Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
Gestão 2022
José Carlos Moura – Secretário Municipal da Saúde de Ribeirão Preto– SP.
Enfª. Giovanna Teresinha Cândido – Secretária Adjunta
Vanessa Colmanetti Borin Danelutti – Diretora do Departamento de Assistência à Saúde da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Dilson Braz da Silva Junior – Diretor do Departamento de Planejamento em Saúde da Secretaria Municipal
da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Ananda Letícia Fuzo Ferreira – Enfermeira da Equipe Técnica da Coordenadoria da Assistência Integral à
Saúde da Criança e do Adolescente
Ms. Márcia Beatriz Berzoti Gonçalves – Enfermeira da Equipe Técnica da Coordenaria da Assistência
Integral à Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Soraya Liemi Fukamichi – Médica Pediatra da Equipe Técnica da Coordenadoria da Assistência Integral à
Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Organizadores
Cleuza Cunes Mestrinel – Enfermeira, Supervisora da UBS Central/Vila Virgínia de Ribeirão Preto – SP
Daniela Vieira Pallos – Nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família da Secretaria da Saúde de
Ribeirão Preto– SP.
Márcia Beatriz Berzoti Gonçalves – Enfermeira da Equipe Técnica da Coordenadoria de Atenção à Saúde da
Criança e Adolescente Assistência Integral à Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria Municipal da
Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Márcia Soares Freitas da Motta – Médica Pediatra Coordenadora Equipe técnica da Coordenadoria de
Assistência à Saúde da Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Maria Tereza Cunha Alves Rios - Nutricionista da Equipe Técnica da Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto
Soraya Liemi Fukamichi – Médica Pediatra da Equipe técnica da Coordenadoria de Assistência à Saúde da
Criança e do Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP.
Waldomiro Roberto Tavares – Enfermeiro da Equipe Técnica da Coordenadoria de Assistência à Saúde da
Criança e Adolescente da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP até fevereiro de 2021
(aposentadoria).
Colaboradores
Renata Cerri – Agente de Administração do Programa de Assistência à Saúde da Criança e Adolescente da
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP, até julho de 2018 (exoneração a pedido)
Lilian Donizete Pimenta Nogueira – Enfermeira, Coordenadora do Aleitamento Materno da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
Andrea Domingues Ribeiro Tonetto – Cirurgiã Dentista, Coordenadora dos Procedimentos Coletivos e
Preventivos em Odontologia da Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
3
Marcus Vinicius Santos – Psicólogo, Coordenador da Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde de
Ribeirão Preto – SP
Lucia Helena Terenciani Rodrigues Pereira – Farmacêutica Chefe da Divisão de Farmácia da Secretaria
Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
Revisão
Suraia Zaki Sammour Vigarani – Médica Pediatra do Complexo Regulador da Secretaria Municipal de Saúde
de Ribeirão Preto – SP
Elaine Mara Kamada Moreira – Médica Pediatra, Coordenadora do Complexo Regulador da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto – SP
Rosane Mendes Batista Queiroz – Médica Pediatra da Secretaria Municipal de Saúde até fevereiro de 2022
(aposentadoria)
Karina Domingues de Freitas- Chefe da Divisão de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde – SP
Lauren Suemi Suemi Kawata – Enfermeira da Equipe Técnica da Divisão de Enfermagem da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto – SP
Maria de Fátima Paiva Brito – Enfermeira da Equipe Técnica da Divisão de Enfermagem da Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto – SP
Thatiane Delatorre – Enfermeira da Equipe Técnica do Departamento de Atenção à Saúde das Pessoas da
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto – SP
Mirela Módolo Martins do Val – Coordenadora de Atenção Primária da Secretaria Municipal da Saúde de
Ribeirão Preto – SP
4
APRESENTAÇÃO
Esse protocolo visa a apoiar a assistência integral à saúde da criança desde o nascimento até a fase da
adolescência. Está baseado nas políticas nacionais voltadas para a promoção, a proteção e a recuperação da
saúde na tentativa de melhorar a vigilância à saúde e contribuir para a qualidade de vida do público dessa faixa
etária.
Além disso, vem para nortear e qualificar as ações de saúde dos profissionais ligados a Secretaria
Municipal de Saúde de Ribeirão Preto.
Considerando as constantes mudanças no campo da saúde e na qualidade de vida das pessoas ao longo
dos anos, fez-se necessário reorganizar os processos de trabalho para torná-los mais favoráveis à adesão, e
alcance de metas e a uniformização das condutas, buscando assim, unir esforços locais no fortalecimento das
ações de saúde.
A Coordenadoria de Assistência Integral à Saúde da Criança e do Adolescente (CAISCA) através de
suas ações une diversos parceiros, diferentes atores da rede Inter setorial e, com isso, fortalece e norteia as
ações de saúde da rede pública no município de Ribeirão Preto.
Com o intuito de uniformizar o cuidado e a assistência à saúde, esse protocolo soma conhecimentos,
subtrai as deficiências que possam existir, multiplica as alegrias e sucessos conseguidos através desses atores
que entram em cena para construir um processo de trabalho engajado em habilidades e construções de saber,
de pensar e de agir.
Nesse Sentido, elaborou-se este protocolo que deve ser entendido como um ponto de partida, e ao
longo do processo, ser revisto e repensado para que o objetivo maior seja atingido e vá de encontro ao
fortalecimento das ações de saúde para que possa refletir positivamente na saúde da população e na melhoria
dos indicadores de saúde do nosso município.
5
Sumário
1.INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 8
2. ACOLHIMENTO: ...................................................................................................................................... 9
3. PROGRAMA FLORESCE UMA VIDA - FUV ...................................................................................... 10
4. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DA CRIANÇA (SIS-CRIANÇA) .................................. 12
4.1. - Cabe à coordenação do Programa Floresce uma Vida: ................................................................... 12
4.1.2 - Cabe à equipe do Programa Floresce uma Vida nas maternidades públicas: ................................ 13
4.1.3 - Cabe às Unidades Básicas de Saúde: ............................................................................................ 14
5.- NORMAS PARA O AGENDAMENTO / ATENDIMENTO. ................................................................ 15
5.1. - Tipos de Agendamento: ................................................................................................................... 15
5.2 - Parâmetros para a previsão de vagas para os atendimentos de puericultura .................................... 15
6. IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS .............................................................................................................. 18
7. ATENDIMENTO À CRIANÇA PELO ENFERMEIRO ......................................................................... 18
7.1. Objetivos Gerais da Consulta do Enfermeiro .................................................................................... 19
7.2 Atribuições Da Equipe De Enfermagem Na Pré E Pós Consulta ....................................................... 22
8. ATENDIMENTO DE PUERICULTURA COM O MÉDICO ................................................................. 23
9. ATENDIMENTO DO RECÉM-NASCIDO ............................................................................................. 24
10. EXAMES DE TRIAGEM NEONATAL ................................................................................................ 27
10.1 Teste Do Reflexo Vermelho - “Teste Do Olhinho”........................................................................... 28
10.11 Como Encaminhar O Paciente Com O Teste Do Olhinho Alterado: .............................................. 28
10.2 Teste De Triagem Neonatal Para Cardiopatia Congênita Crítica - “Teste Do Coraçãozinho” ......... 29
10.3 Triagem Neonatal Auditiva - “Teste Da Orelhinha” ......................................................................... 30
10.3.1 Como Encaminhar O Recém Nascido Para O Teste Da Orelhinha: .............................................. 31
10.4 Teste Da Linguinha ........................................................................................................................... 32
10.4.1 Fluxograma De Atendimento Aos Casos De Anquiloglossia ........................................................ 33
10.4.2 – Como Encaminhar Para Odontopediatria: .................................................................................. 36
10.5 Exame De Triagem Neonatal Biológica (Teste Do Pezinho) ........................................................... 37
11. ICTERÍCIA NEONATAL ..................................................................................................................... 39
11.1 Investigação etiológica ..................................................................................................................... 39
11.2 Avaliação clínica ............................................................................................................................... 41
11.3. Fatores de risco para desenvolvimento de hiperbilirrubinemia significante em RN >35 semanas de
idade gestacional....................................................................................................................................... 42
11.4. Nível de BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e exsanguinotransfusão (EST) em RN ≥35
semanas de idade gestacional ao nascer ................................................................................................... 43
11.5. Hiperbilirrubinemia indireta em RN com idade gestacional menor ou igual a 34 semanas ............ 43
11.6. Valores de BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e exsanguineotransfusão (EST) em RN<
semanas de idade gestacional ................................................................................................................... 44
11.7. Prognóstico ...................................................................................................................................... 44
11.9. Fluxograma para atendimento do recém-nascido ictérico na Atenção Primária à Saúde ................ 45
6
12. ORIENTAÇÃO DE CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO .......................................................... 46
12.1 Introdução ......................................................................................................................................... 46
12.1 Banho Do Recém-nascido ................................................................................................................ 46
12.2 Hidratantes ........................................................................................................................................ 47
12.3 Coto Umbilical ................................................................................................................................. 47
12.4 Dermatite da área de Fraldas ............................................................................................................ 48
12.5 Fluxograma para atendimento dermatite de fraldas na consulta de enfermagem ............................. 49
12.6 Banho de sol (EM CONSULTA TÉCNICA AO MINISTÉRIO DA SAÚDE) ................................. 50
13. SEGUIMENTO NAS CONSULTAS PUERICULTURA: ..................................................................... 50
13.1 Antropometria ................................................................................................................................... 50
13.2 Anamnese: ........................................................................................................................................ 52
13.3 Exame físico: .................................................................................................................................... 52
13.4 Desenvolvimento neuropsicomotor: ................................................................................................. 52
13.5 Critérios de inclusão no Serviço de Estimulação precoce ................................................................ 54
13.6 Critérios de Exclusão do Serviço de Estimulação precoce............................................................... 55
13.7 – Como Encaminhar Para Estimulação Precoce............................................................................... 55
14. VACINAÇÃO ........................................................................................................................................ 56
14.1 Calendário De Vacinação –2021 ...................................................................................................... 57
15. PALIVIZUMABE .................................................................................................................................. 62
15.1. Critérios de Indicação do uso do Palivizumabe: ............................................................................. 63
Segundo a Portaria Conjunta SAS/SCTIES no. 23, de 3 de outubro de 2018: ........................................ 63
15.2 Orientações gerais sobre o fornecimento do PALIVIZUMABE ...................................................... 63
16. SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO ......................................................................................................... 65
16.1 Tratamento ........................................................................................................................................ 68
17. SUPLEMENTAÇÃO VITAMINA D ..................................................................................................... 68
18. PROTOCOLO PARA NORMATIZAÇÃO DA DISPENSAÇÃO DE FÓRMULAS INFANTIS
ESPECIAIS A PACIENTES COM ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE VACA - APLV .................. 69
18.1 Diagnóstico de APLV ....................................................................................................................... 70
18.2 Protocolo De Tratamento APLV De Acordo Com Faixa Etária ....................................................... 71
18.3 Critérios Para Liberação De Fórmula Extensamente Hidrolisada : .................................................. 74
18.4. Orientações para solicitação: ........................................................................................................... 75
19. SAÚDE BUCAL .................................................................................................................................... 78
19.1 Programa Clínica Do Bebê ............................................................................................................... 81
19.2 Orientações de Atendimento aos Bebês............................................................................................ 81
20. PROBLEMAS MÉDICOS E ALERTAS DE SAÚDE DE CRIANÇAS NA ERA DIGITAL. .............. 85
21. SUGESTÕES DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA GRUPOS ............................................... 89
20.1. 1° Grupo de 0 a 6 meses .................................................................................................................. 89
20.2. 2° Grupo de 7 a 9 meses .................................................................................................................. 90
20.3 3° Grupo 10 meses a 24 meses ......................................................................................................... 91
21. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS E DE TRANSPORTE ............................................ 94
22. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 97
7
1.INTRODUÇÃO
8
2. ÃCOLHIMENTO:
9
3. PROGRÃMÃ FLORESCE UMÃ VIDÃ - FUV
10
na gestação e outros –, e agendam as consultas preconizadas para o período neonatal e
puerperal, bem como para as especialidades, conforme critérios estabelecidos. Por meio
do Sistema de Informação da Saúde da Criança (SIS-Criança), software desenvolvido
pela CODERP e idealizado pela Secretaria Municipal de Saúde, estas informações são
registradas, o que promove a comunicação efetiva entre as maternidades e a rede
municipal de saúde, e favorece o fortalecimento das ações estratégicas para a saúde da
criança.
Os profissionais da gestão, a equipe do FUV, e profissionais da rede municipal de
saúde – atenção primária e especialidades – estão envolvidos no planejamento e execução
das ações que asseguram o acompanhamento, identificação precoce de RNs em
vulnerabilidade e a tomada precoce de ações de prevenção e proteção à saúde.
É essencial que as unidades de saúde disponibilizem as agendas dos profissionais
envolvidos nestes atendimentos no Sistema Hygia. São eles:
• Agendamento do recém-nascido em consulta de enfermagem, entre o 3º e 5º dia
de vida, em vaga de Caso Novo de Puericultura (CN);
• Agendamento dos recém-nascidos para consulta com o pediatra/médico de saúde
da família até 30 dias de vida, em vaga de Caso Novo de Puericultura (CN);
• Agendamento dos recém-nascidos no Centro de Referência em Especialidades
Central (CREC) para todo recém-nascido exposto à sífilis ou toxoplasmose na
gestação. O agendamento de recém-nascidos expostos a outras infecções
congênitas deve ser discutido com a responsável pelo ambulatório. Este
agendamento somente não é feito para os recém-nascidos no HC Criança que
tem seu seguimento agendado nos ambulatórios do próprio Serviço.;
• Agendamento dos recém-nascidos para consulta no serviço de Estimulação
precoce quando estes apresentarem os seguintes critérios: Apgar menor que 4
no primeiro minuto e menor que 7 no quinto minuto; Peso inferior a 2.500g;
Idade gestacional menor que 37 semanas ou maior que 42 semanas; Má
formação fetal; Drogadição Materna; Patologias: sífilis, HIV, toxoplasmose,
citomegalovírus e outras doenças congênitas que possam levar a problemas
motores e/ou neurológicos.
• Agendamento de consulta de puerpério com Enfermeira junto com o recém-
nascido com 3 a 5 dias de vida e agendamento de consulta médica com
Ginecologista ou Médico de Saúde da Família em até o 42º dia de puerpério.
11
• Envio de fichas padrões em caso de óbito fetal, óbito neonatal e óbito materno
para Comitê de Mortalidade Materna e Infantil.
• Envio de fichas padrões com dados de Sífilis Materna e Congênitas, HIV/AIDS,
ZIKA vírus e Sintomáticas Respiratórias.
12
• Apoiar os profissionais das maternidades e unidades de saúde,
esclarecendo dúvidas, indicando fluxogramas e protocolos assistenciais, etc.;
• Solicitar às equipes de saúde que sejam realizadas ações
assistenciais e de gerenciamento, frente às situações de vulnerabilidade
identificadas nos binômios;
• Gerenciar relatórios e dados para os indicadores de saúde da
criança;
• Monitorar o comparecimento dos binômicos às consultas com o
enfermeiro, pediatra/médico de saúde da família, ao Serviço de Estimulação
Precoce no Centro Especializado de Reabilitação do Núcleo de Atenção ao
Deficiente (CER NADEF) e Infectologia Neonatal Centro de Referência em
Especialidades Central (CRE Central), conforme indicações;
• Monitorar a coleta de amostra para a triagem neonatal biológica
(teste do pezinho) e aplicação das vacinas Hepatite B e BCG nas maternidades
e unidades de saúde;
• Fornecer perfil de acesso e capacitação para os usuários do SIS-
Criança.
13
• Orientar as puérperas/responsáveis pelo RN acerca dos
agendamentos, importância das consultas, coleta do teste do pezinho e direitos de
saúde do binômio.
As maternidades privadas deverão enviar periodicamente arquivo com os
dados cadastrais dos nascidos na instituição, para importação no SIS-Criança, para
o e-mail do FUV. Esta importação de dados deve ocorrer semanalmente, de
preferência.
14
5.- NORMÃS PÃRÃ O ÃGENDÃMENTO / ÃTENDIMENTO.
15
Casos Novos Pueric. Mensais(CP) = Nº de Nascidos Vivos na área no ano anterior
12 meses.
Observar:
- Média de nascidos vivos no anterior
- N° Nascidos convênios e SUS
- Variação mínima e máxima de nascimentos / mês
16
O agendamento da primeira consulta é realizado pelo Floresce uma Vida ou
quando necessário pela equipe da Unidade de Saúde. Os atendimentos subsequentes
deverão ser agendados nas pós-consultas, de acordo com o cronograma proposto.
Os retornos de puericultura (RP) poderão ser mais frequentes, de acordo com a
avaliação do pediatra/médico de saúde da família (principalmente para crianças de
risco).
É importante a realização de busca ativa dos casos faltosos de crianças menores
de 12 meses. Para que esse controle funcione, os endereços e telefones precisam ser
atualizados em todos os retornos da criança. Sempre observar se a criança de risco
compareceu na consulta e retornos da Estimulação Precoce e nos Ambulatórios de
Especialidade.
No caso das crianças inscritas no Programa Bolsa Família o agendamento
médico também deverá obedecer ao cronograma acima a não ser que haja solicitação
médica para retornos mais frequentes. A verificação antropométrica será realizada por
qualquer profissional habilitado da equipe de saúde. Os dados registrados no Sistema
Hygia são enviados automaticamente para o Sistema do Bolsa Família, desde que a
criança tenha o cadastro com o cartão SUS correto no Sistema do Bolsa Família. Sendo
assim, o acompanhamento para o programa Bolsa família é feito automaticamente.
Em todas as consultas de rotina agendadas deverá ser preenchido o Questionário
dos Marcadores de Consumo Alimentar disponível no Sistema Hygia.
Abrir as agendas dos enfermeiros no mesmo horário da realização do teste do
pezinho e também em concordância com o horário de funcionamento da Sala de Vacinas
para facilitar o acesso/atendimento completo à família.
Caso existam faltosos na agenda diária, a mesma pode ser suprida por
atendimentos eventuais em qualquer uma das siglas citadas de acordo com o Protocolo
de Acolhimento da Demanda Espontânea e Direcionamento de Fluxo na Atenção
Básica.
As famílias das crianças, principalmente as menores de 2 anos, que tiverem
atendimentos eventuais nos serviços de pronto atendimento da rede pública, deverão ser
orientadas a procurarem a Unidade de Saúde da sua área de abrangência. Deverão ter
orientação para manter seguimento de puericultura/pediatria, assim como fazer a contra
referência para os casos de riscos ou que necessitem de reavaliação ou seguimento mais
próximo.
17
6. IDENTIFICÃÇÃO DE RISCOS
18
7.1. Objetivos Gerais da Consulta do Enfermeiro
19
Esta sigla também poderá ser utilizada pelo Programa Floresce Uma Vida, sendo
transformada sempre duas CS em CP / PE, quando não houver disponibilidade destas
siglas na agenda do enfermeiro no período estimado de 3 à 5 dias. Nesta sigla a
enfermeira poderá agendar os retornos subsequentes de seguimento de puericultura.
PE = Consulta de Puerpério – Esta sigla destina-se ao agendamento da puérpera
ainda na maternidade, realizado pela equipe do Programa Floresce Uma Vida. Orienta-
se a Unidade de Saúde a não utilizar esta sigla para outros agendamentos, ficando assim,
de exclusividade do Programa Floresce Uma Vida. Esta sigla foi criada na agenda do
enfermeiro por orientação da equipe do Programa de Saúde da Mulher.
As agendas dos enfermeiros devem ser formatadas colocando-se a sigla PE logo
em seguida da sigla CP. Assim, quando a equipe do Programa Floresce Uma Vida
agendar o RN na sigla de CP, também agendará a puérpera na sigla de PE. Exemplo:
9:00 – Enfermeira – CASO NOVO DE PUERICULTURA – CP
9:30 – Enfermeira – ATENDIMENTO DE PUERPERIO – PE
20
• Reforçar datas de agendamento da consulta médica (puericultura e puerpério),
datas da consulta na estimulação precoce (RN de risco) ou de especialidades
agendadas na caderneta do RN,
• Fazer busca de faltosos de puericultura e puerpério, da agenda de enfermagem e
médica, através de visitas dos agentes comunitários de saúde ou da enfermagem
(visita domiciliar), por telefone ou carta;
• Anotar a consulta e os procedimentos nos prontuários do RN e da mãe,
• Fazer registro no SIS Criança: atualização de dados
• Fazer estudo de casos (das situações mais difíceis / complexas) com a equipe da
Unidade de Saúde,
• Seguir as orientações para o correto preenchimento do Instrumento para a 1ª.
Consulta de Enfermagem do Recém-nascido aplicando a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE).
• Buscar apoio técnico nos protocolos e nos profissionais do Programa de Saúde da
Criança e do Adolescente, Programa de Aleitamento Materno e Programa de
Saúde da Mulher;
21
7.2 Ãtribuiçoes Da Equipe De Enfermagem Na Pre E Pos Consulta
22
8. ÃTENDIMENTO DE PUERICULTURÃ COM O MEDICO
A faixa etária para o atendimento em pediatria vai desde o nascimento até 16 anos
incompletos (15 anos 11 meses e 29 dias) conforme determinação da resolução No. 04 de
25/11/2019, publicada no Diário Oficial de Ribeirão Preto de 26/11/2019.
São utilizadas diferentes siglas e periodicidade das consultas de acordo com a
idade. O supervisor da Unidade de Saúde deverá montar a agenda no sistema Hygia Web
contendo 12 consultas para cada profissional com carga horária de 4 horas/dia (20 horas
semanais), sendo 10 consultas com as diferentes siglas, de acordo com a demanda local e
2 consultas de acolhimento.
A agenda serve para direcionar os atendimentos e não para dificultar o acesso dos
pacientes, portanto, durante a elaboração da mesma deve haver flexibilidade e não
engessamento.
Primeiro Agendamento do recém-nascido (feito habitualmente pela equipe do
Floresce uma Vida nas maternidades SUS) deve ser com a enfermeira (sigla CP – Caso
Novo de Puericultura) até 5 dias de vida – onde será realizado a consulta de enfermagem,
coleta do teste do pezinho e aplicação da vacina BCG. A enfermeira deve solicitar quantos
retornos achar necessário para o atendimento ao recém-nascido.
Segundo agendamento do recém-nascido será com o pediatra até 30 dias de vida,
sendo o ideal com 15 a 20 dias de vida, na sigla CP – Caso Novo de Puericultura. Esta
consulta é agendada na alta hospitalar pelo Floresce uma Vida ou pela Unidade de Saúde.
Próximos Agendamentos do recém-nascido:
Crianças com riscos aumentados ou problemas identificados devem ter seus retornos
mais frequentes conforme a necessidade e indicação do médico.
23
9. ÃTENDIMENTO DO RECEM-NÃSCIDO
24
pústulas (impetigo) e bolhas palmo-plantares (sífilis). Esclareça a família
quanto à benignidade do eritema tóxico.
Examine as fontanelas: a fontanela anterior mede de 1cm a 4cm, tem forma
losangular, fecha-se do 9º ao 18º mês e não deve estar fechada no momento do
Crânio nascimento. A fontanela posterior é triangular, mede cerca de 0,5cm e fecha-se
até o segundo mês. Não devem estar túrgidas, abauladas ou deprimidas.
25
úvula, o tamanho da língua (macroglossia), o palato, o freio lingual e a
coloração dos lábios.
26
Examine os membros superiores e inferiores, para avaliar sua resistência à
extensão, a flexão dos membros, a possibilidade de flacidez excessiva e a
suposta presença de paralisia. Identifique a provável presença de pé torto, que
pode ser desde posicional até um pé torto congênito grave, associado inclusive
Sistema a outras anormalidades congênitas (STAHELI, 2008). O ideal é encaminhar a
osteoarticular criança para o ortopedista, para melhor avaliação e escolha do tratamento.
Verifique a presença de displasia evolutiva do quadril realizando os testes de
Ortolani e de Barlow.
Coluna vertebral Examine toda a coluna, em especial a área lombo-sacra, percorrendo a linha
média.
Observe reflexos primitivos: sucção, preensão palmo-plantar e Moro, que são
atividades próprias do recém-nascido a termo, sadio. Observe a postura de
Avaliação flexão generalizada e a lateralização da cabeça até o final do primeiro mês.
neurológica Observe a presença de movimentos normais e espontâneos de flexão/extensão
dos membros.
27
Os testes de triagem neonatal são de responsabilidade das maternidades e devem
ser checados na primeira consulta do recém-nascido na Atenção Primária à Saúde.
Quando não realizados devem ter seu encaminhamento feito a partir da Atenção Primária.
28
10.2 Teste De Triagem Neonatal Para Cardiopatia Congenita Crítica - “Teste Do
Coraçaozinho”
29
Fallot, drenagem anômala total de veias pulmonares, transposição das grandes artérias,
atresia tricúspide, truncus arteriosus, coarctação de aorta, dupla via de saída de ventrículo
direito, anomalia de Ebstein, interrupção de arco aórtico e ventrículo único.
30
encaminhada à atenção especializada em saúde auditiva para a realização do diagnóstico,
exames, concessão do aparelho auditivo, reabilitação e acompanhamento. Na rede
municipal, os responsáveis por este seguimento da saúde auditiva.
31
10.4 Teste Da Linguinha
Anquiloglossia é uma anomalia congênita que ocorre quando uma pequena porção
de tecido embrionário, que deveria ter sofrido apoptose durante o desenvolvimento,
permanece na face ventral da língua. Dessa forma, a anquiloglossia caracteriza-se por um
frênulo lingual anormalmente curto e espesso ou delgado, que pode restringir em
diferentes graus os movimentos da língua. A espessura, elasticidade e o local de fixação
do frênulo na língua e no assoalho da boca podem variar amplamente na anquiloglossia.
Assim, ela pode ser classificada em leve ou parcial (condições mais comuns) e grave ou
completa, uma condição rara em que a língua está fundida com o assoalho da boca.
Foi criado um fluxo baseado na NOTA TÉCNICA Nº 35/2018 do Ministério da
Saúde que tem a finalidade de atender à Lei nº 13.002 de 20 de junho de 2014 para orientar
os profissionais e estabelecimentos de saúde sobre a identificação precoce da
anquiloglossia em recém-nascidos, bem como estabelecer o fluxo de atendimento dessa
população na rede de atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, tendo em
vista sua potencial interferência sobre a amamentação.
A equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro e cirurgião-dentista) da Unidade
de Saúde deverá realizar a avaliação da mamada e identificar se existe dificuldade na
amamentação associada à anquiloglossia. Recomenda-se a utilização do Protocolo Bristol
(Bristol Tongue Assessment Tool), o qual foi desenvolvido com base em prática clínica
e com referência à Ferramenta de Avaliação da Função do Frênulo Lingual (ATLFF) de
Hazelbaker. Os elementos do BTAT são:
(1) aparência da ponta da língua;
(2) fixação do frênulo na margem gengival inferior;
(3) elevação da língua e
(4) projeção da língua.
As pontuações obtidas para os quatro itens são somadas e podem variar de 0 a 8,
sendo que escores de 0 a 3 indicam potencial redução mais grave da função da língua,
como demonstrado a seguir:
32
Nos casos em que houver suspeita de anquiloglossia grave ou suspeita de
anquiloglossia associada à dificuldade na amamentação e sucção, a equipe
multidisciplinar da Unidade de Saúde (médico, enfermeiro e cirurgião-dentista) deverá
encaminhar para avaliação odontopediátrica.
No caso de indivíduos com mais de 6 meses de vida, a cirurgia de frenulectomia
é indicada nas seguintes situações: limitação dos movimentos da língua, alterações da
fala (fonética), transtornos ou dificuldade na mastigação, presença de lesões traumáticas
associada a presença de frênulo anormal.
33
34
35
10.4.2 – Como Encaminhar Para Odontopediatria:
36
10.5 Exame De Triagem Neonatal Biológica (Teste Do Pezinho)
37
possível, colocar o RN para mamar ao seio materno. Segundo pesquisas, ameniza a dor
do procedimento e também é um momento para avaliar a mamada.
Recomendações para coleta de amostra do teste de triagem metabólica neonatal –
HCFMRP-– A PARTIR DE 11/04/2018:
1a. amostra: 05 dias após transfusão PKU, TSH, IRT, HAC, DBT
Se não for coletada Criança será convocada para coleta de eletroforese de HB com 120 dias de
1a. amostra antes da vida
transfusão
Se RN prematuro ou peso <1.500g , seguir orientações para prematuro
38
11. ICTERÍCIA NEONATAL
39
Sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito
Doenças hemolíticas:
• Hereditárias:
- Imunes: incompatibilidade Rh (antígeno D), ABO, antígenos irregulares (c,
e, E, Kell, outros)
- Enzimáticas: deficiência de G-6-PD, piruvato-quinase, hexoquinase
Membrana eritrocitária: esferocitose, eliptocitose Hemoglobinopatias: alfa-talassemia
• Adquiridas: Infecções bacterianas (sepse, infecção urinária) ou
virais
Coleções sanguíneas extravasculares:
- Hemorragia intracraniana, pulmonar, gastrintestinal
- Cefalo-hematoma, hematomas, equimoses
Policitemia:
- RN pequeno para a idade gestacional
- RN de mãe diabética
- Transfusão feto fetal ou materno fetal
Circulação êntero-hepática aumentada de bilirrubina:
- Anomalias gastrintestinais: obstrução, estenose hipertrófica do piloro
- Jejum oral ou baixa oferta enteral
- Icterícia por oferta inadequada de leite materno
Deficiência ou inibição da conjugação de bilirrubina
Hipotiroidismo congênito
Síndrome da icterícia pelo leite materno
Síndrome de Gilbert
Síndrome de Crigler Najjar tipos 1 e 2
Fonte: Almeida; Nader; Draque (2010); Almeida (2008).
40
• Tipagem sanguínea da mãe e RN – sistemas ABO e Rh (antígeno D)
• Coombs direto no sangue de cordão ou do RN
• Pesquisa de anticorpos anti-D (Coombs indireto) se mãe Rh (D ou Du)
negativo
• Pesquisa de anticorpos maternos para antígenos irregulares (anti-c, anti-e,
anti-E, anti-Kell, outros) se mãe multigesta/transfusão sanguínea anterior e RN com
Coombs direto positivo
• Dosagem sanguínea quantitativa de glicose-6-fosfato desidrogenase
• Dosagem sanguínea de hormônio tireoidiano e TSH (teste do pezinho)
41
11.3. Fatores de risco para desenvolvimento de hiperbilirrubinemia significante em
RN >35 semanas de idade gestacional
42
11.4. Nível de BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e exsanguinotransfusão (EST)
em RN ≥35 semanas de idade gestacional ao nascer
43
11.6. Valores de BT (mg/dL) para indicação de fototerapia e exsanguineotransfusão (EST)
em RN< semanas de idade gestacional
11.7. Prognóstico
44
11.9. Fluxograma para atendimento do recém-nascido ictérico na Atenção Primária à
Saúde
Médico e Enfermeiro
Icterícia com
aparecimento > 24 h e <
Icterícia zona 5 ou
Icterícia zona 3-4 de crise convulsiva
14 dias. RN em bom Kramer
estado geral e icterícia
acima da cicatriz umbilical
Coletar bilirrubina total e
frações e ser avaliado por
Reorientar técnica de médico imediatamente
Provável icterícia mamada.
fisiológica Coletar bilirrubina total e
frações e encaminhar para
avaliação médica Internação hospitalar urgente
via regulação
Reorientação de técnica
de amamentação
Sem Nível para Com nível de
fototerapia e RN fototerapia
em bom estado
Acompanhamento
clínico
Solicitar
internação
Reavaliação com hospitalar via
pediatra em 24 regulação
horas para
reavaliação de
peso, hidratação e
icterícia
Resultado com colestase neonatal (aumento de bilirrubina direta acima de 20% da bilirrubina
total ), vômitos persistentes, queda de estado geral, irritabilidade, perda de peso acima de 14% devem
ser avaliados pelo médico para investigação e avaliação de necessidade de internação hospitalar.
45
12. ORIENTAÇÃO DE CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO
12.1 Introdução
A pele é o maior órgão do corpo, responsável por várias funções, cuja principal é
atuar como barreira, evitando a desidratação, a absorção de substâncias nocivas e a
invasão de microrganismos. A pele do recém-nascido (RN) exerce função importante na
transição do ambiente líquido em que se encontrava para condições aeróbicas
extrauterinas, e amadurece gradualmente ao longo da infância.
A pele é composta basicamente por três camadas: estrato córneo, epiderme e
derme. A camada superior, o estrato córneo, é a principal responsável pela função de
barreira e, na criança até 24 meses, ela é aproximadamente 30% mais fina do que no
adulto, tornando a pele infantil mais susceptível à penetração de irritantes, alérgenos e
infecções. Durante os primeiros meses de vida, os cuidados com a pele são fundamentais,
a fim de manter a integridade da barreira cutânea e garantir seu desenvolvimento saudável.
As orientações para cuidados com a pele podem ser realizadas peles profissionais
da saúde capacitados como auxiliares de enfermagem, enfermeiros ou médicos. Caso
hajam lesões de pele que não melhoraram com as orientações gerais a criança deve ser
agendada para avaliação do médico pediatra.
46
Devem ser usados produtos de limpeza suaves, destinados à pele do bebê, que não
alterem significativamente o pH fisiológico ácido da pele (entre 4,2 a 5,6) . Logo após o
banho, a pele deve ser gentilmente seca com uma toalha macia e limpa.
Os sabonetes líquidos infantis, e especialmente os syndets, são os mais
recomendados para uso na pele sensível do RN e lactentes, de forma a garantir a eficácia
da barreira cutânea.
O xampu não é essencial para o couro cabeludo, é uma questão de preferência
pessoal ou cultural. As unhas devem ser mantidas limpas e curtas, e o corte feito em linha
reta.
12.2 Hidratantes
O cordão umbilical pode ser uma porta de entrada para bactérias, a colonização
bacteriana do cordão pode levar à onfalite, tromboflebite, celulite, fasciíte necrosante e
tétano.
O coto mumifica entre o 3º ou 4º dia e cai habitualmente entre o 6º e 15º dia de
vida.
47
12.4 Dermatite da área de Fraldas
48
12.5 Fluxograma para atendimento dermatite de fraldas na consulta de enfermagem
Melhora do quadro?
SIM NÃO
s
49
12.6 Banho de sol (EM CONSULTA TÉCNICA AO MINISTÉRIO DA SAÚDE)
13.1 Antropometria
50
Evolução e Crescimento
1º semestre de vida = 15 cm
2º semestre de vida = 10 cm
3º e 4º anos = 7 com/ano
Peso baixo para idade: peso entre os percentis 0,1 e 3 ou escore ≥-3 e < -2 .
Peso muito baixo para idade: peso menor que o percentil 0,1 ou escore< -3 .
51
13.2 Anamnese:
52
53
13.5 Critérios de inclusão no Serviço de Estimulação precoce
54
13.6 Critérios de Exclusão do Serviço de Estimulação precoce
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
55
14. VACINAÇÃO
Quando a criança estiver na sala de vacina, a funcionária deverá ficar atenta aos
retornos e consultas da puericultura e orientar a mãe. Caso a mãe tenha alguma queixa ou
dificuldade, encaminhar pata avaliação da equipe de enfermagem.
Toda vez que for realizada a vacina BCG no RN, o funcionário deve investigar se
foi realizada a coleta do teste do pezinho e anotar no livro de BCG a data e o local da
coleta. Se no momento da BCG ainda não foi realizada a coleta do teste do pezinho, este
RN deverá ser encaminhado para a enfermeira para coleta ou orientações. Realizar
56
atualização no Cadastro no SIS Criança dos dados da aplicação das vacinas Hepatite B e
BCG e referentes a Coleta da Triagem Neonatal.
PNEUMO 10
Pneumo 10: vasto lateral da
VALENTE
coxa direito
Meningo C: vasto lateral da
3 MESES MENINGO C
coxa esquerdo
Penta: vasto lateral da coxa
PENTAVALENTE
esquerdo
(DTP/Hib/Hep. B)
PNEUMO 10
Pneumo 10: vasto lateral da
VALENTE
coxa direito
Meningo C: vasto lateral da
5 MESES MENINGO C
coxa esquerdo
57
VIP: vasto lateral da coxa
PENTAVALENTE
direito
(DTP/Hib/Hep.B)
6 MESES
Penta: vasto lateral da coxa
VIP2
esquerdo
FEBRE AMARELA
9 MESES SC
(FA)6
SARAMPO-
SC
CAXUMBA-
RUBÉOLA (SCR) Meningo C: vasto lateral da
12 MESES coxa esquerdo
MENINGO C5
58
VARICELA SC
MONOVALENTE
9 a 14 ANOS HPV9 (Meninas) IM
11 e 12 anos MENINGO ACWY IM
IM
9
11 a 14 ANOS HPV (Meninos)
IM
14 ANOS (a cada 10 DUPLA ADULTO
deltóide esquerdo
anos) (dT)10
DUPLA ADULTO
(dT)10
Dupla adulto: deltóide
Após aborto imediato SARAMPO- esquerdo
CAXUMBA-
(se calendário vacinal SCR : SC do braço direito
RUBÉOLA (SCR)7
desatualizado) hepatite B: deltóide direito
HEPATITE B1 FA: SC do braço esquerdo
FEBRE AMARELA6
DUPLA ADULTO
(dT)10 dupla adulto: deltóide
Após o parto esquerdo
SARAMPO-
(se calendário vacinal CAXUMBA- SCR : SC do braço direito
desatualizado) RUBÉOLA (SCR)7
hepatite B: deltóide direito
HEPATITE B1
Acima de dois anos de
idade
Crianças entre 6 m e
deltóide direito
menores de 6 anos
INFLUENZA
SAZONAL11 vasto lateral da coxa direito
Gestantes
59
Hepatite B
• Deve ser aplicada nas primeiras doze horas de vida do RN na maternidade pública
ou privada; A partir de agosto de 2012, com a introdução da vacina Pentavalente,
a criança recebe, além da primeira dose da vacina contra a Hepatite, mais três
doses aos 2, 4, 6 meses (pois a vacina contra Hepatite B é parte da vacina
Pentavalente).
• O intervalo mínimo entre a 1ª e a 2ª dose é de 30 (trinta) dias;
• O intervalo entre a 2ª e a 3ª dose é de dois meses (60 dias) desde que o intervalo
de tempo decorrido entre a primeira e a terceira dose, seja no mínimo, de quatro
meses e a criança já tenha completado 6 meses de idade;
VIP
Rotavírus
Obs: Criança que não recebeu a 1ª dose até 3 meses e 15 dias não poderá mais ser
vacinada. Criança que recebeu a 1ª dose em clínica particular, não deverá receber a 2ª
dose da rede pública (vacinas diferentes não intercambiáveis)
Pneumocócica 10 valente
Meningocócica C
60
• Intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose de 30 dias e intervalo entre a
segunda dose e o reforço: 60 dias.
Hepatite A
HPV
OBSERVAÇÃO
61
das pessoas com 60 anos ou mais. Ao receber a vacina pela 1ª vez na faixa etária
de 6 meses a 8 anos, a criança deve receber uma dose de reforço com intervalo de
30 dias entre elas;
• Até 3 anos de idade a criança deve receber a metade da dose (0,25 ml – IM);
• Acima de três anos a dose é 0,5 ml e acima de 9 anos é dose única, mesmo na
primo vacinação.
• Caso a pessoa apresente documentação com esquema de vacinação incompleto, é
suficiente completar o esquema já iniciado. Ressalte-se que a adolescência é o
período apropriado para a verificação e complementação de esquemas vacinais
iniciados na infância.
• As vacinas BCG e VIP são indicadas, prioritariamente, para pessoas até 15 anos
de idade. Em caso de gravidez e na profilaxia do tétano após alguns tipos de
ferimento, deve-se reduzir este intervalo para cinco anos (ver em profilaxia do
tétano pós-ferimento). O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é de
dois meses desde que o intervalo de tempo decorrido entre a primeira e terceira
dose seja, no mínimo, de quatro meses.
• Adolescentes de 11 a 14 anos de idade – Dose Única ou Reforço, de acordo com
a situação vacinal. O intervalo mínimo entre as doses de SCR – Tríplice Viral
(sarampo, caxumba e rubéola) é de 30 dias. Indicada para meninas de 9 a 14 anos
e para meninos de 11 a 14 anos. Pessoas portadoras de HIV, imunossuprimidas,
oncológicas: Iniciar esquema de 9 anos a 26 anos.
• Para pessoas que residam ou viajam para regiões onde houver indicação, de
acordo com a situação epidemiológica. Moradores de Ribeirão Preto e região
devem realizar esta vacina.
15. PALIVIZUMABE
62
O palivizumabe deve ser prescrito na dose de 15 mg/kg intramuscular (IM) nos
meses de sazonalidade - de fevereiro a julho- com intervalo de 30 dias entre as doses.
• Criança prematura com idade gestacional menor que 29 semanas estando com
menos de 12 meses de idade no início do período de sazonalidade do VRS.
• Criança prematura e com doença pulmonar crônica da prematuridade: pela
dependência de oxigênio em prematuros a partir de 28 dias de vida, acompanhada
de alterações radiológicas típicas, ou dependência de oxigênio com 36 semanas
de idade gestacional corrigida no prematuro extremo.
• Cardiopatia Congênita. Crianças portadoras de cardiopatia congênita com
repercussão hemodinâmica demonstrada até o segundo ano de vida.
63
não possua Certidão de Nascimento, retirar as informações dos registros
constantes da Declaração de Nascido Vivo (DNV).
• Relatório contendo idade gestacional em semanas, peso nascimento em gramas,
gestação única ou múltipla, tipo de parto ( vaginal, cesárea) , hospital de
nascimento , data de alta hospitalar. Informações conforme relatório de alta
hospitalar do Recém nascido. Informar outras patologias ou situações clínicas
apresentadas pela criança que precisam de tratamento e que podem agravar a
doença pulmonar ou cardíaca.
• Peso atual– informar o peso da criança, em gramas, na data de preenchimento do
Formulário de Solicitação de Palivizumabe.
• CNS – informar o número do Cartão Nacional de Saúde
• Endereço – preencher completamente todos os dados do endereço atual.
• Telefones: informar números de telefone fixo, celular e para recados.
• Serviço solicitante: informar o nome do hospital, Unidade Básica de Saúde – UBS,
Ambulatório Médico de Especialidades, Consultório Médico ou outro serviço de
saúde em que o paciente é atendido. As informações de endereço e telefone são
fundamentais para a localização da criança para agendamento da aplicação do
medicamento, para referência ao serviço onde o medicamento será aplicado, e
para outros contatos que possam ser necessários. Esta informação é fundamental
para busca ativa da criança que não comparece ao agendamento.
• Cardiopatia com hipertensão pulmonar, insuficiência cardíaca ou cianose: cópia
do ECOCARDIOGRAMA.
• Receita em 2 vias do palivizumabe na dose 15 mg/kg intramuscular (IM) nos
meses de sazonalidade - de fevereiro a julho- com intervalo de 30 dias entre as
doses.
64
16. SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO
65
No entanto, com presença de fatores de risco, a suplementação deve ser iniciada
aos 90 dias, independentemente do tipo da alimentação.
66
• Prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500g)
• Lactentes em crescimento rápido (velocidade de crescimento > p90)
• Meninas com grandes perdas menstruais
• Atletas de competição
• Diminuição do fornecimento
• Clampeamento precoce do cordão umbilical
• Aleitamento materno exclusivo prolongado (superior a seis meses)
• Alimentação complementar com alimentos pobres em ferro ou de baixa
biodisponibilidade
• Consumo de leite de vaca antes de um ano de vida
• Consumo de fórmula infantil com ferro de baixa biodisponibilidade
• Dietas vegetarianas sem orientação de médico/nutricionista
• Ausência ou baixa adesão à suplementação profilática com ferro medicamentoso,
quando recomendada
• Verminose
• Síndromes de má-absorção (doença celíaca, doença inflamatória intestinal)
• Redução da acidez gástrica (antiácidos, bloqueadores H2, inibidores de bomba de
prótons).
1. Hemograma: para avaliação da Hb, dos índices hematimétricos (VCM, HCM, RDW)
e da morfologia dos glóbulos vermelhos.
2. Ferro sérico
67
16.1 Tratamento
68
18. PROTOCOLO PARA NORMATIZAÇÃO DA DISPENSAÇÃO DE FÓRMULAS
INFANTIS ESPECIAIS A PACIENTES COM ALERGIA À PROTEÍNA DO LEITE DE
VACA - APLV
As manifestações podem ser mediadas por IgE, não-mediadas por IgE (imunidade
celular) ou uma associação destas.
Em crianças com APLV existe uma forte associação com história familiar de
atopia, introdução precoce de leite de vaca, infecções de trato gastrintestinal em crianças
de baixa idade (doença diarreica aguda e persistente) e fatores ambientais.
Nas manifestações tardias (não mediadas por IgE ou mistas), que ocorrem após
mais de duas horas à ingestão do leite, predominam os sintomas relativos ao trato
digestivo, havendo eventuais associações com sintomas extra digestivos: Rino
conjuntivite, tosse crônica, estridor laríngeo, asma e/ou cutâneas (urticária, dermatite
atópica).
69
18.1 Diagnóstico de APLV
I. Nas reações mediadas por IgE, a associação dos sintomas com ingestão de leite
ou derivados ocorre em até 2 horas após a ingestão do leite.
II. Nas reações não mediadas por IgE, ocorrem associações de manifestações
digestivas com sinais e sintomas extra-digestivos (rinoconjuntivite, tosse crônica, estridor
laríngeo, broncoespasmo) ou cutâneas (urticária, dermatite atópica, angioedema). As
reações são, em geral, tardias (mais de 2 horas após exposição ao leite).
IV. Teste de provocação: o teste de provocação não deverá ser realizado em casos
de anafilaxia, podendo ocorrer em até 4 horas nos casos de reação mediada por IgE ou
ocorrer horas ou dias após a provocação em casos de reação não mediada por IgE.
70
18.2 Protocolo De Tratamento APLV De Acordo Com Faixa Etária
71
Em situação de risco nutricional (definida como crianças abaixo do percentil 10 de
peso para idade ou com descendente do traçado da curva do peso para idade após três
pesagens sucessivas) utilizar fórmula de proteína isolada de soja em crianças sem
comprometimento de trato digestivo, ou fórmula extensamente hidrolisada em crianças
com envolvimento intestinal (Algoritmo 3)
III – Após 12 semanas de tratamento com qualquer fórmula específica para o tratamento
de APLV a criança que responder clinicamente deverá ser submetida a um Teste de
Provocação. Caso não desenvolva os sintomas de APLV, deverá ser orientada à dieta com
a qual se obteve sucesso terapêutico.
72
ALGORITMO 1 – Crianças menores que 6 meses
73
ALGORITMO 3 – crianças entre 12 e 24 meses :
CIDs contemplados:
74
• K90.8 - Outras formas de má-absorção intestinal
• K90.9 - Má-absorção intestinal, sem outra especificação
• T78.4 - Alergia não especificada
• 1 mês: 14 latas;
• 2 –3 meses: 15 latas;
• 4 –6 meses: 16 latas;
• 7 –9meses: 13 latas;
• 10 –11 meses: 10 latas;
• 12 –24 meses: 8 latas.
➢ Idade: 0 a 24 meses
➢ Diluição: 01 colher-medida (4,3g de pó) para cada 30mL de água.
• Documento de identidade;
75
ATENÇÃO: No campo “Outros: Provocação”, mencionar a data da realização do teste de
provocação, fórmula nutricional utilizada e resultados obtidos.
76
4. Cópia de exames: (A critério do médico prescritor)
5. A família deverá levar toda a documentação quando estiver pronta na farmácia de alto
custo do Farmácia de Alto Custo/DRS Rua Marechal Deodoro, 1112 (ao lado do HC –
UE) .
Recomenda-se entrar em contato antes por telefone para esclarecimentos. – Fone: (16)
3602 2614 - Horário: 07:30-16:00.
77
19. SAÚDE BUCAL
78
Não há consenso sobre o fato de a erupção estar relacionada com picos febris ou
diarreia, como prediz a cultura popular. Sempre procurar outro motivo para o
adoecimento da criança.
A boca do bebê deve ser limpa, após cada mamada e/ou refeição com a ponta de
uma fralda de pano ou outro tecido macio, umedecido em água filtrada. A partir da
presença do primeiro dente decíduo, deve-se iniciar a higiene da boca, friccionando
cuidadosamente o dente devendo ser mantida diariamente.
79
também a oferta inoportuna de alimentos com risco de aspiração, obesidade e “cárie de
mamadeira” de difícil tratamento e controle.
Evitar os anestésicos tópicos em gengivas, entre outros, pois isso poderá causar a
anestesia da orofaringe, dificultando o reflexo de deglutição e o aumento do risco de
aspiração.
80
19.1 Programa Clínica Do Bebê
A Odontologia para bebês é uma prática eficaz, simples e de baixo custo, que está
fundamentada no conceito de atenção educativo-preventiva precoce. Inicia-se ainda na
vida intrauterina, por meio de orientação às gestantes através do programa Meu Bem
Querer em relação aos hábitos, costumes e cuidados com a própria alimentação, higiene
oral e também de seu bebê.
O bebê passará por consultas periódicas com o cirurgião dentista, sendo que a
frequência dos retornos deve ser norteada pela classificação do risco de cárie em cada
caso.
19.2 Orientações de Atendimento aos Bebês
(https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/pdf/programa_clinica_bebe.pdf).
81
As Unidades de Saúde com baixo número de nascimentos por mês deverão
absorver e agendar os bebês em vagas OD, portanto não usarão a sigla BB. Não justifica
o bloqueio de um período para absorver pequeno número de nascimentos. As vagas
BB se destinam aos Casos Novos e os Retornos.
Quando for possível formar grupos ou a palestra dos temas sugeridos abaixo pode
ser realizada coletivamente ou, onde não for possível a formação de grupos de bebês,
deverá ser realizada individualmente na primeira consulta. Abordar temas tais como:
• Desenvolvimento facial,
• Alimentos saudáveis,
Na consulta dos seis meses de vida, avaliar o bebê quanto ao risco de cárie, tendo
por base o tipo de alimentação que está sendo oferecida a ele. Bebês com aleitamento
materno ou artificial e sem alimentos açucarados serão classificados como baixo risco.
Bebês com alimentação onde se inclui o açúcar serão classificados como alto risco e
deverão ser seguidos com intervalos de retornos menores a fim de reverter o risco. Nessa
consulta a mãe também receberá orientação de técnica de escovação e cuidados que se
mostrarem necessários.
82
Próximos retornos:
• bebês de alto risco – retornos mensais até reversão do risco. A partir da reversão,
agenda-se mais 2 retornos com intervalo de 2 meses para confirmação da reversão
do risco, depois 2 retornos trimestrais e depois os retornos passam a ser semestrais
até completar 6 anos de idade;
• bebês de baixo risco – o Cirurgião Dentista deve determinar os retornos,
podendo ser com intervalos de 3, 4 ou 6 meses, conforme avaliado, sempre
objetivando o controle do biofilme e orientação alimentar para evitar a doença
cárie. Seguir os bebês até completarem 6 anos.
83
84
20. PROBLEMÃS MEDICOS E ÃLERTÃS DE SÃUDE DE CRIÃNÇÃS NÃ ERÃ
DIGITÃL.
Crianças em idades cada vez mais precoces têm tido acesso aos equipamentos de
telefones celulares e smartphones, notebooks além dos computadores que são usados
pelos pais, irmãos ou família, em casa, nas creches, em escolas ou mesmo em quaisquer
outros lugares como restaurantes, ônibus, carros sempre com o objetivo de fazer com
que a “criança fique quietinha”. Isto é denominado de distração passiva, resultado da
pressão pelo consumismo dos joguinhos e vídeos nas telas, e publicidade das indústrias
de entretenimento, o que é muito diferente do brincar ativamente, um direito universal e
temporal de todas as crianças e adolescentes, em fase do desenvolvimento cerebral e
mental.
Os primeiros 1000 dias são importantes para o desenvolvimento cerebral e
mental de qualquer criança, assim como os primeiros anos de vida, a idade escolar e
durante toda a fase da adolescência. São diferentes estruturas e regiões cerebrais que
amadurecem e não só a nutrição/oral, mas todos os circuitos sensoriais como o toque de
prazer/apego, os estímulos do tato/aconchego, visuais/ luz, sons, olfato modelam a
arquitetura e a função dos ciclos neurobiológicos para produção dos neurotransmissores
e conexões sinápticas. Da mesma forma, o olhar e a presença da mãe/ pai/família é vital
e instintivo como fonte natural dos estímulos e cuidados do apego e que não podem ser
substituídos por telas e tecnologias.
O desenvolvimento precoce da linguagem e das habilidades de comunicação são
fundamentais para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais. O atraso no
desenvolvimento da fala e da linguagem é frequente em bebês que ficam passivamente
expostos às telas, por períodos prolongados.
O estabelecimento das rotinas do dia/vigília e da noite/sono também é
fundamental para a produção dos hormônios necessários ao crescimento harmonioso,
corporal e mental. Transtornos de sono são cada vez mais frequentes e associados aos
transtornos mentais precoces em crianças e adolescentes.
Importante ainda considerar que o tempo de maturação do córtex pré-frontal,
responsável pelas funções cognitivas e executivas do controle dos impulsos,
julgamento, resolução de problemas, atenção, inibição, memória, tomada de decisões é
assíncrono em relação ao sistema límbico que é estimulado por emoções. Este
85
descompasso entre o córtex pré-frontal e o sistema límbico é intensificado no início da
puberdade entre os 10-12 anos até os anos seguintes, em torno de 25-30 anos. Daí os
comportamentos típicos dos adolescentes, não só de curiosidade e impulsividade, mas
quando arriscam seus próprios limites, inclusive durante a participação nos jogos de
videogames, desafios virtuais, selfies em locais extremos e inseguros ou nas redes
sociais.
O uso da Internet e as gratificações significativas, por pontos ou “likes”,
recebidas por estes comportamentos nos jogos ou redes perpassam pelos mecanismos de
recompensa e da produção do neurotransmissor dopamina. Muitos comportamentos se
tornam impulsivos e automáticos aliviando episódios recentes de tédio, estresse ou
depressão. Assim, algo que começou como uma distração na tela ou simples
experimentação do objeto de consumo, como um jogo de videogame, estimulado pelas
indústrias de entretenimento, passa a ser uma solução rápida para desaparecerem
sentimentos perturbadores e emoções difíceis com as quais as crianças e adolescentes
ainda não aprenderam a lidar. A dependência dos jogos, inclusive com teor violento,
mas que trazem desafios e recompensas, impede que enfrentem os problemas que
contribuíram com este estresse tóxico e a liberação do cortisol, criando um ciclo vicioso
de ansiedade e depressão.
O brilho das telas, devido à faixa de onda de luz azul presente na maioria das
telas contribui para o bloqueio da melatonina e para a prevalência cada vez maior das
dificuldades de dormir e manter uma boa qualidade de sono à noite na fase de sono
profundo, com aumento de pesadelos e terrores noturnos. Ao acordar, aumento da
sonolência diurna, problemas de memória e concentração durante o aprendizado com
diminuição do rendimento escolar e a associação com sintomas dos transtornos do
déficit de atenção e hiperatividade.
Existe também o aumento do estresse pelo uso indiscriminado de fones de
ouvido em volumes acima do tolerável e podendo causar trauma acústico e perda
auditiva induzida pelo ruído, irreversível.
Portanto, o desenvolvimento cerebral e mental é bastante dinâmico e complexo
por perpassar as emoções e as reações de medo ou causadoras de ansiedade e depressão,
em associação ao que acontece no contexto familiar, social ou cultural naquele
momento, e por isso mesmo também, as influências e os vários vácuos afetivos que a
mídia exerce.
86
Principais Problemas Médicos e Alertas de Saúde de Crianças e Adolescentes na
Era Digital:
- Dependência Digital e Uso Problemático das Mídias Interativas
- Problemas de saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão
- Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade
- Transtornos do sono
- Transtornos de alimentação: sobrepeso/obesidade e anorexia/bulimia
- Sedentarismo e falta da prática de exercícios
- Bullying & cyberbullying
- Transtornos da imagem corporal e da auto-estima
- Riscos da sexualidade, nudez, sexting, sextorsão, abuso sexual, estupro virtual
- Comportamentos auto-lesivos, indução e riscos de suicídio
- Aumento da violência, abusos e fatalidades
- Problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador
- Problemas auditivos e perda auditiva induzida pelo ruído
- Transtornos posturais e músculo-esqueléticos
- Uso de nicotina, vaping, bebidas alcoólicas, maconha, anabolizantes e outras
drogas.
87
• Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar 1-2
horas antes de dormir.
• Oferecer alternativas para atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou
em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável.
• Nunca postar fotos de crianças e adolescentes em redes sociais públicas,
por quaisquer motivos.
• Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais,
além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda
família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar.
• Encontros com desconhecidos online ou off-line devem ser evitados,
saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre
conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam), é
responsabilidade legal dos pais/cuidadores. Estimular a mediação
parental das famílias e a alfabetização digital nas escolas com regras
éticas de convivência e respeito em todas as idades e situações culturais,
para o uso seguro e saudável das tecnologias.
• Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual,
nudez, pornografia ou produções inadequadas e danosas ao
desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes, postados
por cyber criminosos devem ser denunciados e retirados pelas empresas
de entretenimento ou publicidade responsáveis.
• Identificar, avaliar e diagnosticar o uso inadequado precoce, excessivo,
prolongado, problemático ou tóxico de crianças e adolescentes para
tratamento e intervenções imediatas e prevenção da epidemia de
transtornos físicos, mentais e comportamentais associados ao uso
problemático e à dependência digital.
88
21. SUGESTÕES DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO PARA GRUPOS
89
• Manobras alternativas: shantala, massagem terapêutica, musicoterapia e toque
terapêutico;
• Estimulação neuropsicomotora;
• Autocuidado da mãe: estética, conforto, sexualidade, organização do tempo;
• Planejamento familiar;
• Direitos da criança;
• Relação familiar: pai/mãe/filho. Distribuição das atribuições da família nos
cuidados com o bebê e nos afazeres domésticos.
90
aumento do aporte hídrico, vaporização, tapotagem, limpeza nasal, fracionamento
da dieta e controle da temperatura.
• Febre – o que é, como manejar e quais os sinais de alarme: convulsão, petéquias
e prostração.
OBSERVAÇÕES:
91
• Os grupos educativos podem se constituir, também, em espaço de educação
continuada com a equipe de saúde;
• Podem ser utilizados vídeos e outros recursos audiovisuais nos grupos;
• Dependendo da área física destinada ao grupo, podem ser organizadas oficinas
culinárias para preparo de papas, trocas de receitas, etc.;
• Pode ser interessante manter um painel no consultório e em outro local da Unidade
de Saúde com alternativas criativas dadas pelas famílias no cuidado das crianças
(receitas boas e baratas, alternativas para proteger a criança, construção de
brinquedo). Vale também buscar ocupar os espaços públicos da região,
adaptando-os para a utilização das crianças.
AUXILIAR
- O que é o - Incentivo ao - Incentivo ao - Incentivo ao - Incentivo ao
Programa Saúde Aleitamento Aleitamento Materno Aleitamento Materno Aleitamento
da Família Materno Materno
92
- Alerta sobre os
malefícios do
- O que são as - Higiene e - Crescimento e - Crescimento e
açúcar
visitas do ACS, cuidados de Desenvolvimento Desenvolvimento
qual o objetivo rotina habituais habituais
e periodicidade
- Alimentos
saudáveis
- Vacinação - Vacinação
- O que o ACS
pergunta,
- Escovação após
observa e
- Higiene e cuidados - Higiene e cuidados
o nascimento dos
orienta durante
de rotina de rotina
dentes
a visita
domiciliar
93
21. PREVENÇÃO DE ACIDENTES DOMÉSTICOS E DE TRANSPORTE
94
Nunca deixe a criança brincar em lajes
que não tenham grades de proteção.
95
Coloque protetores nas tomadas;
evite fios elétricos soltos e ao alcance
das crianças.
96
banco da frente a partir dos 10 anos
e com cinto de segurança (CTB)
97
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto; Secretaria Municipal da Saúde; Manual Técnico
do Programa Floresce Uma Vida. Atualizado em 2018. Ribeirão Preto- S.P.; 2018.
Ministério da Saúde. Dez Passos para uma Alimentação Saudável; Guia Alimentar para
Crianças Menores de Dois Anos: Um Guia para Profissionais da Saúde na Atenção
Básica; 2º edição; 3º reimpressão; Brasília – DF; 2016.
Ministério da Saúde. Atenção Básica à Saúde da Criança – Texto de Apoio para o Agente
Comunitário de Saúde. Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância - AIDPI;
Brasília – DF; 2001.
98
Ministério da Saúde. Agenda de Compromissos para Saúde Integral da Criança; Brasília
– DF; 2004.
Ministério da Saúde; Triagem Neonatal Biológica – Manual Técnico ;1ª Edição; Brasília
– DF; 2016.
Ministério da Saúde & Organização Pan-Americana de Saúde & Fundo das Nações
Unidas para a Infância; AIDPI CRIANÇA – 2 meses a 5 anos; Manual de Quadros de
Procedimentos; Brasília – DF; 2017.
Diário Oficial do Estado de São Paulo; Poder Executivo - Seção I -Saúde – Gabinete do
Secretário – Resolução SS – 336, de 27/11/2007.
Kramer LI. Advancement of dermal icterus in the jaundiced newborn. AmJ Dis
Child.1969;118(3):454-8.
99
Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (vsr) – sbp
2017
100
Ministério da Saúde - Cadernos de Atenção Básica – Saúde da Criança: Crescimento e
Desenvolvimento – Caderno 33 – Brasília – DF 2012.
Kusari A, Han AM, Virgen CA, et al. Evidence-based skin care in preterm infants. Pediatr
Dermatol. 2019;36(1):16-23.
101