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O EXERCÍCIO DO MAGISTÉRIO – METODOLOGIAS

DIDÁTICO - PEDAGÓGICAS

1
Sumário

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3

Significado de Magistério ......................................................................... 4

Magistério e licenciatura plena ................................................................ 6

O Significado De Práticas Pedagógicas .................................................. 9

Conceito de Educação ........................................................................... 13

A Educação na Sociedade Atual ........................................................... 14

Práticas Pedagógicas Adotadas em Sala de Aula ................................. 17

Educação Infantil na Atual Constituição................................................. 19

Profissionais da Educação Infantil ......................................................... 21

Métodos pedagógicos utilizados no Brasil ............................................. 23

CONCLUSÃO ........................................................................................ 29

REFERÊNCIA ........................................................................................ 31

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história, inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até


seis anos de idade, sem distinção decorrente de origem geográfica, caracteres
do fenótipo (cor da pele, traços de rosto e cabelo), da etnia, nacionalidade, sexo,
de deficiência física ou mental, nível socioeconômico ou classe social.

Magistério é o nome dado para o cargo de professor, envolvendo todo o


seu exercício dentro desta profissão.

Entre as principais funções do magistério está à docência, ou seja, o


ensino e a educação, tarefa prioritária dos professores. Já os pedagogos,
especialistas em educação, são responsáveis por fornecer o suporte pedagógico
aos alunos, professores e pais.

A criança da Educação Infantil vive um momento único, de interação com


as pessoas, e as coisas do mundo, atribui significado para suas experiências e
para os fatos que a cerca. Esse processo de experiências faz com que as
crianças vivenciem momentos em que predominam o sonho, a fantasia, a
afetividade, a brincadeira e as manifestações de caráter subjetivo. Por tais
razões, as instituições de Educação Infantil são indispensáveis, por serem
espaços educativos para a construção do “eu”, isto é, utiliza de diferentes
estratégias que proporcionem a autonomia por meio do trabalho pedagógico que
orienta as crianças para suas escolhas. Há professores que vivenciam e resistem
às mudanças, enfatiza o cuidar, centraliza em si as ações, não possibilita o
processo de ensino- aprendizagem contextualizada e lúdica.

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Significado de Magistério

Magistério é o nome dado para o cargo de professor, envolvendo todo o


seu exercício dentro desta profissão.

Entre as principais funções do magistério está a docência, ou seja, o


ensino e a educação, tarefa prioritária dos professores. Já os pedagogos,
especialistas em educação, são responsáveis por fornecer o suporte pedagógico
aos alunos, professores e pais.

Etimologicamente, este termo se originou a partir do latim magisterium,


que significa “dignidade”, “meio de curar”, “tratamento” ou “trabalho de chefe”.

Como seguir carreira no magistério?

Para estar apto a construir uma carreira na área do magistério, o docente


deve seguir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
estabelecida pela lei nº 9.394/96.

De acordo com essas diretrizes, os professores são aconselhados a


finalizar um curso de nível superior na área da educação para poder dar aulas.
Mas, até o ano de 2020, ainda serão aceitos os profissionais que apenas fizeram
o curso de magistério, ofertado às pessoas que concluíram o Ensino Médio.

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Com o curso de magistério, até 2020, os professores podem dar aulas
para alunos do Ensino Infantil e para os quatro primeiros anos do Ensino
Fundamental (do 1º ao 4º ano).

No entanto, com o desenvolvimento do Plano Nacional de Educação


(PNE), todos os professores deverão ter uma formação superior para estarem
aptos a dar aulas.

Plano Nacional de Educação (PNE)

O PNE, aprovado em 2014, foi criado para definir metas de investimento


e de melhora na qualidade da educação no país. O plano estabeleceu objetivos
que devem ser cumpridos progressivamente até 2024.

Além da recomendação para que os professores ingressem em um curso


universitário, já que existe a previsão da formação de nível superior para os
próximos anos, o plano prevê medidas de valorização desses profissionais.

De acordo com o documento, as pessoas que atuam na área do


magistério devem, gradativamente, ter seus salários equiparados a outros
profissionais que possuem formação semelhante.

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.

Magistério e licenciatura plena

Os cursos de formação para o magistério são classificados como


licenciatura plena. Englobam os cursos que são destinados à formação
específica de profissionais que atuarão nas áreas da Educação Básica e da
Educação Infantil.

Existem cursos de licenciatura plena em diversas áreas do conhecimento,


como: História, Geografia, Letras, Matemática, Pedagogia, entre outros.

Magistério da Igreja

No âmbito da Igreja Católica, o magistério é formado pelas pessoas que


se vinculam ao Episcopado ou ao Supremo Pontificado.

O magistério da Igreja também se refere à função de ensinar, como o ato


de repassar a palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus aos fiéis católicos.

A contribuição da Didática para a prática docente no Ensino Superior

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A Didática sempre desempenhou um papel importante na formação de
profissionais para o exercício do magistério. Caracteriza-se como mediação
entre as bases teórico-científicas da educação e prática docente, operando como
uma ponte entre “o que” e “como” do processo pedagógico.

Candau (2004) fala da importância da Didática como uma forma de tratar


tecnicamente os mecanismos pelos quais o educando possa adquirir
determinados tipos de conduta com maior facilidade. Assim, a Didática é
importante para a aprendizagem dos modos de conseguir, do ponto de vista do
“saber fazer” que alguma coisa seja ensinada de tal maneira que o educando
possa aprender com maior facilidade e, por isso, mais rapidamente.

Estudar a Didática é pensar num conjunto de conhecimentos didáticos e


pedagógicos, esclarecendo seu papel na formação profissional para o exercício
do magistério. Destarte, o professor deve propor e examinar com os alunos os
objetivos, conteúdos e atividades que serão desenvolvidos, preparando-os para
o processo de assimilação consciente de conhecimentos e habilidades
(LIBÂNEO, 1994).

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Destarte, no ensino universitário, a formação pedagógica dos professores
requer impulsos criativos e uma sistematização didática, que não implica
necessariamente no processo de inovação do ensino. As reflexões práticas
surgem como uma forma de contemplar experiências de formação pedagógica
dos docentes do Ensino Superior, com base num trabalho conjunto entre as
Universidades, num constante processo de integração.

Estudos realizados por Lucarelli (1994) trazem três importantes reflexões


acerca da inovação e formação do docente universitário:

Identificação das inovações: faz-se uma associação a práticas de ensino


que alterem, de algum modo, o sistema unidirecional das relações que
caracterizam o ensino tradicional. O sistema de relações centrado apenas na
transmissão da informação, emitida pelo docente, presente em um impresso ou
veiculada por qualquer meio tecnológico mais sofisticado como o que se produz
pela comunicação virtual; um processo de inovação na aula supõe sempre que
haja uma ruptura com os modelos didáticos impostos pela epistemologia
positivista, o qual comunica um conhecimento fechado, acabado, conducente e
uma didática da transmissão que, regida pela racionalidade técnica, reduz o
estudante a um sujeito destinado a receber passivamente este conhecimento
(LUCARELLI, 1994).

Reconhecimento das principais vias de concretização dessa articulação


nas representações sociais dos atores interessados na inovação: o estilo
inovador encontra-se fundamentado na tríade sujeito docente/aluno/conteúdo, o
que supõe uma modificação do modelo didático e de sua organização de tal
maneira que os propósitos, os conteúdos, as estratégias, os recursos, o papel
que desempenha o docente, o papel do aluno e, sobretudo, o sistema de
relações entre esses componentes sejam afetados (LUCARELLI, 1994).

Análise em profundidade das modalidades particulares de transposição


para a aula universitária dessa visão da inovação na articulação entre teoria e
prática: este processo de inovação implica numa melhor relação entre a teoria e
a prática. A prática do professor é um elemento aglutinador para incorporação
dos problemas significativos que afetam o exercício profissional vigente em um
campo determinado. A articulação entre teoria e prática revela-se como uma

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estratégia metodológica para o desenvolvimento de qualquer situação de ensino
e aprendizagem (LUCARELLI, 1994).

De forma geral, percebe-se que um dos maiores obstáculos para o


desenvolvimento de inovações nas instituições educativas é a distância entre a
programação de inovação e sua incorporação na prática cotidiana dos atores.
Existe também o grande problema da articulação entre a teoria e a prática que
clama por um caminho legítimo na busca de ancoragens para a construção
didática no âmbito universitário (LUCARELLI, 2000).

Portanto, trata-se de definir uma metodologia que inclua os protagonistas


do ensino em sua análise e projeção teórica, colocando-os em busca de
estratégias possíveis, ao mesmo tempo, comprometidas, para abandonar e
encarar a resolução dos problemas que afetam o ensino universitário.

O Significado De Práticas Pedagógicas

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Outros pesquisadores, além de Marques (2001), mencionada
anteriormente, foram buscar na literatura, fundamentos para subsidiar seus
conhecimentos acerca da prática pedagógica dos professores, bem como para
alicerçar as pesquisas desenvolvidas nas escolas, nas quais se encontram
matriculados alunos com deficiência nas classes comuns.

Fortemente marcada pelo embate teórico-metodológico das matrizes


epistemológicas do objetivismo e do subjetivismo do período pós-renascentista,
a prática pedagógica adentrou o século vinte mergulhada num oceano de
investigações sobre os processos de desenvolvimento e de aprendizagem
(MARQUES, 2001, p. 11).

Dentre esses, podemos citar Sacristan (1999) Ferreira (2004), Garcia


(2005), Mendes (2008), Oliveira (2008) e Pletsch (2010). Com apoio nos estudos
desses pesquisadores, então podemos dizer que as práticas pedagógicas, pauta
de estudos deste curso, são identificadas com as seguintes definições:

A prática educativa é algo mais do que expressão do ofício dos


professores, é algo que não lhes pertencem por inteiro, mas um traço cultural
compartilhado, assim como o médico não possui o domínio de todas as ações
para favorecer a saúde, mas as compartilha com outros agentes, algumas vezes
em relação de complementariedade e de colaboração, e, em outras, em relação
de atribuições. A prática educativa tem sua gênese em outras práticas que
interagem com o sistema escolar e, além disso, é devedora de si mesma, de seu
passado. São características que podem ajudar-nos a entender as razões das
transformações que são produzidas e não chegam a acontecer (SACRISTÁN,
1999, p. 91).

Na escola, diante de um aluno com deficiência que, como os demais, vive


num mundo em constante evolução, com as dinâmicas e complexidades de um
sujeito em desenvolvimento, com características únicas, implicados, sobretudo,
com as tramas relacionais, num contexto social em que convivem família e
comunidade, influenciadas pelo meio social, por valores pessoais, e um
ambiente físico, geográfico e histórico que não podem ser dissociados de sua
existência. Os pais e seus filhos com deficiência convivem em um mundo social,
permeado de exigências de toda ordem, da mesma forma os alunos na escola.

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Garcia nos diz o seguinte sobre práticas pedagógicas:

[...] a prática pedagógica pode ser dividida em “práticas de caráter


antropológico” e “práticas pedagógicas institucionalizadas”. A autora explica que
a primeira diz respeito à perspectiva social pela qual se compreende a educação
escolar como um espaço cultural compartilhado, não exclusivo de uma classe
profissional concreta, ainda que conceda certa legitimidade técnica à ação
docente. Já a segunda se refere à atividade docente realizada nos sistemas
educacionais e às organizações escolares em que estão inseridos. Neste
sentido, “a prática profissional depende das decisões individuais, que não estão
isentas da influência de normas coletivas e de regulações organizacionais”.
Portanto, o conceito de prática pedagógica não se limita apenas às ações dos
professores em sala de aula (GARCIA, 2005 apud PLETSCH, 2010, p. 158).

Ferreira, por sua vez, apresenta significativas recomendações à maneira


de atuar na escola com vistas à aprendizagem e desenvolvimento dos alunos:

Pensando na educação dos sujeitos com deficiência, a busca de códigos


pedagógicos apropriados é necessária, mas não suficiente se não
ressignificarmos as relações de existência concreta destes alunos no âmbito da
prática e dos discursos da e na escola. Por esse ponto de vista, torna-se pouco
provável que possamos simplesmente recorrer à ajuda do conhecimento e da
prática tradicionalmente acumulados em educação especial, uma vez que
trazem uma perspectiva da educação especial que se constitui sob a égide de
outras concepções e outras referências teóricas (2004, p. 44).

No entendimento de Mendes (2008, p. 118):

[...] as práticas curriculares são entendidas como as ações envolvidas na


elaboração e implementação do currículo. São práticas nas quais convivem
ações teóricas e práticas, refletidas e mecânicas, normativas, orientadoras,
reguladoras, cotidianas. Desde a proposição de currículos pelos órgãos
governamentais, à recontextualização feita desses discursos pela escola e pelos
seus sujeitos, tudo é entendido aqui como práticas curriculares.

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No currículo produzido pelas práticas curriculares se expressa o que a
escola entende como conhecimento, o que prioriza, que saberes privilegia e
transmite, assim como que sujeito pretende formar e que sujeito de fato forma.

Essa autora reforça seu ponto de vista sobre práticas curriculares,


dizendo:

[...] quando estudamos a escola estamos diante de práticas curriculares


que são o exercício característico da escola na organização e desenvolvimento
do currículo, ou seja, dos conteúdos e das formas de sua transmissão, o que
inclui atividades e tarefas propostas, bem como acompanhamento dos alunos no
processe ensino-aprendizagem. São aquelas implementadas e
recontextualizadas nos condicionantes escolares (tempo-espaço) envolvendo as
práticas de seleção e distribuição dos conhecimentos escolares (Mendes, 2008,
p. 118).

Enquanto isso, Oliveira (2008, p. 174) assim se posiciona:

As ações dos professores nas salas de aulas não se desenvolvem


isoladamente, não são resultados apenas de suas características pessoais (suas
crenças, valores, expectativas), mas refletem o tipo de cultura da instituição,
considerada no contexto mais amplo das políticas de reformas e mudanças
educacionais que exercem influências no cotidiano da escola e,
consequentemente, nas práticas dos professores.

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Finalmente, sobre práticas pedagógicas, acrescentamos mais uma
contribuição Pletsch (2010, p. 158-159):

Tomando como base as diferentes relações e ações presentes no interior


da escola e a influência que recebe das práticas externas a ela, usaremos o
termo prática associado ao currículo. Entendemos que as práticas curriculares
são ações que envolvem a elaboração e a implementação do currículo em suas
diferentes dimensões (planejamento, metodologias, estratégias de ensino,
avaliação, tempo e espaço de aprendizagem).

Conceito de Educação

Podemos compreender o termo Educação como um processo


pertencente ao desenvolvimento humano que vai sendo estabelecido na medida
em que vamos construindo nossos conceitos. Os responsáveis por este
processo no início de nossas vidas são os nossos pais, nossa família, pois é no
ambiente familiar que vamos aprendendo o que é certo, o que é errado, o que
podemos ou não fazer, e é neste ambiente que vamos nos tornando uma pessoa
educada. Nem tudo o que nos é ensinado são verdades concretas, porém
apenas saberemos disso quando tivermos a capacidade de compreender
sozinhos os significados e importância dos valores educativos que nos foram
ensinados.

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Esta compreensão se dará no momento em que iniciarmos a vida escolar,
pois é no processo de aprendizagem escolar que vamos confrontar os
conhecimentos transmitidos pela família e os conhecimentos transmitidos pelos
professores, que incentivam a criatividade, a busca pelo conhecimento e
principalmente a criticidade. No entanto, devemos repensar no conceito que
alguns definem a Educação, muitas vezes sendo relacionado apenas ao
processo de estudo, onde uma pessoa considerada educada é aquela que
estuda bastante. A educação formal tem o objetivo de preparar melhor o
indivíduo para exercer suas habilidades pessoais, conhecimentos, levando em
consideração a visão de mundo que esta pessoa já possui, os conhecimentos
prévios adquiridos na educação familiar, que é um processo natural, espontâneo
e comum a todos.

A Educação na Sociedade Atual

A situação do ensino brasileiro não é tão favorável. O precário processo


de alfabetização é um dos graves problemas que afetam a educação e
consequentemente causa uma evasão escolar. Mas será que isso tem relação
com o método de ensinar adotado nas escolas pelos educadores?

É preciso esclarecer que há uma diferença em ser professor e educador.


O professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário
no fim do mês. Já um educador tem paixão pelo que faz, dedica-se ao máximo

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e a sua realização está completa quando sente que o seu trabalho está sendo
bem desenvolvido e alcançando os objetivos propostos.

Infelizmente temos poucos educadores e muitos professores que


possuem uma prática pedagógica ultrapassada, adquiridas quando eles
estudaram na escola; assim, ficam isolados na maneira como aprenderam as
coisas, dificultando a aquisição de novos métodos de ensino. Outros já se
baseiam na última tendência da moda e não acabam refletindo sobre a eficácia
da mesma, tornando o seu trabalho incompleto, pois assim não se atinge os reais
objetivos da educação. Pode-se considerar também que muitos professores têm
na cabeça a escola nova, porém acabam por trabalhar embasados na escola
tradicional porque a realidade em que se vive não oferece as condições para a
prática dos métodos da escola nova, sem contar que é preciso ainda dar ênfase
ao tecnicismo.

Para Antunes (2004), se a ciência mostra que o período que vai da


gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases
para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência
humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é
imprescindível para o seu desenvolvimento. Mas será que a Educação Infantil
pode realmente contribuir na formação de um cidadão crítico?

De acordo com Terencio (2004), para responder a essa questão propõe-


se como objetivo geral afirmar a importância da Educação Infantil para a
formação crítica e reflexiva do cidadão frente à formação dos profissionais da
área educacional. De acordo com a autora, os objetivos específicos que se
ramificam da proposta inicial apresentam-se com a finalidade de comparar e
identificar as diferenças nos obstáculos sociais e educacionais enfrentados pelas
pessoas que não cursaram a Educação Infantil e entram direto na primeira fase
do Ensino Fundamental; identificar de que maneira a Educação Infantil pode
contribuir na formação do cidadão crítico/reflexivo.

Na medida em que se foi prolongando o tempo de infância, como um


período em que a criança é preservada do mundo do trabalho, isso é
acompanhado de um reconhecimento social da criança, mas não de uma
garantia do direito à infância. Como afirma Rocha (2001): “Uma sociedade de

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extremas diferenças resulta no convívio com diferentes infâncias: a vivida por
crianças que têm um pleno reconhecimento dos seus direitos e por aquelas que
não têm nenhum destes mesmos direitos garantidos”. Como afirma Arroyo
(1994)

“A reprodução da infância deixa de ser uma atribuição exclusiva da


mulher, no âmbito privado da família. É a sociedade que tem que cuidar da
infância. É o Estado que, complementando a família, tem que cuidar da infância
(...) que hoje tem que ser objeto dos deveres públicos do Estado, da sociedade
como um todo. Infância que muda que se constrói, que aparece não só como
sujeito de direitos, mas como sujeito público de direitos, sujeito social de direitos.”

Essa reflexão nos leva a crer que as instituições é que passam a ser co-
responsáveis pela criança e muitas vezes, na ânsia da “preparação para o
futuro”, priorizam uma escolarização precoce, preocupada com a inserção na
escola de Ensino Fundamental. Entretanto, como afirma Rocha (2001): “A
educação infantil tem uma identidade que precisa considerar a criança como um
sujeito de direitos, oferecendo-lhe condições materiais, pedagógicas, culturais e
de saúde para isso, de forma complementar à ação da família”.

Em alguns países mais desenvolvidos, como por exemplo, a Dinamarca,


a Suécia, a Itália, a França, etc, a Educação Infantil é vista como uma tarefa
pública socialmente compartilhada e que, por sua vez, reflete-se em políticas
públicas que respeitam os direitos da criança e associam-se, frequentemente, às
políticas sociais voltadas para a família, com o intuito de viabilizar uma educação
que contemple as múltiplas dimensões humanas.

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Práticas Pedagógicas Adotadas em Sala de Aula

De acordo com algumas leituras percebe-se que muitos autores


criticam a prática pedagógica tecnicista, pois afirmam que este método de ensino
marcou a educação durante o período militar, o que causou algumas
divergências entre os educadores, pois “O professor passa a ter que dominar as
técnicas e então basta saber ligar e desligar botões para ensinar. O processo é
mecânico. Basta saber repetir, copiar modelos, executar ordens e está pronto
para o mercado de trabalho”. Olhando deste ângulo realmente percebemos que
o tecnicismo torna-se prejudicial à educação, pois se essa técnica for o centro
de tudo e o ensino se tornar mecânico, consequentemente não haverá
aprendizagem. Não é possuindo o domínio de tais técnicas que podemos afirmar
que o ensino está sendo bem aproveitado.

Entretanto excluir as técnicas também não quer dizer que estaremos


fazendo o melhor para a educação pois, na verdade, o problema está em como
usamos desse meio para ensinar. Muitas vezes é de forma errônea, restringindo
o ato de ensinar a meros quadros de textos exibidos por meio de um computador,
onde temos um começo e um fim determinado. O educador deve antes conhecer

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a dimensão teórica e prática dos métodos adotados, deve saber qual técnica é
mais eficaz em dado momento, ter domínio da técnica e do conteúdo, saber se
ela funciona em determinada situação, como, para que é por quê lançar mão
deste meio para ensinar. Então podemos utilizar retro- projetores sem sermos
tecnicistas, realizar uma aula expositiva sem sermos tradicionais.

Na literatura didática, a aula expositiva é considerada a mais tradicional


das técnicas de ensino e também tem sido apontada como a atividade mais
empregada pelos educadores e a preferida pelos estudantes em qualquer grau
de ensino. Na escola tradicional era considerada como técnica de ensino padrão,
onde o docente deveria dominar os conteúdos fundamentais a serem
transmitidos aos alunos, sendo o melhor método de transmissão de
conhecimentos na sala de aula. Já na "escola nova" a aula expositiva deixa de
ser predominante na sala de aula. Dá-se ênfase à atividade do aluno e novas
técnicas de ensino surgem.

A aula expositiva, segundo alguns autores, apresenta vantagens e


desvantagens. “Vantagens – a economia de tempo, principalmente para
assuntos curtos; supre a falta de bibliografia para o aluno quando este não foi
amplamente divulgado ou na dificuldade de acesso; a técnica ajuda na
compreensão de assuntos considerados complexos, desde que o professor
traduza para linguagem mais simples. E quando suscita perguntas, este aula
estimula o pensamento criador do aluno. Desvantagem – A maior é que por ser
comunicação verbal, o professor tende a falar por mais tempo, restringindo a
participação do aluno, o que os deixa acomodados”.

A escola tecnicista estava fundamentada nos princípios de racionalidade,


eficiência e produtividade. Aqui se valorizam as atividades que promovem o
parcelamento do trabalho pedagógico. Assim, à aula expositiva foi transmitida
uma nova conotação, traduzida por determinadas habilidades técnicas a serem
desenvolvidas pelo educador.

Podemos considerar também o debate como outra técnica de ensino: é


um recurso utilizado para os alunos confrontarem ideias, diferentes pontos de
vista. Entretanto, discutir e debater não são tarefas fáceis, não basta que o aluno
exprima-se e diga o que sente, é necessário conhecimento crítico para que ele

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progrida e avance sozinho. Para que ocorra um debate é necessário que os
participantes já tenham um conhecimento, informações novas e experiências.
Pode adquirir tudo isso por meio de leituras, pesquisas e estudos realizados
sobre diversos temas.

Educação Infantil na Atual Constituição

Sabe-se que a educação e o cuidado na primeira infância vêm sendo


tratados como assuntos prioritários de governo, organismos internacionais e
organizações da sociedade civil, por um número cada vez maior de países em
todo o mundo. No Brasil, a Educação Infantil - isto é, o atendimento a crianças
de zero a seis anos em creches e pré-escolas - é um direito assegurado
pela Constituição Federal de 1988. A partir da aprovação da Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional , em 1996, a Educação Infantil passa a ser
definida como a primeira etapa da Educação Básica.

Nesse sentido, de acordo com Barros (2008), várias pesquisas realizadas


nos anos de 1980 já mostravam que os seis primeiros anos de vida são

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fundamentais para o desenvolvimento humano e a formação da inteligência e da
personalidade; entretanto, até 1988, a criança brasileira com menos de 7 anos
de idade não tinha direito à Educação. A Constituição atual então reconheceu,
pela primeira vez, a Educação Infantil como um direito da criança, opção da
família e dever do Estado. A partir daí a Educação Infantil no Brasil deixou de
estar vinculada somente à política de assistência social passando então a
integrar a política nacional de educação.

Pode-se considerar que no Brasil estamos vivendo um momento histórico


para a reflexão e a ação em relação às políticas públicas voltadas para as
crianças pois vemos, cada vez mais, a educação e o cuidado na primeira infância
sendo tratados como assuntos prioritários por parte dos governos Federal,
Estadual e Municipal, e também pelas organizações da sociedade civil, por um
número crescente de profissionais da área pedagógica e de outras áreas do
conhecimento, que vêm na Educação Infantil uma verdadeira " ponte " para a
formação integral do cidadão.

No que se refere à Educação Infantil, o Plano Nacional de Educação


aponta várias metas qualitativas, como afirma Barros (2008):

"Em primeiro lugar, determina que sejam elaborados, no prazo de um


ano, padrões de infraestrutura para o funcionamento adequado das instituições
de Educação Infantil. Esses padrões também devem orientar novas autorizações
de funcionamento. Plano define que o executivo municipal deve assumir a
responsabilidade pelo acompanhamento, controle e supervisão das creches e
pré-escolas.Também exige a colaboração entre os setores de educação, saúde
e assistência, bem como entre os três níveis de governo, no atendimento à
criança de 0 a 6 anos de idade. E determina a efetiva inclusão das creches no
sistema nacional de estatísticas educacionais. Outra meta importante é
assegurar que, em todos os Municípios, além de outros recursos municipais,
10% (dos 25%) das verbas de manutenção e desenvolvimento do ensino seja
aplicado, prioritariamente, na Educação Infantil. Para isso, exige a colaboração
da União".

Segundo o que consta no PNE em relação à formação dos professores e


dirigentes, o PNE prevê a implantação de um Programa Nacional de Formação

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dos Profissionais de Educação Infantil para garantir que, em dez anos, todos os
dirigentes de creches e pré-escolas e 70% dos professores tenham nível
superior. Prevê, ainda, no prazo de três anos, a execução de programa de
formação em serviço para profissionais da Educação Infantil e pessoal auxiliar,
a cargo dos Municípios. Neste caso, o PNE exige a colaboração da União e
recomenda a articulação com instituições de ensino superior e com Estados.
Também determina que os novos profissionais admitidos na Educação Infantil
tenham titulação mínima de nível médio, modalidade normal, dando-se
preferência à admissão de graduados em curso específico de nível superior.

Profissionais da Educação Infantil

A partir da constatação de que as experiências da primeira infância


são determinantes para o desenvolvimento do ser humano, pode-se considerar
que o papel do profissional de creches e pré-escolas passa por reformulações
profundas e, como decorrência, as exigências relacionadas à sua formação
começam a ser repensadas.

Em 1996, a LDB– Lei de Diretrizes e Bases, estabeleceu que a Educação


Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, e tem por finalidade promover o

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desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade. Sobre a formação de
docentes, a Lei determina, no artigo 62, que para atuar na educação básica é
preciso nível superior em universidades ou institutos superiores de educação,
admitindo como formação mínima para o exercício do magistério na Educação
Infantil, bem como nas primeiras quatro séries do Ensino Fundamental, a de nível
médio, na modalidade Normal. Prevê ainda que em um prazo de dez anos só
serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados em
serviço.

O Plano Nacional de Educação - (PNE, 2001) -, estabelece como meta


um Programa Nacional de Formação dos Profissionais de Educação Infantil para
garantir que todos os dirigentes de instituições deste nível de ensino possuam,
no prazo de cinco anos, formação em nível médio e, em dez anos, nível superior.
Todos (as) os (as) professores (as) também deverão ter nível médio em cinco
anos e 70% deles (as), nível superior em dez anos. No entanto, de acordo com
os profissionais da educação, esses prazos são curtos demais para serem
cumpridos. As exigências descritas implicam retorno à escola por parte dos
profissionais de Educação Infantil que não concluíram o Ensino Fundamental e
Médio, por meio de programas supletivos especiais e também de programas de
formação em serviço.

De acordo com estudos do Censo Escolar 2001, dos professores que


atuam nas creches brasileiras, 69% têm curso médio completo e apenas 12,9%
possuem nível superior. Na região Nordeste, estes últimos somam apenas 5,6%.
Nas classes brasileiras de pré-escola, 67,5% dos docentes têm nível médio e
23,1% possuem curso superior; e no Nordeste os professores com graduação
representam 5,3% do total. Neste âmbito, outra questão apresentada por Barros
(2020) é a seguinte: Sabemos que é na Educação Infantil que a criança adquire
os primeiros preparos para o convívio social, tem as primeiras noções de valores
morais e também, através de atividades apropriadas, aprimora suas
capacidades cognitivas e motoras. É fundamental, então, pensar na necessidade
do bom preparo do professor para que desenvolva atividades adequadas a esta
faixa etária das crianças. É necessário repensar a prática educativa das escolas
onde, comumente, são designados os professores menos preparados e menos
comprometidos para trabalhar com a Educação Infantil, já que é uma fase

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escolar que não possui obrigatoriedade legislativa, sem precisar apresentar
resultados quanto ao desempenho do aluno, ou seja, muitos professores
preferem a Educação Infantil "por não haver cobranças e não precisar apresentar
resultados".

Métodos pedagógicos utilizados no Brasil

Existem dezenas de linhas pedagógicas, selecionamos as 5 mais comuns


para detalhar suas características. São elas:

1. Escola Construtivista

2. Escola Freiriana

3. Escola Montessoriana

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4. Escola Waldorf

5. Escola Tradicional

1. Escola Construtivista

Nesse método pedagógico, que tem Lev Vygotsky e Jean Piaget como
principais nomes, o aluno é o protagonista do seu processo de aprendizado. Ou
seja, a educação não é uma simples transmissão de conhecimento, ela vai além,
tornando-se um processo que dá suporte e permite o aluno criar e experimentar
o conhecimento e o aprendizado.

Dessa maneira, o conteúdo e o ensino se tornam guias e ferramentas para


que os estudantes construam o seu conhecimento por meio da resolução de
problemas e formulação de hipóteses, valorizando assim os conteúdos e
vivências anteriores de cada um. Não existe ninguém para dar as respostas, o
aluno aprende a aprender.

Forma de avaliação: essa linha pedagógica foi pensada para não se usar
avaliações e nem provas. Dado que é um processo que cada aluno constrói o
seu próprio conhecimento , logo é único e diverso.

Esse método pedagógico recebe algumas críticas por conta da


aplicabilidade no contexto brasileiro, dada as condições estruturais das escolas,
quantidade de alunos por sala e a forma de trabalho dos professores.

2. Escola Freiriana

Baseada na teoria de Paulo Freire, conhecido mundialmente pela autoria


de Pedagogia do Oprimido, a escola freiriana também é conhecida como
Educação Libertadora. Essa metodologia de ensino propõe o desenvolvimento
da visão crítica do aluno por meio das práticas em sala de aula. Dessa forma, o
professor deve apresentar os conteúdos para o aluno, mas não como uma
verdade absoluta, pois na educação que Paulo Freire defendia o professor e o
aluno aprendiam juntos.

Nessa pedagogia, o educador deve levar em conta os aspectos culturais,


sociais e humanos de cada aluno, para ouvi-lo e entendê-lo melhor, afim de

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ajudá-lo a compreender e ler o mundo através do conhecimento. Segundo Freire,
o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma em sujeito
que pode transformar o mundo, sendo então a educação uma forma de “libertar”
o aluno.

Forma de avaliação: essa linha pedagógica, assim como a construtivista,


foi pensada para não se usar avaliações e nem provas.

3. Escola Montessoriana

Para Maria Montessori, educadora italiana que criou esse método, as


crianças tem a capacidade de aprenderem sozinhas. Em sua famosa frase
“ensina-me a fazer sozinho”, Montessori ressalta a importância dos alunos
desenvolveram a iniciativa e independência em seu processo de aprendizagem,
e para isso, podem usar seu conhecimento prévio e experiências como meio de
construir novos conhecimentos.

Nessa abordagem, também chamada de pedagogia científica, as salas


são equipadas com diversos materiais e atividades e os alunos podem escolher
o que irão fazer em cada dia. O professor tem papel de guia, tirando dúvidas e
ajudando os alunos a superar as dificuldades, além de organizar a gradação das
atividades para garantir a evolução de cada indivíduo. Desse modo os
estudantes se desenvolvem de maneira ativa, criando um senso de
responsabilidade pelo próprio aprendizado, exercendo a capacidade de fazer
escolhas com independência e autonomia.

Uma das vantagens desse projeto educacional é que os alunos podem se


desenvolver cada um no seu ritmo, dentro dos módulos obrigatórios propostos.
As classes podem ser organizadas como no método tradicional ou por ciclos,
com crianças de idades diferentes.

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Forma de avaliação: A avaliação pode ser feita a partir dos registros do
professor em relação as atividades que o aluno realiza, é comum ter uma
monografia no final do ensino fundamental e do ensino médio. Podem existir
provas também, dependendo de como a escola aplica a metodologia.

4. Escola Waldorf

Baseada nos estudos de Rudolf Steiner, expoente da Antroposofia, a


pedagogia Waldorf visa o desenvolvimento integral da criança como ser
humano, não apenas do aspecto intelectual. A premissa de Steiner é que a
escola forme seres humanos por meio de uma “’educação para liberdade”.

Dentro dessa metodologia de ensino três aspectos são colocados em


foco: o desenvolvimento corporal, anímico e espiritual, dentro das “fases de
desenvolvimento do ser humano” que Steiner denomina de septênios, ciclos de

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7 anos. Para desenvolver esses aspectos os alunos contam com um professor
de classe que os acompanha durante todo um ciclo, além de aulas com outros
professores para cobrir outras partes do currículo.

Dentro do currículo há uma presença muito forte de artes, trabalhos


manuais, culinária e outros.

Forma de avaliação: Nessa abordagem, a avaliação engloba aspectos


vão além do conteúdo. Habilidades sociais, virtudes, interesse e força de vontade
são observada pelos professores por meio das atividades diárias. O mais
importante para essa pedagogia são as etapas de desenvolvimento do
estudante.

5. Escola Tradicional

Por fim, no método pedagógico tradicional o professor é a figura central,


tido como o detentor do conhecimento, e o aluno é visto com uma “tábula rasa”
onde o conhecimento será depositado. Esse é o método mais comum na maioria
das escolas, onde há uma alta ênfase no conteúdo.

O foco do professor é a transmissão do conhecimento de forma clara para


que o aluno aprenda e absorva de forma passiva. Nesse modelo existe a ideia
de reprovação, quando os alunos não cumprem com as metas esperadas para
o ano vigente.

Forma de avaliação: A avaliação é por meio de lições de casa, trabalhos


e provas, que medem a quantidade de conteúdo que foi memorizada/absorvida.
Um dos índices de sucesso é a aprovação dos alunos no vestibular.

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CONCLUSÃO

A Educação Infantil abrange o período de vida da criança até os 6 anos,


fase fundamental e determinante para o seu desenvolvimento em vários
aspectos. É na infância que os pequenos começam a socializar, a conhecer o
mundo, a entender diferenças e dão início ao processo de aprendizagem.

O Ensino Infantil desempenha um papel de extrema relevância, pois


depois da família a escola é o ambiente social mais importante das crianças,
onde se relacionam com outras crianças e adultos, são estimulados e têm o seu
interesse despertado ou, na via contrária, se ressentem e criam uma barreira
que afetará seus futuros passos na vida escolar.

Os educadores participam ativamente da formação dos cidadãos e


desempenham um papel fundamental na difusão de conhecimentos científicos e
desenvolvimento social das crianças.

A educação infantil é essencial para a formação de sujeitos respeitosos,


críticos e reflexivos. Nesse cenário, o professor atua em prol do processo de
aprendizagem dos alunos, além de trabalhar questões relacionadas aos valores
sociais e éticos. Dessa forma, os educadores trabalham com a transmissão de
conhecimentos científicos e sociais, que favorecem a convivência em sociedade.

Por esse motivo, o momento chamado de primeira infância deve contar


com atividades e ferramentas que possibilitem o desenvolvimento sadio da sua
identidade. Professores, escola e familiares devem atuar em parceria para
auxiliar as crianças em seu processo educativo.

Ao longo do ensino-aprendizagem, o educador equilibra o brincar e


ensinar, tendo a sensibilidade para explorar o ambiente, a cultura, equipamentos
e ferramentas ao seu redor para estimular a criatividade, a linguagem, a cognição
e imaginação.

A figura do professor na vida da criança ao longo do seu desenvolvimento


é essencial para a o seu autoconhecimento, percepção crítica e construção dos
relacionamentos interpessoais. Através das atividades realizadas em sala de

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aula, os educadores participam do aprendizado infantil nas interações pelos
ambientes escolares e extra sala.

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