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A Formação do Professor

e a Prática Pedagógica
Carlos Eduardo Xavier Meotte Araújo
Ø Atualmente, a prática docente não é visto de uma forma
isolada, mas de uma forma conjunta com os alunos e
demais colegas, para que haja um compartilhamento de
soluções de questões comuns para resolver tais
necessidades de sua turma, criando uma nova realidade;
Ø Para tanto, é preciso transformar a avaliação em um
instrumento de identificação de problemas de
aprendizagens do ensino educacional, servindo como ponto
de partida para o replanejamento, procurando sanar as
dificuldades dos educandos.
Ø A avaliação e as práticas pedagógicas podem ser instrumentos
que favoreçam os objetivos democráticos de igualdade na área
de Educação, sendo importante a coerência entre as duas.
Também é importante a utilização de instrumentos adequados
ao processo para se atingir melhores resultados e assim
possibilitar uma sociedade mais justa;
Ø O que ocorre, é que muitos professores não se dão conta, que
ao desenvolverem determinadas práticas pedagógicas, estão
utilizando referenciais teóricos que pdem reforçar a exclusão e
o fracasso escolar, por isso conhecer as teorias educacionais é
fundamental para buscar melhores caminhos que atendam as
necessidades dos educandos.
Formação Continuada:
realidade ou utopia?
Ø Os professores tendem a reproduzir a prática de
ensino/aprendizagem/avaliação que vivenciaram enquanto
alunos e o modelo de professor que tiveram, inclusive,
durante o curso de formação de professores, tendo essa
prática, influência do que a própria teoria a respeito;
Ø O professor é visto como principal responsável pela educação
dos alunos na escola, valorizando-se mais do que ele sabe.
Formação Continuada:
realidade ou utopia?
Ø Um dos grandes desafios da Educação hoje é reconhecer o
valor da prática dos professores como contribuição na
formação prática dos currículos, baseando-se em seus
conhecimentos, o que significa reconhecê-los como atores e
não simplesmente como executores;
Ø Essa desvalorização tem origem política, pois os professores
sempre estiveram subordinados a algum órgão de poder,
sendo visto como meros “aplicadores” que obedeciam ao
determinado.
Formação Continuada:
realidade ou utopia?
Ø A contextualização dos saberes, é a integração dos saberes
proficionais produzidos e trabalhados constantemente e
integrados á realidade de trabalho que o professor encontra,
nessa integração que eles se tornam significativos, coforme
são construídos e adquiridos;
Ø Cada professor tem a sua prática de forma única, e vai se
modificando á medida que o professor continua estudando;
Ø Nessa relação teoria e prática, ambas devem ser cinstamente
analisadas ao ponto de serem transfrmadas e transfrmadoras.
Legislação
Ø A escola também contribui para que seus professores não
deêm continuidade á sua formação, já que ocupa todo seu
tempo de trabalho com as aulas;
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996
Ø A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu artigo 61, dispõe o
seguinte:
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender
aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às
características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá
como fundamentos:
I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a
capacitação em serviço;
II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em
instituições de ensino e outras atividades.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996
Ø Os fundamentos apresentados possibilitam uma reflexão do
desempenho do professor sobre a sua prática pedagógica.
Acredita-se que é necessário conhecer e analisar o pensamento
do professor, suas teorias e crenças sobre a prática que
desenvolve para que possa compreender o modo como as suas
concepções e seus referenciais teóricos estão influenciando e
sendo influenciados por sua atuação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996
Ø Encontra-se disposto no artigo 12, incisos V, VI, VII, a seguinte
incumbência aos estabelecimentos de ensino:
Art. 12. [...]
V – promover meios para a recuperação dos alunos de menor
rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando
processos de integração da sociedade com a escola;
VII – informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o
rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua
proposta pedagógica.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação –
Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996
Ø Ao contrário do que a maioria das pessoas pode pensar, a
educação é responsabilidade de toda a sociedade e não apenas
da escola;
Ø Os pais são os modelos (físico, moral, social, verbal e visual) e,
como todos os modelos, podem ser positivos ou não. Desse
modo, a educação precisa ser coerente de ambos os lados
(família - escola) para que a crianca possa encontrar seu
equilíbrio emocional e cultural, conquistando a sua autonomia.
Ser Professor
Ø Reconhecer que o processo educativo é a base da cidadania e
tem como objetivo a formação ampla da pessoa, e não apenas
sua instrução formal, faz com que a profissão de professor ocupe
lugar de destaque em relação às demais profissões;
Ø O professor, portanto, é peça fundamental na consolidação
desses valores, embora não seja tão reconhecido, o que se pode
perceber nas condições de trabalho precárias de muitos, assim
como na remuneração existente.
Condições de Aprendizagem
Ø Além da valorização do professor, outros fatores são importantes para
o desempenho do professor, tais como:
• Interação professor-aluno – é muito importante o entrosamento entre o
professor e seus alunos. Quando isso é conseguido, o diálogo entre
eles flui naturalmente.
• Programas de ensino – é por meio dos programas que o professor
consegue transmitir a seus alunos os conhecimentos relativos a sua
disciplina.
• Método – o método escolhido pelo professor para apresentar sua
disciplina.
• Capacidade didática – a facilidade em transmitir os conteúdos também
é importante.
Condições de Aprendizagem
• Conhecimento das técnicas de avaliação – ainda há um grande
número de professores, principalmente do Ensino Fundamental,
que desconhece quase totalmente as técnicas de avaliação, pois
baseiam-se apenas em provas mensais ou bimestrais, não
levando em consideração outros aspectos, tais como:
comportamento em sala de aula, participação nas atividades
educativas, capacidade de atenção e de compreensão,
criatividade, interesse, entre outros.
Condições de Aprendizagem
Ø Assim, percebemos que o professor deve ter em mente
os objetivos propostos para cada disciplina. Portanto,
sua tarefa é ensinar, visando a atingir essas metas, e
depois verificar se elas foram realmente atingidas.
Nesse sentido, o conhecimento das práticas
pedagógicas existentes é de fundamental importância
para os professores.
Tendências e práticas pedagógicas:
a mesma coisa?
Ø As práticas pedagógicas dizem respeito ao conjunto de
conhecimentos reunidos em torno de uma metodologia de ação
que é formulada a partir de princípios filosófico-educacionais de
cada época;
Ø Ao longo da História da Educação brasileira foram formulados
dois conjuntos distintos de tendências pedagógicas: as
tendências liberais e as tendências progressistas;
Tendências e práticas pedagógicas:
a mesma coisa?
Ø A tendência liberal de ensino sustenta a idéia de que a escola tem por
finalidade preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais,
de acordo com suas aptidões individuais;
Ø Pedagógica Liberal subdivide-se em três linhas de desen volvimento
pedagógico, chamadas de práticas pedagógicas: as práticas
tradicionais ( caracterizadas pela centralização do ensino na figura do
professor e pelos castigos), as práticas tecnicistas (caracterizadas pelo
uso de manuais de instrução pedagógica, muito utilizados no período
ditatorial brasileiro) e as práticas renovadas de educação (amplamente
divulgados pelo movimento escolanovista).
Tendências e práticas pedagógicas:
a mesma coisa?
Ø A tendência educacional progressista surgiu em oposição à pedagogia
liberal, tendo como seu principal objetivo os interesses da maioria da
população, partindo de uma análise crítica da sociedade capitalista. Para
a pedagogia progressista, a educação não é neutra e os problemas
educacionais são os reflexos do contexto social no qual o indivíduo está
inserido;
Ø A tendência pedagógica progressista subdivide-se também em três linhas
de desenvolvimento pedagógico (práticas pedagógicas): as práticas
libertadoras (que têm em Paulo Freire seu maior expoente), as práticas
libertárias (caracterizadas por modelos pedagógicos autogestionários) e
as práticas crítico-sociais dos conteúdos (marcadas por reflexões sobre a
realidade vigente e sua relação com os conteúdos ensinados).
Tendências e práticas pedagógicas:
a mesma coisa?
Ø Diante disso, podemos afirmar que os limites e possibilidades dos
professores se encerram num contexto que deve levar em
consideração a escola, a família e o projeto pessoal de formação
continuada de cada professor, sem perder de vista o processo
histórico que determina para cada época os modos de agir
(métodos) dos professores em sala de aula. É justamente por isso
que afirmamos a necessidade de uma formação contínua e em
serviço, para que não nos percamos diante das mudanças
ocorridas nos processos pedagógicos.
A Formação do Professor
e a Prática Pedagógica
Carlos Eduardo Xavier Meotte Araújo

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