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POSTUROLOGIA

OSTEOPÁTICA
DR. RENAN A. MASSARENTI – C .O.
• Graduação em Fisioterapia – UniSalesiano;
• Formação completa em Osteopatia – IDOT;
• Curso de Tratamento Osteopático Global (TOG) – IDOT;
• Curso de Osteopatia Psicobiológica: Comunicação Subconsciente Tissular (CST) -
IDOT
• Curso de Podoposturologia – Fisio Cursos e Instituto fisio;
• Curso de Introdução à Terapia Crâniosacral – Instituto Upledger
• Curso de Perícia e Assistência Técnica Judicial – Fisio Cursos;
• Formação em Quiropraxia – Instituto Fisio;
• Cursos complementares em: bandagem elástica, conceito Mulligan, dry needling,
IASTM, crochetagem mioaponeurótica, Maitland – Instituto Fisio;
• Formação em Prática Neurossensorial, 1º e 2º ano – Instituto Salgado;
• Atuo com Osteopatia e Podoposturologia em meu consultório desde 2012;
• Sócio fundador do Instituto Fisio em 2012;
• Em processo de reconhecimento do título de D.O.
INTEGRANDO OS SISTEMAS

São 4 os pilares da Osteopatia:

• A Estrutura governa a Função


• A Função determina a Estrutura

• O Corpo é uma Unidade

• A Lei da Artéria

• A Autocura
INTEGRANDO OS SISTEMAS

HIERARQUIA DAS DISFUNÇÕES

S T P SNA
i ô o Sistema Neurovegetativo
Arterial
s n s
Neural
t i t
e c u Visceral
m o r Articular
Sistema Neuromeníngeo
a a Muscular
l
INTEGRANDO OS SISTEMAS

Sistema Arterial Sistema Neural

Tecidos contínuos

Sistema Fascial Pele


HISTÓRIA

• 1837 Charles Bell se pergunta: como faz um homem para manter uma
postura direita ou inclinada contra o vento interrogação?

• 1880 Vierordt descreve a oscilação permanentemente do corpo humano em


posição ortostática.

• 1953 Ranquet constrói a primeira plataforma de estabilometria.

• 1955 Baron apresenta as modificações proprioceptivas interferindo na


postura.
HISTÓRIA

• 1980, Da Cunha, é o primeiro a estudar a síndrome do déficit postural.

• 1984 criada a primeira associação de postologia na França.

• 1994 Marino e Villeneuve, relacionaram o sistema neurovegetativo ao


sistema postural – PNS.

• 1996 Barral, Upledger, Jones entre outros relacionaram a terapia manual com
a Posturologia.
POSTUROLOGIA

• A Posturologia é o estudo das causas das alterações posturais → o meio.

• Estudo do sistema de regulação da postura, da estabilidade e da orientação.

• O sistema postural permite ao homem se situar no ambiente gravitacional


onde utiliza os olhos, ouvido interno, os pés, a propriocepção e a
viscerocepção (Pierre Marie Gagey).

• O objetivo é evitar desequilíbrios crônicos ocasionados pelos desajustes


posturais.
POSTURA

• Já a Postura, é o resultado das alterações → o final.

• A postura é um composto das posições das articulações do corpo num dado


momento.

• A postura ideal é a posição na qual um mínimo de estresse é aplicado em


cada articulação (Magee)

• Consiste no alinhamento do corpo com eficiência fisiológica e biomecânica →


minimizando o estresse e sobrecarga nos sistemas, contra a gravidade
(Palmer & Apler)
POSTURA

• Postura é o arranjo relativo das partes do corpo

• A boa postura é o estado de equilíbrio musculoesquelético que protege as


estruturas de suporte do corpo:

Essa proteção é independente da atitude (ereta, deitada, agachada,


encurvada), e independente se estão trabalhando ou se estão em repouso.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

• Irá receber as informações dos:


• Endorreceptores: mostra a posição relativa dos diferentes segmentos
corporais
• fuso neuromuscular (FNM) → comprimento do músculo
• órgão tendíneo de Golgi (OTG) → tensão do músculo

• Exteroceptores: relacionam o indivíduo com o ambiente externo


• pés
• ouvido interno
• Visão
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• Mecanoceptores:
PÊNDULO INVERTIDO

• O homem está em constante oscilação


graças ao trabalho das diferentes cadeias
posturais, que se adaptam de maneira
permanente para manter sua posição
vertical na mais estrita economia de energia.

• Podemos dizer que o homem é capaz de se


equilibrar em seu desequilíbrio.
SISTEMA TÔNICO POSTURAL

• Consiste em um tripé:

Sensores: Centro de Efetores:


- Pés processamento: - fibras tipo I
- Olhos - núcleos vestibulares (estabilizadoras)
(associam endo - gânglios da base dos músculos
e - Cerebelo antigravitacionais
exteroceptores) - sistema reticulado
- lobo frontal
- colículo superior
- corpo caloso
- comissuras

As informações são tratadas, analisadas, comparadas e integradas aos automatismos descendentes


SISTEMA TÔNICO POSTURAL

É um sistema antigravitário que possui diversas funções (BRICOT, 2010):


• Lutar contra a gravidade;
• Manter a postura ereta;
• Opor-se às forças externas;
• Situar-nos no espaço e tempo que nos envolve;
• Equilibrar durante um gesto;
• Guiar o movimento
• Reforçar o movimento;
• Levantar-se e sentar-se.
SISTEMA TÔNICO POSTURAL

Sistema cibernético, que tem duas


características:
• auto mantido
• auto adaptado

As entradas posturais jamais terão


condições para se autocorrigir, eles tem a
capacidade somente de adaptar-se em
seu desequilíbrio.
SISTEMA TÔNICO POSTURAL

• Noção de Somação: alteração de um captor provoca sistematicamente um


desequilíbrio tônico postural → o conjunto adapta-se e desequilibra-se.

• Noção de Solicitação: um sistema adaptado em uma situação pode funcionar


sem dor se for pouco solicitado.

• Noção de Predisposição: se o indivíduo é hiperflexível, as adaptações se


farão de forma mais fácil, porém se o indivíduo for um tipo que apresenta
contratura muscular, retrações fasciais, as compensações serão mais
difíceis e o aparecimento de dores mais rápida.
SISTEMA TÔNICO POSTURAL

• Disponibilidade do Sistema: se o sistema é intacto de toda adaptação, pode


facilmente compensar a alteração de um captor.

• Interdependência: Todos os captores adaptam-se entre si, portanto podem


ser desregulados de forma causativa, adaptativa ou mista;
• o componente adaptativo, com frequência é reversível em um primeiro
momento, porém se fixará após alguns meses.
SISTEMA TÔNICO POSTURAL

• Fixação: em um segundo momento, o sistema se fixa em suas compensações


(função das fáscias, do pé como um tampão terminal).
• Um captor principal fixado em suas adaptações deve ser corrigido como
um captor causativo: ele fixa as deformações e mantém as alterações;

• Esquema Corporal: em caso de desequilíbrio postural, a báscula dos ombros


e da pelve, as rotações, a pequena latero-flexão da cabeça etc. são o reflexo de
modificações permanentes do tônus da base de certos músculos ou grupos
musculares do corpo.
• O sistema postural funciona então, em seu desequilíbrio, mas ele é
incapaz de corrigir-se sozinho.
SISTEMA TAMPÃO POSTURAL

• Sistema tampão na posturologia é o local


onde se compensa um desequilíbrio
postural.

• O pé é o traço de união entre o


desequilíbrio e o solo, e também de
forma relativamente igual e simétrica as
pressões sobre as duas pernas.

Para isso, o pé é obrigado a se


torcer frequentemente de forma
assimétrica e às vezes desarmônica.
PACIENTE POSTURAL

• A síndrome de deficiência postural se caracteriza por um quadro composto


por sinais e sintomas, estabilométricos e clínicos:
• Dificuldade de se manter em pé ou sofrimento nesta posição;

• Estabilometria fora dos parâmetros de normalidade;

• Assimetria anormal do sistema tônico postural (exame clínico);


PACIENTE POSTURAL

• Patologias comuns tratadas com frequência com a posturologia:


o Dores vertebrais;

o Dores com componentes vertebrais (neuralgias);

o Dores com componentes estáticos (quadril, joelho, pé, hérnias,...);

o Deformações da coluna (hipercifose, escoliose, hiperlordose,...);

o Patologias esportivas (câimbras, tendinites, dores musculares,...)

o Por diversos captores (cefaleia, vertigem, fadiga, problemas estáticos da criança,


deformações podais, dislexia, fibromialgia,...)

o Nas patologias neurológicas (PC, Parkinson, esclerose múltipla, AVE, pós-cirúrgico,...)


PARÂMETROS DE NORMALIDADE

Manfio et al., descreve que aproximadamente:


• 60% do peso corporal estão distribuídas nos
calcanhares;

• 31% a 38% na região das cabeças dos metatarsos;

• 5,2% localizam-se no meio do pé;

• 2% na região dos dedos.

Projeção do centro de gravidade do corpo no meio


do quadrilátero de sustentação.
PARÂMETROS DE NORMALIDADE

PLANO SAGITAL
Eixo vertical do corpo passe pelo vértex, apófise odontóide de C2,
corpo vertebral de L3, projetando-se no centro do quadrilátero de
sustentação 30 mm posterior.

• Plano escapular e das nádegas – alinhados ou até 1 dedo anterior;


• Flecha Lombar - 4 a 6 cm (3 a 4 dedos);
• Flecha cervical - 6 a 8cm (4 a 5 dedos);
• Flecha occipital – 1,5cm (2 dedos).

Quando a postura é equilibrada:


• O ângulo sacral é de 32°;
• O disco L3-L4 está horizontal;
• A vértebra L3 é mais anteriorizada.
PARÂMETROS DE NORMALIDADE

PLANO HORIZONTAL
Analisar o alinhamento da cintura escapular e pélvica quanto as rotações.

Estudos mostram que somente 10% da população correspondem a todos os critérios de normalidade, e
estes indivíduos quase nunca apresentam dores.
PARÂMETROS DE NORMALIDADE

PLANO FRONTAL
• Linha entre os olhos;
• Linha entre os mamilos;
• Linha entre os dois processos estiloides do rádio;
• Linha da cintura escapular;
• Linha da cintura pélvica.
DESEQUILÍBRIOS POSTURAIS

PLANO SAGITAL
A. Postura ideal: plano escapular e curvaturas da coluna
dentro do normal

B. Plano escapular alinhado, aumento da curvatura lombar e


pés valgos

C. Plano escapular posterior, estratégia de quadril em


anterioridade, pés valgos e planos

D. Plano escapular anterior, pés com duplo componente


(varos, valgos)

E. Plano escapular alinhado, diminuição das curvaturas da


coluna lombar e cervical, pés varos
DESEQUILÍBRIOS POSTURAIS

PLANO SAGITAL
Avaliação do plano postural em 105 pacientes:
• 95 deles eram anteriorizado = 90,48%

• 10 deles eram posteriorizado = 9,52%

• 100% deles melhoraram o plano postural com o uso de


palmilhas

• 91,57% deles tiveram mudança para melhor no quadro de


dor (leve, moderado ou total)
DESEQUILÍBRIOS POSTURAIS

PLANO FRONTAL
Na região das cinturas, notaremos mais facilmente as
alterações posturais:
A. Báscula dos ombros:
a. Geralmente os desequilíbrios da cintura escapular
está relacionado com a lateralidade, logo, nos
indivíduos destros o ombro D é mais baixo;

B. Báscula da pelve

Quando o ombro e a pelve basculam no mesmo sentido, o


captor inicialmente perturbado é o OCULAR;

Quando o ombro bascula para um lado e a pelve para o lado


contralateral, o captor inicialmente perturbado é o PODAL.
DESEQUILÍBRIOS POSTURAIS

PLANO HORIZONTAL
É o estudo das rotações dos ombros e da pelve, no qual vamos observar:
• Pelve anterior ou posterior;

• Ombro anterior ou posterior;

As rotações da cintura escapular são


fortemente influenciadas pela
lateralidade.
TESTES REFERENCIAIS
TESTES REFERENCIAIS

1. MANOBRA DE CONVERGÊNCIA PODAL


Examina o tônus dos membros inferiores.

A manobra consiste em realizar um movimento lento


de rotação interna, simultânea dos membros, com o
objetivo de verificar a resistência dos músculos rotadores.

O terapeuta pode estimular um determinado sistema


corporal (podal, ocular, manducatório, visceral, estrutural,
craniano,...) e observar a alteração do tônus, comprovando
que aquele sistema está com alguma disfunção.
TESTES REFERENCIAIS

2. TESTE INFORMACIONAL MALEOLAR


O TIM é um outro teste que poderá nos direcionar para possíveis
tecidos disfuncionais através de determinadas alavancas.
O terapeuta deverá sentir um movimento de “maré” no sentido
craniocaudal. Quando pedimos uma alavanca e esse movimento para, é
indicativo de alguma disfunção no sistema testado.

Alguns exemplos de alavancas:


• Estender a cabeça → neurovegetativo;
• Flexão da cabeça → neuromeníngeo;
• Dorsiflexão → plexo sacral e coccígeo;
• Flexão plantar → plexo lombar;
• Estender os MMSS acima da cabeça → plexo braquial.
AVALIAÇÃO POSTURAL
AVALIAÇÃO POSTURAL

1. TESTE PÓSTERO-ESTÁTICO: Inicialmente


avaliamos a postura utilizando o fio de
prumo:
a. Plano escapular
b. Flecha lombar (3 a 4 dedos)
c. Flecha cervical (4 a 5 dedos)
d. Flecha occipital (2 dedos)
AVALIAÇÃO POSTURAL

1. TESTE PÓSTERO-ESTÁTICO:

e. Básculas da cintura
escapular e pélvica
AVALIAÇÃO POSTURAL

1. TESTE PÓSTERO-ESTÁTICO:

f. Rotações da cintura
escapular e pélvica
AVALIAÇÃO POSTURAL

2. TESTES COMPLEMENTARES:
a. Rotação da cabeça:
É um teste para colocar em evidência inicialmente a
influência dos olhos em virtude da comunicação direta da
atividade muscular extraocular com músculos do pescoço e
ombros.

Porém, todas as entradas sensórias podem interferir


neste teste.

É considerado normal quando o paciente consegue


enxergar toda a hemiface do terapeuta.
AVALIAÇÃO POSTURAL

2. TESTES COMPLEMENTARES:
b. Romberg postural:
O teste de Romberg é um exame clínico posturológico
de rotina que consiste em observar as oscilações posturais
do paciente.

• Oscilações ântero-posteriores são consideradas influência do


captor podal;

• Oscilações látero-laterais e/ou rotacionais de até 30° são


consideradas influência do captor ocular;

• Oscilações látero-laterais e/ou rotacionais >30° são


consideradas influência do sistema vestibular.
AVALIAÇÃO POSTURAL

3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
Durante a avaliação, o terapeuta preencherá um quadro correspondente a este, marcando com um
X a região em disfunção:

*C – Cervical *T- Torácica *L- Lombar *P- Pelve


C*
T*
L*
P*
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO: É um teste descrito por Philippe e
Sylvie Villeneuve em 2008.

Pelve
O terapeuta se posiciona posteriormente ao paciente e realiza
uma translação da pelve.

O correto é haver uma rotação pélvica para o lado oposto (ou


seja, se a pelve translada para a esquerda a rotação da pelve
acontece para a direita).

Se isso não ocorrer, deve-se anotar um X na tabela no local da


pelve.
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO: É um teste descrito por Philippe e
Sylvie Villeneuve em 2008.

Lombar
O paciente realiza a inclinação da cabeça e do tronco e o
terapeuta mantém suas mãos na lombar e observa se há rotação do
tronco para o lado oposto ao inclinado.

O ideal é que haja rotação para o lado oposto.

Se não houver, deve-se marcar um X na lombar.


AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO: É um teste descrito por Philippe e
Sylvie Villeneuve em 2008.

Torácica
O paciente realiza a inclinação da cabeça e do tronco e o
terapeuta mantém suas mãos na torácica e observa se há rotação do
tronco para o lado oposto ao inclinado.

O ideal é que haja rotação para o lado oposto.

Se não houver, deve-se marcar um X na torácica.


AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO: É um teste descrito por Philippe e
Sylvie Villeneuve em 2008.

Cervical
Para a coluna cervical o ideal é que haja inclinação pura sem
rotações.

Se houver rotação, deve-se marcar um X na cervical.


AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
Ela poderá ser localizada: nas quais uma ou duas partes do corpo estão em disfunção.

Um reflexo de origem localizada pode se generalizar em seguida e esta extensão pode ser obtida
simplesmente pelo prolongamento desse estímulo.

C* X
T*
L* X
P*
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
Ela poderá ser sistematizada lateralizada: nas quais todos os segmentos de um lado estão em
disfunção.

C* X
T* X
L* X
P* X
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
Ela poderá ser sistematizada generalizada: nas quais todos os segmentos dos 2 lados estão em
disfunção.

C* X X
T* X X
L* X X
P* X X
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
*Padrão discal: A letra “I” significa invertido, ou seja, no movimento de inclinação lateral a mão
avaliadora vai se posteriorizar bilateralmente num mesmo segmento.

C* X
T* X
L* I I
P*
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
3. TESTE PÓSTERODINÂMICO:
*Padrão neuroarticular: novamente é observado uma posteriorização da mão avaliadora, porém agora
unilateralmente.

C* X
T*
L* I
P* X
ESQUERDA DIREITA
AVALIAÇÃO POSTURAL
4. TESTE DE CADEIA ESTABILIZADORA (TRENDELEMBURG)
O teste identificará a fraqueza do músculo glúteo médio,
importante estabilizador da pelve.

Paciente em pé, deverá fletir o joelho.

Terapeuta atrás do paciente, observa se a pelve se mantém


nivelada ou se há um desvio pélvico contralateral.

O teste é considerado normal quando o paciente mantém o nível


da pelve.

Se houver desvio pélvico do lado que está com o pé apoiado


no solo, considera-se positivo.
CAPTOR PODAL
CAPTOR PODAL

• O pé pode ser considerado um conjunto proprioceptivo e


exteroceptivo;

• O pé realiza seu trabalho por meio de três arcos:


• o arco longitudinal medial: suporta o peso do corpo no tálus e
o transfere para os três primeiros artelhos;

• o arco longitudinal lateral: ajuda a distribuir o peso corporal;

• o arco transverso: cruza a parte anterior do pé e faz interação


dos arcos medial e lateral
CAPTOR PODAL

• A maior parte do movimento dos pés ocorre em três


articulações sinoviais:
- TIBIOTALAR = tíbia e tálus = dorsiflexão/flexão plantar
- SUBTALAR = tálus e calcâneo = I/E
- MÉDIOTÁRSICA = tálus/cubóide/navicular = Art. De Chopart
CAPTOR PODAL

POSSUI 3 PARTES:
- RETROPÉ: - Posterior: calcâneo e tálus = ESTABILIZADORA

- MÉDIOPÉ: - Medial: navicular e cubóide = RÍTMICA

- ANTEPÉ: - Anterior: cunhas, MTTs e falanges = DINÂMICA

• O pé precisa ser um adaptador maleável para superfícies


de contato irregulares.

• O conjunto tornozelo e pé têm como principal função a


estabilidade, e depois a mobilidade.
CAPTOR PODAL

• Tipos de pés: cavo, normal, intermediário, rebaixado e plano

Índice de Chippaux Smirak Índice de Viladot

Divide B por A: Divide A por 3:

- 0cm = pé cavo B > que 1/3 de A = pé plano


- 0,01 a 0,29cm = pé normal B= 1/3 de A = pé normal
- 0,30 a 0,39cm = pé intermediário B < que 1/3 de A = pé cavo
- 0,40 a 0,44cm = pé rebaixado
- Acima de 0,45cm = pé plano
CAPTOR PODAL

• Tipos de pés: cavo, normal, intermediário, rebaixado e plano


Índice de Chippaux Smirak

Divide B por A:

- 0cm = pé cavo
- 0,01 a 0,29cm = pé normal
- 0,30 a 0,39cm = pé intermediário
- 0,40 a 0,44cm = pé rebaixado
- Acima de 0,45cm = pé plano

Índice de Viladot

Divide A por 3:

B > que 1/3 de A = pé plano


B= 1/3 de A = pé normal
B < que 1/3 de A = pé cavo
CAPTOR PODAL

• Tipos de pés:
• Causativos
• Valgos simétricos
• Varos simétricos
• Adaptativos
• Reversível: Com adaptações inferiores a um ano;
• Fixo: com adaptações que ultrapassaram um ano;
• Compensador: pé que compensa ativamente outra alteração ou outro captor.
• Mistos
• Assimétricos
• Desarmônicos
CAPTOR PODAL

• CAUSATIVO:
• PÉS VALGOS SIMÉTRICOS:
• Calcâneos valgos
• Joelhos Valgos
• Tendência ao flexo de joelhos
• Rotação interna dos eixos tibais e femorais
• Patela medializada
• Anteversão dos ilíacos
• Aumento da lordose lombar e cervical
• Horizontalização do sacro
• Hipercifose torácica compensatória
• Possível plano escapular posterior
CAPTOR PODAL

• CAUSATIVO:
• PÉS VAROS SIMÉTRICOS:
• Calcâneos varos
• Joelhos Varos
• Rotação externa dos eixos tibais e femorais (podendo
levar à insuficiência da cobertura da cabeça femoral)
• Tendência ao joelho recurvato
• Patela lateralizada
• Retroversão dos ilíacos
• Retificação das curvaturas da coluna
• Verticalização do sacro
CAPTOR PODAL

• ADAPTATIVO :
• COMPENSADOR:
- pé que compensava ativamente em varo para tentar
compensar uma perna curta;
- um pé valgo compensando um genovaro;
CAPTOR PODAL

• MISTOS:
• VALGOS ASSIMÉTRICOS:
• Ambos os retropé são valgos, porém um é mais
acentuado que o outro.

• O lado mais anterior será o pé mais valgo.

• O pé adaptativo é o pé mais valgo.


CAPTOR PODAL

• MISTOS:
• VALGOS ASSIMÉTRICOS: A coluna vertebral pode se
adaptar de duas formas:
• Adaptação harmoniosa → atitude escoliótica;

• Adaptação desarmoniosa → bloqueios vertebrais,


geralmente sacro-ilíaco de um lado e de L5/S1 do
outro, T10, T4, C7/T1, OAA e esfeno-basilar.

Os músculos do pescoço apresentam tensões assimétrica e


a partir disso é possível haver problemas oculares
adaptativos.
CAPTOR PODAL

• MISTOS:
• VAROS ASSIMÉTRICOS:
• Ambos os retropé são varos, porém um é mais
acentuado que o outro.

• O lado mais posterior será o pé mais varo.

• O pé adaptativo é o pé mais varo.


CAPTOR PODAL

• MISTOS:
• VAROS ASSIMÉTRICOS: A coluna vertebral pode se adaptar de duas
formas:
• Adaptação harmoniosa → atitude escoliótica;

• Adaptação desarmoniosa → bloqueios vertebrais, geralmente


sacro-ilíaco de um lado e de L5/S1 do outro, T10, T4, C7/T1, OAA e
esfeno-basilar.

As compensações alteram os membros inferiores: coxartrose e


hiperpressão patelar primeiramente do lado mais varo.
CAPTOR PODAL

• MISTOS:
• DESARMÔNICOS:
• São retropé de tipos opostos, um valgo e outro varo;

• São pés que sempre têm um forte caráter adaptativo;

• A pelve pode se bascular;

• Do lado valgo ocorrerá rotação interna e anteriorização


pélvica;

• Do lado varo ocorrerá rotação externa e posteriorização


pélvica, causando um pivô rotatório ao nível dos joelhos;
CAPTOR PODAL

• PÉS COM DUPLO COMPONENTE:


• os pés iniciam o passo sobre o bordo externo do calcanhar e
desaba imediatamente em valgo.

• Pé do homem moderno

• Pode ser ou não patológico na estática, porém sempre é na


dinâmica

• Pode ser causativo ou adaptativo, provavelmente são os dois


na maioria dos casos

• Plano escapular é anterior


AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• APOIO UNIPODAL
• O teste diagnosticará o tipo de pé:
• Se o deslocamento for interno, considera-se um pé
valgo.

• Se for externo, pé varo.

• Se houver um equilíbrio entre interno e externo, pé


normal.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• ANÁLISE DA MARCHA:
• Observar o paciente caminhar e verificar se realiza todas as fases da marcha (presença ou não de
duplo componente).
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• ANÁLISE DA MARCHA:
• Observar o paciente caminhar e verificar se realiza todas as fases da marcha (presença ou não de
duplo componente).
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• PLANTIGRAFIA:
• É a impressão grafada em papel das superfícies plantares dos pés
com a carga do peso corporal.

• Avaliar o tipo de pisada.

• Desenhar as peças podais.


AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• PODOSCOPIA:
• Apresenta uma superfície de vidro acima de um espelho que reflete a imagem plantar quando os
pés se posicionam sobre o vidro.

• Avaliar o tipo de pisada.


AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• BAROPODOMETRIA:
• É possível, através deste equipamento:
• Quantificar as oscilações do centro de pressão

• Quantificar as pressões plantares e com isso o tipo de pisada

• Coletar dados da marcha


AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• BAROPODOMETRIA:
• Coletar dados estabilométricos das oscilações do corpo. Onde a área de oscilação fique em até
10mm². Além de poder observar as oscilações ântero-posteriores e latero-laterais.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• BAROPODOMETRIA:
• A área de contato média considerada normal é de 120cm² +- 17cm² (calçado 38).
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• BAROPODOMETRIA:
• É possível ainda analisar a força aplicada no solo durante a marcha.

• O ideal é que o primeiro pico seja maior que o segundo, onde o primeiro é o choque do calcanhar
no solo e o segundo é a impulsão para a troca do passo.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR PODAL

• Estudo em 2006:
• Comparação dos tipos de pé classificados por determinadas formas de avaliação clínica (Cantalino
& Mattos)

• Comparou a avaliação de 56 pés entre plantigrafia, podoscópio e baropodometria.

• Resultados: não houve concordância significativa entre as avaliações


OBSTÁCULOS
OBSTÁCULOS

• PERNA CURTA VERDADEIRA:


Parâmetros:
1 – Altura das Fossetas de Michaelis: o lado da perna curta
deverá estar mais baixo.
OBSTÁCULOS

• PERNA CURTA VERDADEIRA:


Parâmetros:
2 – Vista tangencial da base sacral: o lado da perna curta
deverá estar mais baixo na região da base sacral.
OBSTÁCULOS

• PERNA CURTA VERDADEIRA:


Parâmetros:
3 – Rotação da Pelve: rotação posterior até 5mm e
anterior de 6mm para cima.

Se todos esses parâmetros concordarem estaremos diante


de uma perna curta verdadeira
OBSTÁCULOS

• PERNA CURTA VERDADEIRA:


Tratamento:
Pode-se corrigir a totalidade da perna curta na 1ª avaliação, desde que:
• Até 7mm na primeira consulta. Aumentar progressivamente a cada reavaliação.

• Não corrigir perna curta menor que 3mm, na primeira avaliação.

• O limite para correção dentro do calçado é de até 12mm (1,2cm), o restante, se necessário, fazer
adaptação externa do solado.
OBSTÁCULOS

• PERNA CURTA VERDADEIRA:


Tratamento:
• Na criança, se a diferença entre uma perna e outra for de 4-5mm o corpo consegue se autorregular,

• Diferentemente do adulto não se corrige essa altura de perna curta em criança.

• Porém, se a perna curta for igual ou superior a 8mm eu subtraio por 5mm e corrijo a diferença.
• Ex.: 10mm – 5mm = correção de 5mm
OBSTÁCULOS

• ELEMENTOS DERROTAÇÃO:
• Antes de corrigirmos uma P.C. inferior a 2mm, devemos primeiramente tentar derrodar a pelve.

• Esses elementos são indicados para pacientes que possuem pés desarmônicos ou pés valgos ou
varos assimétricos.

• Derrotador interno para pés valgos


Desde que batam com a biomecânica
de cada tipo de pé
• Derrotador externo para pés varos
OBSTÁCULOS

• BLOQUEIOS FORA DO SISTEMA


Alguns bloqueios podem obstaculizar o tratamento, são eles:
• Bloqueio do cóccix

• Bloqueio da 1ª costela

• Bloqueio da OAA

• Tratamento dental recente ou má oclusão ou a falta de algum dente


OBSTÁCULOS

• CICATRIZES PATOLÓGICAS:
• Toda cicatriz hipertrófica, retraída ou queloidal, poderá estirar os exteroceptores cutâneos e
provocar informações aberrantes no nível das entradas polissinápticas do arco gama provocando
um verdadeiro estímulo, assim como o ajustamento errôneo do músculo correspondente.

• O toque suave sobre a cicatriz patológica provoca uma queda da onda estacionária do pulso
radial; é por outro lado, o meio que nos permite diagnosticá-la.

• Essa queda corresponde a um fenômeno de secreção de adrenalina.

• O tratamento é mobilização do tecido cicatricial, devolvendo a mobilidade do tecido, isso com o


auxílio de massagem com óleo de rosa mosqueta, uso de dry needling, bandagem elástica.
CAPTOR OCULAR
CAPTOR OCULAR

• O sistema visual, assim como o podal, é um captor interno e externo,


responsável por prover informações extero e endoceptivas (GAGEY et
all, 1980);

• As informações vindas do sistema visual, interagem com o cerebelo para


que ocorra influência do mesmo sobre a atividade tônica muscular
antigravitacional, concretizando sua relevância no controle da postura
e do movimento humano (KANDEL, 1997).

• Encontrou-se participação ocular nas crianças escolióticas com


assimetria de convergência e/ou heteroforias (BRICOT, 2001).
CAPTOR OCULAR

O olho é ao mesmo tempo um captor externo e interno que:


- Enquanto captor externo: está ligado à visão periférica, ou seja, às
informações da retina recebidas pelos bastonetes.

- Enquanto captor interno: está ligado à propriocepção dos músculos


extraoculares que promovem a oculomotricidade do globo ocular.

Além disso, temos um mecanismo importante onde conseguimos


comprovar a importância dos olhos sobre o STP, esse mecanismo é
denominado de via óculocéfalogíria.
CAPTOR OCULAR

O olho pode descompensar a postura


de duas formas:
- Circuito curto: informações
sensoriais atingem níveis do tronco
cerebral, é a via oculovestibulo
cefalogíria propriamente dita.

- Circuito longo: informações


sensoriais atingem os núcleos cinzentos.
CAPTOR OCULAR

VIA ÓCULOCÉFALOGÍRIA

Núcleo
oculomotor

Núcleo
XI par
vestibular
(n. acessório)

ECM e trapézio
X par (n. vago)
CAPTOR OCULAR

• Sete ossos fundidos nas suturas


formam a órbita:
• maxila, frontal, zigomático,
etmoide, lacrimal, palatino e
esfenoide.

• Oito aberturas, ou forames,


permitem que as artérias e veias
que irrigam o conteúdo orbitário e
nervos que inervam entrem e saiam
da órbita.
CAPTOR OCULAR

Os músculos extraoculares são:


• Inervados pelo n. oculomotor (III):
o Músculo reto superior
o Músculo reto medial
o Músculo reto inferior
o Músculo obliquo inferior

• Inervado pelo n. troclear (IV):


o Músculo obliquo superior

• Inervado pelo n. abducente (VI):


o Músculo reto lateral
CAPTOR OCULAR

Trabalhos de J. P. Roll em 1986: evidenciou o eixo visuo-podal, colocando


vibrações nos músculos extraoculares:
o Quando colocou no músculo reto lateral, com a cabeça fixada → percebeu que gerava
báscula e rotação na cintura escapular.

o A vibração dos músculos retos inferiores dos dois olhos → provoca deslocamento
posterior do centro de gravidade.

o A vibração dos músculos retos superiores dos dois olhos → provoca deslocamento
anterior do centro de gravidade.

o A vibração do músculo reto lateral D e do reto medial E → provoca deslocamento do


centro de gravidade para a E.
CAPTOR OCULAR

Trabalhos de John Pierce y Dorell Boyd Harmon:


• demonstraram que a atividade fisiológica do corpo está vinculada com o funcionamento
visual e que uma visão alterada implica em um aumento da atividade fisiológica e
provoca gasto energético, cansaço e esgotamento das reservas fisiológicas
operacionais.

• Colocaram lentes que alteravam a acomodação dos olhos e pediram pra eles lerem e
escreverem. Após 10min.:
• Aumento da FC, transtorno do ritmo e volume respiratório, aumento da PA, mudança
do tônus por eletromiografia do m. trapézio, aumento da temperatura da pele e
mudança na postura.

Conclui-se o efeito dos olhos em toda a fisiologia corporal bem como no STP.
CAPTOR OCULAR

TIPOS DE MOVIMENTOS OCULARES


• São descritos 3 tipos:
- Perseguição: É o deslocamento do globo ocular de maneira lenta e harmoniosa. Ex.:
fixar e seguir um objeto com os olhos sem mexer a cabeça.

- Vergência: é o movimento lento e harmonioso de ambos os olhos quando aproximamos


(convergência) e afastamos (divergência) algo.

- Sacádico: movimentos mais rápidos que o aparelho oculomotor pode realizar. Sua
finalidade é dirigir o olhar de um objeto a outro dentro do campo visual em um menor
tempo possível, podendo ser involuntários ou voluntários (REY, 2008).
CAPTOR OCULAR

CRITÉRIOS DE NORMALIDADES:
- Binocularidade: é a capacidade do indivíduo de sobrepor as imagens de cada olho a nível
central.

- Acomodação: fenômeno de nitidez da imagem (músculos ciliar e da pupilar) - Núcleo de


Edinger Whestphall (parassimpático);

- Emetrope: paciente sem problema de refração, com ou sem correção.

- Convergência: Capacidade de ambos os olhos realizar movimento de adução até a raiz do


nariz (núcleo de Perlia);

- Ortofórico: simetria dos eixos visuais, não possui heteroforias.


CAPTOR OCULAR

São duas as principais alterações:

1. Insuficiência de Convergência: É uma desordem na qual


os dois olhos têm dificuldade em trabalhar coordenados ao
realizar atividades próximas, já que existe uma forte tendência
para se desviarem para fora, eles não conseguem realizar o
movimento de adução até a raiz do nariz, um dos motivos é o
espasmo do músculo reto lateral do globo ocular.
CAPTOR OCULAR
São duas as principais alterações:

2. Heteroforias: Quebra-se o mecanismo de fusão da imagem, ou seja, retira-se a visão binocular de


um olho e observa se o movimento de vergência se mantém. Não há perca da binocularidade.
Existem 4 tipos:
CAPTOR OCULAR

Sinais Clínicos: Cefaleias, vertigens, cervicalgias, dores raquidianas entre


outras.

Sintomas: Sensação de embriaguez, medo de grandes espaços, apreensão de


conduzir um veículo, sensação de estar sendo empurrado para um lado da
estrada, indivíduos que se machucam dando esbarrões em portas e objetos,
indivíduos que caem constantemente, náuseas, provocadas em transportes ou
em barcos, baixo rendimento esportivo em crianças e adolescentes e nos mais
velhos, sensação de mal-estar quando o espaço visual está em movimento.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR OCULAR
AVALIAÇÃO DO CAPTOR OCULAR
Teste 1 – Teste de Convergência
Analisaremos a convergência completa dos olhos
até a raiz do nariz, ou seja, o movimento de adução
dos globos oculares.
Terapeuta com uma das mãos fixa a cabeça do
paciente e com a outra mão, segurando a caneta,
aproxima a ponta lentamente da raiz do nariz do
paciente pedindo a ele que fixe a ponta sem perdê-la.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR OCULAR
Teste 2 – Convergência Reflexa
Explora os movimentos rápidos e harmoniosos
do globo ocular.
Terapeuta pede para o paciente manter o olhar
distante enquanto aproxima a ponta da caneta na raiz
do nariz dele.
Em seguida, pede para o paciente olhar a “ponta
da caneta”, “olhar distante”, “olhar ponta da caneta”
(...), com isso o terapeuta observa se os olhos
correspondem às informações dadas e realizam os
movimentos.
É considerado patológico caso um olho faça o
movimento e o outro não, caso um olho vá de forma
mais lenta que o outro ou quando um ou os dois
olhos vão em movimentos de “saltinhos”.
AVALIAÇÃO DO CAPTOR OCULAR
Teste 3 – Cover Teste
Identifico se existe uma deficiência de
paralelismo dos eixos visuais, ou seja, se o paciente
apresenta heteroforias.
Inicialmente aproximo a ponta da caneta a
aproximadamente 20cm da raiz do nariz do paciente;
peço para ele olhá-la e em seguida retiro a visão
binocular dele, fechando um olho com a minha outra
mão, deixando-o em uma visão monocular.
É considerado patológico quando o terapeuta
retira a mão e o olho faz algum tipo de movimento,
isso confirma que esse paciente possui uma
heteroforia.
TRATAMENTO DO CAPTOR OCULAR
1 – Exercícios Oculomotores
O paciente deve estar sentado com os pés
apoiados no chão e o terapeuta sentado à sua frente
realizando o contato somestésico, visual e auditivo.

O contato somestésico é feito através dos joelhos


do terapeuta com os joelhos do paciente; o visual é
feito através de um desenho no dedo indicado da mão
dominante do paciente e, por fim, o auditivo é feito
através de estímulos com palavras de incentivo.
TRATAMENTO DO CAPTOR OCULAR
2 – Técnica Óculocéfalogíria (Busquet e Gabarel)
Objetivo: Reequilibrar as tensões dos músculos
oculomotores e dos músculos suboccipitais a fim de
melhorar o funcionamento entre os olhos e a cervical.

Posição: Paciente deitado em decúbito dorsal


com os olhos abertos e terapeuta sentado atrás da
cabeça do paciente coloca os dedos indicadores,
médios e anulares sobre as articulares de C1, C2 e
sobre a apófise mastoide.

Execução da Técnica: Pedir ao paciente olhar


para a direita e depois para a esquerda sem
movimentar a cabeça. O terapeuta deve sentir que o
lado oposto do olhar deverá se anteriorizar, assim
como a mastoide deverá seguir o movimento.
TRATAMENTO DO CAPTOR OCULAR
3 – Técnica de Fascial do Globo Ocular (V.
Frymann – Livro Osteopatía y Oftalmologia)
Objetivo: Promover melhora nas tenções faciais
dos olhos.

Execução da Técnica: movimentar


passivamente o globo ocular do paciente para cima,
para baixo, internamente, externamente, em rotação
interna e externa.

O terapeuta observa os movimentos de maior


facilidade e mantém até sentir a liberação das fáscias.
OBRIGADO!!

Dr. Renan Alberto Massarenti, C.O.


Instagram e Facebook: @renanalbertomassarenti
Cel.: (18) 98125-1025

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