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CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO SEMI PRESENCIAL

MONIQUE CRISTINY ALVES CASSEMIRO

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE CAMPO

ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SANTO ANTONIO DA PLATINA / PR


2020
MONIQUE CRISTINY ALVES CASSEMIRO

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE CAMPO

ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

SANTO ANTONIO DA PLATINA / PR


2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................7

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS......................................................................11
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1 introduÇÃO
Em nossa prática profissional no Pronto Socorro, no Município de Santo
Antônio da Platina, percebemos as dificuldades sentidas pelos enfermeiros na
promoção e defesa da autodeterminação da criança e adolescente relativamente à
prática de cuidados de Enfermagem. Compreendemos também que o problema
seria transversal às equipes de Enfermagem que compõe o Departamento, o que
permitiu a identificação do problema e a respectiva contextualização. Mobilizando
contributos pertinentes da evidência científica, realizámos o diagnóstico da situação
para “compreender melhor a realidade da população que é afetada pelo problema
em questão”, de forma a desenvolver ações promotoras de transformações positivas
dessa mesma realidade (Nunes et al., 2010:4).
A Enfermagem na Atenção Básica atua em todas as fases do ciclo de vida
dos indivíduos, visando à promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde.
Na Saúde da Criança e do Adolescente, a Enfermagem, sobretudo, vem
acompanhar o desenvolvimento infanto-juvenil e ampliar as competências e
responsabilidades familiares no cuidado da criança e do adolescente.
Considerando a necessidade de instrumentalizar a Enfermagem, que atua no
Pronto Socorro, e garantindo que essa Assistência ocorra conforme as diretrizes do
Sistema Único de Saúde fez-se necessária a elaboração deste Instrumento, com o
objetivo de nortear condutas no âmbito da Atenção Integral à Saúde da Criança e do
Adolescente
Tendo em vista a diversidade das condições de vida, de trabalho e do
panorama epidemiológico que encontramos no Município de Santo Antonio da
Platina, identificamos diferentes características de problemas e necessidades da
população infantil e adolescente para estruturar as ações.
Desta forma, cabe aos profissionais que atuam no Pronto Socorro adequar as
recomendações apresentadas para o cenário de atuação, identificando prioridades e
elaborando um plano de intervenção que alcance as especificidades de cada região.
O atendimento à criança engloba uma sequência de ações ou medidas
preventivas desde antes do nascimento evitando seu adoecimento para, desta
forma, promover crescimento e desenvolvimento adequados.
De acordo com Barbosa (2004) a enfermagem tem reafirmado o profissional
enfermeiro como profissional através da gestão, pela relevância de seus serviços ao
processo de saúde, sendo figura indissolúvel ao processo de gestão dos serviços e
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programas de saúde, demonstrando sua capacidade em implantar, manter e


desenvolver as políticas de saúde em sua totalidade de ações.
A atenção à saúde da criança efetiva-se pelo acompanhamento periódico e
sistemático do crescimento e desenvolvimento infantil, vacinação, orientações às
mães/famílias sobre prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual
e ambiental e, também, pela identificação precoce dos agravos, com vista à
intervenção efetiva e apropriada. Para isto, pressupõe a atuação de toda equipe de
saúde, de forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação na oferta dessa
atenção.
O cuidado à criança e adolescente dirige-se para a organização dos serviços
aliado a um processo que envolva uma rede assistencial capaz de obter impacto
sobre as diversas circunstâncias do processo de viver. Trata-se de um fazer/pensar
integrado do serviço e da equipe e não da tarefa de um profissional apenas ou de
uma categoria isoladamente.
Os profissionais devem conhecer o desenvolvimento normal da criança e
adolescente e suas variações para que possa oferecer orientações à família e
quando necessário, fazer encaminhamentos para diagnóstico e intervenções o mais
precoce possível.
É importante que o profissional esteja atento às condições de saúde da
mãe/família.
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2 desenvolvimento
A promoção da saúde é definida como um processo de
fortalecimento e capacitação de indivíduos e coletividades para que ampliem suas
possibilidades de controlar os determinantes do processo saúde-doença-cuidado e,
com isso, ensejem uma mudança positiva nos níveis de saúde. Implica na
identificação dos obstáculos à adoção das políticas públicas de saúde e em um
modo de removê-los, além de considerar a intersetorialidade dos serviços
(DEMARZO, 2008).
Inicialmente foi realizado um diagnostico das principais
necessidades dessas crianças, adolescentes e famílias e então propostas e
realizadas atividades de educação em saúde e prevenção de agravos à saúde.
Dentre os procedimentos realizados no Pronto Socorro, atenção à
saúde da criança e adolescente, atividades em grupo e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços ,realizar atividades programadas
e de atenção à demanda espontânea, contribuir, participar e realizar atividades de
educação permanente da equipe de enfermagem e de outros membros da equipe
sobre a saúde da criança e adolescente, ações de promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e alimentação saudável, acolhimento do Bebê e sua família
durante a primeira consulta após a alta da maternidade.
Das ações realizadas voltadas ao adolescente, foram criados grupos
de educação em saúde onde foram abordados os temas que os adolescentes
querem debater, como saúde e prevenção, mudanças do corpo, família, direitos,
direitos sexuais e reprodutivos, métodos anticoncepcionais, IST/AIDS, violência,
violência sexual (Aborto Legal) entre outros.
O ECA garante proteção integral à criança e ao adolescente.
Algumas questões são fundamentais na abordagem do adolescente, como a ética, a
privacidade, o direito à autonomia, a confidencialidade e o sigilo. Qualquer
exigência, como a obrigatoriedade da presença de um responsável para
acompanhamento no serviço de saúde, que possa afastar ou impedir o exercício
pleno do adolescente de seu direito fundamental à saúde e à liberdade, constitui
lesão ao direito maior de uma vida saudável. Caso a equipe de saúde entenda que o
usuário não possui condições de decidir sozinho sobre alguma intervenção, deve,
primeiramente, realizar as intervenções urgentes que se façam necessárias, e, em
seguida, deve comunicar ao adolescente a necessidade de um responsável que o
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acompanhe. 
Podemos perceber que as ações desenvolvidas são sempre
voltadas para a melhoria de vida de seus usuários, tendo o objetivo de fortalecer a
função preventiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida,
prevenindo as rupturas dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a
superação de situações de fragilidade social.
O estágio realiza-se na vida do profissional de qualquer área,
através do contato direto do estagiário com o ambiente escolhido, onde será
aplicado o que aprendeu na teoria, apresentando-o a oportunidade de enfrentar os
desafios da prática profissional que escolheu, pois a partir do conhecimento
adquirido passará a compreender melhor o contexto da profissão que irá exercer.
A importância do estágio para a vida do futuro profissional de
enfermagem, é de grande valia, Nos leva ao entendimento do processo de
supervisão como elemento integrante do projeto de formação profissional. A
realização do estágio é uma forma de aproximar os alunos das necessidades do
mundo do trabalho, criando oportunidades de exercitar a prática profissional, além
de enriquecer e atualizar a formação acadêmica desenvolvida. É necessário que o
profissional leve ao usuário ações que os façam ter acesso a direitos que lhes
pertencem e são violados ou mesmo indisponíveis por falta de conhecimento dos
mesmos.
O estágio foi fundamental para o meu conhecimento, contribuiu
muito no meu aprendizado, permitindo o conhecimento sobre a realidade profissional
onde eu pude verificar mediante informações colhidas no campo de estágio, sei que
é fundamental esse conhecimento para o meu futuro como profissional de
enfermagem possibilitando uma compreensão maior dos conhecimentos adquiridos,
através da observação da prática profissional. Uma vez que o estágio é uma forma
de conhecermos, trabalharmos as práticas profissionais da enfermagem, onde
podemos adquirir conhecimentos práticos, através da vivencia no campo de estágio
assim tomamos conhecimento da realidade da população e suas necessidades.
No decorrer das atividades, foram aplicadas as teorias da
administração no mundo do trabalho, tendo exemplos práticos das dinâmicas de
trabalhar em equipe e dos processos de trabalho na assistência direta ao paciente.
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3 considerações finais
Diante do exposto e a partir das experiências vividas, reafirma-se que o
estágio constitui-se uma atividade indispensável para a formação profissional do
graduando do curso de Enfermagem, principalmente no que diz respeito ao quesito
da relação teoria e prática. O estágio permite que o aluno amplie os conhecimentos,
as técnicas e as habilidades que possibilitarão um exercício profissional em
consonância com as atribuições da lei que regulamenta a profissão.
Neste periodo foram realizadas atividades no âmbito da atenção primária à
saúde que possibilitaram a aprendizagem e a aquisição de competências para a
intervenção com senso de responsabilidade social, promovendo a saúde integral do
ser humano nas situações de saúde e de doença.
Atualmente, procura-se ensinar ao aluno de graduação em enfermagem a
assistência integral, ainda mal definida na teoria e na prática, mas que pode ser
entendida como olhar a criança em sua totalidade, um ser em crescimento e
desenvolvimento, que pertence a uma família, portanto, seus membros devem ser
incluídos na assistência. Um ser, cujo processo saúde-doença é determinado
socialmente, isto é, pertence a um grupo social determinado, cujas condições de
vida interferem no perfil epidemiológico do mesmo. Deve ser assistido por uma
equipe multiprofissional, para apreensão de seus aspectos bio-psico-sociais.
Pretende-se humanizar a assistência, criando-se vínculos entre mães, Instituições
que prestam assistência e comunidade. Há uma preocupação em apreender a
criança, não mais centrando-se apenas em seus aspectos orgânicos, mas em sua
subjetividade e em sua inserção social.
A enfermagem, enquanto profissão, possui papel fundamental na assistência
a criança e ao adolescente, por isso deve buscar estratégias para atender às suas
necessidades de saúde utilizando ferramentas que possibilitem a modificação do
processo de trabalho e valorizem os mesmos enquanto sujeito. Para isso deve
exercitar seus potenciais criativos e imaginativos e a capacidade do trabalho em
equipe.
A equipe de saúde não deve centrar suas ações apenas em procedimentos
técnicos, mas também em atos de humanização, acolhimento, empatia e
conhecimento científico; deve prestar uma assistência integral ao usuário, envolver-
se com ele e desenvolver relação de proximidade com os adolescentes,
considerando os aspectos específicos a essa fase da vida.
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O enfermeiro é um profissional de fundamental importância para o


desenvolvimento das ações junto a criança e adolescente. O trabalho do enfermeiro
fundamenta-se no monitoramento das condições de saúde; no levantamento e
monitoramento de problemas no exercício de uma prática de enfermagem
comunicativa.
O enfermeiro deve atuar junto com a equipe multidisciplinar, na promoção de
saúde e prevenção das doenças, exercendo seu papel de educador, criando um
vínculo de confiança com a criança e o adolescente.
A enfermagem tem que priorizar a prática social junto à comunidade. Sob
essa perspectiva, o trabalho do enfermeiro caracteriza-se pelo cuidado dos
adolescentes, famílias e grupos sociais, pelo gerenciamento da assistência prestada
ao jovem e pela participação na gestão em saúde do seu município. (BORGES,
2009).
O enfermeiro, enquanto educador necessita ser um facilitador e, ao mesmo
tempo, um ouvinte que leva em conta os conhecimentos adotando uma postura
compreensiva visando buscar soluções em conjunto com a família. (BITTAR et
al.,2006).
Isto implica não apenas em dar informação, mas sim em participar dos
valores sociais e culturais que estão ligados entre si de forma construtiva na
formação do ser humano. Para isso, deve-se estabelecer um vínculo de confiança,
de tal forma que possa verificar as suas principais necessidades. (FERREIRA,
2005).
Com tudo, foi visto que os resultados se darão a longo prazo e que o
processo de estágio é um momento de experiência única, de grande importância
para a formação profissional. O estágio, conforme Iamamoto (2007, p.290), é
entendido como o “processo de qualificação e treinamento teórico-metodológico,
técnico-operativo e ético-político do aluno. O mesmo aumentou a minha visão sobre
a atuação do enfermeiro em seu campo de trabalho. Que será daqui a algum tempo
minha função, no qual poderei desenvolver esta função com eficiência e segurança..
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMORIM, Valdicleibe et al. Práticas educativas desenvolvidas por enfermeiros na


promoção a saúde do adolescente. RBPS, v.19, n. 4, p. 241, 2006.

BRASIL, Ministério da Saúde. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília,


Ministério da Saúde, 1998.

BELO, Márcio Alves Vieira; SILVA, João Luiz Pinto. Conhecimento atitude e prática
sobre métodos anticoncepcionais entre adolescentes gestantes. Rev. Saúde
Pública, v.38, n.4, p.480-481, 2004.

BITTAR, Ana Maria et al.Formação Inicial para agentes Comunitários de


saúde,Centro formador de Recursos Humanos Caetano Munhoz da
Rocha.Curitiba,2006.p.227-231.

BORGES, Ana Luiza Vilela; FUJIMORI, Elizabeth. Enfermagem e a saúde do


adolescente na atenção básica. São Paulo: Manole, 2009, p.46.

CROMACK, Luiza et al. O olhar do adolescente sobre saúde: um estudo de


representações sociais. Ciênc. Saúde Coletiva, v.14, n. 2, p. 628, 2009.

FARIA, Amália Rodrigues. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo


Piaget. 4 ed.São Paulo: Ática,1998. p.89

MOREIRA, Thereza Maria Magalhães. Conflitos vivenciados pelos adolescentes


com a descoberta da gravidez. Rev. Esc. Enferm. USP, v.42, n.2, p.313, 2008.

SILVEIRA, Mario Magalhães. Política nacional de saúde pública: a trindade


desvelada econômica. Rio de Janeiro: Revan. 2005

TAKIUTI, Albertina Duarte et al. Saúde da adolescente: manual de orientação.


Febrasgo, 2001.p.53-54.

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