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INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Caro aluno(a)!
Sou Prof. Raphael Pimentel, tenho grande satisfação em tê-lo na
Disciplina IENF311 Semiologia e Semiotécnica da Mulher, Criança e
Adolescente. Estou aqui para ser o facilitador da sua vida acadêmica, para
orientar a exercitar todo o conjunto de procedimentos que caracteriza a
profissão que escolheu. Para que isso ocorra, conte comigo para mostrar os
diversos caminhos para que você possa atingir seu objetivo primordial - SER
UM ENFERMEIRO (A)! Este será um período bastante enriquecedor, pois
além de adquirir experiência e habilidade na avaliação, no manejo e no
tratamento de pacientes na área da Enfermagem NA SAÚDE DA MULHER,
CRIANÇA E ADOLESCENTE, você terá que aplicar todos os seus
conhecimentos teóricos, bem como adquirir muitos outros por meio da
pesquisa e da leitura criteriosa das diversas modalidades de referência. O
objetivo é prepará-lo para que você possa exercer com qualidade, segurança e
satisfação profissional a carreira que escolheu. Para isso, nós TIME DA
UNIFAGOC não mediremos esforços e o conduziremos à dedicação total. No
final do período letivo você perceberá que valeu a pena e que realmente estará
preparado para ser bem sucedido no mercado de trabalho.
Duas palavras resumem este momento para você – DEDICAÇÃO e
PERSEVERANÇA! Com elas, mesmo encontrando muitas dificuldades, você
perceberá que tudo é possível quando você se dedica e acredita em tudo
aquilo que realmente pode fazer.
Olhar ampliado: mais direitos, mais saúde, menos foco nas doenças.
Ensino clínico tem por finalidade o desenvolvimento de competências
e habilidades para o cuidado à mulher, à criança e ao adolescente no processo
saúde-doença, com base nos determinantes biopsicossociais e culturais nestes
grupos, buscando-se a integralidade das ações, na perspectiva da
humanização e da defesa de direitos.
Promover o aprendizado de conceitos em semiologia e semioétecnica
da mulher, criança e adolescente, que serão úteis para a prática de
enfermagem independentemente da especialidade futura do estudante. Os
temas foram cuidadosamente escolhidos com base na prevalência das
situações em nossa população. As atividades didáticas foram planejadas para
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permitir a aquisição de novos conhecimentos, o desenvolvimento de
habilidades e competências no cuidado com pacientes e o desenvolvimento da
capacidade de renovação constante do conhecimento pelo estudante.
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TÍTULO
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integram os Pólos de Capacitação do PSF, responsáveis pelos cursos dados
às suas equipes, que utilizam a estratégia AIDPI no atendimento à criança. As
fases ou etapas da implantação de AIDPI na docência são:
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No Brasil, desde os anos 1990, tem havido queda substancial da
mortalidade infantil. Era de 47 óbitos infantis por mil nascidos vivos, um dos
piores entre as nações mais ricas, caindo para 11,9 por mil em 2019, segundo
o IBGE (Em São Paulo, nesse ano, foi de 10,9, com a menor mortalidade no
município de Guararema, de 4,6).
Essa queda espetacular no Brasil é atribuível à redução da fome no
país, a maior acesso a água potável e saneamento básico e, segundo vários
estudos apontam, à grande expansão da Atenção Primária, através da
Estratégia de Saúde da Família, particularmente nos estados mais pobres da
federação, responsável por mais acesso a serviços de saúde para a população
brasileira.
Os estudos apontam que um grande componente da mortalidade
infantil no Brasil é o das mortes evitáveis, ou seja, aqueles que por ações
efetivas dos serviços de saúde poderiam não ter acontecido. Em outros termos,
mortes evitáveis por ações dos serviços de saúde são eventos sentinelas de
falhas no sistema, servindo para correções de rumo com mudanças na gestão
e ou nos processos de trabalho das equipes.
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A Região Norte também apresenta declínio na TMI no período entre
1990 e 2019, passando de 45,9 óbitos infantis por mil nascidos vivos (NV) para
16,6, respectivamente. Na Região Nordeste, o declínio foi de 75,8 para 15,2,
respectivamente. No Sudeste, o declínio foi de 32,6 para 11,9. Na Região
Centro-Oeste, o declínio foi de 34,3 para 13,0. Em todas essas regiões, houve
um pequeno aumento da TMI em 2016. Na Região Sul, o declínio foi de 28,3
para 10,2 (Figura 3).
Em anos mais recentes, de 2017 a 2019, a TMI do período se
assemelha a TMI de 2019. Assim, a TMI de 2019 do Brasil e a TMI média do
triênio para o Brasil ficou em 13,3 óbitos para cada mil NV. As Regiões Norte e
Nordeste possuem as maiores médias de TMI, com 16,9 e 15,3 óbitos para
cada mil NV, respectivamente para o período de 2017 a 2019.
As menores médias da TMI são observadas nas Regiões Sudeste e
Sul, com 11,7 e 10,1 óbitos para cada mil NV, respectivamente. Na Região
Centro-Oeste, a média da TMI se manteve constante no período, com 13,0
óbitos para cada mil NV (Figura 4).
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Considerando as UF, houve redução da TMI em todas elas no
período de 1990 a 2019. As maiores reduções foram observadas nos
estados da Região Nordeste: Alagoas (102,2 para 14,4; redução de 86%),
Pernambuco (77 para 13,0; redução de 83%), Ceará (79,5 para 13,5;
redução de 83%), Paraíba (81,9 para 15,1; redução de 82%), Rio Grande
do Norte (75,7 para 14,5; redução de 81%), Maranhão (76,6 para 16,3;
redução de 79%), Bahia (66,0 para 16,6; redução de 75%), Piauí (65,0
para 17,5; redução de 73%) e Sergipe (65,5 para 17,7; redução de 73%),
conforme apresentado na Figura 5 e na Tabela 1. Figura 4 Taxa de
Mortalidade Infantil (por mil NV).
Brasil e Regiões, 2017 a 2019 Fonte: Sinasc/SIM/Projeto de
Busca Ativa. 2017 2018 2019 Brasil TMI 0 5 10 15 20 25 13.4 13.1 13.3
média = 13.3 2017 2018 2019 Norte Ano 0 5 10 15 20 25 17.3 16.9 16.6
média = 16.9 2017 2018 2019 Nordeste 0 5 10 15 20 25 15.8 15 15.2
média = 15.3 2017 2018 2019 Sudeste TMI 0 5 10 15 20 25 11.7 11.5 11.9
média = 11.7 2017 2018 2019 Sul Ano 0 5 10 15 20 25 10.1 9.9 10.2 média
= 10.1 2017 2018 2019 Centro−Oeste 0 5 10 15 20 25 13 13 13 média = 13
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Em 1990, o Rio Grande do Sul apresentava a menor TMI enquanto que a
maior era observada em Alagoas, com 26,2 e 102,2 óbitos para cada mil
NV, respectivamente.
Em 2019, o Distrito Federal apresentava a menor TMI e o Amapá
a maior, com 8,5 e 22,9 óbitos para cada mil NV, respectivamente. Em
2019, apenas o Distrito Federal e Santa Catarina apresentavam TMI
abaixo de 10,0.
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como alto (50 por mil ou mais), médio (20 a 49) e baixo (menos de 20),
parâmetros esses que necessitam revisão periódica, em função de
mudanças no perfil epidemiológico. Valores abaixo de 10 por mil são
encontrados em vários países, mas deve-se considerar que taxas
reduzidas podem estar encobrindo más condições de vida em segmentos
sociais específicos.
A mobilização não somente de todas as esferas de governo, mas
de toda a sociedade e de cada cidadão é importante para consolidar essa
redução, num movimento em defesa da vida.
Nos menores de 5 anos, as principais causas de mortalidade incluem
as afecções perinatais, as infecções respiratórias, as doenças diarréicas e a
desnutrição.
É importante destacar que, nesse grupo etário, numerosos óbitos
ficam com a sua causa básica mal definida (até 49% em alguns estados do
Nordeste). Parte da diminuição observada dessa mortalidade nos últimos anos
é devida a ações simples relativas ao setor Saúde, tais como o controle pré-
natal, o estímulo ao aleitamento materno, a ampliação da cobertura
vacinal, a utilização de sais de reidratação oral (SRO), a educação
materna e, principalmente, à importante queda da fecundidade observada
no País nesses últimos 15 anos.
Outro fator importante tem sido a melhoria da condição nutricional da
população infantil, medida pelo indicador altura/idade, que definia 15,7% da
população infantil desnutrida em 1990, contra 10,5% em 1996, representando
uma redução de 30% nesse período (PNDS).
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vezes a capacitação não ajuda a sistematização da consulta clínica, quando a
criança apresenta vários problemas.
Com limitações de tempo e de recursos é difícil para os profissionais
de saúde identificar e tratar todos os problemas de saúde da criança ao mesmo
tempo. É preciso levar em conta que existem relações importantes entre as
doenças. Por exemplo: episódios repetidos de diarréia podem ocasionar ou
agravar a desnutrição; essa por sua vez, nas formas graves ou complicadas,
pode precipitar manifestações de xeroftalmia. O profissional de saúde pode
usar os procedimentos de atenção integrada para avaliar rapidamente todos
os sintomas e sinais que a criança apresenta, classificar o quadro e adotar a
conduta adequada. Se a criança está gravemente doente deverá ser
encaminhada para um hospital. Se a doença não é grave, poderão ser
adotadas as normas de tratamento ambulatorial ou domiciliar, orientando-se a
mãe ou o responsável pela criança quanto ao tratamento, aos cuidados que
lhes devem ser prestados no domicílio, assim como sobre os sinais indicativos
de gravidade daqueles casos que exigirão retorno imediato da criança ao
serviço de saúde para uma reavaliação.
METODOLOGIA DE ATENDIMENTO
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usam esses procedimentos, bastará procurar a classificação no quadro para
poder “IDENTIFICAR O TRATAMENTO” da criança. Por exemplo, uma criança
que tenha uma DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE, pode ter meningite, malária
grave ou septicemia.
Os tratamentos indicados para DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE são
apropriados porque foram selecionados para cobrir as doenças mais
importantes nessa classificação, não importando quais sejam. “TRATAR”
significa proporcionar atendimento no serviço de saúde, incluindo a prescrição
de medicamentos e outros tratamentos a serem dispensados no domicílio, bem
como as recomendações às mães para realizá-los bem.
“ACONSELHAR A MÃE OU O ACOMPANHANTE” implica avaliar a forma
pela qual a criança está sendo alimentada e proceder às recomendações a
serem feitas à mãe sobre os alimentos e líquidos
que deve dar à criança, assim como instruí-la quanto ao retorno ao serviço de
saúde. A atenção integrada às crianças doentes de 2 meses a 5 anos de idade
é apresentada em três quadros intitulados:
FIXAÇÃO BILINGUE
The IMCI approach using CHWs is an effective strategy to address the issues related
to child morbidity and mortality in developing countries, especially in Rwanda.
CHWs have an important role to play in health promotion, disease
prevention, basic curative care and referrals, monitoring of health indicators,
as well as creating vital linkages between community and formal health
systems. They provide case management for sick children with acute
respiratory infections, diarrhea, measles, malaria, and malnutrition.
However, for CHWs to function using the IMCI approach, institutional support is
vital. All CHWs who use the IMCI approach requires support, supplies, and
supervision from facility-based services to succeed. This study explored the
institutional support for CHW Binomes using IMCI at Huye and found that there
was a lack of supportive supervision, insufficient CHWs’ training, and poor
knowledge of IMCI. These aspects could all be attended to through strengthened
supervision, training and addressing the issue of running out of supplies, drugs, and
equipment. The findings of this study will contribute to improving health care
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delivery by CHWs using case management to childhood illness with a result
to reduce the mortality rate. They will also generate evidence on which health
care providers and policymakers can develop new alternatives to improve the
quality of care and also provide necessary information to nursing educators when
developing and implementing their curricula. Findings from this study
contribute with baseline data to support further investigations on the subject
to provide more and new insight concerning community health. Documented
evidence needs more focused institutional support for community health
workers who use the IMCI approach. We recommend the supportive
supervision of CHW Binomes. Supervisors may not have a clear understanding of
their role, thus a further qualitative study is recommended to explore their
perceptions of supportive supervision. Training of supervisors is needed to
provide supportive supervision. It is essential that all supervisors have clear
job descriptions and their performance needs to be evaluated on an ongoing
basis. All supervisors need to be held accountable for the supportive
supervision they provide to CHW Binomes. It is also recommended to
strengthen the institutional support to CHWs through regular provision of
drugs, supplies, and equipment, as well as developing strategies to prevent
and/or address the run out of drugs, supplies, and equipment. Because there is
poor knowledge of IMCI among the CHW Binomes in the Huye district it is
essential for further training to take place. It may be necessary for all CHW
Binomes to complete a full IMCI training course again to ensure a basic level
of knowledge and skills in the use of IMCI for the management of sick children.
Refresher training needs to be undertaken regularly and it is recommended
that one day a month would be useful to keep the CHW Binomes updated
on IMCI. Further training on malaria, especially as this is the most common cause of
death in children under five years old in Rwanda, would be beneficial. This should
include techniques of testing for malaria and the interpretation of results.
https://revistas.ufg.br/fen/article/view/61603/37708
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DEFINIÇÕES E GLOSSÁRIO
Baixo peso ao nascer: As crianças que nascem com menos de 2.500 gramas
são consideradas como baixo peso, seja devido ao insuficiente crescimento no
útero ou porque a criança é prematura (nascida antes de 37 semanas de
gestação).
Bebe muito mal: A criança bebe muito pouca quantidade de líquidos, segundo
a mãe. No contexto deste curso, sugere incapacidade para beber.
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Classificação grave: Doença muito grave que requer atenção urgente e indica
a necessidade de referir o paciente a um hospital para internação. As
classificações de doenças graves aparecem nas faixas vermelhas no quadro
de AVALIAR E CLASSIFICAR.
Febre: No contexto deste curso, febre abrange: uma história de febre (como
informado pela mãe); quando ao tocar a criança nota-se que ela está quente;
que a temperatura axilar é igual ou superior a 37,5ºC ou a temperatura retal
superior a 38ºC.
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Hipotermia: Temperatura do corpo abaixo do normal (menos de 35,5ºC axilar
ou menos de 36ºC, temperatura retal).
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Reavaliação: Reexaminar uma criança para verificar se apresenta sinais de
alguma doença específica, se ela está melhorando, se o estado está inalterado
ou se apresenta piora do quadro.
REFERÊNCIA(S) BIBLIOGRÁFICA(S)
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2. Victora CG, Aquino EML, Leal MC, Monteiro CA, Barros FC, Szwarcwald CL.
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/saude_brasil_2010.pdf.
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Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. 2. ed. Brasília: Ministério
da Saúde, 2009. p. 27. Disponível em: https://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_obito_ infantil_fetal_2ed.pdf
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