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INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS

JERÚZIA DA PAIXÃO CHAVES MIRANDA GOMES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I:


DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Araçuaí
2020

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JERÚZIA DA PAIXÃO CHAVES MIRANDA GOMES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO I:


DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

5° PERÍODO

Relatório de estágio apresentada ao curso de


Pedagogia pelo Instituto Federal do Norte de
Minas Gerais/CEAD/UAB – Pólo Araçuaí, como
requisito obrigatório para cumprimento da
disciplina Estágio Supervisionado I: Docência
na Educação Infantil.

Professor: Drª Maria Aparecida Colares


Mendes

Araçuaí
2020

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Resumo

O presente trabalho se constituiu a partir da experiência vivenciada no Estágio


Supervisionado I na Educação Infantil, considerada uma fase de suma
importância para nosso desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional,
pois no decorrer desse percurso formativo estávamos implicados com a
construção dos conhecimentos específicos, como também no saber-fazer da
sala de aula. Nesse sentido, tomamos como objetivo analisar nossas
experiências enquanto graduando (a) na regência da Educação Infantil.
Dessa forma, o estágio nos possibilitou vivenciar a prática docente, estabelecer
relações com os atores no âmbito escolar, exigindo um olhar mais atento e
sensível a diferentes situações e especificidades do lócus educativo. Logo,
essa urdidura nos fez compreender o Estágio Supervisionado na Educação
Infantil como um processo de descobertas, dificuldades e prazeres do ofício
docente. A construção dos resultados tomou como alicerce o conhecimento
teórico adquirido no decorrer da formação, e aprimorado na disciplina Estágio
Supervisionado, no qual foi articulado com a experiência vivenciada na sala de
aula, favorecendo para a construção de competências, habilidades no processo
de ser e tornar-se professor. Portanto, o Estágio Supervisionado na Educação
Infantil contribuiu para o nossa formação acadêmica, profissional e
investigativa, possibilitando conhecer as múltiplas relações do âmbito escolar, o
alunado na sua particularidade, os desafios e dilemas existentes no ambiente
da sala de aula, e fora dela, possibilitando dessa forma, o autoconhecimento da
trajetória de ser e tornar-se professora e a constante reflexão da práxis e da
formação.

Palavras-chave: Estágio Supervisionado. Formação Acadêmica. Autoformação.

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Sumário

Introdução..........................................................................................................5
Relatório de Observação...................................................................................6
Relatório de Intervenção...................................................................................7

Apresentação do Plano de Aula – ...................................................................9

. Análise da Intervenção..................................................................................10

. Apresentação do Plano de Aula – 2.............................................................11

. Análise da Intervenção..................................................................................12

. Apresentação do Plano de Aula – 3.............................................................13

. Análise da Intervenção..................................................................................14

Considerações Finais......................................................................................15

Referências Bibliográficas..............................................................................16

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1. INTRODUÇÃO

O estágio de Docência em Educação Infantil foi realizado no Centro Municipal


Ursinhos Carinhosos, na sala da Professora Thaís Cristiane Pereira Laje,
localizado na Avenida Santa Cruz, s/n, Alto Santa Cruz, Itinga – MG.
O estágio foi feito por mim Jerúzia da Paixão Chaves Miranda Gomes e
acompanhado pela professora Regente e pela Pedagoga.
A intervenção foi feita no período matutino entre os dias: 03 de março à 16 de
março de 2020. Conforme combinado com a professora regente, que nos
passou os conteúdos com os quais estava trabalhando: corpo humano; partes
do corpo (cabeça, tronco e membros); cuidados com o corpo; higiene; órgãos
dos sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar).
Fomos apresentados às crianças, pela professora, que ficaram cheias de
contentamento por contarem com novos integrantes para interagirem,
brincarem, aprenderem.
A prática em sala de aula nos leva a refletir como será nosso dia a dia como
professor. Enquanto estamos estudando apenas as teorias, não temos ideia do
que é estar frente a uma classe e ser o responsável pela mediação do
conhecimento às crianças, a responsabilidade é grande.
A experiência vivida na sala do Centro Municipal Ursinhos Carinhosos de
Educação Infantil nos mostrou claramente o que significa ser professor na
Educação Infantil. Saber como trabalhar determinado conteúdo, para que a
criançada realmente se desenvolva, aprenda com compreensão.
Portanto, é no estágio prático em sala de aula, que o futuro professor tem a
oportunidade de se aperfeiçoar para exercer com êxito sua profissão. Segundo
Silva, 2007, p. 35. “A primeira concepção que deve nortear o papel do
professor é: ‘aprender e ensinar’ e ‘ensinar e aprender’. Ambas constituem um
processo dinâmico, onde um não existe sem o outro. Ensinar pressupõe um
aprendizado.”

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2. RELATÓRIO DA OBSERVAÇÃO

O Centro Municipal Ursinhos Carinhosos têm capacidade para 200 crianças.


Mas, atualmente atende 120 crianças, com idade entre 3 anos e cinco anos. A
distribuição se dá da seguinte forma: Maternal – 13 crianças; maternal II – 17
crianças, 1º Período – 40 crianças e 2º Período – 40 crianças com atendimento
em dois turnos.
A instituição conta com 6 professores; 1 pedagoga, 1 auxiliar de secretária, 4
auxiliares de serviços gerais e 1 diretor. Quanto à estrutura física, a escola
infantil conta, além das salas de aulas, uma secretaria equipada com um
arquivo, armário de aço, mesa com cadeira e um computador. Uma cozinha
equipada com um fogão industrial de quatro bocas, uma geladeira, um freezer
horizontal, liquidificador, batedeira, pia, refeitório amplo com mesas e bancos.
Almoxarifado com mesas e armários.
A sala de aula na qual realizamos o estágio, possui 2 grandes janelas, 1 porta
de acesso, quatro lâmpadas fluorescentes, um armário, quadro negro, uma
mesa do professor, cinco mesas com quatro cadeiras cada, proporcionais ao
tamanho das crianças, dois ventiladores de teto.
A decoração das paredes é feita com desenhos, letras, números, cartazes com
letras musicais, fotos das crianças e datas de aniversários. Essa decoração é
feita pela professora em conjunto com as crianças. Vale lembrar que através da
interação em momentos de decorar a sala, por exemplo, que as crianças se
desenvolvem, aprendem.
Podemos concluir então que é o aprendizado que propicia o desenvolvimento
dos processos internos do ser humano com a sua relação com o contexto
sócio-cultural em que vive e a sua situação de organismo, não podendo se
desenvolver sem a mediação do outro. Silva (2007, p. 13).
A rotina do é organizada, mas bastante flexível. Está repleto de afetos nas
atividades como: comer, dormir, dar banho, etc. A relação professor/aluno é de
atenção, carinho, cuidado, amizade, aprendizagem. As docentes as descrevem
como animadas, espertas, interessadas, curiosas.
A pré-escola, onde fizemos o estágio, chega às sete horas da manha, tem aula
com a professora regente e aula de educação física 2 horas semanais, saem
às onze horas e no contra turno chega uma nova turma para a mesma rotina
no período vespertino.
O planejamento é feito em nível de unidade, ou seja, segue-se o referencial da
Educação Infantil, porém, com ênfase nas peculiaridades de cada instituição.
Isto é, conforme acordado no Projeto Político-Pedagógico da unidade de
ensino, dessa forma, o professor (a) prepara seus planos de aula que é
supervisionado pela coordenadora da unidade.
De acordo com o P.P.P. da escola é elaborado no início de cada ano letivo,
objetivos a serem desenvolvidos durante o ano. Com bases nesses objetivos,
os professores desenvolvem seus planos de aulas ou projetos.
O Centro de Educação Infantil: Professora Dejanira Queiroz Teixeira não tem
problemas com espaço, por enquanto. Porém, tem algumas instituições no
Município, que estão quase com o dobro de sua capacidade de lotação.
    

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3. RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO

O estágio nos dá a oportunidade de testar na prática, o aprendizado teórico


que tivemos ao longo do curso. É hora de por em teste os conhecimentos
adquiridos e refletir sobre o quê e como devemos melhorar. Portanto, nosso
objetivo é o constante processo de aperfeiçoamento.

Segundo Paulo Freire apud Weiduschat (2007, p. 51):


Quero dizer que ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem
ensina aprende […] O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinam-te a
ensinar certo conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensina-te se
aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. […] A responsabilidade
ética, política e profissional do ensinam-te colocar o dever de se preparar, de
se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente.
Para Vigotski a aprendizagem se dá através da interação com outros
indivíduos. A Psicologia da Educação e Aprendizagem reforça essa tese. “Não
é possível aprender e apreender sobre o mundo, sobre as coisas, se não
tivermos o outro, ou seja, é necessário que alguém atribua significado sobre as
coisas, para que possamos pensar o mundo a nossa volta.” Silva (2007, p. 12).

A principal tarefa do professor é, portanto, interferir no que Vigotski chamou de


Zona de Desenvolvimento Proximal. “A Zona de Desenvolvimento Proximal é a
distância entre aquilo que o ser humano consegue fazer sozinho e o que ele
consegue desenvolver com a mediação do outro.” Silva (2007, p. 13). É a partir
dos saberes que o indivíduo já possui que o professor deve começar a educá-
lo formalmente. Ou seja, intervir na ZDP. Em nossa prática docente, levamos
para a sala de aula, materiais abordando o corpo humano. Falamos sobre a
importância de cada um dos membros que constituem o corpo de uma pessoa
e sobre a higiene: tomar banho, unhas limpas, cuidados com os dentes, enfim,
tudo que diz respeito ao corpo e sua manutenção.

No decorrer das aulas propomos às crianças a produção de um cartaz com o


desenho do corpo humano, explicando a elas o nome de cada parte e que
quando somos pequenos, nosso corpinho também é pequeno. Mas estamos
em desenvolvimento, com isso elas também irão crescer e ficar iguais os
adultos. Trabalhamos, ainda, as iniciais dos nomes, explicando que cada
pessoa deve ser chamada pelo seu próprio nome. Assim, em uma folha
previamente preparada, as crianças pintaram a letra inicial de seus nomes.
É quando estamos em sala de aula, frente à turma, que percebemos o valor do
planejamento, o que vamos passar aos alunos. Quais conteúdos farão à
diferença no aprendizado das crianças e, ao mesmo tempo, de interesse dos
aprendizes.

O construtivismo propõe que o aluno aprenda através da interação com o meio.


Desta forma, parte-se do concreto ao abstrato e, a metodologia de ensino deve
privilegiar o interesse das crianças. Se o indivíduo gosta da maneira como o
conteúdo é aplicado e se tem afinidade com o objeto de estudo, mais
rapidamente irá compreender. Conforme Sancristán e Perez Gomes apud
Weiduschat (2007, p. 70) “Os planos levam à busca prévia dos materiais mais
adequados”. Sua relação se torna um processo explícito de liberação para
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escolher os mais convenientes.” Podemos afirmar, portanto, que sem
planejamento não há aprendizagem formal de qualidade.
Ainda conforme Silva (2007, p. 33) “A Psicologia coloca a necessidade de a
ação pedagógica compreender o aluno em seu contexto social, cultural e
econômico, pois assim, o professor estará conhecendo melhor seus
pensamentos, suas forma de se relacionar com o mundo com as coisas.” Se o
professor conhece a realidade de seus alunos, como ele vive, sua família,
certamente terá mais subsídios para fazer seus projetos e planos de aulas.

O educador é um mediador que proporciona à criança oportunidades de


manifestar através das trocas de experiências e brincadeiras, sentimentos e
emoções vividas no seu cotidiano. Para isso, o educador precisa entender que
educar é escutar a criança, envolvendo-se com criatividade na vida da mesma.
Respeitando-a como ser único capaz de criar e produzir ações estabelecendo
relações com o meio em que vive. O profissional tem de estar consciente que
vai trabalhar com crianças, pois seus atos podem refletir no comportamento
infantil. Lembrar que a ausência de carinho, afetividade, reflete uma imagem
negativa. Desta forma, ao escolhermos a profissão de Pedagogo, devemos
fazer uma análise sobre a importância de nossa participação na vida da criança
e assumir uma postura de total interação, baseado no conceito de incentivo e
comunicação, carinho e vontade de querer fazer a diferença, atuando como
bom profissional. Assim, conforme Wolf (2008, p. 82) a escola que não
trabalhar “[…] “a ética com ética, a autonomia, a responsabilidade, a
solidariedade e o respeito ao bem comum está fadada a não contribuir para a
constituição de sujeitos que se respeitem a si, aos outros e ao meio ambiente,
está fadada ao fracasso”“.

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3.1 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA – 1

ESCOLA: Centro Municipal Ursinhos Carinhosos


SÉRIE: Maternal e Pré-escola
ESTAGIÁRIOS: Jerúzia da Paixão Chaves Miranda Gomes
DATA DA INTERVENÇÃO: 04/03/2020

ÁREA DO CONHECIMENTO: Educação Infantil/corpo humano

I. Objetivos da Aprendizagem:

 Conhecer o corpo humano


 Principais órgãos do corpo

II. Conteúdos:

 Cartolinas com desenho do corpo humano


 O corpo humano/cópias em folhas de papel sulfite

III. Metodologia:

 Apresentação dos desenhos em cartolina


 Explicação do corpo humano
 Exercícios referentes ao corpo humano

IV. Recursos:

 Cartolinas
 Fotocópias em folhas sulfite

V. Avaliação:

 Envolvimento do aluno com a turma;


 Interação com os conteúdos trabalhados;
 Compreender a proposta – ensino/aprendizagem.

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3.1.1 Análise da intervenção

Estudamos os conteúdos propostos, com as crianças, que foram bastante


participativas. Houve aprendizado, visto que compreenderam a proposta de
estudo. Naturalmente, a primeira aula/estágio é um período de conhecer a
turma e vice versa. A princípio as crianças ficaram um pouco retraídas, pois,
ainda não nos conhecíamos. Através da interação, as crianças vão se
“soltando” um pouco mais. Desta forma, pensamos que foi muito produtivo
tanto para nós acadêmicos, como para os alunos. O corpo humano é um ótimo
conteúdo de estudo, pois, o objeto de estudo é nosso ‘eu’. As crianças têm
curiosidades sobre seus corpos, visto que   estão em processo de crescimento.
Querem saber porque nossos cabelos e unhas crescem. Se vai demorar para
ficarem “grandes” adultos, como seus pais. É emocionante vê-las interagindo,
se descobrindo, aprendendo. A proposta da primeira aula foi de apresentar o
corpo humano como um todo. Nas próximas aulas iríamos estudá-lo por partes.
Ou seja, as finalidades de cada órgão do corpo. Percebemos que há alunos
silábicos, mas a maioria já é silábico-alfabético ou alfabético.

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3.2 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA – AULA 2

ESCOLA: Centro Municipal Ursinhos Carinhosos


SÉRIE: Maternal e Pré-escola
ESTAGIÁRIOS: Jerúzia da Paixão Chaves Miranda Gomes
DATA DA INTERVENÇÃO: 07/03/2020

ÁREA DO CONHECIMENTO: Corpo humano/partes do corpo

I. Objetivos de Aprendizagem:

 Conhecer as partes do corpo humano


 Funções dos membros que constituem o corpo humano

II. Conteúdos:

 Cartolinas com desenhos e fotos


 Folhas sulfites com cópias das partes que constituem o corpo humano:
cabeça, pés, pernas, braços, mãos.

III. Metodologia:

 Apresentação do conteúdo em cartolinas;


 Distribuir o conteúdo em folhas sulfites/fotocópias;
 Exercícios para fixação.

IV. Recursos:

 Cartolinas
 Sulfite/fotocópias

V. Avaliação:

 Participação do aluno na aula;


 Interação com a turma;
 Percepção.

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3.2.1 Análise da intervenção

Na segunda aula já existia certa cumplicidade, estávamos professores (a)


estagiários e alunos, mais a vontade. Chamando as crianças pelos seus
nomes, a aula flui com mais naturalidade. Foi providenciado um crachá para
cada criança, com seus nomes, isso facilitou a interação com os pequenos.
Nesta aula, falamos sobre as partes do corpo humano: cabeça (olho, nariz,
orelhas, cabelos, boca.); tronco; braços; mãos, dedos; pernas; pés.
A importância de cada um desses membros, e suas funções. Animadamente as
crianças participavam com perguntas e opiniões. Alguns relatavam
experiências de terem machucado um dos dedos, por exemplo. Ou, que
quando “pequenos”, não gostavam de cortar os cabelos, pois, tinham medo
que doesse.
É muito gratificante participar do processo de transformação das crianças, ao
mesmo tempo em que ensinamos, aprendemos com elas. A cada experiência,
percebemos que escolhemos uma excelente profissão.

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3.3 APRESENTAÇÃO DO PLANO AULA – AULA 3

ESCOLA: Centro Municipal Ursinhos Crainhosos


SÉRIE: Pré-escola
ESTAGIÁRIOS: Jerúzia da Paixão Chaves Miranda Gomes
DATA DA INTERVENÇÃO: 11/03/2020

ÁREA DO CONHECIMENTO: Corpo humano/sentidos

I. Objetivos da Aprendizagem:

 Compreender os sentidos do corpo humano: tato; paladar; audição; visão


(teoria).

II. Conteúdos:

 Órgão dos sentidos

III. Metodologia:

 Apresentação do conteúdo
 Explicação detalhada
 Exercícios
 Roda de conversa sobre o conteúdo
 Interação com o ambiente escolar

IV. Recursos:

 Fotocópias
 Folhas sulfites
 Cartolinas

V. Avaliação:

 Desempenho
 Interação
 Percepção
 Curiosidade

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3.3.1 Análise da intervenção

Na terceira aula estudamos os sentidos do corpo humano: tato, paladar,


audição, visão. Foi uma aula teórica. Pois, no dia seguinte, estava programada
uma aula prática.
Os pequenos participaram com muito entusiasmo, como fora nas aulas
anteriores. Avaliamos conforme a participação, interação, curiosidade, de cada
um. E nesse ponto, todos são muito curiosos. Percebe-se o entusiasmo
quando, ao encontrarem seus pais, dizem: – Papai, mamãe, agora têm três
professores.
Vivenciamos uma experiência muito prazerosa. Enriquecendo nosso
aprendizado prático, junto às crianças.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio nos deu a oportunidade de estar, efetivamente, frente à sala de aula.


Tem-se a oportunidade de estar na pele do professor, literalmente.
Percebemos como será nossa prática, nosso dia a dia em um Centro de
Educação Infantil, como educador. Para Telma Weiz citada por Schotten (2007,
p. 55) “Quando analisamos a prática pedagógica de qualquer professor, vemos
que, por traz de suas ações, há sempre um conjunto de ideias que os orienta.
Mesmo quando ele não tem consciência dessas ideias, dessas concepções,
dessas teorias, elas estão presentes.” É no contato com os mestres (as) e
alunos na escola, que o futuro professor elabora um perfil que norteará sua
prática.
Na atuação em sala de aula, tem-se a oportunidade de reflexão, de analisar
onde e como devemos melhorar. Que situações nos deixaram pensativos,
intrigados. Ou seja, planejamos uma coisa pensando ser excelente, mas na
hora de por em prática, ledo engano. Segundo Weiduschat (2007, p. 34) “[…]
queremos dizer que existe um exercício intencional do professor que o leva,
constantemente, a refletir sobre o que realizou, a mudar sua ação sempre que
necessário e a refletir novamente sobre os rumos de sua nova ação”. Assim
temos: “Ação-reflexão-ação”.
Pensando criticamente, os estágios supervisionados de licenciaturas deveriam
ter uma carga horária bem maior do que é atualmente. É comum lermos
anúncios em jornais, dizendo: precisa-se de professores de Matemática;
História; Geografia ou Pedagogia, que tenha no mínimo seis meses de
experiência. Então, por que os formandos já não saem da faculdade com essa
experiência?
A arte de educar certamente é a mais nobre de todas. Weiduschat (2007, p. 49)
nos informa que: “Certamente, a grande preocupação que se apresenta gira
em torno da formação do educador e da educadora, para que estes deem
conta de discutir e de participar da construção de uma escola com valores
humanísticos, de formação de sujeitos autônomos.” O  mestre, professor, deve
estar sempre atento à sua formação, pós, o mundo está em constante
transformação. Paulo Freire apud Weiduschat (2007, p. 51), diz que: “Esta
atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se tornem
processos permanentes”.

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5. REFERÊNCIAS

SCHOTTEN, Neuzi. Processos de Alfabetização. Associação Educacional


Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. ASSELVI, 2006.
SILVA, Daniela Regina da. Psicologia da Educação e
Aprendizagem. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). –
Indaial: Ed. ASSELVI, 2006.
SILVA, Daniela Regina da. Psicologia Geral e do
Desenvolvimento. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). –
Indaial: Ed. ASSELVI, 2005.
WEIDUSCHAT, Íris. Didática e avaliação. Associação Educacional Leonardo
da Vinci (ASSELVI): Indaial: Ed. ASSELVI, 2007, 2. ed.

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