. Diretrizes para Modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Resolução n º 9/2009. CME-POA, 2009.
______. Diretrizes para a Educação Especial na RME. Resolução n º 13/2013. CME-POA, 2013.
______. Plano Municipal de Educação 2014-2024. Porto Alegre, 2014.
______. Fixa normas para a Educação Infantil na RME. Resolução n º 15/2014. CME-POA, 2014.
______. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Documento Orientador da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, 2016.
______. Resolução º 18/2018 - Define as Diretrizes para o trabalho em Educação em Direitos Humanos na RME-POA. CME-POA, 2018.
versão reduzida

SECRETÁRIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO


JANAINA FRANCISCATTO AUDINO
SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DA EDUCAÇÃO
RAMIRO DA SILVA TARRAGÔ

COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL COORDENADORA DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


FERNANDA MAYA GUIMARÃES JACQUELINE AGUIAR
ASSESSORAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ANA LÚCIA WURFEL COORDENADORA DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
FERNANDA CALSING SILVIA PAULI
JAQUELINE CADORE LOBORUK
COORDENADORA ADJUNTA DA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
COORDENADOR DO ENSINO FUNDAMENTAL CÍNTIA DOS SANTOS COSTA
CLARK BALBUENO SARMENTO
ASSESSORAS PEDAGÓGICAS DO ENSINO FUNDAMENTAL ASSESSORAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ADRIANA ROSA STRELOW ELIZABETH SARATES TRINDADE CARVALHO
CRISTIANE SANTOS FLORES JOSIARA ALVES DE SOUZA
KELLY CRISTINA DE OLIVEIRA SOUZA ROSÂNGELA SCHNEIDER ALVES
KÊNIA SIMONE WERNER
LIA BARBARA MARQUES WILGES
PATRÍCIA DA SILVA PEREIRA

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