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Projeto Integrador de Competências em Pedagogia

III

Conteudista: Prof.ª Dra. Rutinéia Cristina Martins


Revisão Textual: Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro 

Material Teórico

Material Complementar

DESAFIO

Situação-Problema 1

Situação-Problema 2

Situação-Problema 3

ATIVIDADE

Atividade de Entrega

R EFER ÊN CIAS
Referências
1/7

Material Teórico

Olá, estudante!

Vamos iniciar a disciplina abordando os conceitos necessários


para que você possa realizar as atividades em cada estudo de

caso mais à frente.


Unidade 01 - Projeto Integrador de Competências em Pedagogia III


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Treinamento e Desenvolvimento para a Prática Pedagógica no


Ensino Fundamental: a Formação Continuada
A prática de ensino para o trabalho pedagógico em qualquer etapa da educação exige constante
atualização e aprimoramento de conhecimentos. Sendo assim, o treinamento e o desenvolvimento
de competências profissionais ocorrem em formação continuada em que se visa capacitar
professores e gestores para o efetivo trabalho de promoção de ensino e aprendizagem. Ela tem sido
entendida hoje como um processo permanente e constante de aperfeiçoamento dos saberes
necessários à atividade dos educadores (FRANÇA, 2018). Ela é realizada após a formação inicial e tem
como objetivo assegurar um ensino de qualidade cada vez maior aos alunos.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (BRASIL, 1996), em seu artigo 61, a
formação de profissionais da educação deve a atender aos objetivos dos diferentes níveis e
modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando. Para isso,
apresenta como fundamentos a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação
em serviço e o aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e
outras atividades.

Nesse sentido, a disciplina Prática de Ensino se configura como a primeira ação formativa à medida
que une a teoria estudada à prática vista na escola, promovendo uma interação entre as experiências
prévias dos educadores e as demandas educacionais da atualidade. A ação de treinamento e
desenvolvimento se dá quando os dados acerca da realidade observada na escola são discutidos
pelos alunos estagiários na universidade.

A formação para o trabalho docente no Ensino Fundamental é feita pelos gestores escolares,
gestores de órgãos como secretarias municipais e estaduais de educação e empresas prestadoras
de serviços educacionais, tanto no ensino público, como na rede particular. Todos eles têm como
referência os preceitos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento norteador dos
currículos no país. Tal documento prevê as competências a serem desenvolvidas pelos alunos e, a
partir daí, direciona-se o foco das competências profissionais.

O treinamento e desenvolvimento de competências dos gestores parte da ideia de que a escola é


uma desenvolvedora de competências, embasando-se como se propõe na BNCC, em uma proposta
institucional, que visa à aprendizagem de estudantes, funcionários, professores, especialistas e
comunidade. No caso de uma etapa específica, como o Ensino Fundamental, etapa que atende
crianças de 6 a 14 anos, isso se complementa com o amplo conhecimento das etapas do
desenvolvimento humano e das habilidades propostas na BNCC para cada ano escolar.

O treinamento e o desenvolvimento de competências profissionais para professores são embasados


em conhecimentos específicos daquilo que deve ser ensinado e em competências profissionais
desenvolvidas, visando à eficácia no ato de ensinar. Sobre isso, o sociólogo suíço Philipe Perrenoud
(2000), em sua obra Dez novas competências para ensinar, aponta dez competências fundamentais à
prática docente:  1) organizar e dirigir situações de aprendizagem ; 2) administrar a progressão das
aprendizagens ; 3) conceber e fazer com que os dispositivos de diferenciação evoluam ; 4) envolver
os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho ; 5) trabalhar em equipe ; 6) participar da
administração da escola ; 7) informar e envolver os pais ; 8) utilizar novas tecnologias ; 9) enfrentar os
deveres e os dilemas éticos da profissão ; 10) administrar a própria formação contínua.

Pessoas e Lugares
Bernadete Angelina Gatti
Ela é uma das maiores autoridades brasileiras na área de formação de professores. Possui graduação
em Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Doutorado em Psicologia - Universite de Paris VII -
Universite Denis Diderot, com Pós-Doutorados na Université de Montréal e na Pennsylvania State
University. Docente aposentada da USP, foi professora do Programa de Pós-Graduação em Educação:
Psicologia da Educação da PUC-SP. Simultaneamente foi Pesquisadora Senior na Fundação Carlos
Chagas, aí exercendo os cargos de Coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais e de
Superintendente de Educação e Pesquisa. Foi membro e presidiu o Comitê Científico - Educação do
CNPq e foi coordenadora da área de Educação da CAPES. Atuou como Consultora da UNESCO e de
outros organismos nacionais e internacionais. Enfim, uma trajetória profissional voltada para o ensino
e pesquisa em formação de professores.

Figura 1 – Bernardete Gatti


Fonte: Reprodução

Seguindo esses direcionamentos, o professor tanto pode ser formado para o trabalho por seus
gestores como buscar desenvolver suas competências de maneira independente, aprimorando a
prática e tendo como guia atual de currículos a BNCC. Quem se responsabiliza por conduzir a
formação docente deve ter como referências os principais teóricos da área como Antônio Nóvoa,
Phillipe Perrenoud e referências nacionais como Bernardete Gatti, Vera Candau, Selma Garrido
Pimenta, dentre outros.

Na atualidade, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud, com a teoria que aborda a profissionalização
dos professores e o desenvolvimento de habilidades e competências para a aprendizagem, é a
principal referência para a área. Tem diversas publicações muito estudadas por docentes tanto para
formação continuada como para aprovação em concursos públicos em educação. Dentre elas, pode-
se citar: A Pedagogia na escola das diferenças (2001), Pedagogia diferenciada (1997), A prática
reflexiva no ofício de professor (2001), A profissionalização dos formadores de professores (2003) e
Dez novas competências para ensinar (2000). O português Antônio Nóvoa tem dezenas de livros,
artigos e outras publicações, das quais se pode citar Profissão Professor (2003) e Currículo, situações
educativas e formação do professor (2004).

As autoras nacionais citadas aqui têm uma vasta bibliografia, sendo possível apresentar uma
pequena amostragem de livros: Formação de professores e carreira: problemas e movimentos de
renovação (GATTI, 2000), Magistério: construção cotidiana (CANDAU, 2014), O professor reflexivo no
Brasil: gênese e crítica de um conceito (PIMENTA, 2015), Políticas docentes no Brasil (GATTI, 2011) e
Saberes pedagógicos e atividade docente (PIMENTA, 2018).

Diversidade Étnico-Cultural e Gestão de Pessoas


Esse item tem o objetivo de entender a importância do conhecimento e respeito à diversidade na
gestão de pessoas. Tal gestão deve ser entendida como do processo de evolução da gestão de
pessoas e de seu alinhamento à gestão organizacional (UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL, 2020).
 Isso inclui o conhecimento acerca da noção de competências, do capital intelectual e das
competências organizacionais e essenciais como fatores de valorização do capital humano nas
organizações. Nesse caso, a organização escolhida será a escola, por ser o principal espaço de
atuação profissional do pedagogo. 

A escola se mostra um ambiente muito peculiar porque foi criada para socializar o saber. Nas diversas
modalidades de ensino, crianças, jovens e adultos são reunidos com o objetivo de ensinar e
aprender. Para isso, existe um aparato de gestores, professores e funcionários que subsidiam a
estadia desses estudantes na escola. Junta-se a isso a comunidade formada pelos familiares deles,
que transitam todos os dias ao levar, buscar, dialogar com professores e gestores e solicitar serviços.
Em muitos casos, são anos de relacionamento com pessoas de diversas origens, etnias, condições
econômicas, orientações sexuais, níveis de escolaridade e outras infinitas características. 

Dessa forma, devido ao fato de vivermos em um país em que convivem pessoas de origens diversas
e ao momento pelo qual a sociedade passa, em que a intolerância e o preconceito étnico-racial se
mostram de forma agressiva e declarada, selecionamos a diversidade étnico-cultural como um
aspecto que deve ser abordado pelos gestores escolares com todos os sujeitos da comunidade
escolar: gestores, professores, funcionários e responsáveis pelos estudantes.

A diversidade étnico-cultural pode ser entendida como o estudo sobre a diversidade étnico-cultural
nas sociedades contemporâneas, enfatizando a reflexão sobre a cultura sob a ótica de uma
perspectiva relativista e entre os diferentes campos disciplinares (UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL,
2020). É o entendimento sobre o problema do preconceito étnico-racial e das condutas de
intolerância como disfunção no convívio social. Contudo, volta-se para a importância dos diversos
grupos étnicos, tais como a cultura afro-brasileira e africana, a indígena, a asiática, entre outras,
estimulando o respeito à pessoa e à comunidade.
Figura 2 – Diversidade étnico-cultural na escola
Fonte: Getty Images

Como os gestores podem se organizar para promover situações em que a diversidade étnico-
cultural seja valorizada?

Em primeiro lugar, os gestores devem buscar referências formativas necessárias para esse trabalho,
tendo em vista que os profissionais formados recentemente tiveram em sua formação inicial
disciplinas, leituras e discussões voltadas para questões ligadas à diversidade. Os demais tiveram
formação conservadora. Todavia, a demanda exige que todos busquem formação, uma vez que o
processo irreversível de democratização do ensino faz com que a diversidade seja cada vez maior no
interior da escola, tanto no que se refere aos alunos, como aos funcionários e professores.

Para os funcionários do núcleo técnico-administrativo, como secretários, cozinheiros, inspetores de


alunos e outros que vierem a compor a equipe escolar, a formação deve se dar em serviço. Nos
momentos de reuniões administrativas, deve haver orientações para que estejam cientes de que, em
redes públicas ou estabelecimentos privados, prestam um serviço de atendimento à comunidade e
que, independente das características da pessoa que procura a escola, ela deve ser respeitada e ter
suas solicitações atendidas. Mesmo não havendo espaço para reuniões pedagógicas como aquelas
feitas com os professores, pode haver formações para estudo do tema, além das orientações
cotidianas.

Para que a diversidade étnico-cultural referente a descendentes africanos, indígenas, asiáticos e


outros seja respeitada e conhecimentos a respeito dessas etnias sejam construídos, a ação dos
gestores é fundamental, posto que podem realizar um trabalho contínuo e aprofundado sobre o
tema. Sobre isso, Rodrigues e Cardoso (2019) apontam que resultados mais expressivos são
conseguidos quando existem ações que envolvem a comunidade.

As autoras oferecem um roteiro de ações para que isso seja efetivado. De início, faz-se necessário
que os gestores busquem a compreensão e divulgação da legislação educacional pertinente ao
tema, o que envolve as Leis 10.639/2003 e 11645/2008, que tratam da obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena. Tais legislações, frutos de um processo histórico
de reinvindicações dos grupos citados, recebem a orientação pedagógica das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais (Resolução nº1/2004 do Conselho Nacional
de Educação – Conselho Pleno). A isso, deve-se juntar o desenvolvimento das competências
propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que envolvem o assunto. Essas orientações
devem ser feitas em formação continuada pelas coordenações pedagógicas das escolas, secretarias
municipais e estaduais de educação.

O gestor, na figura do diretor de escola, também tem a responsabilidade de oferecer formação


continuada sobre o tema para toda a comunidade escolar. Além de professores e funcionários, há
outras situações no contexto escolar que envolvem as questões relativas à diversidade étnico-racial,
dentre elas, conflitos surgidos pela falta de conhecimento e respeito, como xingamentos e apelidos
que se colocam por conta da cor de pele ou outro traço característico, como os olhos dos orientais. 

Nessas situações, o diretor precisa educar as crianças e jovens para as relações étnico-raciais e seus
pais e responsáveis, à medida que, quando se chama a atenção dos estudantes, entende-se que o
seu responsável será comunicado de uma atitude inadequada. Dessa forma, o diretor pode
encontrar outro conflito porque, por vezes, a criança pode ser educada em ambiente racista,
machista, homofóbico, cabendo à escola orientar a família para que esse estudante respeite todos
em ambiente escolar. Esse clima de respeito pode ser cultivado diretamente pelos gestores e se
concretizar por meio de ações cotidianas e projetos relacionados às competências cognitivas e
socioemocionais em sala de aula.

Programa Pindorama PUC-SP


O projeto, fundado em abril de 2002, tem o objetivo de incluir indígenas na PUC-SP. O programa tem
parcerias com o Museu da Cultura e com o Núcleo Gênero, Raça e Etnia do curso de Serviço Social.
No primeiro vestibular participaram 26 estudantes das etnias Pankaru, Guarani Mbyá e Xavante.
O programa tem diferenciais, como:

O acompanhamento individual e em grupo, tanto na parte acadêmica, quanto em


problemas pessoais de menor relevância, sendo os casos mais complexos enviados ao
PAC ou à Clínica Psicológica da PUC.

Visitas às aldeias, participação em eventos locais e regionais comemorativos, como: Dia


dos Povos Indígenas, visita a museus temáticos e outros. 

Os alunos são estimulados a participar da política indigenista local, tanto da CAPISP-Comissão de


Articulação dos Povos Indígenas de São Paulo, como dos Conselhos Indígenas (estadual e municipal)
e associações indígenas. 
Figura 3 – Professor indígena
Fonte: Reprodução

Ao longo de duas décadas, passaram 203 alunos, oriundos de 16 etnias, sendo que 89 se formaram.
 (PUC, 2021)

Para que o educador tenha referências sobre como desenvolver um trabalho que promova o
conhecimento e o respeito à diversidade étnico-cultural, são sugeridas algumas obras: Direito à
diversidade (FERRAZ, LEITE, 2015), A diversidade cultural como prática na educação (FREITAS, 2012),
Educação e diversidade (MICHALISZYN, 2012), Educar para a diversidade: entrelaçando redes,
saberes e identidades (PAULA, 2013) e Gênero e diversidade: formação de educadores/as (TEIXEIRA
e MAGNABOSCO, 2010). Sobre gestão de pessoas, sugerem-se as obras: Gestão de pessoas -
conceitos e estratégias (KOPS, SILVA, ROMERO, 2013), Gestão de pessoas e talentos (KNAPIK, 2012), A
organização do trabalho escolar: uma oportunidade para repensar a escola (THURLER, 2012).

A Relação entre Escola, Família, Comunidade, Currículo e


Sociedade
Refletir sobre a importância do conhecimento da realidade de famílias e comunidade no contexto
escolar e sua relação com o currículo e a sociedade é algo absolutamente necessário, uma vez que
o currículo pode ser entendido como uma proposta de organização de uma trajetória de
escolarização (FRANCHET, 2019). Ao se definir o currículo, define-se o que trabalhar (os conteúdos) e
como trabalhar (metodologias), no intuito de se efetivar as aprendizagens propostas e como verificar
se os objetivos foram alcançados (avaliação). Mas como são definidos o currículo, os conteúdos, as
metodologias e a avaliação?

A definição do currículo não é algo apartado da realidade, deve estar alinhado com a cultura, a
época e o lugar em que se situam a escola e seus alunos. Tudo o que se aprende no ambiente
escolar é fruto dos anseios de uma sociedade em relação aos seus objetivos. Exemplos disso são a
democratização do ensino e a informatização das escolas. No momento em que a sociedade
brasileira começou a ser industrializada, houve o êxodo rural e as pessoas se mudaram do campo
para a cidade, local em que imperam os letreiros e diversas situações que requerem a leitura para
que os indivíduos possam viver com autonomia. As indústrias precisavam de profissionais
alfabetizados para ler manuais de máquinas e receberem formações com maior facilidade. A partir
daí, a criação de um sistema de ensino tornou-se algo urgente. Da mesma forma, a revolução
tecnológica do final do século XX e início do século XXI fez com que a informática se tornasse cada
vez mais presente nas escolas, porque a vida social assim exigia. Dessa forma, os ensinamentos
dados na escola se relacionam com as necessidades da sociedade e do mercado de trabalho.

E a relação entre escola, família e comunidade?

Essa relação se mostra como a base do respeito aos direitos humanos à medida que família e escola
são instituições que devem ser parceiras na educação de um indivíduo, promovendo ensinamentos
que visam à construção de competências cognitivas e socioemocionais e a aquisição de valores
familiares e de uma sociedade. Enfim, família e escola são as principais efetivadoras dos direitos das
crianças e jovens.

Por conta disso, um dos princípios da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 2016) é a gestão
democrática na forma da lei, que implica participação da família e comunidade nos processos
decisórios da escola. Isso fortalece o diálogo na escola e as relações familiares porque, quando
existe a participação dos responsáveis na escola, há mais assuntos em comum entre eles e seus
filhos ou tutelados, facilitando o acompanhamento das aprendizagens e da vida social que demanda
da escola. Para isso, devem-se proporcionar situações em que os pais ou responsáveis possam
participar das atividades dos filhos, dar opiniões nas decisões escolares e exercitar o diálogo como
meio de resolução de conflitos.

Assim, as relações com a comunidade também saem fortalecidas porque, além do mesmo território,
as diferentes famílias têm assuntos e objetivos em comum quanto à educação dos filhos.

E a relação com o currículo? Como conciliar os objetos de conhecimento colocados pelos


programas de ensino e as diferentes realidades apresentadas pelas escolas?

Saiba Mais
BNCC e Diferenças Regionais: como o Currículo chega às Comunidades?
Cada rede e cada escola poderão incluir em seus currículos e PPP as
especificidades regionais. Vale lembrar que a Base orienta os currículos
com o que ensinar, ou seja, os conhecimentos e habilidades essenciais para
todos os brasileiros, o como ensinar fica a cargo de cada rede e cada
unidade escolar. Assim, o direito a um aprendizado de qualidade para
todos fica garantido, e as diversidades regionais e a autonomia do
professor também.
 Os municípios devem definir seus currículos. A BNCC trará o essencial que
todos os currículos, de todas as redes, deverão ensinar. Cada rede poderá
incluir, além do que determina a BNCC, os conhecimentos regionais que
julgarem pertinentes (GUIMARÃES, SEMIS, 2017).

Figura 4 – Base Nacional Comum Curricular


Fonte: frentedaeducacao.org

O currículo não pode ser algo preso em si mesmo, com referência apenas nas propostas curriculares
como Parâmetros Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum Curricular. Tais propostas
determinam o que deve ser ensinado, mas as estratégias e materiais didáticos são decididos pelas
escolas e redes de ensino, de acordo com a sua realidade. Dessa forma, é importante que a
implantação do currículo faça a mediação entre o que deve ser ensinado e as características de uma
região. Para entender como isso ocorre, vamos ler a reportagem (CRIATIVOS DA ESCOLA, 2019):

“Estudantes do 2º e 3º ano de Canindé de São Francisco (SE) engajam comunidade para recuperar a
nascente local. Alunas que são moradoras de uma comunidade rural agrícola perceberam o

problema causado pela falta de água. Ao mesmo tempo, na escola, ouviam com frequência
reclamações dos colegas tanto sobre a dificuldade de respirar com o tempo seco da região, quanto

pela falta de hortaliças frescas para comer na merenda escolar. Elas preservaram a nascente,
fazendo a arborização do entorno da mesma. Para preservar, teve diálogo com a comunidade e
depois do projeto todo mundo se reconheceu parte do processo.”

O esboço do projeto citado nos mostra questões ambientais, com reflexos em questões alimentares
e de saúde. São situações que envolvem toda a sociedade, mas, que se constituem em objetos de
conhecimento, cujas habilidades são previstas na BNCC, como nesta habilidade de Ciências da
Natureza (BRASIL, 2017, p. 115): Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, nos seres
vivos e no corpo humano, interpretando os mecanismos de manutenção da vida com base nos
ciclos da matéria e nas transformações e transferências de energia.

No exemplo, pode-se verificar a relação entre escola, currículo, sociedade, família e comunidade,
pois, a partir de uma necessidade da comunidade, houve uma mobilização da escola para que o
problema fosse resolvido e essa resolução partia da aquisição de conhecimentos que dependeriam
do desenvolvimento de habilidades previstas na BNCC. Se esses alunos estivessem em outra região
do país, com características históricas, culturais e geográficas diferentes, haveria outras demandas e
as habilidades seriam desenvolvidas por meio de outras propostas de ensino.

Um autor de referência para estudos sobre currículo é o norte-americano Michael W. Apple, teórico
especializado em educação e poder. Dentre suas obras importantes sobre currículo, destacam-se
Política cultural e educação (2001) e Ideologia e currículo (2006). No Brasil, Moreira se destaca no
final do século XX com obras como Currículo, políticas e práticas (1997)e Currículo: questões atuais.
Outras obras trazem a reflexão a respeito da relação entre escola, currículo, sociedade, família e
comunidade, por exemplo: Instantâneos da escola contemporânea (AQUINO, 2007), Família e
educação: quatro olhares (AQUINO et al., 2013), Linguagem e escola: uma perspectiva social
(SOARES, 2000), Práticas de cidadania (PINSKY, 2012), dentre outras.

Educação, Movimentos Sociais e Transformação e sua


Relação com a Economia da Educação
Quando se trata de educação, movimentos sociais e transformação, busca-se o entendimento das
dimensões dos poderes sociopolíticos da sociedade civil organizada; a importância do consenso e do
dissenso na construção de uma sociedade justa e democrática. Os movimentos sociais são os meios
de intervenção direta no contexto político que os grupos minoritários possuem (RODRIGUES, 2021,
p.1). Gohn (2016, p.2) resume: “A relação entre movimento social e educação existe a partir de
movimentos e grupos sociais. Ocorre de duas formas: na interação dos movimentos em contato
com as instituições educacionais e no interior do próprio movimento social, dado o caráter
educativo de suas ações.”

São exemplos de movimentos sociais os grupos que lutam pelo reconhecimento e efetivação dos
direitos de estudantes, mulheres, negros e outras etnias, LGBTQIA (Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis, Transexuais, Transgêneros, Queer, Intersexo e Assexual) e outras categorias, havendo
aqueles que se dedicam a causas coletivas como a ecologia, meio ambiente e proteção aos animais.
Todos eles buscam a transformação da sociedade por meio da efetivação de seus direitos e
propostas.

Desse modo, a relação entre educação e movimentos sociais com a Economia da Educação é
intrínseca porque essa área se dedica ao estudo dos conceitos fundamentais da Economia
associando-os às políticas econômicas e as políticas educacionais (UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO
SUL, 2020), abrangendo assim as questões relacionadas ao sistema escolar brasileiro e as demandas
econômicas e financeiras da escola.
Saiba Mais
Movimentos Sociais no Campo: Educação nos Assentamentos
Um dos mais representativos movimentos sociais é a luta dos
trabalhadores rurais pela posse da terra. Como isso é refletido na
educação?

Conforme definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(Decreto 7352), escola do campo é aquela situada em área rural ou em
área urbana desde que atenda predominantemente a população do
campo. De forma paralela, ocorre a educação nos assentamentos, que são
espaços territoriais de povoamento humano geralmente constituídos por
trabalhadores rurais. A diferença entre as duas é que os assentamentos
são espaços geralmente ocupados sem a autorização dos responsáveis. Ou
seja, a educação no campo engloba a educação em assentamentos, mas
também acontece nos espaços ocupados por proprietários que adquiriram
sítios e fazendas por compra, heranças ou outros meios que não a
ocupação.

Um dos princípios da educação nos assentamentos é o respeito à


diversidade do campo em seus aspectos sociais, culturais, ambientais,
políticos, econômicos, de gênero, geracional e de raça e etnia (BRASIL,
2010).
Figura 5 – Educação no campo
Fonte: acebqualifica.org

As discussões propostas por todos os movimentos sociais são pertinentes à escola, pois envolvem
valores. Entretanto, deve haver o conhecimento de aspectos da Economia da Educação à medida
que a formulação de políticas públicas em âmbito municipal, estadual ou federal tem uma série de
exigências para que verbas sejam liberadas para projetos e materiais didáticos relativos a essas
políticas. Um exemplo de política pública que se originou da luta pelos direitos da mulher
trabalhadora e, posteriormente, dos defensores de direitos das crianças é a ampliação do número de
creches.

Entretanto, para a construção de creches ou a efetivação de qualquer outra política educacional, não
basta vontade. É preciso o conhecimento das regras para os financiamentos públicos e privados, o
que envolve conhecer a fundo aspectos da Economia da Educação e as regras provenientes de sua
aplicação. No Brasil, é preciso conhecer políticas de planejamento educacional, como o Plano
Nacional de Educação, Plano de Ações Articuladas, FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação), dentre outros que apontam as tendências econômicas da educação e as maneiras de
conseguir verbas para a realização das políticas.
Para aprofundar conhecimentos sobre a relação entre Educação, transformação, movimentos sociais
e Economia da Educação, sugerem-se algumas obras como:  Temas transversais, pedagogia de
projetos e as mudanças na educação (ARAÚJO, 2014), Territórios educativos na educação do Campo
- Escola, Comunidade e Movimentos Sociais (MARTINS et al., 2012), (Re)invenção pedagógica?
Reflexões acerca do uso de tecnologias digitais na educação (GIRAFFA et. al., 2012), Introdução à
Economia da Educação (RAMOS, 2015), Economia da Educação: para além do capital humano (PIRES,
2015), Educação, Economia e Estado (CARNOY, 1984), Movimentos sociais e educação (GOHN, 2017),
dentre outras.
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Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta disciplina:

 LIVROS 
Professor de Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental:aspectos históricos e legais da
formação
O conteúdo do livro eletrônico trata de aspectos históricos e legais da formação de professores da
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.
ALMEIDA, C.; SOARES, K. Professor de Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental:
aspectos históricos e legais da formação. Campinas: Intersaberes, 2012. (e-book)

Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talentos na empresa


O livro traz uma reflexão e dá importantes dicas de como desenvolver as potencialidades de
profissionais em uma empresa.
CHIAVENATO, I. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talentos
na empresa. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2009 

Dez novas competências para ensinar: convite à viagem


No livro, o autor traz dez competências fundamentais para o desenvolvimento do trabalho
pedagógico do professor, sendo referência para a formação desses profissionais.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Trad. Patrícia Chitoni Ramos.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
 VÍDEO 
Formação de Professores | Educação: Novos Rumos #9
A série inédita da TV Cultura, Educação: Novos Rumos debate o tema Formação de Professores.

Formação de Professores | Educação: Novos Rumos #9


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Situação-Problema 1

Caro(a), estudante.

Agora, vamos compreender o cenário que será abordado na


primeira situação-problema da disciplina.

Atente-se à situação profissional que você precisará entender

para poder realizar a atividade.


Ao ser convidada para ser diretora na Escola Luiz Gama, Letícia não imaginava que o grande desafio
seria promover a participação da comunidade nas decisões da escola. Ao estudar a obra de
Perrenoud, autor de referência para a formação de professores, ficou claro que informar e envolver
os pais era uma competência desejável para a atuação docente. Unida aos demais membros da
equipe pedagógica da escola, Letícia pensou em meios de compartilhar essa tarefa com eles, sendo
preciso prepará-los. Dessa forma, como a equipe pode preparar os professores para envolver os pais
nas atividades escolares? O que pode ser sugerido para que isso aconteça? 
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Situação-Problema 2

Vamos compreender o cenário que será abordado na segunda


situação-problema da disciplina.

Atente-se à situação profissional que você precisará entender

para poder realizar a atividade.


Leia a reportagem extraída do site de uma rede estadual de ensino brasileira:

Material pedagógico auxilia alunos da rede estadual no desenvolvimento de competências do Currículo


Oficial
Os estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio matriculados nas mais de cinco
mil escolas de uma rede estadual brasileira (adjetivo para não revelar de qual rede se trata, o que está
escrito na reportagem original) contam com material exclusivo desenvolvido por especialistas da
Educação. O Caderno do Aluno chega às salas de aula por meio do programa São Paulo Faz Escola,
duas vezes ao ano (SÃO PAULO, 2016).
Quando o material didático citado foi apresentado, houve muitas críticas de professores e
especialistas em educação no que se refere ao conteúdo dos cadernos. As principais se referiam ao
fato de trazerem conteúdos e exemplos relacionados à realidade da capital do estado, como
apartamentos, metrôs e outras questões mais específicas das metrópoles, sem referências a
aspectos da vida no interior e das cidades pequenas, que representam a maior parte das cidades do
Brasil.

Sendo assim, como o professor que leciona fora da capital e dos grandes centros urbanos poderá
utilizar esse material promovendo a relação entre escola, família, comunidade, currículo e
sociedade?
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Situação-Problema 3

Por fim, vamos compreender o último cenário, abordado na


terceira situação-problema da disciplina.

Atente-se à situação profissional que você precisará entender

para poder realizar a atividade.


Na cidade de Campo Dourado, havia um grande movimento social em busca de melhorias para a
educação de pessoas com deficiência. O movimento ganhou vulto e o grupo conseguiu eleger um
vereador. O Sr. João Farmacêutico, ao tomar posse, achou que bastava ter um projeto, pedir e
conseguir verbas para a realização, mas não era bem assim. Dessa forma, como João Farmacêutico
pode conseguir recursos para melhorar a qualidade da educação das crianças com deficiência?
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Atividade de Entrega

Muito bem, estudante.

Agora que você já leu todas as situações-problema, você pode


fazer o download deste arquivo para realizar a atividade de
entrega.

Caso prefira, o arquivo também se encontra no Ambiente Virtual


de Aprendizagem.
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Referências

APPLE, M. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006.

________. Política cultural e educação. São Paulo: Cortez, 2001.

AQUINO, J. et. al. Família e educação: quatro olhares. Campinas, Papirus, 2013.

________. Instantâneos da escola contemporânea. Campinas: Papirus, 2007.

ARAÚJO, U. F. Temas transversais, pedagogia de projetos e as mudanças na educação. São Paulo:


Summus, 2014. (e-book)

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2017.
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