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O que são as metodologias de ensino?

A palavra metodologia tem origem no termo que vem do latim "methodus" e


o seu significado está relacionado a forma de direcionamento dada para a
realização de um objetivo. 

Desta forma, o vocábulo se difundiu no ambiente educacional indicando o


campo onde o modo como o conhecimento é produzido é estudado.

Sendo assim, as metodologias de ensino compreendem todos os modelos


utilizados pelos educadores para que os alunos sejam capazes de se
desenvolverem e ampliarem os seus conhecimentos.

Cada instituição de ensino utiliza um método para atingir tal objetivo e cada
professor busca direcionar os alunos ao aprendizado da melhor forma
seguindo as diretrizes da escola.

Dado o contexto, é perceptível que a metodologia de ensino diz respeito aos


critérios que moldam a forma como os educadores ministram as suas aulas
e influenciam no modo como os alunos irão assimilar o conteúdo e produzir
conhecimento.

Diversos tipos de ferramentas podem ser utilizadas neste processo. Desde


as mais tradicionais como a leitura, até aquelas consideradas mais
inovadoras, como os recursos visuais, sonoros ou performáticos.

A metodologia de ensino guiará então os educadores neste processo -


podendo indicar formas de ensino e até mesmo os recursos de
aprendizagem, como dissemos. Assim, como responsável pela criança,
você será capaz de conquistar a tranquilidade a respeito do que é ensinado
ao seu filho e como o processo de ensino e aprendizagem se dá.

Ao identificar a metodologia de ensino mais adequada para o seu filho, será


possível analisar se a instituição de ensino coloca em prática a sua missão,
a sua visão e os seus valores no processo de ensino e aprendizagem dos
alunos.

Desse modo, você garantirá que a criança será educada a partir dessas
diretrizes e também que será motivada pelos princípios daquele método de
ensino na busca pelo seu desenvolvimento como aluno e como ser humano.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que é uma metodologia de
ensino, é preciso entender que inúmeros e diferentes métodos pedagógicos
podem ser aplicados. A seguir abordaremos brevemente sobre como alguns
deles funcionam. Acompanhe!
Quais são as principais metodologias de ensino?
Optar pela linha pedagógica de uma instituição de ensino é definir de que
forma o seu filho irá receber o conteúdo fundamental para o seu
aprendizado e também a forma como ele será cobrado por isso adiante -
especialmente em tempos de extrema conectividade, em que, desde cedo,
as crianças lidam com o excesso de informação e precisam desenvolver o
senso crítico para segmentá-las.

As linhas pedagógicas se distinguem de várias maneiras, as diferenças


mais evidentes estão na forma em que o conteúdo é abordado e no papel
que os professores desempenham em sala de aula. 

Para te auxiliar durante o processo de escolha da metodologia de ensino


mais adequada para o seu filho, listamos abaixo um breve panorama sobre
as principais. Confira! 
O método de ensino tradicional

A metodologia de ensino tradicional é a mais disseminada no país - e no


mundo. Consiste, basicamente, no ensino centrado na figura do professor,
em uma relação de exposição de conhecimento e cobrança é
completamente vertical.

Além das aulas expositivas, existe uma pressão por resultados mensuráveis
e há reprovação dos alunos que não obtêm desempenho suficiente a partir
desta diretriz.

O método de ensino construtivista

Ao contrário da metodologia de ensino tradicional, o método de ensino


construtivista coloca o aluno no centro do processo de aprendizagem,
fazendo com que ele desempenhe um papel ativo na busca por
conhecimento na medida em que o senso crítico é estimulado por meio de
questionamentos. 

Desta forma, cada aluno tem a oportunidade de ser protagonista do seu


próprio processo de aprendizagem e de se desenvolver no seu tempo. Além
disso, os estudantes participam da estruturação do currículo que é
flexibilizado de acordo com seus respectivos perfis. 

O método de ensino montessoriano

Este método de ensino busca garantir a autonomia máxima do aluno sobre


o processo de aprendizagem. Neste contexto, os pais e professores se
tornam apenas facilitadores do conhecimento, disponibilizando meios para
que os alunos escolham os temas de interesse para que possam ser
pesquisados e estudados.

Em relação à faixa etária, as classes são mistas, ou seja, alunos de


diferentes idades podem ter interesses de aprendizagem semelhantes. Os
principais objetivos desta metodologia de ensino é estimular a criatividade e
a independência dos alunos.  

O método de ensino waldorfiano

A metodologia de Waldorf incentiva a imaginação e a criatividade, direciona


os alunos ao pensamento autônomo e entende que o desenvolvimento e a
compreensão dos seres humanos, relacionados aos mais diferentes
âmbitos, precisam levar em conta a individualidade de cada aluno.
Esta metodologia de ensino prioriza as atividades que incentivam o pensar,
o agir e o sentir - e considera fundamental o equilíbrio entre a atividade
intelectual e a prática, entre o esforço e o descanso.

O método de ensino sócio-interacionista

Esta metodologia de ensino considera que é por meio da interação entre o


sujeito e a sociedade que o processo de aprendizagem se dá. Sendo assim,
o método de ensino sócio interacionista entende que o ser humano pode
modificar o ambiente e que o ambiente é capaz de modificar o ser humano.

No contexto escolar, o educador assume o papel de mediador para


incentivar os progressos que teriam dificuldade ou não seriam capazes de
ocorrer espontaneamente.

Os Métodos de Ensino (baseado na obra Didática,


de Jose Carlos Libâneo)[editar]
Jose Carlos Libâneo analisa em sua obra Didática, o conceito de método de ensino, assim
como, propõe indicativos para a orientação de professores. O autor apresenta métodos de
exposição pelo professor, métodos de trabalho independente, métodos de elaboração
conjunta e métodos de trabalho em grupo.
O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do professor e dos
discentes. Segundo o autor, primeiramente dependem dos objetivos imediatos da aula;
seguindo da escolha e organização dos métodos de conteúdos específicos e terceiro o
conhecimento das características dos alunos. Portanto, diagnosticando o processo
formativo trazido para o novo campo de estudo. Em função dos métodos de ensino estar
obrigatoriamente vinculados aos objetivos gerais e específicos, as decisões de selecioná-
los para utilização didática, depende de uma metodologia mais ampla do processo
educativo, portanto, veremos a seguir os princípios e diretrizes, métodos e procedimentos
organizativos:

 'Conceito de método de ensino'


São as ações do professor no sentido de organizar as atividades de ensino, a fim de que
os alunos possam atingir os objetivos em relação a um conteúdo específico, tendo como
resultado a assimilação dos conhecimentos e o desenvolvimento das capacidades
cognitivas e operativas dos alunos.

 'A relação objetivo-conteúdo-método'


Essa relação tem como característica a interdependência. Da mesma forma que o método
é determinado pela relação objetivo-conteúdo, pode também influir na determinação de
objetivos e conteúdos, ou seja, os métodos na proporção que são utilizados para a
transmissão e assimilação de determinadas matérias, atuam na seleção de objetivos e
conteúdos.
 'Os princípios básicos do ensino'
Apesar de os estudos que vêm sendo desenvolvidos por educadores sobre esses
assuntos ainda serem insuficientes, as exigências práticas requerem certos indicativos
para orientação dos professores em relação aos objetivos do ensino.

 'Ter caráter científico e sistemático'


O professor deve buscar a explicação científica de cada conteúdo e orientar o aluno para o
estudo independente que utilize os métodos científicos da matéria.

 'Ser compreensível e possível de ser assimilado'


A combinação desse princípio com o caráter científico e sistemático compatibiliza as
condições prévias para assimilação de novos conteúdos pelos alunos. O professor deve
dosar o grau de dificuldade, a fim de superar a contradição entre as condições prévias e os
objetivos. Periodicamente fazer um diagnóstico do nível de conhecimento e
desenvolvimento dos alunos, analisando sistematicamente a correspondência entre o
volume de conhecimento e as condições do grupo de alunos, obtendo aprimoramento e,
principalmente, atualização dos conteúdos da matéria que leciona, tornando-a, dessa
forma, compreensíveis e assimiláveis pelos alunos.

 'Assegurar a relação conhecimento-prática'


A principal característica dessa relação é o estabelecimento de vínculos entre os
conteúdos que são ministrados pelos professores com a real aplicabilidade prática do
conhecimento adquirido pelo aluno, ou seja, deve-se mostrar aos alunos que os
conhecimentos são resultados de experiências de gerações anteriores que visavam
atender a uma necessidade prática.

 'Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem'


Os métodos de ensino utilizados pelo professor devem ser claros e estimular os alunos à
atividade mental, melhor dizendo, o método de ensino deve fazer com que o aluno utilize
suas habilidades para construir o conhecimento e não simplesmente "Aprender fazendo".
O professor deve esclarecer sobre os objetivos da aula e sobre a importância dos novos
conhecimentos na seqüência dos estudos, ou para atender a necessidades futuras.

 'Garantir a solidez dos conhecimentos'


A principal exigência para o professor atender a esse princípio é a utilização com
freqüência da recapitulação da matéria, da aplicação de exercícios de fixação e para
alunos que apresentem dificuldades e sistematização dos conceitos básicos da matéria, a
aplicação de tarefas individualizadas.

 'Levar à vinculação trabalho coletivo - particularidades individuais'


O professor, sem deixar de atentar para as características individuais de seus alunos, deve
empenhar-se e organizar-se para atender o interesse coletivo.

Método de exposição pelo professor[editar]


Nesse método, a atividade dos alunos é receptiva, embora, não necessariamente passiva,
cabendo ao professor a apresentação dos conhecimentos e habilidades, que podem ser
expostos das seguintes formas:
• Exposição verbal - como não há relação direta do aluno com o material de estudo, o
professor explica o assunto de modo sistematizado, estimulando nos alunos motivação
para o assunto em questão.
• Demonstração – o professor utiliza instrumentos que possam representar fenômenos e
processos, que podem ser, por exemplo: visitas técnicas, projeção de slides.
• Ilustração - são utilizadas pelo professor, tal como na demonstração, a apresentação de
gráficos, seqüências históricas, mapas, gravuras, de forma que os alunos desenvolvam
sua capacidade de concentração e de observação.
• Exemplificação - nesse processo, o professor faz uma leitura em voz alta, quando
escreve ou fala uma palavra, para que o aluno observe e depois repita.
A finalidade é ensinar ao aluno o modo correto de realizar uma tarefa.

Método de trabalho independente[editar]


Esse método consiste na aplicação de tarefas para serem resolvidas de forma
independente pelos alunos, porém dirigidas e orientadas pelo professor. A maior
importância do trabalho independente é a atividade mental dos alunos, para que isso
ocorra de forma adequada é necessário que: as tarefas sejam claras, compreensíveis e à
altura dos conhecimentos e da capacidade de raciocínio dos alunos, tendo o professor que
assegurar condições para que o trabalho seja realizado e acompanhar de perto a sua
realização.

Método de elaboração conjunta[editar]


A forma mais típica desse método é a conversação didática, onde o professor através dos
conhecimentos e experiências que possui, leva os alunos a se aproximar gradativamente
da organização lógica dos conhecimentos e a dominar métodos de elaboração das idéias
independentes.
A forma mais usual de aplicação da conversação didática é a pergunta, tanto do professor
quanto dos alunos. Para que o método tenha validade e aplicabilidade é necessário que a
preparação da pergunta seja feita com bastante cuidado, para que seja compreendida pelo
aluno. Por isso, esse método é reconhecido como um excelente procedimento para
promover a assimilação ativa dos conteúdos, suscitando a atividade mental, através da
obtenção de respostas pensadas sobre a causa de determinados fenômenos, avaliação
crítica de uma situação, busca de novos caminhos para soluções de problemas.

= Conteúdo do cabeçalho[editar]
Quando se aplica
°quando os alunos como cientista Bento Muchecua fernando não tem bases suficiente de
pre requisito ]]'

Método de trabalho em grupo[editar]


Esse método consiste, basicamente, em distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a
grupos fixos ou variáveis, compostos de três a cinco alunos, e que para serem bem
sucedidos é fundamental que haja uma ligação orgânica entre a fase de preparação, a
organização dos conteúdos (planejamento) e a comunicação dos seus resultados para a
turma.
Entre as várias formas de organização de grupos, destacamos as seguintes:
• Debate - consiste em indicar alguns alunos para discutir um tema polêmico perante a
turma.
• Philips 66 - para se conhecer de forma rápida o nível de conhecimento de uma classe
sobre um determinado tema, o professor organiza seis grupos de seis alunos que
discutirão a questão em poucos minutos (seis minutos) para apresentarem suas
conclusões. Pode ser organizado também em cinco grupos de cinco alunos, ou ainda em
dupla de alunos.
• Tempestade Mental - esse método é utilizado de forma a ser dado um tema, os alunos
dizem o que lhes vem à cabeça, sem preocupação com censura. As idéias são anotadas
no quadro-negro e finalmente só é selecionado o que for relevante para o prosseguimento
da aula.
• Seminário - Um aluno ou um grupo de alunos prepara um tema para apresentá-lo à
classe.

Breve historial
A Psicopedagogia surgiu na Europa, após serem encontrados problemas de
aprendizagem e a necessidade de justificar as desigualdades sociais.
Segundo Bossa (2007), ao longo do Século XIX surgiram teorias relacionadas
à ciência e a teoria evolucionista de Charles Darwin que enquadrou o
homem dentro do esquema da evolução biológica e aboliu as linhas
divisórias das ciências naturais, humanas e sociais. Concomitante a isto, o
corpo humano passou a ser estudado pela Psicologia e as escolas
começaram a aplicar testes buscando descobrir o motivo das diferenças
encontradas no rendimento de seus alunos.

Janine Mery, psicopedagoga francesa, apresentou considerações sobre o


termo psicopedagogia e adotou este termo para caracterizar sua ação
terapêutica. Depois dela, outros estudiosos se dedicaram as crianças com
dificuldades de aprendizagem, tais como: George Mauco, Pestalozzi,
Pereire, Itard e Seguin. (Bossa, 2007).

Em 1946 surgiram os primeiros Centros Psicopedagógicos. Conforme Mery


apud Bossa (2007), J. Boutonier e George Mauco foram os criadores e
através destes centros buscavam unir a psicologia, psicanálise e pedagogia
para a realização dos tratamentos.

Nos Estados Unidos, ocorria o mesmo movimento, porém com ênfase nos
aspectos médicos. No Século XX surgem, então, os primeiros centros de
reeducação para delinquentes e escolas particulares que atendiam as
crianças com “aprendizagem mais lenta”. Além destes, em 1930, surgem na
França os primeiros centros de orientação educacional com psicólogos,
educadores e assistentes sociais (MERY apud BOSSA, 2007). Somente 1956
é que se dá início a formação universitária em Psicopedagogia, na Argentina
com Arminda Aberastury. Para então surgirem, na década de 70, os Centros
de Saúde Mentas onde Psicopedagogos realizavam diagnóstico e
tratamento.

A Psicopedagogia chega no Brasil somente neste período (1970), através da


influência da Argentina devido ao acesso fácil à literatura. São criados então
cursos com enfoque Psicopedagógico. No início da década de 80, é criada a
Escola de Guatemala, com uma visão sociopolítica a respeito da dificuldade
de aprendizagem escolar, em que se acreditava em problemas no processo
de ensino. Sendo assim, iniciando um trabalho preventivo. Além disto, no
mesmo período surgem cursos de especialização nesta área.

A história da Psicopedagogia ainda está desenvolvimento, os cursos de


especialização estão se aprimorando. Segundo Bossa (2007), a
psicopedagogia é ainda uma área de profissão ainda não registrada
legalmente, sendo uma forma especifica de atuação. Sendo assim, a
psicopedagogia surge com o compromisso de processo de aprendizagem e
identificação de facilitadores e comprometedores do processo de
aprendizagem.

A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
Introdução

A aprendizagem é o processo através do qual a criança se apropria activamente


do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo social conhece.
Para que a criança aprenda, ela necessitará interagir com outros seres humanos,
especialmente com os adultos e com outras crianças mais experientes. Nas
inúmeras interações em que envolve desde o nascimento, a criança vai
gradativamente ampliando suas formas de lidar com o mundo e vai construindo
significados para as suas ações e para as experiências que vivem. Com o uso da
linguagem, esses significados ganham maior abrangência, dando origem a
conceitos, ou seja, significados partilhados por grande parte do grupo social. A
linguagem, além disso. Irá integrar-se ao pensamento, formando uma importante
base sobre a qual se desenvolverá o funcionamento intelectual. O pensamento
pode ser entendido, desta forma, como um diálogo interiorizado.

Objetos e conceitos existem, inicialmente, sob a forma de eventos externos aos


indivíduos. Para se apropriar desses objetos e conceitos é preciso que a criança
identifique as características, propriedades, e finalidades dos mesmos. A
apropriação pressupõe, portanto, gradativa interiorização. Através desse
processo, é possível aprender o significado da própria atividade humana, que se
encontra sintetizada em objetos e conceitos. Assim, ao se analisar uma mesa,
pode-se notar que ela resume, em si, anos de trabalho e tecnologia: é preciso
maquinário apropriado para lixar a madeira, instrumentos como o martelo e
chaves de fenda para monta-la, apetrechos para refina-la, como lixa e verniz.
Entender o que se significa uma mesa implica conhecer as suas principais
características e finalidades – mesa para jogar, comer, estudar etc -,
compreendendo o quanto de esforço foi necessário para concebe-la e realiza-la.

A Psicologia da Aprendizagem estuda o complexo processo pelo qual as formas


de pensar e os conhecimentos existentes numa sociedade são apropriados pela
criança. Para que se possa entender esse processo é necessário reconhecer a
natureza social da aprendizagem. Como já foi dito, as operações cognitivas
(aquelas envolvidas no processo de conhecer) são sempre ativamente construídas
na interação com outros indivíduos.

Em geral, o adulto ou a criança mais experiente fornece ajuda direta à criança,


orientando-a e mostrando-lhe como proceder através de gestos e instruções
verbais, em situações interativas. Na interação adulto-criança, gradativamente, a
fala social trazida pelo adulto vai sendo incorporada pela criança e o seu
comportamento passa a ser, então, orientado por uma fala interna, que planeja a
sua ação.Nesse momento, a fala está fundida com o pensamento da criança, está
integrada às suas operações intelectuais.

Reconhece-se, dessa maneira, que as pessoas, em especial as crianças, aprendem


através de ações partilhadas mediadas pela linguagem e pela instrução. A
interação entre adultos e crianças, e entre crianças, portanto, é fundamental na
aprendizagem. A Psicologia da Aprendizagem, aplicada à educação e ao ensino,
busca mostrar como, através da interação entre professor e alunos, é possível a
aquisição do saber e da cultura acumulados.

O papel do professor nesse processo é fundamental. Ele procura estruturar


condições para ocorrência de interações professor-alunos-objeto de estudo, que
levem à apropriação do conhecimento. De maneira geral, portanto, essa visão de
aprendizagem reconhece tanto a natureza social da aquisição do conhecimento
como o papel preponderante que nela tem o adulto. Estas considerações, em
conjunto, têm sérias implicações para a educação: procede-se, na aprendizagem,
do social para o individual, através de sucessivos estágios de internalização, com
o auxílio de adultos ou de companheiros mais experientes.

A importância da psicologia da aprendizagem


para a pedagogia

Partindo do geral percebemos que a importância da psicologia na educação


possibilita a criança a apreender, planejar, direcionar e avaliar as suas ações. Ao
longo desse processo, ela comete alguns erros, reflete sobre eles e enfrenta a
possibilidade de corrigi-los. Experimentam alegrias, tristezas, períodos de
ansiedade e de calma.Trata de buscar consolo em seus semelhantes. Não
concebe a vida em isolamento. Tal entendimento fundamenta e justifica a
preocupação em pensar e promover o repensar das práticas pedagógicas
instituídas, como sendo uma condição necessária para que essas práticas se
façam de um modo mais ético, mais eficaz e eficiente, cumprindo assim a função
de socialização.
A importância da psicologia no processo ensino-aprendizagem reside no
reconhecimento de que a educação é um fenômeno verdadeiramente complexo e
o seu impacto no desenvolvimento humano obriga que se considere a globalidade
e a diversidade das práticas educativas em que o ser humano se encontra imerso,
isto porque a educação se desdobra em múltiplos contextos nos quais as pessoas
vivem e participam definidos como âmbitos educativos.Assim a psicologia da
aprendizagem, aplica à educação e ao ensino, busca mostrar como, através da
interação entre professor e alunos, entre os alunos, é possível a aquisição do
saber e da cultura acumulados.
O papel do professor nesse processo é fundamental. Ele procura estruturar
condições para a ocorrência de interações professor-alunos-objeto de estudo, que
levam à apropriação do conhecimento. De maneira geral, portanto, essa visão de
aprendizagem reconhece tanto a natureza social da aquisição do conhecimento
como o papel preponderante que nela tem o adulto.

O psicopedagogo no contexto escolar e o


processo de aprendizagem, qual a relação?
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Taiane Aparecida Ribeiro Nepomoceno
Mestre em Ciências Ambientais (Unioeste), licenciada em Biologia (Faculdade Assis
Gurgacz), pedagoga (Universidade Paranaense) e formada em Língua Portuguesa
(Instituto Superior de Educação Elvira Dayrell)

O presente trabalho tem como tema o papel do psicopedagogo frente aos


problemas de aprendizagem existentes no sistema escolar, principalmente no
que  trata dos aspectos relacionados ao trabalho de entender o aluno em suas
múltiplas dimensões e na oferta de meios e estratégias necessárias para superar
os impasses do fracasso escolar.

Quando se pensa em processo de ensino-aprendizagem na perspectiva da


educação brasileira atual, pressupõe-se que muitas são as dificuldades
enfrentadas cotidianamente em sala de aula. Por este motivo, emerge a
inquietação de investigar a relação entre a Psicopedagogia no contexto escolar
e o papel do profissional diante dos problemas de aprendizagem.

Dentro dessa perspectiva, a “Psicopedagogia é um campo de atuação em


Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o
sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando
procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos”
(ABPP, 2011, p.1) , voltados para a resolução de problemas do processo
educativo.
A atividade psicopedagógica tem como objetivos promover a aprendizagem, de
forma a colaborar com a inclusão social e escolar; entender e oferecer novas
ações ante os problemas de aprendizagem; desenvolver estudos científicos no
campo da Psicopedagogia e intermediar embates concernentes ao processo de
ensino-aprendizagem (ABPP, 2011) em diversos níveis e modalidades da
educação.

Dentro dessa perspectiva, este artigo tem como principal objetivo discutir e
apresentar o papel do psicopedagogo em suas áreas de atuação, especialmente
no contexto escolar.

Para atingir os objetivos deste estudo, utilizou-se como metodologia o


levantamento bibliográfico, realizado a partir da análise detalhada de materiais
já publicados na literatura, livros e artigos científicos. O texto final segue as
ideias e concepções de autores como Oliveira (2014), Anjos e Dias (2015), Claro
(2018), dentre outros.

Trajetória histórica e conceituação da Psicopedagogia


A Psicopedagogia surgiu na Europa, no século XIX; recebeu inicialmente uma
conotação nitidamente patologizante, pois buscava naquela época entender as
influências de origem orgânica, responsáveis pelo insucesso escolar. Já no
século XX, ela recebeu enfoque curativo, o qual era caracterizado pela ação
terapêutica no tratamento de crianças com problemas de aprendizagem (Bossa,
2011).

Ainda segundo o autor citado no parágrafo anterior, os primeiros centros


psicopedagógicos foram criados em 1946, e tinham direção médica e
pedagógica. Esses centros buscavam tratar comportamentos sociais
inadequados. No entanto, em 1948, a pedagogia curativa recebeu uma nova
reorientação e passou a ser entendida como uma terapia voltada para a
readaptação escolar de alunos que, apesar de inteligentes, apresentavam
resultados escolares insatisfatórios. 

A partir de então, a Psicopedagogia foi se desenvolvendo em vários países. Na


década de 1970, na Argentina, aconteceu um marco importante para o modo
de abordagem da atual Psicopedagogia, que, de unicamente reeducativa,
passou também para clínica (Silva, 2012).

Nessa mesma época, no Brasil, ela também passa a ser difundida. E assim como
na Europa e na Argentina, segundo Bossa (2011), os problemas de
aprendizagem eram entendidos como ocasionados por fatores orgânicos; a
partir disso, os problemas de aprendizagem passaram a ser entendidos como
uma disfunção neurológica, conhecida como disfunção cerebral mínima (DCM).
É somente no início dos anos 80 que começaram a surgir novas especulações
sobre o fracasso escolar; então, os problemas de aprendizagem passaram a ser
entendidos como resultados das falhas no processo de ensino (BOSSA, 2011).
Nessa mesma época, começavam a surgir os primeiros cursos livres voltados
para a área da Psicopedagogia no Brasil, mas somente nos anos 90 é que os
cursos de especialização lato sensu em Psicopedagogia se difundiram em
diversos estados.

Dentro dessa perspectiva, a Psicopedagogia hoje no Brasil é conhecida como


uma área interdisciplinar, em que se dá grande ênfase para a aprendizagem e
seus processos. Segundo Bossa (2011), ela abrange diversos campos, como
psicologia, pedagogia, epistemologia, fonoaudiologia, psicanálise, neurociência,
medicina, entre outros.

De modo geral, a Psicopedagogia é definida como uma área do conhecimento,


de pesquisa e atuação que trabalha com os processos de aprendizagem
humana na perspectiva da inclusão e da diversidade, objetivando apoio para
todos os envolvidos neste processo (ABPP, 2019). Mas, por se tratar de um
campo amplo e emergente, ela não possui uma única definição. Assim, também
é entendida como uma ciência que

propõe-se a buscar uma resposta para os conflitos na aprendizagem com


técnicas de trabalho que podem ser desenvolvidas de maneira individual ou em
grupo, para assim resgatar a vontade de aprender, de modo a observar quais
fatores, possivelmente, podem contribuir ou não para o processo de ensino-
aprendizagem (Anjos; Dias, 2015, p. 2).

Nesse sentido, ela surgiu com a intenção de intermediar os problemas de


aprendizado, individuais ou coletivos. Assim, a Psicopedagogia implica
diretamente o ato de ensinar-aprender; no entanto, ela considera outros fatores
que podem interferir neste processo, assim como fatores psicomotores,
ambientais e familiares, ou seja, ela analisa “a construção do conhecimento em
toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos
cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos” (Bossa, 2011, p. 21).

Dentro desse contexto, na perspectiva da educação brasileira, a Psicopedagogia


emerge como elemento essencial para auxiliar na criação de medidas e ações
voltadas para a melhoria da prática pedagógica no ensino formal. Segundo
Bossa (2011), o campo de ação da Psicopedagogia pretende desconstruir o
fracasso escolar, por meio da análise e entendimento das dificuldades
apresentadas pelos indivíduos no processo de construção do seu conhecimento
e de efetivação da aprendizagem significativa.

As áreas de atuação e o papel do psicopedagogo


A Psicopedagogia pode abranger diferentes cenários. Nesse sentido, segundo o
§ 2º do Código de Ética da Psicopedagogia (2011, p. 1), “a intervenção
psicopedagógica na Educação e na Saúde se dá em diferentes âmbitos da
aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre o institucional e o
clínico”.

Assim, nota-se que o psicopedagogo pode atuar nessas duas áreas, oferecendo
atendimento em clínicas e também no contexto institucional, como em escolas
e empresas. Conforme Bossa (2011) na perspectiva clínica, o atendimento é
voltado à terapia e visa a recuperação; nesse caso, o atendimento é feito em
consultórios, enquanto no campo institucional, ela tem enfoque preventivo e
seu objetivo consiste em facilitar a construção do conhecimento.

De modo mais específico, na Psicopedagogia clínica, o trabalho está voltado


para o sujeito, o processo de aprendizagem e sua história pessoal, ou seja:

A Psicopedagogia clínica procura compreender de forma global e integrada os


processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos
que interferem na aprendizagem, a fim de possibilitar situações que resgatem o
prazer de aprender em sua totalidade, incluindo a promoção da integração
entre pais, professores, orientadores educacionais e demais especialistas que
transitam o universo educacional do aluno (Bossa, 2011, p. 67).

Com base nisso, percebe-se que o foco da Psicopedagogia está sempre voltado
para a aprendizagem. No caso da clínica, ela dá enfoque para o diagnóstico dos
problemas relacionados com o processo de aprendizagem.

Na perspectiva da Psicopedagogia institucional, especialmente no ambiente


escolar, ela pretende “auxiliar professores, coordenadores pedagógicos e
gestores a refletir sobre o papel da educação diante das dificuldades de
aprendizagem” (Claro, 2018, p. 88). 

No âmbito escolar, o papel do psicopedagogo é o de desenvolver um amplo


trabalho na prevenção de obstáculos de aprendizagem. Portanto, o profissional
deve pensar, desenvolver e aplicar ações que:

 Fomentem interações interpessoais; ·Incentive os sujeitos da ação


educativa a atuarem considerando integradamente as bagagens
intelectual e moral;
 Estimulem a postura transformadora de toda a comunidade educativa
para, de fato, inovar a prática escolar; contextualizando-a;
 Enfatizem o essencial: conceitos e conteúdos estruturantes, com
significado relevante, de acordo com a demanda em questão;·
 Orientem e interajam com o corpo docente no sentido de desenvolver
mais o raciocínio do aluno, ajudando-o a aprender a pensar e a
estabelecer relações entre os diversos conteúdos trabalhados;
 Reforcem a parceria entre escola e família;
 Lancem as bases para a orientação do aluno na construção de seu
projeto de vida, com clareza de raciocínio e equilíbrio; ·
 Incentivem a implementação de projetos que estimulem a autonomia de
professores e alunos;
 Atuem junto ao corpo docente para que se conscientize de sua posição
de “eterno aprendiz”, de sua importância e envolvimento no processo de
aprendizagem, com ênfase na avaliação do aluno, evitando mecanismos
menores de seleção, que dirigem apenas ao vestibular e não à vida (Di
Santo, 2007, p. 2).

Portanto, o psicopedagogo no contexto escolar tem o papel de auxiliar na


formação do aluno para o seu sucesso escolar e também para a vida, por meio
de métodos e técnicas capazes de reduzir os índices de fracasso escolar e
solucionar problemas do processo educativo. Nesse contexto, a ação
psicopedagógica consiste na interpretação “do processo de aprendizagem, bem
como da aplicabilidade de conceitos teóricos que lhe deem novos contornos e
significados, gerando práticas mais consistentes, que respeitem a singularidade
de cada um” (Nogaro et al., 2014, p. 169). E este trabalho deve sempre estar
atrelado à ação da comunidade e equipe escolar.

Mas, para além dos muros da escola, o psicopedagogo também pode atuar em
hospitais, empresas e organizações assistenciais. Na perspectiva hospitalar, o
profissional irá atuar no desenvolvimento da aprendizagem, da criatividade e na
resolução de problemas de ordem emocional, cognitiva e motivacional, por
meio do lúdico e de oficinas psicopedagógicas (Claro, 2018).

Sobre o papel do psicopedagogo no contexto empresarial, Saito (2010, p. 43)


relata:

auxiliará as organizações no processo de reflexão sobre si, sobre sua prática e


como articulá-las a fim de ampliar as possibilidades de desenvolvimento de
competências que levem a resultados significativos, inovadores e criativos, além
de atuar sobre as relações entre a corporação e seus membros e dos indivíduos
entre si, buscando estabelecer vínculos positivos que ajudem a promover a
transformação.

Nesse sentido, o psicopedagogo empresarial colabora com o desenvolvimento


e crescimento dos colaboradores da empresa, e isso pode gerar resultados
positivos para a companhia.
Dentro do contexto de atuação do psicopedagogo, nas organizações
assistenciais e não governamentais (ONGs), o profissional da Psicopedagogia
geralmente desenvolve e trabalha com ações que objetivam o resgate da
cidadania das pessoas (Claro, 2018). E isso pode fortalecer a atuação efetiva dos
indivíduos na sociedade.

No entanto, para atuar em todas essas vertentes, o profissional deve ter


recebido instrução adequada. Conforme o Capítulo II, Art. 5º do Código de Ética
da Psicopedagogia,

a formação do psicopedagogo se dá em curso de graduação e/ou em curso de


pós-graduação – especialização lato sensu em Psicopedagogia –, ministrados
em estabelecimentos de ensino devidamente reconhecidos e autorizados por
órgãos competentes, de acordo com a legislação em vigor (ABPP, 2011, p. 2).

E, além dessas obrigatoriedades de formação acadêmica, o psicopedagogo


também tem alguns deveres a serem seguidos fielmente ao longo do exercício
de sua prática, devendo:

a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que


tratem da aprendizagem humana; b) desenvolver e manter relações
profissionais pautadas pelo respeito, pela atitude crítica e pela cooperação com
outros profissionais; c) assumir as responsabilidades para as quais esteja
preparado e nos parâmetros da competência psicopedagógica; d) colaborar
com o progresso da Psicopedagogia; e) responsabilizar-se pelas intervenções
feitas, fornecer definição clara do seu parecer ao cliente e/ou aos seus
responsáveis por meio de documento pertinente; f) preservar a identidade do
cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
g) manter o respeito e a dignidade na relação profissional para a harmonia da
classe e a manutenção do conceito público (ABPP, 2011, p. 3)

Com base em todo esse apanhado, verifica-se que o psicopedagogo tem uma
vasta área de atuação, tendo papel fundamental nos processos de
aprendizagem e crescimento humano.

A Psicopedagogia escolar e o processo de aprendizagem


Um dos campos mais difundidos da Psicopedagogia atualmente é o escolar. Na
Psicopedagogia escolar, o profissional pode atuar como assessor ou também
pode ser contratado pela instituição. Mas, como a Psicopedagogia no Brasil
ainda não é uma profissão regulamentada, a contratação está relacionada à
graduação. Nesse sentido, um pedagogo especialista em Psicopedagogia
exercerá a função de pedagogo, no entanto, com uma percepção
psicopedagógica. Ele pode atuar sem ter vínculo de emprego com a instituição,
como assessor, para mediar aspectos que estejam acometendo o processo de
aprendizagem da escola contratante (Oliveira, 2014).

A Psicopedagogia no contexto escolar busca investigar, estudar e desenvolver


formas que subsidiarão as dificuldades de aprendizagem do ser humano,
coletando o máximo de informações relacionadas ao processo e ao indivíduo
avaliado. Com esta coleta de informações, busca-se identificar aspectos
positivos, capacidades e potencialidade do aluno, conforme afirma Nascimento:

a Psicopedagogia estuda os processos de aprendizagem, ou seja, os


mecanismos do aprender e do não aprender, aquilo que interfere, as
dificuldades e transtornos de aprendizagem. A Psicopedagogia Institucional se
propõe a analisar a instituição educacional como um todo, sujeitos que a
compõe, metodologias de trabalho, currículo, a fim de auxiliar no sucesso
educacional (Nascimento, 2013, p. 3).

De modo genérico, pode-se dizer que a Psicopedagogia no âmbito da


instituição escolar pretende fazer um diagnóstico geral da instituição, de modo
a confrontá-lo com os resultados do processo de ensino-aprendizagem. E, para
que isso seja possível, conforme Oliveira (2014), o psicopedagogo ocupa-se da
atuação, entendimento e avaliação da aprendizagem em um processo
complexo, caracterizado por múltiplas formas de relação humana, individuais e
grupais.

Dentro dessa perspectiva, o psicopedagogo não busca atender apenas os


alunos com dificuldades de aprendizagem, mas também tem a intenção de
oferecer suporte pedagógico aos profissionais da escola. Nesse sentido,
segundo Claro (2018), a atuação psicopedagógica no contexto escolar possui
duas vertentes, a primeira delas está voltada para o aluno e tem o objetivo de
integrá-lo novamente à aprendizagem, conforme os objetivos da educação
formal. Já o segundo tipo de trabalho está relacionado com a ação conjunta
entre pedagogos, professores e orientadores, tem como objetivo detectar os
entraves que prejudicam o processo de ensino-aprendizagem e ajudar o
professor na adoção de estratégias apropriadas, que facilitem o aprendizado e o
desenvolvimento dos alunos.

Assim, o principal objetivo do trabalho do psicopedagogo na instituição escolar


é o de contribuir com o crescimento dos alunos; mas antes de tudo, as
reorientações sugeridas devem ir ao encontro dos interesses, possibilidades e
capacidades de cada aluno. Com relação a isso, Pontes (2010) cita que a
atuação psicopedagógica requer a postura do ouvir, do falar, do propor e do
readequar. As intervenções psicopedagógicas precisam estar fundamentadas,
regadas de saber e de criatividade, para que se tenham resultados satisfatórios
quanto ao processo de aprendizagem. 
A Psicopedagogia na escola assume papel essencial na melhoria do ensino;
portanto, o psicopedagogo é aquele que auxilia no aprimoramento dos
processos, no fortalecimento da autoestima do aluno e no resgate da
aprendizagem. Assim,

deve ser parceiro do professor, entrar na classe, construir junto com ele,
detectar os nichos das crianças rejeitadas, das crianças atentas, das desatentas,
das que faltam e tantos outros problemas apresentados em sala de aula. A
partir disso, construir um perfil da classe e conhecer a dinâmica do que
acontece naquele lugar específico de ensino e aprendizagem. Conhecer para
intervir com competência (Sousa, 2013, p. 8).

Para que o profissional possa intervir com competência no espaço escolar,


precisa também considerar alguns indicadores, que são fundamentais para a
melhoria dos processos. Nesse sentido, o psicopedagogo deve planejar seu
trabalho de forma a contribuir para:

 melhorar o processo de ensino e a qualidade da aprendizagem, com


base em uma visão ética e social;
 promover a aprendizagem cooperativa, em que cada aluno possa atingir
seus objetivos de forma colaborativa, tendo a integração, o grupo, o
trabalho em equipe como pressuposto para essa aprendizagem;
 promover a cooperação entre escola e a família com base nos projetos
educativos específicos;
 colaborar com a formação do professor;
 participar de equipes multidisciplinares, compartilhando ideias,
procedimentos e materiais didáticos (Oliveira, 2014, p. 41).

Assim, a Psicopedagogia se mostra como elemento essencial dentro do sistema


escolar, pois, além do trabalho integrado entre os profissionais, ela propõe o
desenvolvimento das capacidades dos alunos, oferecendo-lhes condições para
conviver, produzir e se desenvolver com segurança e competência (Silva, 2012).
Desse modo, a Psicopedagogia coaduna-se com o desenvolvimento do aluno,
mas também com o progresso da educação no geral, oferecendo condições de
acesso e permanência para todos.

Considerações finais
Diante do apresentado, concluiu-se que a atuação do psicopedagogo nos mais
diversos contextos é um dos componentes essenciais para o sucesso do
processo de ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento do ser humano.
Sem que haja um trabalho psicopedagógico de competência e articulado, não
há aprendizagem de qualidade.
O psicopedagogo, enquanto agente que conhece, avalia e gera diagnósticos
dos processos de aprendizagem dentro da escola, torna-se um agente essencial
na resolução dos problemas, cabendo a este, até mesmo, indicar meios para a
concretização efetiva do aprendizado de todos os alunos. Além disso, seu
trabalho deve acontecer de forma integrada à família, aos professores e alunos,
assim, ele conseguirá identificar com mais facilidade os fatores que influenciam
e interferem no processo de aprendizagem.  

Desse modo, constatou-se que o psicopedagogo, em seu trabalho de


interventor e articulador, deve interpretar e analisar os impasses do contexto
escolar em todas as suas faces, mas preocupando-se sobremaneira com o
atendimento das necessidades de aprendizagem e desenvolvimento das
competências e habilidades individuais.

Nesse ínterim, cabe ao psicopedagogo escolar trabalhar com a finalidade de


eliminar os obstáculos presentes entre o aluno e o conhecimento,
principalmente, criando estratégias em conjunto com os demais profissionais,
que propiciem ao aluno vivenciar diferentes práticas educativas. Todos os
apontamentos a serem realizados na perspectiva psicopedagógica devem estar
alicerçados na reconstrução do pensamento crítico, na equidade e na inclusão,
onde o respeito seja uma constante no ato educativo.

Referências
ABPP. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Diretrizes da formação de
psicopedagogos no Brasil. 2019. Disponível em:
http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_diretrizes_formacao.html.
Acesso em: 1 mar. 2020. 

______. Código de Ética da Psicopedagogia. 2011. Disponível em:


http://www.abpp.com.br/wp-content/Código-de-Ética-última-revisão-
Simpósio.pdf. Acesso em: 4 mar. 2020.

ANJOS, E. K. O; DIAS, J. R. A. Psicopedagogia: sua história, origem e campo de


atuação. Revista Revela, v. 8, nº 18, p. 1-12, 2015.

BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 4ª ed.


Rio de Janeiro: Wak, 2011.

CLARO, G. R. Fundamentos da Psicopedagogia. Curitiba: InterSaberes, 2018.

DI SANTO, J. M. R. A ação psicopedagógica e a transformação da realidade


escolar. São Paulo: Unisal, 2007.
NASCIMENTO, K. A. O. O trabalho do psicopedagogo institucional: experiência
em uma escola de Teresina/PI. In: V FÓRUM INTERNACIONAL DE PEDAGOGIA,
5., 2013. Santa Maria. Anais... Santa Maria: UFSM, 2013. p. 1-11.

NOGARO, A. et al. Pensando a aprendizagem na perspectiva da Psicopedagogia


institucional. In: JORNADAS TRANSANDINAS DE APRENDIZAJE, 15., 2014. La
Plata. Anais... La Plata: Transandinas, 2014. p.166-175.

OLIVEIRA, M. Â. C. Psicopedagogia: a instituição educacional em foco. Curitiba:


InterSaberes, 2014. 

PONTES, I. A. M. Atuação psicopedagógica no contexto escolar: manipulação,


não; contribuição, sim. Revista Psicopedagogia, v. 27, nº 84, p. 417-427, 2010.

SAITO, L. M. Psicopedagogia empresarial como agente de


transformação. Unopar Científica: Ciências Humanas e Educação, v. 11, nº 1, p.
39-46, 2010.

SILVA, K. C. Introdução à Psicopedagogia. Curitiba: InterSaberes, 2012.

SOUSA, L. B. Psicopedagogia e escola: elementos do ontem e reflexões sobre o


hoje. Entretextos, v. 1, nº 48, p. 2-24, 2013.

RESUMO
O objetivo do artigo foi evidenciar, através de pesquisa bibliográfica, a
importância do papel da Psicopedagogia na Escola. A psicopedagogia
mergulha em questões sobre as deficiências de aprender e propõe
uma contribuição preventiva, ampliando as práticas para uma nova
maneira de sentir, pensar e agir, frente ao “aprender” dos conceitos na
escola. Conclui-se que a atuação da Psicopedagogia na escola tem
um choque direto na vida escolar, trazendo assim um aumento
significativo nos resultados positivos da comunidade escolar.

Palavras-chave: Psicopedagogia na escola, psicopedagogo, papel da


psicopedagogia.

1. INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia surge de uma profunda necessidade de conhecer e
compreender, basicamente, os problemas de aprendizagem que
acarretam tantas pessoas. (BOSSA, 2000).

No entendimento de Jeronimo Sobrinho, (2016), é um campo de


conhecimento que tem como objetivo compreender todo o processo
que envolve o ensino e o aprendizado humano e todas as dificuldades
envolvidas nesse processo.

A psicopedagogia vai tratar os problemas de aprendizagem, que é o


sujeito em questão, fazendo com que ele volte a aprender, que
consiga ter vontade, desejo de aprender e se torne uma pessoa com
melhores resultados. O homem é um sujeito aprendente e a
aprendizagem ocorre pela relação entre sujeito e objeto. (JERONIMO
SOBRINHO, 2016)

Como todas outras disciplinas, a psicopedagogia possui princípios que


a norteiam, como por exemplo o princípio da prevenção, do
desenvolvimento e da ação social. Este último tem a ver com a forma
que o indivíduo interage com os outros e constrói suas relações
positivas. (JERONIMO SOBRINHO, 2016)

Esses processos tem lugar principalmente na escola, portanto qual é o


papel da psicopedagogia na escola?

2. DEFINIÇÃO DE PSICOPEDAGOGIA
Se considerarmos a definição da palavra psicopedagogia o dicionário
Michaelis (2018), registra que, etimologicamente é uma palavra
composta do grego Psykhe + o + pedagogia e significa “aplicação de
conhecimentos da psicologia às práticas educativas”.

Quando discutimos Psicopedagogia, trazemos para analise uma área


que estuda o aprendiz e sua aprendizagem, o processo de
desenvolvimento socioafetivo, cognitivo e psicomotor do aprendiz no
processo ensino-aprendizagem. (JERONIMO SOBRINHO, 2016)

Nos dias atuais, a psicopedagogia é a área de estudo que tem como


objetivo investigar a forma como o sujeito constrói seu conhecimento.
Ela busca evidenciar as dificuldades de aprendizagem para agir de
modo preventivo, bem como propor caminhos e ferramentas que
contribuem no aprendizado. (CLARO, 2018)
Dessa forma, sua atuação está associada ao contexto do indivíduo, do
grupo, da Entidade e da Sociedade.

Também podemos destacar que a base da prática psicopedagógica


não é formada apenas pelo conhecimento teórico sobre psicologia da
aprendizagem, psicologia genética, teorias da aprendizagem,
pedagogia, teorias da personalidade e outras áreas afins, mas
especialmente pela capacidade de associar esses conhecimentos na
prática e na investigação científica do processo de aprendizagem.
(OLIVEIRA, 2014)

É importante evidenciar que a psicopedagogia ao longo de sua


história, vem formando um corpo teórico próprio, organizando
ferramentas capazes de dar conta de suas investigações, mas
mostrando um novo olhar para rumos já percorridos. (BOSSA, 2000)

E para Grassi, (2013) a psicopedagogia é uma área interdisciplinar,


reunindo entendimentos de várias ciências e ramos do conhecimento,
buscando entender, de forma integrada, o processo de ensino-
aprendizagem que acontece em dois espaços: o extraescolar e o
intraescolar.

3. APRENDIZAGEM
A aprendizagem, uma das características da ação e do pensamento
humano, é a faculdade do indivíduo de se adaptar e de modificar seu
comportamento para adquirir condutas e conhecimentos que lhe
permitam agir no mundo e suas representações. (MORANDI, 2008)

Segundo Lakomy (2014), o conceito de aprendizagem é complexo,


porque abrange a comunicação de diversos fatores e processos pelos
quais entendemos conceitos de temas específicos, como matemática,
português e desenho e estamos sempre aprendendo,
intencionalmente ou não, durante toda a nossa vida.

Também para Lakomy (2014, pág. 12) a aprendizagem:

Não é a simples passagem da ignorância ao saber sem resistências


ou conflitos. Nesse processo acontece algo novo que não envolve
uma simples reestruturação. Trata-se, pois, de um fenômeno a partir
do qual um sujeito torna para si uma nova forma de conduta,
transformando a informação adquirida em novos conhecimentos,
hábitos e atitudes. A aprendizagem não é um processo que resulta de
uma simples maturação biológica ou esforço pessoal, mas, sim, um
processo ativo, pois:

resulta de uma ação cognitiva e motora individual;

ocorre por meio da mediação e relação da criança com a


comunidade social e cultural de aprendizagem da qual ela faz parte;

A aprendizagem ocorre quando, por meio de uma experiência,


mudamos nosso conhecimento anterior a respeito de uma ideia,
comportamento ou conceito.

Para De Aquino (2007) a aprendizagem se refere à obtenção


cognitiva, física e emocional, e ao processamento de habilidades e
conhecimento em diversas profundidades, ou seja, o quanto uma
pessoa é capaz de compreender, manipular, aplicar e/ou comunicar
esse conhecimento e essas habilidades.

Segundo Krieger (2013), a aprendizagem evolui a medida que o ser


humano amadurece seu sistema nervoso e suas estruturas cerebrais.
É um processo contínuo, pois, independentemente da idade da
pessoa e da fase da vida em que se encontre, existe sempre novas
coisas a aprender.

3.1 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


De acordo com Veiga (2006), não há um consenso na definição de
“dificuldade de aprendizagem”, porém destaca que dificuldade de
aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo
heterogêneo de distúrbios que se manifestam por dificuldades
significativas na aquisição e uso das habilidades de compreensão oral,
fala, leitura, escrita, raciocínio e matemática.

Veiga (2006) também destaca que estes distúrbios são intrínsecos ao


indivíduo e, presumidamente, se devem a um problema do sistema
nervoso central. Uma dificuldade de aprendizagem pode acontecer de
modo concomitante com outras condições (défices sensoriais, atraso
mental, perturbações sociais e/ou emocionais) ou com influências
ambientais (diferenças culturais, insuficiência/inadequada instrução,
fatores psicogênicos.

Chabanne (2006), parte do princípio de que a dificuldade de aprender


está relacionada à situação do aluno, ou é inerente a ela, e
dificuldades escolares de aprendizagem é todo conjunto complexo de
noções, avaliações, comportamentos e até mesmo características
próprios do aluno.

A dificuldade de aprendizagem não acontece somente pela ação de


um professor desprovido de conhecimento teórico, ou da falta de
estímulo do meio, ela também sofre uma influência dos aspectos
emocionais que a permeiam a relação ensinante e aprendente,
aspectos que nem sempre são detectados pelo professor, devido à
falta de preparo pessoal, e não devido à competência técnica.
(KRIEGER, 2013)

Para Grassi (2013), a psicopedagogia, tem como finalidade de estudo


o processo de ensino-aprendizagem, que é bastante complexo, pois
abraça diversos elementos, fatores e concepções teóricas. Ao estuda-
lo a psicopedagogia foca sua atenção na prevenção das dificuldades
de aprendizagem e também no seu atendimento terapêutico. Estuda a
aprendizagem e não aprendizagem.

4. PSICOPEDAGOGIA NA ESCOLA
A psicopedagogia tem um amplo campo ainda não definido em todas
as suas possibilidades, que analisa e trabalha a aprendizagem
sistemática e assistemática. Abrange a educação formal em todos os
níveis (criança, adolescente, adulto), e a educação familiar e
profissional. (JERONIMO SOBRINHO, 2016).

Segundo Jeronimo Sobrinho, (2016) ela nos permite entender a


situação do processo de aprendizagem dos sujeitos com o objetivo de
melhorar e agir sobre ele, para fazer o aluno aprender realmente. Ela
pode atuar na vida do aluno, influindo em seu processo de estudo e
aprendizagem, ou na vida do docente e dos recursos externos,
inserindo conhecimentos e técnicas para o aperfeiçoamento da
aprendizagem do aluno.

No campo da Instituição Escolar, a psicopedagogia age com base na


produção de um diagnóstico institucional. Dessa forma, trata da
avaliação, compreensão e atuação da aprendizagem, numa prática
complexa que se caracteriza por diferentes delineamentos de
interação humana, individuais e grupais, e por configurações de
organização e funções sociais específicas. O sujeito de aprendizagem
é a própria instituição ou os grupos imersos no seu interior.
(OLIVEIRA, 2014)
Para Claro (2018), a psicopedagogia no ambiente educacional busca
auxiliar professores, coordenadores pedagógicos e gestores a refletir
sobre o papel da educação diante das dificuldades de aprendizagem.

É importante destacar o alcance da atuação da psicopedagogia, e


Oliveira (2014, pág. 13) menciona que especificamente na instituição
escolar, a psicopedagogia pode colaborar, preventivamente e
remediativamente, para:

melhorar o processo de ensino e a qualidade da aprendizagem,


com base em uma visão ética e social.

promover a aprendizagem cooperativa, em que cada aluno


possa atingir seus objetivos de forma colaborativa, tendo a integração,
o grupo, o trabalho em equipe como pressuposto para essa
aprendizagem.

promover a cooperação entre escola e família com base nos


projetos educativos específicos.

colaborar com a formação do professor.

participar de equipes multidisciplinares, compartilhando ideais,


procedimentos e materiais didáticos.

5. PSICOPEDAGOGO
De acordo com a Classificação Brasileira de ocupações – CBO,
emitida pela Secretaria do Trabalho, do Ministério da Economia, a
atividade do Psicopedagogo é descrita como:

Implementam a execução, avaliam e coordenam a (re)construção do


projeto pedagógico de escolas de educação infantil, de ensino médio
ou ensino profissionalizante com a equipe escolar. No
desenvolvimento das atividades, viabilizam o trabalho pedagógico
coletivo e facilitam o processo comunicativo da comunidade escolar e
de associações a ela vinculadas.

A CBO é classificação de ocupação, não é identificação profissional


para atuação.
Já a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP), no artigo 01.º
do seu código de ética profissional, destaca que a psicopedagogia é
um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do
processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola,
a sociedade e o contexto sócio histórico, utilizando procedimentos
próprios, estabelecidos em diferentes referenciais teórico. E em seu
artigo quarto o psicopedagogo deve refletir e elaborar a organização, a
implantação e a execução de projetos de Educação e Saúde no que
concerne às questões psicopedagógicas.

Para Jeronimo Sobrinho, (2016) o Psicopedagogo é um profissional


que trabalha no âmbito da prevenção, do diagnóstico e do tratamento
de dificuldades de aprendizagem escolar e de aprendizagem, em um
sentido mais amplo. Ele se dedica a análise, ao planejamento, ao
desenvolvimento e à adequação dos processos educativos.

As áreas de trabalho do psicopedagogo são a institucional e a clínica.


Na primeira atua em instituições educativas, orientando pais e
docentes em relação ao ensinar e ao aprender, e dar suporte e
assessoramento em situações de alunos com dificuldades de
aprendizagem. É também papel do psicopedagogo agir na concepção
e implementação de programas e projetos de atualização e formação
de profissionais nas áreas de educação e saúde mental e
supervisionar equipes interdisciplinares envolvidas nas instituições de
ensino. (JERONIMO SOBRINHO, 2016)

O psicopedagogo na Instituição escolar, pode cooperar na construção


do projeto pedagógico, bem como auxiliar a escola a responder as
seguintes perguntas: O que ensinar? Como ensinar? Pra que ensinar?
Por meio do diagnóstico é possível o psicopedagogo detectar os
entraves que prejudicam o ensino e a aprendizagem, ajudando assim
o professor na adoção de metodologias que facilitem o aprendizado e
encaminhando aqueles alunos que precisem de outros profissionais
como psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas e psiquiatras.
(BOSSA, 2000)

Para Grassi (2013), o trabalho presume o levantamento e exame de


dados sobre o funcionamento da Instituição Escolar, e investigação
cuidadosa para levantamento de hipóteses, interferência, norte e
prevenção de problemas institucionais.

A escola, além de uma instituição de ensino, é também um lugar de


trabalho, com carências diferenciadas. Assim, para que o
psicopedagogo realize uma interferência, que venha ao encontro da
necessidade de cada instituição, é preciso que faça uma acentuada
análise na prática e na organização da escola, levando em
consideração suas vivências cotidianas. (SILVA, 2012)

6. CONCLUSÃO
Este artigo caminhou pela definição de psicopedagogia,
aprendizagem, dificuldades de aprendizagem, Psicopedagogia na
escola e o papel do Psicopedagogo.

Destacou que a Psicopedagogia é uma área de estudo que se atenta


em observar como o indivíduo estabelece seu conhecimento,
buscando identificar as dificuldades de aprendizagem.

Evidenciou que a aprendizagem é a faculdade do indivíduo de se


adaptar e de modificar seu comportamento para adquirir condutas e
conhecimentos que lhe permitam agir no mundo e suas
representações.

Descreveu que não há consenso na definição de “dificuldade de


aprendizagem”, verificando que dificuldade de aprendizagem é um
termo amplo que se refere a um grupo de distúrbios manifestados por
dificuldades significativas na aquisição e uso de habilidades de
compreensão oral, fala, escrita, raciocínio e matemática.

Destacou a importância da psicopedagogia na escola, pois ela permite


conhecer a situação do processo de aprendizagem do aluno, com a
intenção de melhorar e atuar sobre ele.

Também mencionou sobre o trabalho do Psicopedagogo, profissional


este que tem uma função muito importante no ambiente escolar,
utilizando o conhecimento em Psicopedagogia, podendo colaborar na
orientação dos pais e docentes em relação ao ensinar e ao aprender,
dando suporte e assessoramento em caso de alunos com dificuldades
de aprendizagem.

Através desse artigo, pode se concluir a importância da


Psicopedagogia, em especial no ambiente escolar.

7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Classificação Brasileira de Ocupações: CBO – 2015 – 4.
ed. Brasília: MTE, SPPE, 2015.
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuições a partir
da prática. 2ª Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

CHABANNE, Jean Luc. Dificuldades de Aprendizagem: um


Enfoque Inovador do Ensino Escolar. São Paulo: Ática, 2006.

CLARO, Genoveva Ribas. Fundamentos da


Psicopedagogia. Curitiba, PR: Intersaberes,2018.

DE AQUINO, Carlos Tasso Eira. Como aprender: Andragogia e as


Habilidades de Aprendizagem. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2007.

GRASSI, Tania Mara. Psicopedagogia: um olhar, uma


escuta. Curitiba: Intersaberes, 2013.

JERÔNIMO  SOBRINHO, Patrícia. Fundamentos da


Psicopedagogia. Patrícia Jerônimo Sobrinho. – São Paulo, SP :
Cengage, 2016.

KRIEGER, Maria da Graça Taffarel, SILVA, Katia Cilene da, MAIA,


Christiane Martinatti, JUSTO, Jutta Cornelia Rewaat. Psicodinâmica
da Aprendizagem. Curitiba: Intersaberes,2013.

MICHAELIS. Moderno Dicionário da Lingua Portuguesa. São


Paulo. Melhoramentos. Disponível em
<http://www.michaelis.uol.com.br>. Acesso em 02/04/2019.

MORANDI, Franc. Introdução à Pedagogia. [Tradução Lia Zatz]. São


Paulo: Ática, 2008.

OLIVEIRA, Mari Angela Calderari. Psicopedagogia: a Instituição


Educacional em Foco. Curitiba: Intersaberes,2014.

Métodos

B. Métodos quanto à relação professor-aluno

B.1: Método expositivo/explicativo

Neste método os conhecimentos, as habilidades e as tarefas são apresentados,


explicadas ou demonstradas pelo professor. A actividade dos alunos é
receptiva, embora não necessariamente passiva. É um método bastante usado
nas nossas escolas, apesar das críticas que lhe são feitas, principalmente por
não levar em conta o princípio da actividade do aluno. Entretanto, se for
superada esta limitação, é um importante meio de obter conhecimentos.

A exposição lógica da matéria é um procedimento necessário, desde que o


professor consiga mobilizar a actividade interna do aluno de concentrar-se e
de pensar, e a combine com outros procedimentos, como o trabalho
independente, a conversa e o trabalho em grupo.

No método expositivo, é notória a acção dominante e preponderante do


professor, em detrimento dos alunos e, se este procedimento for mal aplicado,
incorre em grande perigo, visto que as potencialidades cognitivas e afectivas
dos alunos ficam, até certo ponto, atrofiadas, pois este (aluno) limita-se a ser
mero expectador do centro do PEA (o professor), que negligencia o contributo
dos alunos para a operacionalização da aula. Entretanto, a grande
potencialidade deste método reside no facto de ser o mecanismo mais
recomendado para a introdução de um conteúdo novo, principalmente quando
se trata de um assunto desconhecido pelos alunos.

Para a aplicação do método expositivo/explicativo, usam-se as seguintes


técnicas:

 Exposição verbal: consiste em explicar de modo sistematizado, por


meio da voz e/ou da escrita, um assunto que seja desconhecido, ou
quando as ideias que os alunos trazem sobre o mesmo são insuficientes
ou menos precisas.
 Demonstração: representação de fenómenos que ocorrem na realidade.
 Ela é efectivada através de explicações num estudo do meio (excursão),
ou por meio de uma experiência simples, projecção de slides ou outras
tecnologias.
 Ilustração: forma de representação gráfica de factos ou fenómenos da
realidade, por meio de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, etc., a
partir dos quais o professor enriquece a explicação da matéria.
 Exemplificação: ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta;
quando escreve ou diz uma palavra para que os alunos observem e
depois repitam. Quer dizer, usando o exemplo, o aluno pode captar a
essência do que se pretende que ele aprenda.

B.2: Método de trabalho independente

O trabalho independente, como método de ensino, consiste em tarefas


dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo
relativamente independente e criador. Este método pressupõe determinados
conhecimentos, a compreensão da tarefa e do seu objectivo, de modo que os
alunos possam aplicar os conhecimentos e habilidades, sem orientação directa
do professor. O aspecto mais importante do método de trabalho independente
é a actividade mental dos alunos.

Ao contrário do método expositivo, no método de trabalho independente é


notória a acção preponderante e dominante do aluno, individualmente. Aqui, o
professor funciona como um facilitador, como moderador, orientador da
aprendizagem, fundamentalmente para que o aluno não se disperse, ou não se
perca naquilo que são os objectivos preconizados para o conteúdo que estiver
a ser ministrado.

Em termos práticos, para a aplicação do método de trabalho independente, são


usadas as seguintes técnicas:

 Interrogação: esta técnica consiste em criar explicações que justifiquem


por que determinados factos apresentados no texto são verdadeiros ou
falsos. O aluno deve concentrar-se em perguntas do tipo, “Por quê?”
em vez de “O quê?”
 Inquérito: é uma técnica de estudo que permite a recolha de informação
directamente de um interveniente na investigação, através de um
conjunto de questões organizadas, seguindo uma determinada ordem.
Estas podem ser apresentadas ao respondente de forma escrita ou oral.
 Resumo: é uma exposição abreviada de um acontecimento, obra
literária ou artística. Um resumo consiste em fazer a síntese ou sumário
de um determinado assunto, destacando as informações essenciais do
conteúdo.

B.3: Método de elaboração conjunta

A elaboração conjunta é uma interacção activa entre o professor-aluno


e aluno – aluno, visando a aquisição de conhecimentos, habilidades, atitudes e
convicções, bem como a fixação e consolidação
de conhecimentos e convicções já adquiridos. Este método preconiza a
reciprocidade de actividades entre o professor e o aluno. O nível de
participação e contribuição de ambos é, em certa medida, equiblibrado. É por
esse facto que, na base deste método, está-se diante do que se designa de
ensino participativo.

O método de elaboração conjunta pressupõe um conjunto de condições


prévias, nomeadamente, a incorporação, pelos alunos, dos objectivos a atingir
e o domínio dos conhecimentos básicos que, mesmo não estando
sistematizados, são um ponto de partida para o trabalho de elaboração
conjunta.
O carácter didáctico-pedagógico da elaboração conjunta está no facto de que
tem como referência um tema de estudo determinado, pressupondo-se que os
alunos estejam aptos para conversar sobre ele.

As potencialidades do método de elaboração conjunta são várias, uma vez que


a conversa tem um grande valor didáctico, pois desenvolve nos alunos as
habilidades de expressar opiniões fundamentais, verbalizar a sua própria
experiência, discutir, argumentar e refutar as opiniões dos outros, aprender a
escutar, contar factos, interpretar, etc., para além de proporcionar a aquisição
de novos conhecimentos.

Embora seja um método vantajoso, é importante chamar atenção aos seguintes


aspectos: o aluno deve estar familiarizado com o tema a ser tratado, pois, de
contrário, corre o risco dele (aluno) não colaborar na aula; leva muito tempo e
o professor pode ser desviado do tema por alunos super activos.

Para a aplicação do método de elaboração conjunta usam-se várias técnicas do


ensino participativo, tais como: Debate, Plenária, Discussão, Grupo de Peritos,
Mesa Redonda, Cadeia de Falar, Trabalho aos Pares, Círculo Duplo, Tomar
uma Posição, Parque de Estacionamento, Aquário, entre outras

Breve histórico da Psicopedagogia


Por: Simaia Sampaio
 
Os primeiros Centros Psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por J
Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes Centros uniam
conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar
crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar e atender
crianças com dificuldades de aprendizagem apesar de serem inteligentes (MERY apud
BOSSA, 2000, p. 39).
 
Na literatura francesa – que, como vimos, influencia as idéias sobre psicopedagogia na
Argentina (a qual, por sua vez, influencia a práxis brasileira) – encontra-se, entre outros, os
trabalhos de Janine Mery, a psicopedagoga francesa que apresenta algumas considerações
sobre o termo psicopedagogia e sobre a origem dessas idéias na Europa, e os trabalhos de
George Mauco, fundador do primeiro centro médico psicopedagógico na França,..., onde se
percebeu as primeiras tentativas de articulação entre Medicina, Psicologia, Psicanálise e
Pedagogia, na solução dos problemas de comportamento e de aprendizagem (BOSSA,
2000, p. 37)
 
Esperava-se através desta união Psicologia-Psicanálise-Pedagogia, conhecer a criança e o
seu meio, para que fosse possível compreender o caso para determinar uma ação
reeducadora.
Diferenciar os que não aprendiam, apesar de serem inteligentes, daqueles que apresentavam
alguma deficiência mental, física ou sensorial era uma das preocupações da época.
 
Observamos que a psicopedagogia teve uma trajetória significativa tendo inicialmente um
caráter médico-pedagógico dos quais faziam parte da equipe do Centro Psicopedagógico:
médicos, psicólogos, psicanalistas e pedagogos.
Esta corrente européia influenciou significativamente a Argentina. Conforme a
psicopedagoga Alicia Fernández (apud BOSSA, 2000, p. 41), a Psicopedagogia surgiu na
Argentina há mais de 30 anos e foi em Buenos Aires, sua capital, a primeira cidade a
oferecer o curso de Psicopedagogia.
 
Foi na década de 70 que surgiram, em Buenos Aires, os Centros de Saúde Mental, onde
equipes de psicopedagogos atuavam fazendo diagnóstico e tratamento. Estes
psicopedagogos perceberem um ano após o tratamento que os pacientes resolveram seus
problemas de aprendizagem, mas desenvolveram distúrbios de personalidade como
deslocamento de sintoma. Resolveram então incluir o olhar e a escuta clínica psicanalítica,
perfil atual do psicopedagogo argentino (Id. Ibid., 2000, p.41).
 
Na Argentina, a psicopedagogia tem um caráter diferenciado da psicopedagogia no Brasil.
São aplicados testes de uso corrente, “alguns dos quais não sendo permitidos aos
brasileiros...” (Id. Ibid., p. 42), por ser considerado de uso exclusivo dos psicólogos (cf.
BOSSA, p. 58). “... os instrumentos empregados são mais variados, recorrendo o
psicopedagogo argentino, em geral, a provas de inteligência, provas de nível de
pensamento; avaliação do nível pedagógico; avaliação perceptomotora; testes projetivos;
testes psicomotores; hora do jogo psicopedagógico” (Id. Ibid., 2000, p. 42).
 
A psicopedagogia chegou ao Brasil, na década de 70, cujas dificuldades de aprendizagem
nesta época eram associadas a uma disfunção neurológica denominada de disfunção
cerebral mínima (DCM) que virou moda neste período, servindo para camuflar problemas
sociopedagógicos (Id. Ibid., 2000, p. 48-49).
 
Inicialmente, os problemas de aprendizagem foram estudados e tratados por médicos na
Europa no século XIX e no Brasil percebemos, ainda hoje, que na maioria das vezes a
primeira atitude dos familiares é levar seus filhos a uma consulta médica.
 
Na prática do psicopedagogo, ainda hoje é comum receber no consultório crianças que já
foram examinadas por um médico, por indicação da escola ou mesmo por iniciativa da
família, devido aos problemas que está apresentando na escola (Id. Ibid., 2000, p. 50).
 
A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e
foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de
1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-
Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id. Ibid., 2000, p. 52).
 
De acordo com Visca, a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da Medicina
e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente e
complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem,
e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000,
p. 21).
 
Com esta visão de uma formação independente, porém complementar, destas duas áreas, o
Brasil recebeu contribuições, para o desenvolvimento da área psicopedagógica, de
profissionais argentinos tais como: Sara Paín, Jacob Feldmann, Ana Maria Muniz, Jorge
Visca, dentre outros.
 
Temos o professor argentino Jorge Visca[1] como um dos maiores contribuintes da difusão
psicopedagógica no Brasil. Foi o criador da Epistemologia Convergente, linha teórica que
propõe um trabalho com a aprendizagem utilizando-se da integração de três linhas da
Psicologia: Escola de Genebra - Psicogenética de Jean Piaget (já que ninguém pode
aprender além do que sua estrutura cognitiva permite), Escola Psicanalítica - Freud ( já que
dois sujeitos com igual nível cognitivo e distintos investimentos afetivos em relação a um
objeto aprenderão de forma diferente) e a Escola de  Psicologia Social de Enrique Pichon
Rivière ( pois se ocorresse uma paridade do cognitivo e afetivo em dois sujeitos de distinta
cultura, também suas aprendizagens em relação a um mesmo objeto seriam diferentes,
devido as influências que sofreram por seus meios sócio-culturais) (VISCA, 1991, p. 66).
 
Visca propõe o trabalho com a aprendizagem utilizando-se de uma confluência dos achados
teóricos da escola de Genebra, em que o principal objeto de estudo são os níveis de
inteligência, com as teorizações da psicanálise sobre as manifestações emocionais que
representam seu interesse predominante. A esta confluência, junta, também, as proposições
da psicologia social de Pichon Rivière, mormente porque a aprendizagem escolar, além do
lidar com o cognitivo e com o emocional, lida também com relações interpessoais
vivenciadas em grupos sociais específicos (França apud Sisto et. al. 2002, p. 101).
 
A análise do sujeito através de correntes distintas do pensamento psicológico concebeu uma
proposta de diagnóstico, de processo corretor e de prevenção, dando origem ao método
clínico psicopedagógico.
 
...quando se fala de psicopedagogia clínica, se está fazendo referência a um método com o
qual se tenta conduzir à aprendizagem e não a uma corrente teórica ou escola. Em
concordância com o método clínico podem-se utilizar diferentes enfoques teóricos. O que
eu preconizo é o da epistemologia convergente (VISCA, 1987, p. 16).
 
Visca implantou CEPs no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e
Curitiba. Deu aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Itajaí,
Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras. (Cf. BARBOSA, 2002, p. 14).
Muitos outros cursos de Psicopedagogia foram surgindo ao longo deste período até os dias
atuais e este crescimento não pára de acontecer o que indica uma grande procura por esta
profissão. Entretanto, é importante ressaltar, que esta demanda pode proliferar cursos
precários distribuindo diplomas e certificados a profissionais inadequados. 
 
Devemos, portanto, escolher com muito cuidado a Instituição que desejamos fazer o curso
de Psicopedagogia. Tenho conhecimentos de cursos que no período do estágio abandonam
seus alunos sem a devida orientação.
Existe, em nosso país há 13 anos a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) que dá
um norte a esta profissão. Ela é responsável pela organização de eventos, pela publicação de
temas relacionados à Psicopedagogia, cadastro dos profissionais. 
Qualquer dúvida sobre o curso que deseja fazer procure a sessão da Abpp em seu estado.
 
 

 
[1] Nascido em 14 de maio de 1935, na cidade de Baradeiro, Província de Bueno Aires, e
falecido em 23 de julho de 2000, em Buenos Aires, Capital da Argentina, foi o fundador do
Centro de Estudos Psicopedagógicos - Curitiba, divulgador da Psicopedagogia no Brasil,
Argentina e Portugal, como também criador de uma Clínica Comunitária que atende a
comunidade carente com dificuldade de aprendizagem.
 
Bibliografia:
 
BARBOSA, Laura Monte Serrat. A História da Psicopedagogia contou também com       
Visca, in Psicopedagogia e Aprendizagem. Coletânea de reflexões. Curitiba, 2002.
BOSSA, Nadia A. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto  
Alegre, Artes Médicas, 2000.
SISTO, F.F. Aprendizagem e mudanças cognitivas em crianças. Petrópolis, Vozes,      1997.
VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica. Epistemologia Convergente. Porto Alegre,Artes
Médicas, 1987.
___________. Psicopedagogia: novas contribuições; organização e tradução Andréa
Morais, Maria Isabel Guimarães – Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1991

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