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Índice

1.INTRODUÇÃO.............................................................................................................................1

1.1 OBJECTIVOS............................................................................................................................2

1.1.1. Objectivo geral.......................................................................................................................2

1.1.2. Objectivos especifícos............................................................................................................2

1.2. Metodologia do trabalho............................................................................................................2

2. HIGIENE ESCOLAR...................................................................................................................3

2.1. Higiene Corporal.......................................................................................................................3

2.2. Educação e Saúde na escola......................................................................................................4

2.3. Higiene Escolar.........................................................................................................................5

2.3.1. Hábitos de higiene que toda criança deve ter na escola.........................................................7

3. IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DAS REGRAS PARA A SAÚDE VISUAL..............9

3.1. Cuidados a ter com a saúde visual.............................................................................................9

3.2. O rastreio visual.......................................................................................................................11

3.3. Importância do cumprimento das regras para a saúde visual..................................................12

4.Conclusão....................................................................................................................................13

5. Referências bibliográficas..........................................................................................................14
1.INTRODUÇÃO

A abordagem do presente trabalho do campo surge no âmbito do 1º Trabalho da Cadeira de


Bioestatística em que será fundamentado o tema referente: “Higiene Escolar e Importância do
cumprimento das regras para a saúde visual”.

A educação para as boas práticas da higiene deve advir desde a infância, pois através de uma
prática sistemática e participativa tem-se a construção de condutas adequadas e saudáveis. E a
busca desses bons hábitos visa proporcionar uma sensação agradável de bem estar individual
estendendo-se ao colectivo, e consequentemente uma boa qualidade de vida.

A escola colabora com esse processo de orientação de condutas saudáveis para os alunos através
da apropriação do conhecimento e motivando-o a realizar regularmente os bons hábitos para uma
convivência intrapessoal e interpessoal harmoniosa. Além disso, o comprometimento do
rendimento escolar e da auto-estima pode estar relacionado à questão da higiene. Com isso, os
educadores podem propor uma sensibilização para uma vida saudável e os benefícios que trará ao
indivíduo diante de si mesmo e ao colectivo.

No mundo, pelo menos 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual, e cerca de metade desses
casos poderiam ter sido evitados ou ainda não foram devidamente abordados. As intervenções
para reduzir o risco de adquirir uma condição ou deficiência visual e mitigar o impacto são
várias, nos campos da promoção, da prevenção, do tratamento e da reabilitação.

O controle e a diminuição dos índices de cegueira por meio de programas específicos têm uma
importância vital na política nacional de saúde visual. Se os princípios da saúde pública forem
aplicados aos programas de prevenção à cegueira, o número de cegos de uma população ou de
uma comunidade pode ser significantemente reduzido.

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1.1 OBJECTIVOS

1.1.1. Objectivo geral

 Conhecer a Higiene Escolar e Importância do cumprimento das regras para a saúde visual.

1.1.2. Objectivos especifícos

 Conceituar a Higiene Escolar;


 Mencionar as regras de Higiene Escolar;
 Descrever a importância do cumprimento das regras para a saúde visual.

1.2. Metodologia do trabalho

Face a realização do presente trabalho, recorreu-se a literatura sobre a matéria em estudo e


mostrar a sua relevância.

Para a elaboração deste trabalho recorreu-se a consulta bibliografia que consistiu na leitura de
obras e também como forma de enriquecimento do trabalho ainda recorreu-se a outras obras de
formato electrónico como a internet.

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2. HIGIENE ESCOLAR

Para Jorge Harada (2002), acredita que mesmo com o avanço das discussões sobre a promoção
da saúde, das últimas décadas ainda se faz necessário implantar novas estratégias para
conquistar uma melhor condição de saúde e de qualidade de vida, visando não somente a
recuperação e protecção, mas principalmente a promoção da saúde. Ele ainda acrescenta que
para todos terem uma vida saudável é preciso uma intervenção dentro do contexto histórico
social, do cenário de actuação, no caso a escola.

Antes da abordagem do tema referente a higiene escolar, é tão fundamental primeiramente ter
em consideração a higiene corporal.

2.1. Higiene Corporal

Os educadores geralmente percebem o desconforto nos alunos e isto pode ser minimizado através
de esclarecimentos sobre a saúde. Além disso, pode-se incluir a família reiterando os benefícios
trazidos com a prática correcta dos hábitos de higiene.

De acordo com Silveira et al (2009), a presença do educador com uma nova visão se torna
imprescindível e fundamental para que o aluno se aproprie do conhecimento científico a respeito
do próprio corpo, sobre as condições de vida da população e sobre a importância de colocar em
prática certos hábitos que contribuirão decisivamente no cuidado com o corpo.

Baseado em resultados de pesquisa feitas por estudiosos na área, o PCN afirma que na relação
entre escola e saúde fica evidente que:

A associação entre acesso à educação e melhores níveis de saúde e de bem-estar.


Verifica-se, por exemplo, que as taxas de mortalidade infantil são inversamente
proporcionais ao número de anos de escolaridade da mãe no ensino básico, em
diferentes países e realidades. Essa associação é tão significativa que continua válida
mesmo quando são isolados fatores tão importantes quanto a renda familiar.

Uma higiene corporal não é apenas importante para a aparência, mas essencial para evitar a
disseminação de bactérias e até mesmo de doenças infecciosas.

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Para contribuir ainda mais nesta relação, em 1997 foi editada a Lei no 5.692 onde colocou
formalmente no currículo escolar a temática da saúde, sob a designação genérica de Programas de
Saúde, com o objectivo de levar a criança e o adolescente ao desenvolvimento de hábitos
saudáveis quanto à higiene pessoal, alimentação, no sentido de preservar a saúde pessoal e a dos
outros. Porém, esta lei estabeleceu que:

Os Programas de Saúde devem ser trabalhados não como disciplina, mas sim “de modo
pragmático e contínuo, por meio de actividades (segundo um) tipo de ensino que deve
contribuir para a formação de atitudes e aquisição de conhecimentos, de valores que
condicionem os comportamentos dos alunos, estimulando os a aprender e capacitando-os
a tomar atitudes acertadas nesse campo. (PCN 1998)

2.2. Educação e Saúde na escola

Ao longo da história têm sido várias as formas de se educar o corpo, como várias também têm
sido as razões para isso. Esse fenómeno vem associado a transformações não só na cultura e na
sociedade brasileira. A Educação e a saúde são dois pilares de sobrevivência humana que estão
em eterna construção e desconstrução. É possível promover saúde escolar através da articulação
entre os sectores da educação e saúde, através da interdisciplinaridade, envolvimento dos grupos
de alunos, famílias e educadores, num contínuo processo crítico avaliativo dos saberes e práticas
de saúde escolar (Ferriani & Gome, 1997).

Tratar de higiene e saúde mostra-se um desafio para a educação, embora ande de mãos dadas com
seu objectivo maior, o de possibilitar e garantir uma aprendizagem eficaz, capaz de transformar
atitudes e hábitos que beneficiem a todos. É necessário educar para a saúde, levando em conta os
aspectos envolvidos na formação social de hábitos e atitudes que ocorrem diariamente.
(CONCEIÇÃO, 1994).

As práticas de educação para a saúde, em contexto escolar, não podem ser impermeáveis a estas
políticas e, por isso, as suas acções devem procurar alcançar estes fins, para além de proporcionar
«às pessoas os meios necessários para exercer um maior controlo sobre a sua própria saúde e
assim poder melhorá-la.

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Para Ferriani & Gome, (1997) a Educação e a saúde são dois pilares de sobrevivência humana
que estão em eterna construção e desconstrução. Os autores assumem um compromisso ético de
que é possível promover saúde escolar através da articulação entre os sectores da educação e
saúde; através da interdisciplinaridade; envolvimento dos grupos de alunos; famílias; educadores,
num contínuo processam crítico avaliativo dos saberes e práticas de saúde escolar

O objectivo da saúde escolar é atender a integralidade da criança. Em vez de considerarmos a


criança com queixa escolar doente ou diferente, devemos vê-la de maneira a ser entendida no seu
ambiente social mais amplo, na família, na escola, no seu grupo de amigos.

A escola, dentro de uma perspectiva educativa que se integra a outros sectores na busca de
transformação social, pode ser uma aliada da saúde e vice-versa. Essas alianças podem ser
estabelecidas para o complexo empreendimento de fazer com que crianças e adolescentes se
transformem em sujeitos de sua saúde, deixando de ser sujeitos de sua doença.

2.3. Higiene Escolar

O PNSE 2004-2010 procurou dar resposta aos novos desafios que emergem da realidade,
apresentando como finalidades gerais, para além da necessidade de que servem de apoio e
suporte para se pensar nas lógicas educativa, social e comunitária que os projectos e as acções
formativas neste âmbito podem assumir.

Deste modo, hoje em dia, cada vez mais se faz a intervenção nas escolas através de uma
abordagem salutogénica de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco, pois dá-
se enfoque, para além da tradicional abordagem da prevenção e manutenção da saúde individual e
colectiva, ao meio ambiente envolvente, aos estilos de vida e à inclusão social na escola. «Viver
num ambiente limpo e saudável é um direito humano fundamental, sendo por isso necessário
informar e educar para a construção de um futuro sustentável para todos» (PNSE, 2004: 5).

A escola assume o papel indiscutível de grande promotora da saúde, «ao constituir-se como um
espaço seguro e saudável» (PNSE, 2004: 5), onde crianças e jovens despendem a maior parte do
seu tempo.

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É um contexto privilegiado, pois alberga uma grande faixa etária diversificada a nível
económico, social e cultural, sendo por isso ideal para desenvolver acções que promovam uma
vida ativa saudável a médio e longo prazo. Nesse sentido, todas as escolas devem integrar no seu
currículo acções de educação para a saúde, seja jardins-de-infância ou escolas de ensino básico e
secundário, pois esta temática para além de ser transversal a todas as áreas curriculares, como a
alimentação, a educação sexual e reprodutiva, o ambiente saudável, a higiene pessoal, deve ser
desenvolvida ao longo da vida.

É por estes motivos que as escolas, incluindo todas as instituições educativas de ensino não -
formal, em conjunto com profissionais de saúde e de educação, devem trabalhar para conduzir ao
exercício pleno de uma cidadania e de um estilo de vida saudável das crianças e jovens.

Tal como afirma Matos et al. (2005: 376), «a escola parece efectivamente um bom ponto de
partida para a promoção da saúde positiva (OMS, 1986), bem como para a promoção de
alternativas pessoais para lidar com os desafios da vida e com a procura de bem-estar».

A saúde escolar alcança, assim, um dos seus grandes objectivos – criar oportunidades para as
crianças e jovens realizarem experiências de aprendizagem activas, diversificadas, significativas,
integradas e socializadoras na escola e transportá-las para a sua vida quotidiana e para a
comunidade. Neste sentido, e tal como Antunes e Mendes (2004: 25) defendem, «promover a
saúde na escola constitui uma forma privilegiada de promover a saúde da comunidade»,
tornando-a saudável na sua globalidade. Com isto não se pretende afirmar a necessidade de uma
disciplina de educação para a saúde na escola de ensino básico e secundário, mas sim defender
que deve continuar a haver esta colaboração entre instituições educativas e instituições da área da
saúde (unidades de saúde familiar, hospitais, maternidades…) na criação de momentos de
aprendizagem e de formação neste domínio.

Assim sendo, a educação e a saúde, em conjunto e de forma articulada, visam a promoção de


conhecimentos aprofundados, de hábitos higiénicos, e o desenvolvimento e investimento em
estilos de vida saudáveis para toda a população escolarizada e não escolarizada, assentes em
procedimentos democráticos que promovam a igualdade de oportunidades, a cooperação e
aprendizagens activas, desde a gestão até à participação colectiva em todos os aspectos da vida da
escola.

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Segundo este ponto de vista, todas as escolas devem ser promotoras de saúde, visto que esta é
uma área fundamental ao desenvolvimento bio-psico-social do ser humano. Somente assim, com
o envolvimento dos diversos parceiros, se conseguem alcançar resultados com sucesso que
permitam que as escolas se apresentem como verdadeiras instituições promotoras de saúde.

2.3.1. Hábitos de higiene que toda criança deve ter na escola

Como sabemos, a escola é um local de aglomeração de pessoas, e, devido a esse factor, as


crianças em idade escolar frequentemente são acometidas por doenças que contraíram nesse
ambiente. Algumas dessas patologias podem ser evitadas se as crianças adoptarem hábitos de
higiene adequados no ambiente escolar.

Na escola, devemos ter em mente que estamos em contacto com várias pessoas e que algumas
delas podem estar doentes, portanto, temos que tomar precaução para evitar contaminações. Além
disso, não podemos esquecer-nos dos hábitos básicos de higiene, os quais devem ser adoptados
tanto em casa quanto em outros locais.

Para Santos (2023), exorta que a fim de assegurar-se a saúde das crianças ao frequentarem as
aulas, separamos, a seguir, os principais hábitos de higiene que toda criança deve ter na escola:

1. Lavar sempre as mãos: Lavar as mãos pode evitar uma série de doenças. Lavar as mãos
está entre os hábitos mais importantes na prevenção de doenças. Isso porque nossas mãos
estão em contato constante com superfícies que podem estar contaminadas. Ao tocarmos
essas superfícies e entrarmos em contacto com mucosas, pelos olhos, nariz e boca,
podemos propiciar o desenvolvimento de infecções. Além disso, podemos contaminar
nossos alimentos ao comermos com as mãos sujas. Desse modo, é importante adoptarmos
o hábito de lavá-las com frequência. Nas escolas devemos estar atentos à lavagem das
mãos, principalmente, antes de lanchar e após usar o banheiro. Além disso, caso tenha
um ferimento, é importante não tocá-lo sem antes higienizar as mãos.

2. Adoptar a etiqueta respiratória: a Etiqueta respiratória ou etiqueta da tosse são medidas


simples que podem ajudar a minimizar a transmissão de doenças. Trata-se de tampar a

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boca e o nariz com um lenço sempre que tossir ou espirrar ou, caso não esteja com um
lenço em mãos, tossir ou espirrar no antebraço. Apesar de muitas pessoas utilizarem a
mão para conter o espirro ou a tosse, esse hábito não é recomendado, pois as mãos podem
contaminar superfícies, por exemplo, tornando-se grandes veículos de transmissão de
doenças. Além disso, é importante que, após utilizar o lenço, este seja descartado
adequada e imediatamente. Vale destacar que se a criança apresenta febre ou tenha o
diagnóstico confirmado de alguma doença contagiosa, o recomendado é que ela fique em
casa. Além de ser fundamental para que ela se recupere, essa atitude ajuda a proteger a
comunidade escolar.

3. Alimentar-se em local adequado e limpo: o momento de comer é um muito importante,


portanto, alguns cuidados devem ser tomados. O primeiro deles, já citado, é lembrar-se
de sempre lavar as mãos. Entretanto, não basta estar com as mãos limpas e alimentar-se
em um local inadequado e sujo. Enquanto come, a criança pode tocar em superfícies
sujas e acabar contaminando seu alimento, o que pode acarretar o desenvolvimento de
doenças.

4. Não compartilhar objectos de uso pessoal: Ter sua própria garrafinha para beber água e
não compartilhá-la com colegas pode ajudar na prevenção de doenças. É muito comum
entre as crianças o compartilhamento de objectos de uso pessoal, tais como copos,
garrafinhas de água ou mesmo um frasco de refrigerante ou suco. Esse hábito, apesar de
parecer inofensivo para elas, pode ser responsável por desencadear doenças. A gripe
H1N1, por exemplo, pode ser transmitida dessa forma, bem como a amidalite e a herpes.

5. Descartar o lixo em local adequado: ao descartamos o lixo em local adequado,


asseguramos um ambiente saudável para todos que circulam por aquele local. O acúmulo
de lixo pode ser responsável por atrair animais vectores de doenças, como mosquitos,
baratas e ratos. Além disso, alguns objectos descartados podem ser responsáveis por
causar acidentes.

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Além das dicas citadas, que se referem a hábitos adoptados no ambiente escolar, é
importante que a criança preocupe-se sempre com sua higiene pessoal antes de ir para a
escola. Usar roupas e calçados limpos, tomar banho todos os dias e escovar os dentes são
hábitos importantes que devem fazer parte da rotina da criança e que estão directamente
relacionados com uma vida mais saudável.

De acordo com Silveira et al (2009), a deve escola colabora com esse processo de orientação de
condutas saudáveis para os alunos através da apropriação do conhecimento e motivando-o a
realizar regularmente os bons hábitos para uma convivência intrapessoal e interpessoal
harmoniosa. Além disso, o comprometimento do rendimento escolar e da auto-estima pode estar
relacionado à questão da higiene. Com isso, os educadores podem propor uma sensibilização para
uma vida saudável e os benefícios que trará ao indivíduo diante de si mesmo e ao colectivo.

3. IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DAS REGRAS PARA A SAÚDE VISUAL

A visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença
visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa a
nível pessoal, familiar e profissional, para além dos elevados custos sociais.” (DGS, 2005).

3.1. Cuidados a ter com a saúde visual

“A imaturidade do sistema visual na primeira década de vida torna-o sensível aos efeitos das
experiências visuais anormais. Dai a necessidade de dar particular atenção à detecção, tratamento
e posterior acompanhamento da amblíopia nos primeiros 10 anos de vida, já que a
vulnerabilidade e também reversibilidade é maior em idades precoces, decrescendo
gradualmente.”. (Ferraz de Oliveira, 1988).

Os Cuidados de Saúde Primários, enquanto primeiro contacto do Serviço Nacional de Saúde


(SNS) com o indivíduo (D. Lei 48/90), assumem-se como principal mediador neste processo
dinâmico de relação. Desenvolvido nos Centros de Saúde, este nível de cuidados de saúde é “ (...)
um meio acessível e eficaz para proteger e promover a saúde da população.” (Missão para os

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Cuidados de Saúde Primários, 2006). Constituindo-se como uma rede fundamental para um
sistema de saúde eficiente, os Centros de Saúde, possibilitam a resolução das necessidades da
população, através da promoção de saúde, prevenção e tratamento da doença, ou
encaminhamento para o cuidado de saúde especializado. (OMS, 1978)

O Programa Nacional para a Saúde da Visão (PNSV 2004-2010), no qual “a prevenção primária
e a detecção precoce, (...), constituem medidas de saúde pública determinantes na redução da
morbilidade das doenças da visão.”, assume como objectivo inequívoco, entre outros2, a redução
da “ (...) incidência de ambliopia/perda de visão em recém-nascidos, crianças e adolescentes.”,
suscitando deste modo, e de forma clara, a discussão sobre a urgência de aplicação de medidas
com intuito de atingir as metas propostas como ideais.

Na saúde da visão, a prevenção baseia-se, principalmente, num diagnóstico oftalmológico


precoce, sendo determinante o desenvolvimento e a aplicação de” medidas planeadas a nível
nacional, que atravessem todo o sistema prestador de cuidados de saúde.” (DGS, 2005). Os
Cuidados de Saúde Primários têm um papel determinante na detecção precoce das alterações
visuais na infância e respectiva referenciação para a consulta de especialidade. Este papel é
claramente determinado, não só, pela maior proximidade com a população, mas também, e no
caso infantil, pela obrigatoriedade prevista relativamente à vigilância de saúde neste nível de
cuidados de saúde.

A avaliação das funções visuais nas crianças nos Cuidados de Saúde Primários assume assim,
relativamente à eficácia e adequada referência para o serviço de especialidade, uma dimensão
vital, pois que, “...a detecção precoce, bem como o acesso a terapêuticas cirúrgicas
oftalmológicas e a recuperação global visual, constituem medidas de saúde pública determinantes
na redução da morbilidade das doenças da visão.” (DGS, 2005).

3.2. O rastreio visual

Rastrear pressupõe uma disponibilidade consciente para a detecção precoce de alterações não
evidentes ou manifestas, que estão na origem de importantes incapacidades e para as quais o seu
tratamento precoce é mais efectivo, reduzindo a mortalidade e/ou a morbilidade. (Sheldon, 1998;
Miller, 2006).
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O principal objectivo do rastreio visual precoce nas crianças é o de detectar, em idade susceptível
de aplicar medidas terapêuticas efectivas3, alterações oftalmológicas, nomeadamente a
ambliopia4, entre outras, que comprometam o normal desenvolvimento da visão. (Hard et al,
2002; Simons (1996) cit in Konig et al, 2002; Committee on Practice and Ambulatory Medicine –
Ophthalmology, 2003; DGS, 2005)

Por rastreio visual pediátrico entende-se a aplicação de testes/observações oftalmológicas em


períodos essenciais de desenvolvimento da criança. Estes testes têm como objectivo identificar
patologias, maioritariamente assintomáticas, que devam ser encaminhadas para os cuidados de
saúde especializados, de modo a serem debeladas, salvaguardando, assim, o normal
desenvolvimento da criança. (Bamford, 1998) Estratégias de promoção da saúde, prevenção e
detecção precoce da doença são determinantes para que possam ser evidenciadas as patologias
que comprometem o desenvolvimento da criança, quer ao nível físico, social e emocional. Neste
âmbito as alterações das funções visuais constituem um importante factor de desequilibro.

A aplicação de um programa de rastreio da visão permite a detecção de alterações da visão que de


outra forma poderiam passar despercebidas, tais como, ambliopias19, erros refractivos20 ou
outras patologias oculares de carácter não manifesto ou visível.

O rastreio visual a crianças é normalmente definido em quatro fases. Uma primeira fase após o
nascimento, no berçário, tendo em conta não só os antecedentes familiares, mas também, os
pessoais, tais como a gestação e o parto. Uma segunda fase entre os seis meses e o primeiro ano
de vida. A terceira fase entre os 2 anos e os 3½ anos de idade e finalmente uma quarta fase aos
5/6 anos de idade, em período, preferencialmente, pré-escolar. Obviamente que qualquer suspeita
deve ser avaliada, independentemente da idade da criança. (Ferraz de Oliveira, 1983a e 1989b;
Academia Americana de Oftalmologia, 2001; DGS, 2005)

Muitos autores consideram, entretanto, a idade de três a quatro anos23 como a idade ideal para se
realizar a observação oftalmológica, pois, permite a colaboração da criança em testes mais
específicos, nomeadamente a avaliação da acuidade visual ou das funções binoculares.

Em resumo, parece evidente que qualquer que seja o esquema proposto de vigilância da saúde da
criança, e em especial o da visão, o consenso está na importância que a detecção e a identificação
precoce das alterações têm no rápido restabelecimento dascondições normais de desenvolvimento
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da visão, pois que “A imaturidade do sistema visual na primeira década de vida torna-o sensível
aos efeitos das experiências visuais anormais.”(Ferraz de Oliveira, 1988).

Num rastreio visual, o número e o tipo de testes utilizados será importante para garantir por um
lado, a rapidez na execução e obtenção de um resultado, e por outro a qualidade e sensibilidade
suficiente para que possam ocorrer o menor número de falsos negativos.

3.3. Importância do cumprimento das regras para a saúde visual

O sentido da visão assume um papel de extrema importância na aquisição e desenvolvimento de


competências por parte da criança. É, fundamentalmente, este sentido que permite à criança
conhecer e relacionar-se com o meio que a rodeia, “A visão desempenha um papel fundamental
na organização das experiências, na função de síntese e na formação das imagens no
pensamento” (Leonhardt 1992).

É, deste modo, um sentido determinante na adesão e motivação da criança para a exploração do


meio e de si própria. Através da visão, a criança adquire um conceito instantâneo de totalidade.
(Bautista et al 1993).

A visão assume uma dimensão facilitadora do processo de interacção entre os indivíduos e aquilo
que os envolve, ”... a visão deve ser preservada em toda a população, desde o nascimento e ao
longo da vida, sendo, ainda, mandatório que a doença visual seja prevenida e tratada com o fim
de evitar morbilidade a qual tem sempre implicações familiares, profissionais e sociais, e
representa custos muito elevados.” (Direcção Geral da Saúde, 2005)

A aplicação de um programa de vigilância da saúde visual a crianças desde o nascimento até à


idade escolar, com várias observações programadas, normalmente anuais, permite, através da
detecção precoce, o estabelecimento da terapêutica adequada e em consequência uma maior
probabilidade de recuperação da acuidade visual do olho amblíope, comparativamente com uma
primeira observação oftalmológica na idade de 3 a 3½ anos de idade. (Williams, 2002)

Através das iniciativas de prevenção, os oftalmologistas ficam cada vez mais conscientes da
importância de estimular, fortalecer e coordenar as actividades dentro de um programa efectivo
para combater a cegueira e a limitação visual da população.
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4.Conclusão

Na escola, devemos ter em mente que estamos em contacto com várias pessoas e que algumas
delas podem estar doentes, portanto, temos que tomar precaução para evitar contaminações. Além
disso, não podemos esquecer-nos dos hábitos básicos de higiene, os quais devem ser adoptados
tanto em casa quanto em outros locais.

É preciso facilitar o processo de ensino e aprendizagem com propostas inovadoras, lúdicas e


significativas, para que o aluno se aproprie do conhecimento científico a respeito do próprio
corpo, sobre as condições de vida do local onde vive e sobre a importância de colocar em prática
certos hábitos que contribuirão decisivamente no cuidado com o corpo. Quando o aluno percebe
que estes hábitos o ajudam a viver melhor, sem dúvida alguma ele estará motivado a colocar em
prática com regularidade.

Na saúde da visão, a prevenção baseia-se, principalmente, num diagnóstico oftalmológico


precoce, sendo determinante o desenvolvimento e a aplicação de medidas planeadas a nível
nacional, que atravessem todo o sistema prestador de cuidados de saúde.

Através das iniciativas de prevenção, os oftalmologistas ficam cada vez mais conscientes da
importância de estimular, fortalecer e coordenar as actividades dentro de um programa efectivo
para combater a cegueira e a limitação visual da população.

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5. Referências bibliográficas

Antunes, E. M., & Mendes, C.S. (2004). Promover a saúde em saúde escolar. In José PaisRibeiro
& Isabel Leal (Orgs.), Actas do 5º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde (pp. 141--147).
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Bautista, Rafael et al (1993). Necessidades Educativas Especiais. Lisboa. Dinalivro.

Conceição, J.A.N. (1994). Conceito de saúde escolar. In: Saúde escolar: a criança, a vida e a
escola. São Paulo: Sarvier, p. 8-15.

Direcção Geral da Saúde (2005). Divisão de Doenças Genéticas, Crónicas e Geriátricas.


“Programa Nacional para a Saúde da Visão.”, Lisboa.

Ferriani, M.G.C.; Gome, R. (1997). Saúde Escolar – Contradições e Desafios. Goiânia-GO: AB


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Ferraz de Oliveira, L.N. et al (1988). “Detectar e prevenir a ambliopia em saúde visual e


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Matos, M. G., & Equipa Técnica Multidisciplinar da ex-CCPES /2004 (2005). Promoção e
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Santos, V. S. (2023). "Hábitos de higiene que toda criança deve ter na escola"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/habitos-de-higiene-que-toda-
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Silveira, A.T.; Souza, L.C.M.; Carneiro, R.C.; Dastre, R.S.(2009). Projecto sobre higiene em
uma escola municipal de ensino fundamental. Trabalho de aproveitamento apresentado à
disciplina Estágio Supervisionado I do Curso de Enfermagem da Universidade Paulista – UNIP.

Williams, C. et al (2002). “Amblyopia treatment outcomes after screening before or at age 3


years: follow up from randomised trial” in British Medical Journal; 324:1549

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