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PREFEITURA DE IMPERATRIZ
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE / SUS
Letramento na RAPS
1. Identificação
2. Justificativa
que lutavam pelos direitos dos doentes mentais. Tais influências, suscitaram a mobilização
de alguns segmentos sociais, criando assim o conhecido movimento da luta antimanicomial,
que desde a década de 80, buscou o resgate e afirmação dos direitos humanos desses
sujeitos. Neste ensejo foram criados então, os CAPS enquadrando-se dentro da nova
política de assistência à saúde mental, buscando desinstitucionalizar as pessoas com essa
enfermidade dos ambientes segregadores como os manicômios, que além de os tirarem do
convívio social, negam qualquer tipo de direito, incluindo o direito à educação, sendo que
esta é uma das necessidades primordiais. Estes serviços têm como objetivos prestar
assistência às pessoas que sofrem com transtornos mentais, possibilitando
acompanhamento no quadro clínico destes, respeitando as individualidades e primando
pela inserção social, através dos princípios de cidadania, buscando assim minimizar o
estigma da doença. É notadamente observada nesses centros, a enorme carência da
realização de um trabalho voltado para a socialização dos sujeitos e seus familiares, para a
conscientização e para o conhecimento destes sobre seus direitos. Mas como apresentar
tais ideais às pessoas que se quer são alfabetizados? Nesse sentido propomos o
desenvolvimento de uma oficina de alfabetização, letramento e educação popular em saúde
na RAPS: a construção do saber através do letramento, conforme preconiza a Política
Nacional de Gestão estratégica e Participativa no SUS – Participa SUS (Portaria 3027 de 26
de novembro de 2007).
3. Objetivos gerais
grupo;
Divulgação do projeto, inscrição dos usuários e familiares esta primeira etapa será
realizada até os primeiros 30 dias após a aprovação do projeto, com a participação
dos técnicos de todos os CAPS e da RAPS local. Após o levantamento dos pacientes
será verificada a importância dessa atividade no seu projeto terapêutico singular,
bem como o desejo do mesmo.
Para execução do projeto de letramento deverá ser contratados pedagogos
especializados em saúde mental ou educação inclusiva ou educação especial que
desenvolverão as atividades com os usuários/familiares e inicialmente farão uma
triagem das necessidades cognitivas individuais dos participantes. O mapeamento
servirá de subsidio para preparação do material didático e metodologias para
desenvolvimento das aulas, ação a serem realizados até os 60 dias.
Oficina de alfabetização, letramento e educação popular em saúde na RAPS: As
aulas serão realizadas nas salas de aula no Setor de Inclusão e Atenção e
Diversidade, em horários marcados previamente de acordo com as necessidades
dos pacientes, as turmas serão compostas com até 10 usuários e familiares,
totalizando 30 participantes. As oficinas visam a construção do saber através do
letramento, que tem por objetivo formar cidadãos capazes de ler e interpretar a
escrita para que dessa maneira possam se desenvolver, serão realizados encontros
diários com 2 horas de duração.
Após os 6 meses de execução do projeto os participantes receberão os Certificados
de conclusão para valorizar e resgatar no individuo, valores que entrarem em
decadência pela banalização da conduta à ética do ser humano.
Será realizada a inclusão no EJA – Educação de Jovens e Adultos dos pacientes que
apresentarem essa possibilidade.