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Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
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Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 6
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APRESENTAÇÃO
Assim, esperamos que esse Caderno, venha contribuir com a melhoria das ações de
saúde para a População em Situação de Rua, dando visibilidade a essa temática, e
sensibilizando gestores e profissionais de saúde para atuarem no atendimento às necessidades
de saúde, com acolhimento adequado para essa população.
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Alexandre Barbosa Beltrão¹; Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro¹. Cintia Viana do
Prado²; José Almeida da Silva Neto²;Luiz Vinícius de Lima Guido³; Luíza Pereira
Gomes Ferreira Tavares²; Márcia Lúcia da Costa Cavalcanti Silva²; Maria Clara
Nogueira Borges de Melo²; Mariana Machado Farias²; Mariana da Soledade
Urquiza Lins²; Taciana Silva Ferreira de Moraes²; Vivian Marielly Bezerra dos
Santos². Alexandre Barbosa Beltrão1; Leila Karina de Novaes Pires Ribeiro1
1
Docente do curso de medicina da Universidade Católica de Pernambuco; 2Discente do
curso de medicina da Universidade Católica de Pernambuco; 3Discente do curso de
medicina da Universidade Católica de Pernambuco
E-mail: luiza.2017112002@unicap.br
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relacionados a visão. É em meio ao alto índice de patologias, aliados aos estigmas sociais e
incipiente política pública, que a saúde das PSR é deixada de lado e, consequentemente, se
inserem à margem de uma sociedade que discrimina e exclui. Assim como relatado por Barata
et al (2015), um terço das pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo se sentiam
discriminadas ao frequentar os serviços de atenção à saúde. Dessa forma, ao fazermos um
paralelo com essa realidade, nota-se que não há espaço para todos os públicos nos serviços de
saúde na cidade do Recife, no qual muitos são rejeitados e renegados. Essa também é a
realidade relatada e visualizada nas ruas do Recife. Portanto, o projeto em questão objetiva,
contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessa população quando a questão é saúde. A
coleta de histórias de vida e clínicas que são contadas, relatando os motivos para que as
pessoas se encontrarem naquela situação, subsidiaram a realização de consultas médicas,
objetivando resolver as queixas trazidas para os atendimentos. Os problemas mais complexos
e que demandam hospitalização, foram encaminhados e receberam orientações quanto ao
direito, enquanto cidadãos, de serem atendidos pelo SUS, ainda que sem documentação ou
terem residência fixa. Tal fato se configurava como desestímulo e um dos principais motivos
para não procurar ajuda de profissionais da saúde, no âmbito do SUS. Os trabalhos realizados
durante as ações do projeto, inicialmente se configuraram na análise da realidade local e o
conhecimento do território que possibilitou mapear os lugares de maior concentração;
posteriormente foram desenvolvidas diversas ações que incluíram: escuta, acolhimento,
educação em saúde e intervenções nos locais de circulação das PSR. Estas ações incluem não
só atividades relacionadas à Medicina (rastreios, prestação de cuidados e tratamento), mas
também atividades relacionadas à promoção à saúde, tais como: angariação/distribuição de
alimentos, instruções a jovens carenciados e atividades que promovem o bem-estar e a
autoestima, tais como: salão de beleza, oportunidade de escolha de roupas, através do bazar,
distribuição de kit de higiene individual, que em épocas de pandemia por coronavírus inclui
máscaras de tecido, dentre outras ações, encaminhamento para tratamento ambulatorial na
Unidade Básica de Saúde (UBS) do Pilar, onde PSR podem ser atendidas mesmo sem
documentação, uma vez que alguns perderam ou nunca tiraram. Em 2019 foram realizadas,
ações no “Instituto Pelo Bem” e em conjunto com a Fundação Terra no Pátio de Santa Cruz,
local onde foi identificado o maior volume em pessoas de situação de rua. Assim, foi possível
realizar atividades de atenção básica, as quais incluem orientações de serviços onde a
população possa ter atendimento e o seguimento do mesmo, aferição de pressão, orientações
de Infecções sexualmente Transmissíveis (ISTs), curativos, cuidados sintomáticos, higiene
pessoal, orientação quanto a redução de danos relacionado ao uso de drogas. Em meados do
primeiro semestre de 2020, com a pandemia do Covid-19, as atividades do Reconstrua
somaram-se ao do grupo Unificados, um conjunto de ações sociais que trabalham também em
prol da saúde e bem-estar da população em situação de rua. O local de atuação passou a ser o
Liceu, espaço cedido pela Unicap para dar continuidade as ações do projeto. Além das
colaborativas parcerias com instituições não governamentais, também houve o trabalho em
conjunto com a Vigilância Epidemiológica do Distrito 1 e com a Coordenação de Saúde do
Homem, onde foram realizadas atividades educativas sobre diversos temas, como:
Tuberculose, ajudando a repassar aos PSR a melhor forma para perceber os primeiros
sintomas, qual serviço recorrer, a importância do tratamento precoce e da prevenção. Um dos
desafios foi a criação de pequenos “espaços de acolhimento” nas ruas, durante as ações, para
possibilitar momentos mais íntimos em que as pessoas em situação de rua pudessem relatar
suas angústias, necessidades e dificuldades. O acolhimento faz parte de todos os encontros
com as PSR implica na escuta, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde
e doença, na responsabilização pela resolução e ativação de redes de compartilhamento de
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saberes, proporcionando um vínculo maior entre os envolvidos e uma maior adesão das PSR
as orientações dadas. CONCLUSÃO: O Projeto de extensão auxiliou de forma significativa
para a formação dos estudantes envolvidos, contribuindo para a qualificação da formação
humana dos graduandos do curso médico, uma vez que possibilitou a reflexão sobre a
realidade das pessoas que vivem em situação de rua, através de um olhar ampliado do
conceito de saúde, ao mesmo tempo que permitiu o desenvolvimento de ações que são
instrumento de resgate do valor da vida e da saúde, da cidadania e da dignidade humana,
capazes de gerar autonomia e emancipação no contexto de exclusão social. Dessa forma,
constatamos o cotidiano e as condições de vida das PSR e suas situações de risco.
Reconhecemos as limitações do acesso da PSR aos serviços de saúde, o que nos levou à
reflexão acerca dos cuidados destinados aos moradores de rua, visando promoção da
discussão e busca de soluções nas experiências vivenciadas, e assim, gerar uma visão mais
humanística e fortalecer as parcerias com grupos envolvidos em ações benéficas para esse
público, criando uma rede de solidariedade. Entender as necessidades das PSR e sobre o
encaminhamento da rede de saúde foi enriquecedor para os alunos envolvidos em sua
formação, fazendo do projeto um grande instrumento de aprendizado em atenção básica de
forma integral e humanizada.
REFERÊNCIAS:
HINO, Paula; SANTOS, Jaqueline de Oliveira; ROSA, Anderson da Silva. Pessoas que
vivenciam situação de rua sob o olhar da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, São Paulo
- Sp, v. 71, p. 684-682, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v71s1/pt_0034-
7167-reben-71-s1-0684.pdf. Acesso em: 30 ago. 2020.
OLIVEIRA, Alison; GUIZARDI, FranciniLube. A construção da política para inclusão de
pessoas em situação de rua: avanços e desafios da intersetorialidade nas políticas de saúde e
assistência social.: avanços e desafios da intersetorialidade nas políticas de saúde e assistência
social. Rev. Saúde Soc., Distrito Federal- Df, v. 29, p. 5-9, 17 ago. 2020. Disponível
em:https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
12902020000300307&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 02 set. 2020.
VALE, Aléxa Rodrigues do; VECCHIA, Marcelo dalla. SOBREVIVER NAS RUAS:
PERCURSOS DE RESISTÊNCIA À NEGAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE. Psicol. Estud.
[Online], Maringá, v. 25, n. 45235, p. 12-14, 2020. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.4025/psicolestud.v25i0.45235.. Acesso em: 15 jul. 2020.
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Emerson Diniz da Silva¹; Ana Alice de Queiroz Ribeiro Barbosa²; Ednalva Maria de
Moura³
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Novembro de 2019, também por conta das agressões às pessoas na comunidade, por ter
ocorrido um fatídico episódio em que a referida usuária lançou uma pedrada num idoso,
inclusive essa foto circulou em redes sociais através de populares, a exposição nas avenidas
no bairro de Setúbal, como também danos causados aos carros e nas vidraçarias através das
pedradas, a equipe do Consultório na Rua recebeu relatos que a mesma estava sofrendo
ameaças de morte devido a essa desorganização mental, quando ocorreu esta primeira
internação com permanência de quase três meses. A equipe ficou acompanhando a mesma no
hospital, realizou discussão de caso para a alta hospitalar, foi articulado o CAPS em que está
vinculada, como também a pessoa de referência da mesma no território. Na construção
coletiva do Projeto Terapêutico Singular (PTS) com a mesma, esta expressou que não tinha
desejo de ficar em CAPS, nem em abrigo e que no território ela tomaria as medicações e
seguiria no cuidado à saúde com a equipe. Passaram-se alguns meses sem a equipe encontrá-
la no território, pois tinha migrado para outro município, com outros usuários. Quando
retornou ao território, encontrava-se novamente desorganizada psicologicamente, no mês de
Agosto deste ano. Assim, as pessoas da comunidade retornaram a enviar para a equipe do
CnaR toda a situação de sofrimento em que a Srª A.P.B se encontrava na rua, em seguida a
referida equipe começou a realizar a busca ativa e de fato a mesma foi encontrada numa
situação bem delicada, e com uma desorganização mental muito expressiva, desta forma, foi
articulado o SAMU e a rede Psicossocial para o cuidado da mesma. CONCLUSÃO: A
atuação vivenciada com a Srª A.P.B, e de tantos outros casos em que por muitas vezes já se
consideram como se estivessem perdido suas identidades e singularidades, e que voltam a
sentir a dignidade recuperada ao serem cuidados e receberem atenção. Torna-se
imprescindível, este cuidado articulado e em rede, para que possa olhar para esta pessoa em
crise para além desta crise, em que o sujeito encontra-se em pauta, através da totalidade deste
ser, entendendo todo sofrimento físico, psíquico e social em que está inserido. "Valorizar o
sujeito em crise implica levar em consideração sua condição de ser humano, e não apenas de
doente e também não apenas como sujeito em crise; significa respeitar seu tempo, sua
individualidade e singularidade, que nem sempre vão de encontro com a expectativa da
equipe" (FERIGATO; CAMPOS; BALLARIN. 2007,p. 37). O importante é o trabalho sendo
realizado junto e em diálogo, sempre encarando os desafios na linha construtiva do cuidado a
essa população tão esquecida e com seus direitos violados juntos com a rede procurar mudar
essas histórias tão desumanas e estigmatizadas, por uma sociedade onde poucos se colocam e
se importam com eles. Mesmo com toda fragilidade dos equipamentos, construir na linha do
cuidado acreditando e apostando na mudança de estigma e paradigmas que são etiquetas que a
sociedade e sua cultura desumana instalaram. Avante seguir como bravos guerreiros e
guerreiras, com trabalho coletivo, no cuidado, in loco, nas ruas, e com dedicação, mesmo com
toda sua singularidade e pluralidade do território e dessa população.
REFERÊNCIAS:
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Tigre, Heloisa Wanessa Araújo¹; Jorge, Jorgina Sales¹; Silva, Elis Jayane dos Santos¹;
Alves, Nemório Rodrigues2; Belo, Flaviane Maria Pereira¹.
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física inadequada com salas pequenas e pouca ventilação; transporte sem higienização
adequada, articulação intersetorial para transporte dos casos suspeitos ou confirmados, locais
para isolamento e assistência dos mesmos; evasão da PSR de serviços de saúde em
decorrência da dificuldade de compreensão de profissionais sobre a cultura na rua;
continuidade do cuidado da PSR de outras comorbidades. Quanto aos desafios externos,
observamos um significativo aumento da PSR, entre essa, houve também certa dificuldade de
compreensão da probabilidade de risco, alguns (as) usuários (as) por se encontrarem
clinicamente estáveis, mesmo com o diagnóstico positivo para COVID-19, apresentavam
resistência ao tratamento e isolamento. Nesse caso, cabe considerarmos situações em que
ocorre o uso constante de substâncias psicoativas (SPA) e a possível restrição e abstinência
atrelada ao tratamento. Ademais, apontamos como potencialidades: integração e articulação
entre as eCR e rede intersetorial; monitoramento semanal da dispensação de EPI;
fortalecimento de redes parceiras e solidárias; contratação de profissionais; aprendizados,
trocas, cuidado e suporte emocional entre as eCR e maior visibilidade do trabalho na rua. A
interprofissionalidade e as práticas colaborativas entre as eCR sem dúvida fortaleceram ainda
mais o trabalho, favorecendo a busca pelo cuidado integral ao usuário sem fragmentar,
mesmo em um contexto de muitas fragilidades e fragmentações no cuidado em geral.
CONCLUSÃO: É perceptível que ao lidar com algo novo, fomos impulsionados (as) a criar,
recriar, improvisar, inventar e se reinventar, inovar, acreditar que é possível fazer e produzir
resultados positivos apesar de tantas lacunas, faltas, ausências e muitas incertezas. A partir de
agora teremos uma nova realidade no contexto do trabalho das equipes de Consultório na Rua
e, certamente, alguns desafios pela frente para a adequação e adaptação da equipe e dos
usuários do serviço a essa nova realidade.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei Orgânica da Saúde. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário oficial da união,
Brasília, set. 1990.
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REFERÊNCIAS:
BONDIA, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Rev. Bras.
Educ., Rio de Janeiro, n. 19, p. 20-28, Apr. 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782002000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 21 set. 2020.
ARAÚJO, Maristela D.; FARIA, Helaynne X. Uma Perspectiva de Análise sobre o Processo
de Trabalho em Saúde: produção do cuidado e produção de sujeitos. 2010. Disponível em: <
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010412902010000200018&script=sci_abstract&tlng=
pt > Acesso em: 21 set. 2020.
DIMENSTEIN, Magda; MACEDO, João Paulo. Psicologia e a produção do cuidado no
campo do bem-estar social. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
71822009000300002&script=sci_abstract&tlng=es> Acesso em: 13 set. 2020.
FRANCO, T.B.; MERHY, E.E. El reconocimiento de la producción subjetiva del cuidado.
Salud Colectiva (Online), Buenos Aires, vol. 7(1), p.9-20, Enero/Abril, 2011. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672010000200025>
Acesso em: 24 set. 2020.
FRANCO, Túlio Batista; MERHY, Emerson Elias. Reestruturação Produtiva e Transição
Tecnológica na Saúde. 2017. Disponível em: <http://www.professores.uff.br/tuliofranco/wp-
content/uploads/sites/151/2017/10/32reestruturacao_produtiva_e_transicao_tecnologica_na_s
aude_emerson_merhy_tulio_franco.pdf> Acesso em: 13 set. 2020.
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Cléverton da Silva Santos1; Márcia Maria Dantas Cabral de Melo1; Maria do Socorro
Alves de Almeida2; Mônica Maria Motta dos Reis Marques2.
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rica e singular. Além disso, foi possível identificar que o Cirurgião-Dentista oportuniza
articulação com demais serviços da rede intersetorial para discussão de casos e
encaminhamentos. Também proporciona, em rede coletiva, a oferta de cuidados de saúde aos
usuários em situação de maior vulnerabilidade. CONCLUSÃO: Diante desta experiência em
um Consultório na Rua, entende-se o estágio curricular como fundamental à formação
acadêmica, principalmente quando de frente a populações em situações de vulnerabilidade,
provocando o aprofundamento da relação teoria-prática, além de possibilitar a aproximação e
comunicação com a equipe multiprofissional. Ainda proporciona o desenvolvimento de olhar
crítico e de tomada de decisões, o aperfeiçoamento de técnicas e atividades assistenciais, bem
como das habilidades de comunicação, administração e gerenciamento.
Palavras-chave: Odontologia, Educação em Saúde bucal, Consultório na rua, Saúde Pública.
REFERÊNCIAS:
ALVES, Maria Izabel de Mendonça; VITORINO, Gabriel Lobo Gomes; LIBERATO, Thaysa
Priscilla Lacerda..A importância dos profissionais da saúde bucal no programa Consultório na
Rua: Revisão Narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde/Electronic Journal Collection
Health, 2019, Vol.Sup.35, e1428, Página 1 de 7;
BRASIL. 2009. In: Pesquisa nacional sobre a população em situação de rua. Disponível em:
www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Livros/Rua_aprendendo_a_cont
ar.pdf.Acesso em: 24 de set. 2020;
______. 2019. In: Política nacional sobre drogas. Disponível em: www.in.gov.br/materia/-
/assetpublisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/71137357/dole-2019-04-11-decreto-n-9-761-de-
11-de-abril-de-2019-71137316.Acesso em:24 de set. 2020;
______. MINISTERIO DA SAÚDE. Manual sobre à saúde junto a população em situação de
rua. 1nd ed. Brasilia: Ministério da Saúde, 2012. 76-77;
HALLAIS, Janaína Alves da Silveira; BARROS, Nelson Filice de. Consultório na Rua:
visibilidades, invisibilidades e hipervisibilidade. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro,
31(7):1497-1504, julho, 2015;
SILVA, Lílea Marianne Albuquerque; MONTEIRO, Ive da Silva; ARAUJO, Ana Beatriz
Vasconcelos Lima de. Saúde bucal e consultório na rua: o acesso como questão central da
discussão. Cadernos de Saúde Coletiva, 2018, Rio de Janeiro, 26 (3): 285-291;
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REFERÊNCIAS:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 15. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2000.
MERHY, Emerson Elias. O ato de cuidar: a alma dos serviços de saúde. In: BRASIL.
Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Departamento
de Gestão da Educação na Saúde. Ver-SUS Brasil: caderno de textos. Brasília: Ministério da
Saúde, p.108-137, 2004.
SOALHEIRO, Nina (org). Saúde Mental para a tenção Básica/organizado por Nina Soalheiro.
Rio de Janeiro: Editora FioCruz, 2017. 249 p.:il tab.
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EIXO 03 - INTERSETORIALIDADE
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Ivyson da Silva Epifânio¹; Ana Alice de Queiroz Ribeiro Barbosa²; Daniel Friguglietti
Brandespim³
INTRODUÇÃO: A saúde é compreendida como direito de todos e dever do Estado, deve ser
garantida mediante políticas sociais e econômicas que proporcionem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988). Viver nas ruas aumenta a vulnerabilidade
dos indivíduos devido à exposição a vários fatores de risco presentes nestes locais e que os
colocam como alvo de doenças. É notório o crescimento do número de indivíduos vivendo em
situação de rua nos grandes centros urbanos desprovidos dos seus direitos básicos de
cidadania, sendo um desafio para a rede de saúde absorver e ter resolubilidade dos problemas
inerentes dessa situação (BODSTEIN et al., 2017). Nas últimas décadas a temática
relacionada à população em situação de rua vem sendo discutida nas políticas sociais de
forma mais ampla, não sendo essa população apenas associada à ausência de moradia, pois
estes indivíduos encontram-se intrinsicamente relacionados à um processo de exclusão social,
sendo importante direcionar discussões no campo dos direitos humanos e sociais que são
violados nesta população (MONTEIRO, 2019). O profissional de saúde deve estar capacitado
para detectar as interações entre a saúde e as condições ambientais onde os indivíduos vivem,
buscando interligar o processo de doença à presença de exposição aguda ou crônica a
determinantes ambientais. A influência do ambiente, não sendo reconhecida, no processo
saúde-doença é danosa à população, pois excluir a condição sanitária que o indivíduo vive
pode retardar ou impossibilitar as ações de vigilância, prevenção e promoção da saúde, ou até
mesmo impossibilitar um tratamento eficiente devido ao indivíduo não ter a resposta esperada
da terapêutica, uma vez que este continua exposto ao evento danoso à saúde. Desta forma,
negligenciar a influência do ambiente ocasiona um grande prejuízo à saúde pública onde a
população continuará em situação de risco iminente e possivelmente fatal caso as medidas
corretivas não sejam tomadas (GOUVEIA E ALONZO, 2017). OBJETIVO GERAL:
Formulação de instrumento de diagnóstico situacional dos determinantes socioambientais de
saúde na população em situação de rua na Cidade do Recife. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Descrever a exposição a determinantes socioambientais do processo saúde-doença em
população em situação de rua na cidade do Recife. Estimular a integração entre a vigilância e
atenção primária em saúde para a prática do cuidado em população em situação de rua na
cidade do Recife. METODOLOGIA: O estudo foi realizado na cidade do Recife capital do
estado de Pernambuco que possui um território de 218,843 km² e população de 1.653.461
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REFERÊNCIAS:
BODSTEIN, R. et al. (Coord.). Produzindo saúde nas ruas: o trabalho das equipes de
consultórios na rua. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2017.
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ROSSA KA, RIGON SA, GARCIA RCM. Promoção da saúde: um dos pilares da Medicina
Veterinária do Coletivo. In: Garcia RCM, Calderón N, Brandespim DF. Medicina Veterinária
do Coletivo: fundamentos e práticas. São Paulo: Integrativa Vet; 2019. p. 39-46.
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Estudante de Serviço Social – UFPE; Estagiária/Setor de Emergência Psiquiátrica do
Hospital Ulysses Pernambucano.
E-mail: gabysouzafv@gmail.com
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tratavam de pessoas em situação de rua, logo que, demandavam respostas mais planejadas e
articuladas, por se enquadrarem em tantas vulnerabilidades sociais. RESULTADOS E
DISCUSSÃO: Há um número cada vez maior de pessoas excluídas dos direitos sociais
básicos, como educação, saúde, assistência, trabalho, moradia, lazer e segurança (LEAL,
2008). São nessas características que encontramos o povo em situação de rua. De acordo com
a Política Nacional de Inclusão Social da População em Situação de Rua, esse grupo
populacional é heterogêneo, mas que apresenta em comum a pobreza, o rompimento de
vínculos familiares, vivência de um processo de desfiliação social pela ausência de trabalho
assalariado e das proteções advindas deste, sem moradia convencional regular e tendo a rua
como o espaço social, de moradia e sustento (BRASIL, 2008). Assim, essa população tem
convivido diariamente com a ausência de garantia e acesso aos direitos sociais conquistados
pela Constituição Federal de 1988, vivendo como sujeitos a margem de uma sociedade que
culpabiliza, exclui e estigmatiza. Diante desses fatos é urgente o estímulo do debate sobre a
intersetorialidade, uma vez que,
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e 01 (um) outro foi encaminhado para uma Unidade de Acolhimento masculina (UA), serviço
de alta complexidade da Assistência Social; Todos esses, foram articulados com o Centro de
Referência Especializada em Assistência Social (CREAS). Entretanto, todos os movimentos
foram de difícil articulação, visto que em todos os serviços listados a cima esbarrou-se com
falta de vagas, poucos recursos materiais e humanos para início de contato com esse grupo.
Conforme o Decreto 7.053/2009 é primordial “assegurar o acesso amplo, simplificado e
seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação,
previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, lazer, trabalho e renda” (BRASIL,
2009), demonstrando a necessidade de diálogos com outros serviços essenciais. O fato
fundamental, é que a promoção do acesso a esses serviços tem se tornado cada vez mais
difícil diante de tantos sucateamentos. Cenário este, que além de intensificar a situação das
ruas como habitação, é autor de intensos desmontes das políticas públicas, dificultando ações
universais, de equidade e de integralidade. Defendendo, por tanto, na presente discussão o
fortalecimento e multiplicação dos dispositivos de cuidado as pessoas em situação de rua,
para atender as vulnerabilidades sociais no qual esse grupo é acometido diariamente,
propondo ações para além das emergentes. CONCLUSÃO Considerando que a rua vem
servindo, historicamente, como habitação, este trabalho busca uma reflexão sobre a
necessidade de potencialização de ações intersetoriais ao grupo que nela reside. Dado o
exposto, sabemos que é um desafio romper com a descontinuidade, a fragmentação, as
múltiplas demandas profissionais e o cenário de contastes desmontes dos serviços públicos,
posto que para superar tais questões é preciso combater as imposições do estado neoliberal
(MOTA, 2009). Também, levando em consideração os aspectos abordados, é fundamental se
aproximar desta população criando respostas de qualidade por meio do trabalho territorial
intersetorial, com forte investimento na formação dos/as profissionais envolvidos/as. Mas não
se esgotando nisso, pois é tarefa urgente estimular a luta pela ampliação de equipamentos
sociais, a fim de, atender questões relativas a lazer, a trabalho, a educação e tantos outros
direito negados a estes indivíduos. Reconhecemos que o tema estudado não alcançou sua
plenitude, pois, os pontos trazidos em nossa análise, podem se manifestar em novas temáticas
e inquietações, as quais merecem ser aprofundadas. Por fim, cabe salientar que, onde quer que
as pessoas estejam, o respeito à dignidade humana deve ser garantido, assim como proposto
pela Constituição Federal de 1988 e por instrumentos internacionais de direitos humanos.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Decreto nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009. 2009. ed. Brasília, Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d7053.htm. Acesso em: 22
set. 2020. ______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Meta Instituto
de Pesquisa de opinião. Pesquisa Nacional sobre a População em situação de rua, 2008.
Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/cao_civel/acoes_afirmativas/inclusaooutros/aa_div
ersos/Pol.Nacional-Morad.Rua.pdf. Acesso em: 19 set. 2020.
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LEAL, Giuliana Franco. Exclusão social e ruptura dos laços sociais: análise crítica do debate
contemporâneo. 2008. 249 f. Tese (Doutorado) - Curso de Sociologia, Universidade Estadual
de Campinas, São Paulo, 2008. Disponível em:
http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/280476/1/Leal_GiulianaFranco_D.pdf
Acesso em: 20 set. 2020.
MINAYO, M.C.S. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 10. ed. São
Paulo: HUCITEC, 2007. 406 p. MOTA, Ana Elizabete. Crise contemporânea e as
transformações na produção capitalista. In: Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em
Serviço Social (org.). Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. 1. ed.
Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009. p. 2-19. Disponível em: http://www.poteresocial.com.br/wp-
content/uploads/2017/08/1.2-Crisecontempor%C3%A2nea-e-as-
transforma%C3%A7%C3%B5es-naprodu%C3%A7%C3%A3o-capitalista-%E2%80%93-
Ana-Elisabete-Mota.pdf. Acesso em: 19 set. 2020. UCHÔA, Roberta. Intersetorialidade nas
políticas públicas: compromisso de todos. In:
33
Eixo 01
Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
Ana Lourdes Nascimento Neves1, Carolina Santos Silva2, Elizabete Oliveira Santana3,
Sheila Trabuco4, Tatianne Melo de Freitas5
¹Assistente Social, Chefia de Ações e Serviços Básicos do Distrito Sanitário Itapuã (DSI);
2
Enfermeira, Apoiadora de Saúde Mental do DSI; 3Psicóloga, Núcleo de Apoio a Saúde da
Família/USF Aristides Pereira Maltez/DSI; 4Enfermeira, Técnica responsável pela Saúde da
População em Situação de Rua da Secretaria Municipal de Saúde do Salvador; 5Assistente
Social, UBS José Mariane/DSI.
E-mail: elizabeteoliveira.psi@gmail.com
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Eixo 01
Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
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Eixo 01
Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
REFERÊNCIAS
BRASIL. 2009. Casa Civil da Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Decreto 7.053, 23/12/2009 - Institui Política Nacional para População em Situação de Rua e
seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento.
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Eixo 01
Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
Carina Gleice Tabosa Quixabeira1; Luciana Pedrosa Leal2; Bruna Guimarães Aguiar3;
Arthur dos Santos Sena4; Lara Oliveira Araújo5; Caroline Coura Dias5
1
Universidade Federal de Pernambuco – Enfermeira Mestranda PPGENF
2
Universidade Federal de Pernambuco – Profª. Draª e Coordenadora PPGENF
3
Centro universitário Maurício de Nassau - Acadêmica de Medicina
4
Universidade Estadual de Pernambuco – Acadêmico de Medicina
5
Universidade Federal de Pernambuco – Acadêmica de Enfermagem
6
Universidade Católica de Pernambuco – Acadêmica de Psicologia
E-mail: carina.ufpe@outlook.com
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Eixo 01
Assistência à Saúde da População em Situação de Rua
REFERÊNCIAS:
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