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PROTOCOLO DE

ATENÇÃO À SAÚDE
DA CRIANÇA

Secretaria Municipal de Saúde


Prefeitura Municipal de Nova Lima
Dezembro de 2020
Prefeito Municipal
Vitor Penido de Barros

Secretário Municipal de Saúde


José Roberto Lintz Machado

Assessoria Técnica do Gabinete


Caroline Belloni Seabra Bernardino
Cássia Cristina Ribeiro Lopes
Mauro Roberto Penido de Freitas

Comissão Organizadora
Adriana Nunes de Oliveira Mendes
Ana Maria Matoso Pastor Cruz
Anna Lúcia Melo Igdal
Cláudia Motta dos Santos
Dayanna Mary de Castro
Déborah Gonçalves Furtado
Elisane Meneses Ferreira
Edilene Pedrosa
Feliciana Faria Couto
Juliana Cabral Bittencourt Arantes
Mayra Rodrigues Nunes Barbosa
Moara Halanna Barbosa
Rafaela Fabiane Gomes
Sheila Nara Ferreira

Versão a ser submetida à consulta pública.


APRESENTAÇÃO

A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) de Nova Lima, ao longo do seu processo


de organização, produção e oferta de serviços e ações de saúde, busca consolidar o Sistema
Único de Saúde (SUS). Nesse sentido, esforços estão sendo empreendidos para fortalecer a
Atenção Primária à Saúde (APS) e qualificar as ações cotidianas das equipes de Saúde da
Família (eSF), o que certamente repercutirá de modo decisivo e positivo em todos os níveis de
organização do sistema municipal de saúde.
Uma das medidas adotadas para tal fim é a revisão e constituição dos Protocolos
técnicos. Um protocolo constitui-se em um instrumento que estabelece normas para as
intervenções técnicas, ou seja, uniformiza e atualiza conceitos e condutas referentes ao
processo assistencial na rede de serviços, bem como define os fluxos assistenciais dentro do
município. O Protocolo reflete, então, a política assistencial assumida pela SEMSA, bem
como suas opções éticas para organização do trabalho em saúde, e escolhas tecnológicas úteis,
apropriadas e disponíveis para o processo de enfrentamento de problemas de saúde segundo
sua magnitude. Entretanto, um protocolo, por mais abrangente que seja, pode não abordar
todas as questões técnicas e/ou clínicas relacionadas a determinadas situações. Assim, para
questões mais específicas da prática profissional, o presente Protocolo sugere a consulta às
cartilhas e materiais bibliográficos da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.
O Protocolo de Atenção à Saúde da Criança tem por objetivo nortear o trabalho dos
profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Nova Lima, envolvidos na assistência às
crianças de 0 a 2 anos. Este material aborda: a organização do processo de trabalho nas UBS
para o acompanhamento periódico e sistemático do crescimento e desenvolvimento; as
atribuições dos profissionais da APS na saúde da criança; a estratificação de risco das
crianças; o calendário de consultas na APS; o roteiro-guia para cada consulta; os marcos do
desenvolvimento e curvas de crescimento; o acompanhamento odontológico da criança;
exames de rotina; suplementação e vacinação. Trata-se de um instrumento potente para a
implementação de boas práticas e deve funcionar efetivamente como material de consulta no
dia a dia dos profissionais de saúde.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ACS Agentes Comunitários de Saúde


APS Atenção Primária à Saúde
eSF Equipes de Saúde da Família
ICP Idade Corrigida para Prematuridade
PA Pressão Arterial
PC Perímetro Cefálico
PNAISC Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
REMUME Relação Municipal de Medicamentos
RN Recém-nascido
SAE Serviço de Atendimento Especializado
SEMSA Secretaria Municipal de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
UBS Unidade Básica de Saúde
UPA Unidade de Pronto Atendimento
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 7
2. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA APS NA SAÚDE DA CRIANÇA ........................................ 8
2.1. Atribuições comuns a todos os profissionais .................................................................. 8
2.2. Atribuições dos(as) Agentes Comunitários de Saúde (ACS) ............................................ 9
2.3. Atribuições dos(as) Auxiliares e Técnicos(as) de Enfermagem ..................................... 10
2.4. Atribuições dos(as) Enfermeiros(as) ............................................................................. 10
2.5. Atribuições dos(as) Médicos(as) Generalistas e Médicos(as) de Família e Comunidade
11
2.6. Atribuições dos(as) Pediatras ........................................................................................ 12
2.7. Atribuições dos(as) Auxiliares e Técnicos(as) em Saúde Bucal ..................................... 13
2.8. Atribuições dos(as) Cirurgiões-Dentistas ...................................................................... 13
2.9. Atribuições dos profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (NASF-AB) e
Referência Técnica de Saúde Mental ................................................................................................ 14
2.10. Atribuições dos(as) gerentes de UBS ............................................................................ 14
3. CAPTAÇÃO PRECOCE DO RECÉM-NASCIDO ........................................................................... 16
4. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DA CRIANÇA .............................................................................. 19
5. CALENDÁRIO DE CONSULTAS NA APS................................................................................... 21
6. DESCRIÇÃO DOS ATENDIMENTOS ........................................................................................ 25
6.1. Todos os atendimentos ................................................................................................. 25
6.2. Ações do 5º dia.............................................................................................................. 26
6.3. Primeira consulta (15 dias) ............................................................................................ 27
6.4. Consultas do 1º ao 6º mês de vida ................................................................................ 28
6.5. Consulta do 5° mês de vida (avaliação da fisioterapia e fonoaudiologia)..................... 29
6.6. Consulta odontológica do 6° mês de vida ..................................................................... 29
6.7. Consulta de puericultura dos 6 meses aos 2 anos de idade ......................................... 30
6.8. Consultas odontológicas subsequentes ........................................................................ 31
6.9. Consulta de desenvolvimento ....................................................................................... 31
6.10. Vitaminas ....................................................................................................................... 32
6.11. Exames laboratoriais ..................................................................................................... 32
6.12. Particularidades do alto risco ........................................................................................ 33
1. INTRODUÇÃO

A infância é um período em que se desenvolve grande parte das potencialidades


humanas. Para que a criança cresça de maneira saudável e esteja preparada para enfrentar as
transformações que ocorrem em seu corpo, é necessário que ela receba os cuidados adequados
de promoção da saúde, prevenção de agravos e identificação precoce de intercorrências, com
vista à intervenção efetiva e apropriada.
A atenção à saúde da criança efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático
do crescimento e desenvolvimento, vacinação, orientações aos pais/famílias sobre prevenção
de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental. Para isto, pressupõe a
atuação de toda equipe de saúde, de forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação
na oferta dessa atenção.
A APS, porta de entrada do SUS, assume o papel de oferecer os cuidados primários à
criança baseado nos seus princípios de longitudinalidade, coordenação do cuidado e
integralidade da assistência e tem, através da puericultura, o objetivo da manutenção da saúde
da criança para que no decorrer do seu desenvolvimento ela atinja a vida adulta sem
interferências negativas de problemas de saúde.
As ações e serviços de saúde da criança em Nova Lima são estruturados em
consonância com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC),
instituída pela Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. A PNAISC tem por objetivo
promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante a atenção e
cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à
primeira infância e populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da
morbimortalidade e contribuir para um ambiente facilitador à vida com condições dignas de
existência e pleno desenvolvimento.
Diante do exposto, o Protocolo de Atenção à Saúde da Criança da Secretaria
Municipal de Saúde de Nova Lima integra uma proposta de reorganização dos processos de
trabalho na APS, visando oferecer aos profissionais que trabalham nas Unidades Básicas de
Saúde (UBS) instrumentos que possam orientar o seu desempenho.

7
2. ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA APS NA SAÚDE DA CRIANÇA

2.1. Atribuições comuns a todos os profissionais

✓ Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da


equipe com identificação das famílias e/ou crianças expostas a riscos e
vulnerabilidades;
✓ Manter atualizado o cadastramento das crianças no sistema de informação
municipal e utilizar sistematicamente esses dados para a análise da situação de
saúde do território;
✓ Realizar o cuidado à saúde da criança no âmbito da UBS e, quando necessário,
no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, creches, associações,
entre outros);
✓ Garantir a execução do calendário de acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento (puericultura) para toda criança da área de responsabilidade
da UBS, zelando pela captação das mesmas logo após a alta da maternidade;
✓ Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco
clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de
prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis;
✓ Garantir a atenção à saúde da criança buscando a integralidade por meio da
realização de ações de promoção, proteção, recuperação da saúde e prevenção
de agravos e da garantia de atendimento à demanda espontânea, da realização
das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde;
✓ Avaliar o cartão da criança em todas as oportunidades (nas visitas domiciliares,
nas UBS, creches, escolas, etc.), verificando a curva de crescimento, o
desenvolvimento e o estado vacinal;
✓ Orientar a família para que ela, utilizando o cartão da criança, acompanhe o
crescimento e desenvolvimento da mesma;
✓ Avaliar e observar a amamentação sempre que a criança comparecer na
unidade de saúde, para prevenir o desmame precoce;
✓ Realizar busca ativa das crianças faltosas ao acompanhamento do crescimento
e desenvolvimento infantil ou em outras atividades/ações que a equipe realiza;

8
✓ Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação do
cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos do sistema
de saúde;
✓ Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que vise
propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença-cuidado
dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade;
✓ Realizar reuniões de equipe periódicas a fim de discutir em conjunto o
planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados
disponíveis;
✓ Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à
readequação do processo de trabalho;
✓ Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação da
APS;
✓ Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-
doença-cuidado da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e
coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;
✓ Participar das atividades de educação permanente;
✓ Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o
controle social e
✓ Identificar parceiros e recursos nos demais serviços e na comunidade que
possam potencializar ações intersetoriais.

2.2. Atribuições dos(as) Agentes Comunitários de Saúde (ACS)

✓ Cadastrar todas as crianças de sua microárea e manter os cadastros atualizados;


✓ Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis;
✓ Acompanhar, por meio de visita domiciliar, TODAS as crianças sob sua
responsabilidade;
✓ Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a
população adscrita à UBS;
✓ Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e
agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações
educativas, individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade;

9
✓ Acompanhar os demais profissionais da equipe de saúde nas atividades e nas
ações direcionadas às crianças e
✓ Ser articulador da comunidade perante as instâncias de atenção à saúde e
também de controle social da saúde e da educação, para sensibilizá-los na
busca de respostas aos problemas mais frequentes apresentados pela população
infantil.

2.3. Atribuições dos(as) Auxiliares e Técnicos(as) de Enfermagem

✓ Participar das atividades de atenção, realizando procedimentos regulamentados


no exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no
domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, creches, associações,
entre outros);
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
✓ Participar do acolhimento das crianças realizando escuta qualificada das
necessidades de saúde, procedendo à primeira avaliação (classificação de risco,
avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e
identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando
atendimento humanizado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e
viabilizando o estabelecimento do vínculo;
✓ Realizar ações de educação em saúde, conforme planejamento da equipe;
✓ Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS e
✓ Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente.

2.4. Atribuições dos(as) Enfermeiros(as)

✓ Realizar atenção à saúde da criança na UBS, com atendimentos individuais e


em grupo e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais
espaços comunitários (escolas, creches, associações, entre outros);
✓ Realizar consulta de enfermagem de acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil;

10
✓ Participar do acolhimento das crianças realizando escuta qualificada das
necessidades de saúde, procedendo à primeira avaliação (classificação de risco,
avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e
identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando
atendimento humanizado, responsabilizando-se pela continuidade da atenção e
viabilizando o estabelecimento do vínculo;
✓ Preencher o Cartão da Criança, ensinando aos pais/responsáveis como
interpretá-lo, enfatizando a importância do mesmo;
✓ Prescrever medicamentos, solicitar exames complementares e encaminhar a
criança a outros serviços de saúde quando necessário, observadas as
disposições legais da profissão e as diretrizes presentes nos Protocolos de
Enfermagem do município;
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
✓ Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente da equipe
de enfermagem e de outros membros da equipe sobre a saúde da criança e
✓ Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS.

2.5. Atribuições dos(as) Médicos(as) Generalistas e Médicos(as) de Família e


Comunidade

✓ Realizar atenção à saúde da criança sob sua responsabilidade;


✓ Realizar consultas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil e atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no
domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.);
✓ Preencher o Cartão da Criança, ensinando aos pais/responsáveis como
interpretá-lo, enfatizando a importância do mesmo;
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
✓ Encaminhar para o pediatra as crianças com alterações no crescimento e/ou
desenvolvimento, conforme protocolo;
✓ Encaminhar, quando necessário, crianças a outros pontos de atenção,
respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo
acompanhamento do plano terapêutico do usuário;

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✓ Contribuir, realizar e participar das atividades de educação permanente de
todos os membros da equipe sobre a saúde da criança e
✓ Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS.

2.6. Atribuições dos(as) Pediatras

✓ Dar apoio às equipes de Saúde da Família;


✓ Promover e participar das avaliações periódicas e dos grupos educativos;
✓ Realizar visita domiciliar quando necessário;
✓ Preencher o Cartão da Criança, ensinando aos pais/responsáveis como
interpretá-lo, enfatizando importância do mesmo;
✓ Promover a integração da equipe;
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
✓ Incentivar o Aleitamento Materno e ações de promoção à saúde;
✓ Contribuir, realizar e participar das ações de educação permanente da equipe
acerca de conteúdos e práticas do cuidado à saúde da criança;
✓ Atuar como retaguarda para o atendimento das crianças referenciadas pela
equipe;
✓ Assistir à criança nas seguintes situações:
• Recém-nascido prematuro (gestação menor ou igual a 37 semanas);
• Recém-nascido com apgar < 7 no 5º minuto;
• Recém-nascido retido na maternidade ou com recomendações especiais
à alta;
• Criança desnutrida grave;
• Criança desnutrida em grau moderado que não melhora após seis meses
de acompanhamento;
• Criança com desenvolvimento alterado;
• Criança com doenças congênitas e / ou crônicas;
• Criança com asma moderada e grave;
• Egresso hospitalar;
• Criança que utiliza os serviços de urgência com frequência;
• Peso de nascimento menor que 2.500 gramas;

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• Outras patologias graves no período neonatal (distúrbios neurológicos
graves, parada cardiorrespiratória, hipoglicemia sintomática, doença
pulmonar crônica, hiperbilirrubinemia importante, enterocolite
necrotizante, entre outras).
✓ Encaminhar para outros especialistas, quando necessário.

2.7. Atribuições dos(as) Auxiliares e Técnicos(as) em Saúde Bucal

✓ Realizar a atenção em saúde bucal das crianças e suas famílias de acordo com
suas competências técnicas e legais;
✓ Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os
demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de
forma multidisciplinar;
✓ Apoiar as atividades dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde
bucal;
✓ Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS;
✓ Participar das ações educativas atuando na promoção da saúde e na prevenção
das doenças bucais nas crianças;
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
✓ Realizar acolhimento das crianças nos serviços de saúde bucal.

2.8. Atribuições dos(as) Cirurgiões-Dentistas

✓ Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico das


crianças para o planejamento e a programação em saúde bucal;
✓ Realizar a atenção em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção
de agravos, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, reabilitação e
manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as crianças e suas famílias,
de acordo com o planejamento da equipe;
✓ Realizar os procedimentos clínicos da APS em saúde bucal;
✓ Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;

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✓ Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e
prevenção de doenças bucais nas crianças;
✓ Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os
demais membros da equipe, buscando aproximar e integrar ações de saúde de
forma multidisciplinar e
✓ Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado
funcionamento da UBS.

2.9. Atribuições dos profissionais dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família


(NASF-AB) e Referência Técnica de Saúde Mental

✓ Realizar atenção à saúde da criança na UBS, com atendimentos individuais e


em grupo e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais
espaços comunitários (escolas, creches, associações, entre outros);
✓ Apoiar os profissionais das eSF no exercício da coordenação do cuidado da
criança;
✓ Participar da construção de planos e abordagens terapêuticas juntamente com
os profissionais das eSF, de acordo com as necessidades evidenciadas pelas
equipes;
✓ Identificar e articular juntamente com as eSF uma rede de proteção social com
foco nas crianças;
✓ Discutir e refletir permanentemente com as eSF sobre a realidade social e as
formas de organização dos territórios, desenvolvendo estratégias de como lidar
com as adversidades e as potencialidades;
✓ Realizar ações voltadas para os pais e/ou responsáveis e demais membros da
família: orientação, acolhimento e encaminhamento quando identificada
demanda.

2.10. Atribuições dos(as) gerentes de UBS

✓ Conhecer, divulgar e disponibilizar para todos os profissionais da APS o


Protocolo Municipal de Atenção à Saúde da Criança, bem como os manuais e
cartilhas do Ministério da Saúde indicadas para estudo;

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✓ Acompanhar, orientar e monitorar os processos de trabalho das equipes no
tocante às ações de atenção à Saúde da Criança.

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3. CAPTAÇÃO PRECOCE DO RECÉM-NASCIDO

É de suma importância que a equipe de APS esteja preparada para acolher e captar o
recém-nascido (RN) logo após a alta hospitalar. Para garantir a captação precoce, os ACS
devem se organizar para realizar o monitoramento diário das gestantes com data provável do
parto próxima. Para tal monitoramento podem utilizar, além da visita domiciliar, estratégias
de acompanhamento remoto (telefone e/ou WhatsApp). A maternidade do Hospital Nossa
Senhora de Lourdes também informa semanalmente à Secretaria Municipal de Saúde as
puérperas que tiveram alta. Essa relação é enviada por email às UBS. Toda equipe da atenção
primária (técnicos e administrativos) deverão estar previamente orientados e organizados para
repassar essa informação ao(a) enfermeiro(a) da equipe e ACS.
Visitas domiciliares são recomendadas às famílias de RN na primeira semana de vida,
e, posteriormente a esse período, a periodicidade deve ser pactuada com a equipe de saúde e
com a família a partir das necessidades evidenciadas, considerando os fatores de risco e de
vulnerabilidade. Cabe lembrar que a visita domiciliar não é uma atividade exclusiva do ACS,
mas sim de toda a EQUIPE.
As equipes deverão estar organizadas para que o RN receba uma visita domiciliar do
ACS acompanhado(a) por outro profissional técnico da equipe (médico(a),
enfermeiro(a), técnico(a)/auxiliar de enfermagem ou fonoaudiólogo(a)) na primeira
semana de vida. Mesmo que a criança seja avaliada na UBS durante as ações do 5º dia, a
visita ainda deverá ser realizada, pois é a oportunidade de avaliar, além das condições da
criança, o ambiente em que ela vive. A visita domiciliar ao RN deverá contemplar as ações
descritas no Quadro 1.

QUADRO 1 – Ações a serem contempladas na Visita Domiciliar ao RN


✓ Orientar sobre a importância da consulta puerperal e Planejamento Familiar;
✓ Identificar sinais de depressão puerperal (tristeza, choro fácil, desalento, abatimento,
mudança de humor, anorexia, náuseas, distúrbios de sono, insônia inicial e pesadelo,
ideias suicidas e perda do interesse sexual; a depressão puerperal apresenta, geralmente,
início insidioso entre 2ª a 3ª semana do puerpério). Se presentes, levar o caso para
discussão da eSF e Saúde Mental;
✓ Orientar sobre a Exterogestação – Técnica dos 5S;
✓ Investigar: desejo de amamentar, história prévia de amamentação e observar o
comportamento afetivo da mãe em relação ao bebê;
✓ Verificar previsão de retorno da mãe ao trabalho; ...continua
16
✓ Orientar quanto ao comparecimento na UBS para as Ações do 5º dia;
✓ Orientar sobre o calendário de puericultura multiprofissional do município;
✓ Verificar a realização do teste da orelhinha (caso a criança não tenha realizado,
verificar se a família tem a data agendada. Caso não tenha, realizar contato para
agendamento no Hospital Nossa Senhora de Lourdes);
✓ Verificar a realização do teste da linguinha (será realizado caso esteja pendente) e
teste do coraçãozinho;
✓ Incentivar o aleitamento materno exclusivo (exceto em casos em que a puérpera
tenha contraindicações), realizar a avaliação da mamada e ajustes pertinentes,
orientar quanto aos cuidados básicos com as mamas e realizar o preenchimento da
ficha de Marcador de Consumo Alimentar;
✓ Orientar sobre crescimento facial, conscientização sobre o uso de chupeta e
mamadeira;
✓ Investigar outras queixas ou alterações relacionadas à saúde;
✓ Perguntar se a criança já foi registrada, caso contrário, fazer orientações;
✓ Solicitar o relatório de Alta Hospitalar da mãe e da criança; caderneta da criança e
encaminhamentos ou outros documentos fornecidos na maternidade (verificar
apgar, peso ao nascer e à alta, perímetro cefálico, idade gestacional e demais
registros);
✓ Orientar sobre banho de sol para o RN (antes das 10hs da manhã ou após as 16hs),
verificar icterícia e instruir a mãe a procurar a UBS em caso de coloração
amarelada da pele do bebê;
✓ Orientar a puérpera ou cuidador sobre a higiene do coto umbilical e, caso
apresente secreção, levar a criança à UBS para avaliação;
✓ Orientar a mãe a identificar os diversos estados comportamentais do bebê;
✓ Orientações sobre o desenvolvimento e estimulação da linguagem e audição;
✓ Verificar o cartão de vacina da criança: vacinas Hepatite B e BCG. Caso ainda não
tenham sido realizadas, orientar a procurar a UBS o mais breve possível e orientar
sobre a realização do esquema vacinal da criança na unidade;
✓ Orientar quanto à higiene oral do recém-nascido;
✓ Atualizar o cadastro familiar, acrescentar o RN como componente no prontuário
da família;
✓ Observar as relações familiares (comunicação entre os membros familiares, papeis
de cada membro, organização familiar);
✓ Observar as condições ambientais da residência (limpeza, organização, riscos);
✓ Realizar a estratificação de risco da criança; ...continua


17
✓ Pesquisar os seguintes reflexos: reflexo de Moro, sucção reflexa, reflexo de
busca, reflexo tônico-cervical assimétrico, preensão palmar, preensão plantar,
apoio plantar e marcha reflexa;
✓ Escutar e oferecer suporte emocional à família durante a visita;
✓ Reportar aos demais membros da eSF qualquer alteração do estado de saúde do
paciente e no contexto familiar;
✓ Observar sinais de perigo e encaminhar para avaliação médica imediata –
preferencialmente na maternidade onde nasceu (convulsões; criança que não
consegue mamar ou vomita tudo que ingere; frequência respiratória > 60 irpm;
tiragem subcostal; batimento de asas do nariz; gemido ou sinais de dor à
manipulação; fontanela abaulada; secreção purulenta no ouvido; eritema ou
secreção purulenta no umbigo; pústulas na pele; criança letárgica ou inconsciente;
criança que se movimenta menos que o normal; distensão abdominal com
presença de fezes sanguinolentas; febre (temperatura axilar>37,5º); hipotermia
(temperatura axilar< 35,5º);
✓ Apresentar a caderneta da criança e salientar sua importância, reforçando a
necessidade de leitura de todo o material e orientando levar a mesma na primeira
consulta, bem como todos os exames e relatórios desde o diagnóstico de gravidez.

18
4. ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO DA CRIANÇA

As condições de risco apresentadas pela criança devem ser avaliadas desde o primeiro
atendimento/contato. Em geral, as crianças são consideradas de baixo risco ou risco habitual.
Entretanto, outras, por condições ligadas à sua história pregressa ou às condições familiares,
sociais ou culturais, merecerão atenção mais frequente e devem ter um plano de cuidados
adequado à situação em que se encontra.
O calendário de puericultura da criança será definido conforme sua estratificação de
risco. Tal estratificação deverá ser feita pelo profissional técnico que realiza a primeira visita
domiciliar ao RN e deve ser atualizada a cada atendimento na UBS e/ou domicílio.
Os critérios a serem utilizados para a estratificação dos riscos das crianças na APS de
Nova Lima estão descritos na Tabela 1.

TABELA 1 – Critérios para estratificação de risco da criança


NÍVEL FATORES

Risco habitual ✓ Risco inerente ao ciclo de vida da criança

✓ Criança sem realização de triagem neonatal;


✓ Desmame antes do 6º mês de vida;
✓ Desnutrição ou curva pondero-estatural
estacionária ou em declínio e/ou carências
nutricionais;
✓ Sobrepeso;
✓ Criança não vacinada ou com esquema vacinal
atrasado;
✓ Cárie precoce;

Fatores sócio familiares


Risco médio
✓ Mãe adolescente (menor que 18 anos);
✓ Mãe analfabeta ou com menos de 4 anos de
estudo;
✓ Mãe sem suporte familiar;
✓ Chefe da família sem fonte de renda;
✓ Mãe com menos de 4 consultas pré-natal;
✓ Mãe com antecedente de um filho nascido morto;
✓ Mãe com história de exantema durante a gestação;
✓ Óbito de irmão menor que 5 anos por causa
evitável;
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✓ Pais com dependência de álcool e outras drogas;
✓ Mãe ausente por doença, abandono ou óbito.
✓ Baixo peso: <2.500g;
✓ Prematuridade ≤36 semanas e 6 dias;
✓ RN com perímetro cefálico (PC) inferior ao
esperado para a idade e sexo (microcefalia) ou
criança com crescimento inadequado do PC e/ou
alterações neurológicas do Sistema Nervoso
Central;
✓ Asfixia perinatal e/ou apgar ≤ 6 no 5º minuto;
✓ Hiperbilirrubinemia com exsanguineotransfusão;
✓ Infecções crônicas do grupo STORCHS + HIV +
Zika confirmadas ou em investigação;
Risco alto ✓ Doença genética, malformações congênitas,
cromossomopatias e doenças metabólicas com
repercussão clínica;
✓ Internação ou intercorrência na maternidade ou
em unidade neonatal;
✓ Desenvolvimento psicomotor insatisfatório para a
faixa etária;
✓ Sinais de violência;
✓ Desnutrição grave;
✓ Obesidade;
✓ Intercorrências repetidas com repercussão clínica;
✓ Três ou mais internações nos últimos 12 meses;
✓ Gravidez e ou criança manifestada indesejada;
✓ Depressão pós-parto;
✓ Um dos pais com transtorno mental severo,
deficiência, doença neurológica.
Fonte: Rio Grande do Sul (2019), com adaptações.

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5. CALENDÁRIO DE CONSULTAS NA APS

As consultas de puericultura na APS devem ser realizadas por equipe


multiprofissional, através da identificação de risco, realização de atividades educativas,
imunizações, estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o 6º mês e complementar até os 2
anos ou mais, avaliação do crescimento e desenvolvimento, alimentação saudável, entre
outros. O calendário de consultas será definido a partir da estratificação de risco da criança
(Tabela 1). A frequência das consultas individuais segundo o risco e do atendimento em grupo
está descrita nas Tabelas 2, 3 e 4.

TABELA 2 – Calendário de puericultura das crianças de risco habitual e médio


Faixa etária Local Profissional
Ações do 5º Dia UBS Técnico(a) de Enfermagem e/ou
enfermeiro (a)
1ª semana Domicílio ACS e médico(a) ou enfermeiro(a)
ou técnico(a)/auxiliar de
enfermagem ou fonoaudiólogo(a)
15 a 30 dias UBS Pediatra
2º mês UBS Generalista
3º mês UBS Enfermeiro(a)
4º mês UBS Generalista
5º mês UBS Fisioterapeuta e Fonoaudiólogo(a)
6º mês UBS Pediatra e Dentista
8º mês UBS Enfermeiro(a) e Terapeuta
Ocupacional
10º mês UBS Generalista
12 meses UBS Pediatra e Dentista
15 meses UBS Enfermeiro(a)
18 meses UBS Consulta do desenvolvimento
(Pediatra ou Generalista e
Psicólogo(a) e Terapeuta
Ocupacional e Fonoaudiólogo(a))
24 meses UBS Pediatra e Dentista

A partir do 2º ano de vida UBS Consultas anuais, próximas ao

21
aniversário, com pediatra ou
generalista
Visita domiciliar mensal do ACS
* A equipe deverá organizar para que os atendimentos pelas diferentes categorias profissionais
ocorram no mesmo dia, em atendimento conjunto ou sequencial, evitando a ida criança várias vezes a
UBS.

TABELA 3 – Calendário de puericultura das crianças de alto risco


Faixa etária Local Profissional (is)
Ações do 5º Dia UBS Técnico(a) de Enfermagem e/ou
enfermeiro (a)
1ª semana Domicílio ACS e médico(a) ou enfermeiro(a)
ou técnico(a)/auxiliar de
enfermagem ou fonoaudiólogo(a)
15 dias UBS Pediatra
1º mês UBS Pediatra
2º mês UBS Generalista
3º mês UBS Pediatra
4º mês UBS Enfermeiro(a) e Fisioterapeuta e
Fonoaudiólogo(a)
5º mês UBS Generalista
6º mês UBS Pediatra e Dentista
7º mês UBS Generalista
8º mês UBS Enfermeiro(a) e Terapeuta
Ocupacional
9º mês UBS Pediatra
10º mês UBS Enfermeiro(a)
12º mês UBS Pediatra e Dentista
15 meses UBS Enfermeiro
18 meses UBS Consulta do desenvolvimento
(Pediatra ou Generalista e
Psicólogo(a) e Terapeuta
Ocupacional e Fonoaudiólogo(a))
21 meses UBS Enfermeiro(a)
24 meses UBS Pediatra e Dentista
A partir do 2º ano de vida UBS Consultas semestrais, com pediatra

22
ou generalista
Visita domiciliar mensal do ACS
* A equipe deverá organizar para que os atendimentos pelas diferentes categorias profissionais
ocorram no mesmo dia, em atendimento conjunto ou sequencial, evitando a ida criança várias vezes a
UBS.

As crianças expostas ao HIV ou em risco de exposição pelo aleitamento materno


(quando o parceiro tem HIV) devem ter acompanhamento compartilhado entre APS e Serviço
de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/Aids. A referência municipal para tal
atendimento é o Hospital Orestes Diniz, com atendimento do RN pelo infectologista
pediátrico por pelo menos 01 ano. Esse agendamento é feito pela maternidade de nascimento
na ocasião da alta, através de contato telefônico (3277-1198). A fórmula infantil para essas
crianças, por sua vez, é disponibilizada pelo SAE de Nova Lima até os 06 meses de idade.
O acompanhamento das crianças com sífilis congênita, será compartilhado entre a
APS e a atenção secundária. Segundo a Nota Técnica APS 01/2020, as crianças residentes no
município com suspeita de sífilis congênita ou diagnóstico de sífilis congênita ou exposição à
sífilis, nascidos no município ou não, deverão ser encaminhados para acompanhamento
ambulatorial na Policlínica/Centro de Testagem e Aconselhamento. O referido
acompanhamento será exclusivo para a condição de sífilis, devendo a criança manter seu
acompanhamento rotineiro (crescimento e desenvolvimento) em sua UBS de referência.

TABELA 4 – Grupo operativo para crianças menores que 02 anos


Faixa etária Profissional (is) Tema
3º - 4º mês Nutricionista, Assistente Social, Transição Alimentar
ACS

Ressalta-se que a equipe de APS deve organizar seu processo de trabalho também para
o atendimento da demanda espontânea. Portanto, além das consultas de rotina, a equipe deve
proporcionar acolhimento com classificação de risco à criança, escutando seus acompanhantes
e propondo atendimentos e encaminhamentos em tempo oportuno.
A presença e participação do pai deve ser sempre estimulada nas consultas e
atendimentos ao bebê, incluindo estratégias da equipe de garantia, para pai e mãe, de
comprovação junto ao trabalho de acompanhamento em consulta/atendimento de saúde da
criança. A busca ativa de crianças faltosas no atendimento programado deve ser realizada pela
equipe de APS, preferencialmente através da visita domiciliar do ACS.
23
A equipe de saúde tem responsabilidade integral sobre todas as crianças da sua área de
abrangência. No caso de a criança ser encaminhada para a Atenção Especializada ou ocorrer
internação, por exemplo, a equipe de APS deve manter o monitoramento dos cuidados
prestados.

24
6. DESCRIÇÃO DOS ATENDIMENTOS

6.1. Todos os atendimentos

A puericultura multiprofissional tem como ponto central a abordagem complexa da


unidade familiar e inserção do indivíduo (recém-nascido, lactente, criança) no contexto
biopsicossocial, em uma ótica ampliada.
Além dos aspectos específicos do atendimento em cada faixa etária, em toda consulta
subsequente, os profissionais de saúde devem:
✓ Ouvir as queixas referidas pelos acompanhantes e intercorrências, acolhendo e
apoiando em todas as dúvidas, dificuldades e decisões;
✓ Realizar exame físico, avaliar os dados antropométricos e marcos de
desenvolvimento registrando sempre na Caderneta da Criança;
✓ Verificar o registro vacinal, conforme Calendário Nacional de Imunização
vigente;
✓ Preencher o Marcador de Consumo Alimentar, verificando e orientando a
alimentação da criança;
✓ Orientar higienização da cavidade bucal do bebê;
✓ Verificar o uso regular de medicamentos;
✓ Orientar quanto à prevenção de acidentes conforme a faixa etária, segundo o
item: “Prevenindo acidentes” da Caderneta de Saúde da Criança;
✓ Orientar sobre a puericultura multiprofissional e sua importância;
✓ Agendar a próxima consulta.

Caderneta da Criança

Toda criança nascida em maternidades pública ou privada no Brasil tem direito a receber gratuitamente a
Caderneta de Saúde da Criança que deve ser devidamente preenchida e orientada pelo profissional por
ocasião da alta hospitalar. A Caderneta é um documento importante para acompanhar a saúde,
crescimento e desenvolvimento da criança do nascimento até os 9 anos de idade.

A primeira parte da caderneta é direcionada a família e cuidadores da criança. Contém informações e


orientações sobre saúde, direitos da criança e dos pais, registro de nascimento, amamentação e
alimentação saudável, vacinação, crescimento e desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves,
prevenção de violências e acidentes, entre outros.

A segunda parte da Caderneta é destinada aos profissionais de saúde, com espaço para registro de
informações importantes relacionadas à saúde da criança. Contém, também, os gráficos de crescimento,
instrumentos de vigilância do desenvolvimento e tabelas para registro de vacinas aplicadas.

Todo profissional envolvido na assistência a crianças deve conhecer na íntegra a caderneta da


criança. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menina_2ed.pdf 25
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_crianca_menino_2ed.pdf
6.2. Ações do 5º dia

As “ações do 5º dia” consistem em uma estratégia para otimizar a ida da criança e da


mãe e/ou responsável ao serviço de saúde no 5º dia de vida e propor ações de vigilância à
saúde do binômio mãe-filho no pós-parto imediato. Essas ações visam garantir a vinculação
da família de forma precoce, permitindo a detecção de dificuldades e necessidades
particulares da mãe e do bebê e de riscos e vulnerabilidades familiares. Desde o pré-natal, a
gestante deve ser sensibilizada quanto a importância de comparecer a UBS no 5º dia de vida
da criança para a realização do teste do pezinho.
A abordagem é feita pelo(a) técnico(a)/auxiliar de enfermagem da sala de vacina,
preferencialmente acompanhada pelo enfermeiro(a) ou médico(a). As ações realizadas na
UBS no 5º dia são:
✓ Realização do cadastro da criança no sistema de informação da UBS;
✓ Aferição do peso, estatura e perímetro cefálico;
✓ Coleta do Teste do Pezinho (preferencialmente do 3º ao 5º dia de vida);
✓ Avaliação do cartão de vacina da criança. Caso não tenha sido imunizada na
maternidade, avaliar o motivo e aplicar dose única de BCG e a 1ª dose da
Hepatite B;
✓ Avaliação do cartão vacinal da puérpera (Hepatite B, dT, dTpa, influenza e
tríplice viral). Caso não esteja atualizado, as puérperas deverão ser imunizadas;
✓ Verificação do uso de Imunoglobulina Anti-Rh na maternidade, no caso da
mulher Rh negativo (com parceiro Rh positivo);
✓ Avaliação do aleitamento materno: observar a mamada, fornecer orientação e
apoio. As mães que não podem amamentar necessitam de apoio da equipe de
saúde e devem ser orientadas sobre as alternativas ao aleitamento materno.
Preencher o Marcador de Consumo Alimentar;
✓ Verificação de sinais de alerta na puérpera (hemorragia, febre, dor, sinais de
infecção, depressão e outros): consulta imediata (médica ou de enfermagem) se
sinais de alerta presentes;
✓ Verificação de sinais de alerta no RN (icterícia, secreções, prostração, má
sucção e outras): consulta imediata (médica ou de enfermagem) se sinais de
alerta presentes;

26
✓ Avaliação da rede de apoio materno, participação dos pais no cuidado ao RN e
laços de afeto;
✓ Classificação do recém-nascido quanto ao risco: baixo, médio ou alto;
✓ Orientações quanto aos cuidados gerais com o RN (ex.: higiene e cuidado com
o coto umbilical);
✓ Orientar sobre a puericultura multiprofissional e sua importância;
✓ Verificação do agendamento da primeira consulta com pediatra (vide Tabelas 2
e 3) e consulta puerperal. Se ainda não houver agendamento, agendar.

6.3. Primeira consulta (15 dias)

✓ Anamnese detalhada: dados da gestação/parto, estrutura familiar,


comorbidades familiares, condições socioeconômicas, consumo de
medicamentos/drogas ilícitas;
✓ Conferência da realização dos testes de triagem neonatal;
✓ Acolhimento das preocupações dos pais, percepção do vínculo materno-infantil
e sinais de depressão pós-parto;
✓ Aleitamento materno com orientações, incentivo e avaliação técnica;
✓ Preenchimento do Marcador de Consumo Alimentar.
✓ Exame físico detalhado do recém-nascido (vide Caderno de Atenção Básica nº
33, páginas 44 a 50, disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento
_desenvolvimento.pdf >);
✓ Avaliação dos marcos do desenvolvimento da caderneta da criança (páginas 78
a 84);
✓ Orientações sobre higiene, cuidados e condições fisiológicas do recém-nascido
(soluço, espirros, reflexo de moro, hábitos intestinais, perda ponderal
fisiológica, padrão de sono, entre outros);
✓ Orientações antecipatória sobre acidentes (segurança da casa, berço, posição
para dormir, engasgos);
✓ Orientações de vacinação e importância da imunidade.

27
6.4. Consultas do 1º ao 6º mês de vida

✓ Seguir a anotação da caderneta da criança com todas as perguntas destacadas e


preenchimento do desenvolvimento do lactente;
✓ Anamnese e exame físico do recém-nascido (vide Caderno de Atenção Básica
nº 33, páginas 62 a 69, disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desen
volvimento.pdf>);
✓ Avaliação dos marcos do desenvolvimento da caderneta da criança (páginas 78
a 84);
✓ Antropometria: peso (deixar o lactente totalmente despido), estatura (utilizar a
régua e com a ajuda do familiar posicionar o lactente na maca rígida e
descalços, com os calcanhares unidos e o olhar para o teto), perímetro cefálico
(da glabela ao ponto mais saliente da região occipital);
✓ Avaliação da condição clínica do lactente, seu crescimento e desenvolvimento;
✓ Avaliação da dinâmica familiar com a “chegada” do lactente e o ajuste da
família;
✓ Avaliação da alimentação da mãe;
✓ Orientar a evolução esperada de comportamento do lactente e discutir suas
necessidades de cuidados gerais e emocionais;
✓ Orientação preventiva e antecipatória: nutrição, imunização, puericultura do
sono, prevenção de acidentes e prevenção de violência (vide Caderneta da
Criança, páginas 06 a 64);
✓ Questionar os acontecimentos ocorridos no intervalo das consultas;
✓ Analisar a aderência familiar as orientações anteriores;
✓ Questionar sobre alimentação, sono, interação sócio afetiva e temperamento do
lactente;
✓ Acolher e apoiar a nutriz em suas dúvidas, dificuldades e decisões em relação à
amamentação; observar posição e pega; realizar intervenção quando
necessário; esclarecer sobre a amamentação, alimentação da nutriz e informar
sobre as leis que protegem a mulher que amamenta no retorno ao trabalho;
✓ Preenchimento do Marcador de Consumo Alimentar;

28
✓ Orientações de vacinação e reforço sobre a consulta multiprofissional e a
necessidade de não perder nenhum acompanhamento.

6.5. Consulta do 5° mês de vida (avaliação da fisioterapia e fonoaudiologia)

✓ Orientar sobre importância do acompanhamento da criança na puericultura até


os dois anos de vida;
✓ Certificar-se de que o bebê realizou os testes da Orelhinha e Linguinha;
✓ Avaliar habilidades auditivas esperadas para idade;
✓ Avaliar vocalizações, balbucios e orientar estimulação da comunicação do
bebê;
✓ Verificar o padrão de sono do bebê;
✓ Observar sinais de risco para autismo - Protocolo Preaut;
✓ Avaliar a frequência do uso da chupeta e possiblidade de retirada em curto
prazo;
✓ Verificar continuidade do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e
continuado até dois anos ou mais;
✓ Esclarecimentos e preenchimento do instrumento de vigilância do
desenvolvimento da caderneta de saúde da criança;
✓ Preencher o Marcador de Consumo Alimentar, verificando e orientando a
alimentação da criança;
✓ Verificar cartão de vacinação.

6.6. Consulta odontológica do 6° mês de vida

✓ Ficha clínica, exame clínico, registro dos dentes erupcionados. Mostrar para a
mãe a parte da caderneta da criança que fala sobre a saúde bucal;
✓ Explicar que os dentes decíduos começaram a “nascer” e nessa fase é comum
irritabilidade, coceira e salivação em excesso. Sugerir o uso de mordedores;
✓ Explicar a cronologia da erupção dos dentes;
✓ Explicar como deverá ser realizada a higiene bucal;

29
✓ Observação: atualmente pede-se escovação dos dentes com escova própria para
bebê e pequena quantidade de pasta com flúor. E se os dentes estiverem muito
juntos, usar fio dental;
✓ Pedir para escovar ou limpar os dentes após sulfato ferroso e xarope;
✓ Introduzir o tema traumatismo dentário: explicar que em caso de traumatismo
deve-se levar a criança imediatamente ao dentista da UBS ou da Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) - explicar dia e horário de atendimento;
✓ Para maiores informações vide Caderno de Atenção Básica nº 33, páginas 170
a 179, disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desen
volvimento.pdf>).

6.7. Consulta de puericultura dos 6 meses aos 2 anos de idade

✓ Seguir a anotação da caderneta da criança com todas as perguntas destacadas e


preenchimento do desenvolvimento do lactente;
✓ Anamnese e exame físico do recém-nascido (vide Caderno de Atenção Básica
nº 33, páginas 62 a 69, disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desen
volvimento.pdf>);
✓ Avaliação dos marcos do desenvolvimento da caderneta da criança (páginas 78
a 84);
✓ Antropometria: peso (deixar o lactente totalmente despido), estatura (utilizar a
régua e com a ajuda do familiar posicionar o lactente na maca rígida e
descalços, com os calcanhares unidos e o olhar para o teto), perímetro cefálico
(da glabela ao ponto mais saliente da região occipital);
✓ Avaliação da condição clínica do lactente, seu crescimento e desenvolvimento;
✓ Avaliação da adaptação familiar ao temperamento, autonomia e ganho de
novas habilidades do lactente;
✓ Orientar a evolução esperada de comportamento do lactente quanto ao
desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e psíquico;

30
✓ Orientação preventiva e antecipatória: nutrição, imunização, puericultura do
sono, prevenção de acidentes e prevenção de violência, saúde oral e controle de
esfíncteres (vide Caderneta da Criança, páginas 06 a 64);
✓ Orientar ao NÃO uso de andador;
✓ Observar os pré-requisitos para a introdução alimentar, segundo a SBP/2015:
senta sem apoio ou com o mínimo apoio, demonstra interesse pela comida,
redução do reflexo de extrusão;
✓ Questionar sobre sono, interação sócio afetiva e temperamento do lactente;
✓ Preencher o Marcador de Consumo Alimentar avaliando e orientando a
alimentação (tipo e a consistência dos alimentos oferecidos a criança);
✓ Questionar os acontecimentos ocorridos no intervalo das consultas;
✓ Analisar a aderência familiar às orientações anteriores;
✓ Orientações de vacinação e reforço sobre a consulta multiprofissional e a
necessidade de não perder nenhum acompanhamento.

6.8. Consultas odontológicas subsequentes

✓ Realizar registro da frequência de higienização e se há consumo de açúcar;


✓ Realizar exame clínico, registro dos dentes erupcionados, avaliar se há lesão de
mancha branca ou cárie de mamadeira e se há necessidade de algum
tratamento;
✓ Reforçar as orientações sobre higiene bucal, consumo de açúcar, higiene dos
dentes após uso de medicamentos e traumatismo dentário;
✓ Explicar sobre as consequências do hábito de chupar dedo e chupeta;
✓ Para maiores informações vide Caderno de Atenção Básica nº 33, páginas 170
a 179, disponível em
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desen
volvimento.pdf>).

6.9. Consulta de desenvolvimento

✓ Orientar sobre a importância da manutenção do aleitamento materno


continuado até dois anos ou mais;

31
✓ Orientar sobre mastigação, consistência, utensílios e ambiente para a
alimentação;
✓ Orientar sobre higiene oral;
✓ Verificar desenvolvimento de fala e linguagem;
✓ Observar sinais de risco psíquico;
✓ Identificar presença de chupeta e ou mamadeira;
✓ Verificar o padrão de sono da criança;
✓ Orientar sobre prevenção de acidentes domésticos;
✓ Verificar cartão de vacinação;
✓ Preencher o Marcador de Consumo Alimentar, verificando e orientando a
alimentação da criança.

6.10. Vitaminas

✓ O banho de sol deve ser ainda estimulado antes de 09h da manhã ou após as
16h da tarde;
✓ A partir de 1 mês, a vitamina D deverá ser prescrita nos dias que a prática de
banho de sol não for consolidada. Posologia: 400 ui/dia a partir de 1 mês até 1
ano e 600 ui/dia de 1 ano de idade até 18 anos;
✓ Sulfato Ferroso na dose de 1 mg/kg/dia deve ser iniciado aos 6 meses de idade
ou a partir da introdução da alimentação complementar. Interessante avaliar a
introdução precoce (aos 3 meses de vida) nos lactentes em amamentação
exclusiva com nutrição materna inadequada, vulnerabilidade social ou nos que
sofreram desmame precoce em uso de leite sem adição de ferro na fórmula.
Desconsiderar a suplementação nos lactentes em uso de pelo menos 600 ml de
leite por fórmula infantil.

6.11. Exames laboratoriais

✓ Deve ser realizado hemograma, reticulócitos, ferritina em todos os lactentes de


1 ano de idade para investigação de anemia ferropriva;
✓ Em caso de anormalidades ou adoecimento com internação, avaliar
necessidade de demais exames e incluir na solicitação de rotina;

32
✓ A triagem do perfil lipídico deve ser avaliada a partir de 3 anos de idade para
os pacientes de risco.

6.12. Particularidades do alto risco

Avaliações:
✓ Para os prematuros até 3 anos de idade utilizar a idade corrigida para
prematuridade (ICP) ou seja, descontar da idade cronológica as semanas que
faltavam para atingir 40 semanas (termo). A partir da ICP, fazer os registros
dos dados antropométricos na curva do bebê prematuro da caderneta da
criança, avaliar o desenvolvimento, seguir as orientações de atendimento
ambulatorial do bebê prematuro e considerar todas as comorbidades
associadas. Seguir o Manual de Atendimento ao Bebê Prematuro
disponibilizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, disponível em
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/seguimento_prematuro_o
k.pdf.

Vitaminas:
✓ O banho de sol deve ser ainda estimulado antes de 09h da manhã ou após as
16h da tarde. A partir de 1 mês, a vitamina D deverá ser prescrita nos dias que
a prática de banho de sol não for consolidada. Posologia: 600 ui/dia a partir de
1 mês;
✓ Sulfato Ferroso na dose de 2 mg/kg/dia deve ser iniciado após a alta da
maternidade e mantido até 2 anos de idade (lembrar de descontar o uso nos
lactentes que recebem composto enriquecido com ferro);
✓ Polivitamínico para suplementação de Vitamina A a partir da alta hospitalar até
2 anos de idade.

Exames Laboratoriais:
✓ Deve ser realizado: hemograma, reticulócitos, ferritina em todos os lactentes
de 1 ano de idade para investigação de anemia ferropriva;

33
✓ Triagem da retinopatia da prematuridade, triagem auditiva, triagem da doença
ósseometabólica e demais de acordo com a prematuridade e condições clinicas
associadas;
✓ Em caso de anormalidades ou adoecimento com internação, avaliar
necessidade de demais exames e incluir na solicitação de rotina.

34
REFERÊNCIAS

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Básica. Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento. Caderno de Atenção Básica n° 33.
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35
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DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Atenção Integral à


Saúde. Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde. Atenção à Saúde da Criança.
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DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária à


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saúde da criança. Brasília, 2014. disponível em <http://www.saude.df.gov.br/wp-
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PARANÁ, Secretaria de Estado de Saúde. Caderno de Atenção à Saúde da Criança Primeiro


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PESSOA, Jose Hugo de Lins. Puericultura: conquista da Saúde da Criança e do Adolescente.


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36
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de seguimento ambulatorial do
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https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201910/18161725-nota-tecnica-saude-
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WEFFORT, Virgínia Resende Silva e LAMOUNIER, Joel Alves. Nutrição em pediatria: da


neonatologia à adolescência/coordenação. 2. ed. Barueri: Manole, 2017.

38
ANEXO 1 - Esquema alimentar para crianças até 2 anos

39
ANEXO 2 – Grupos de alimentos

40
ANEXO 3 – Doze Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável para
crianças menores de 2 anos

41
42

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