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A importância da higiene na escola

PEDAGOGIA
28/10/2013
O colégio é, muitas vezes, a extensão de casa principalmente para as crianças na educação infantil.
Os hábitos e as manias que elas têm em casa são repetidos na escola e, por isso, é importante que
alguns hábitos sejam reforçados. Por isso, é essencial que a higiene na escola seja incentivada e não
apenas comentada ou ensinada. De acordo com o Ministério da Educação:

“A educação não deve se limitar a apenas informar, pois somente se tornará efetiva quando
promover mudanças de comportamentos. A comunidade escolar não deve apenas contribuir para
que os alunos adquiram conhecimentos relacionados com a saúde. Uma coisa seria ensinar higiene
e saúde. Outra coisa é agir no sentido de que todos os que estão no ambiente escolar adquiram,
reforcem ou melhorem hábitos, atitudes e conhecimentos relacionados com higiene e saúde.”

A definição de saúde para a Organização Mundial da Saúde (OMS) é o de completo bem-estar. O


MEC explica isso dizendo que:

“Isso significa estar bem nos aspectos físico, mental e social. Em outras palavras, saúde não é
apenas a ausência de doenças e, sim, um bem que pertence ao indivíduo e à coletividade. É,
também, relacionada com a qualidade de vida da sua comunidade e de sua família.”

Os hábitos de higiene na escola que devem ser reforçados vão, desde ensinar as crianças a lavarem
as mãos, a escovarem os dentes até explicar a importância de lavar as frutas antes de comê-las.
Cuidados com a água e com os alimentos da cantina escolar também são importantes quesitos
quando se fala em higiene na escola.

Paginas Douradas
domingo, 1 de maio de 2011

HIGIENE E SAÚDE ESCOLAR


INTRODUÇÃO

A formação que se pretende multifacética para os angolanos exige uma série de esforço a
todas as pessoas e da sociedade em geral.
A disciplina de higiene e saúde escolar é mais uma que vem juntar-se a tantas outras no
enriquecimento dos saberes dos estudantes. O homem não será só aquilo que sabe, mais o
conjunto do que sabe, o sabe ser e o que sabe fazer em prol de si, dos seus e da sociedade,
ou seja em prol dos outros.
Assim sendo, será importante conhecer as matérias ligadas a esta disciplina, mas, o mais
importante ainda será leva-las ao conhecimento dos alunos e destes para a sociedade
passando pela família.
Em conformidade com a carta de Otawa para a promoção da saúde em que se afirma que, a
saúde é concebida e vivida pela as pessoas em todos os quadrantes da vida: nos locais onde
se aprende, se trabalha e se ama. Por outro lado ela deve ser também concebida como o
cuidado que se dispensa a si e ao outros, como o ser capaz de tomar decisões e controlar-se
nas circunstancias de vida, como o assegurar que a sociedade, crie condições que permitam a
aquisição da saúde por todos os seus membros.
Assim é que a saúde deve ser muito mais do que a ausência de doença, é querermos ser
saudáveis e sabermos como nos mantermos sãos promovendo individual e colectivamente a
conservação do bem-estar fazendo uso dos recursos disponíveis.
Defende-la é esforçarmo-nos na implementação das modificações que se acharem pertinentes
e inadiáveis, colaborando activamente no estabelecimento de politicas ou pondo-as em pratica.
A escola em conjunto com a rádio, televisão e outros meios de difusão massiva devem
desempenhar um papel indispensável na educação das pessoas, promovendo o saber, saber
ser e saber fazer em autonomia e cooperação com os seus semelhantes. Por isso, deve
conjugar esforços e saberes, desenvolvendo uma educação para a vida.

OBJECTIVOS DA DISCIPLINA

Com esta disciplina pretende-se que o estudante seja capaz de:


 Reconhecer a necessidade da auto estima e de respeito pelas diversas realidades humanas;
 Desenvolver o sentido de responsabilidades face à saúde individual, familiar e da
comunidade;
 Identificar factores que influenciem os processos de um desenvolvimento harmonioso e
saudável do ser humano;
 Analisar os principais indicadores de saúde na comunidade em que se insere: escola, bairro,
comuna, município, província ou pais, com as razões que os determinam;
 Analisar de forma autónoma e responsável as decisões sobre saúde individual, familiar e
colectiva;
 Promover a adopção de atitudes e valores que fomentem a saúde;
 Intervir como agente promotor do bem-estar individual e colectivo realizando projectos de
promoção de educação para a saúde, utilizando técnicas eficazes de interacção com a
comunidade: escolar, rural, urbana ou suburbana que sejam estimuladoras de decisões
responsáveis sobre saúde;
 Motivar as crianças sob sua responsabilidade para adoptarem comportamentos de acordo
com as regras básicas em matéria de higiene e saúde para através delas atingir crianças fora
do sistema escolar, a família e desta a comunidade;
 Dominar técnicas de comunicação como: material escrito (Script), áudio, vídeo e
audiovisuais.
UNIDADE Nº 1 – VIVER COM SAÚDE

1 EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SAÚDE E DOENÇA


1.1- BINÓMIO SAÚDE – DOENÇA

Ter saúde não significa apenas ausência de doença. Para que uma pessoa tenha saúde, deve
não só estar livre de doença, mas precisa de estar bem física e mentalmente, ser útil a si
próprio, aos seus semelhantes e a sociedade onde esta inserida.

A saúde é um direito fundamental de todo o ser humano sem distinção de raça, sexo, religião,
credo político ou condição social.

Quando falamos de saúde, não queremos apenas dizer que as pessoas devem ir ao médico
quando estão doentes. Tão importante como isso, é trabalharmos para termos saúde.

Para termos saúde, é necessário procurarmos utilizar boa água para o consumo; é comermos o
melhor possível de acordo com os alimentos que estiverem disponíveis; é procurarmos ter uma
casa confortável e limpa; é estudarmos, é trabalharmos, etc.

Para termos saúde, é necessário lutarmos contra determinadas doenças. Quando nos
protegemos dos mosquitos, estamos a lutar contra o paludismo, se bebermos água fervida,
estamos a combater as diarreias, se nos vacinarmos estamos a nos proteger de determinadas
doenças, como: O sarampo, o tétano e outras, se lavarmos os dentes depois de comermos e
antes de dormir, estamos a evitar as doenças da boca e dentes.

Os povos primitivos atribuem a razão da saúde ou a presença de doença a desejos divinos. Os


responsáveis em auxiliar esses povos nessa situação – percursores dos médicos actuais –
oravam e faziam sacrifícios aos Deuses no intuito de atende-los e proteger seus doentes dos
males que os afligiam.

Mas tarde, reconheceu-se a razão do aparecimento da doença, ou seja, a ausência da saúde,


em virtude de situações ambientais, particularmente em relação ao ar, ate que, os primeiros
estudos apontam organismos microscópicos como causadores dos males.

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (O.M.S) considera a SAÚDE como um estado de


completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de afecção ou doença.

Em resumo, qualquer que seja o conceito de saúde entre os actualmente considerados, é


possível compreender-se que a saúde é o produto de dois factores dos quais depende: dos
genéticos e dos ambientais, tanto referente ao meio físico-geográfico como ao contexto sócio-
cultural.

A noção de DOENÇA pode ser concebida como um desajustamento ecológico, psicológico,


social ou como uma falha nos mecanismos de adaptação do organismo e de uma falta de
reacção aos estímulos aos quais ele é exposto. O processo chega a uma perturbação de
morfologia e/ou das funções orgânicas que obriga o doente a modificar o seu modo de vida
normal por causa da incapacidade parcial ou total.

1.2- CONCEITO ECOLÓGICO DE DOENÇA

É o rompimento do equilíbrio existente entre o homem e o meio, de modo que, este agride o
homem e ele não é capaz de responder adequadamente.

2- PRINCÍPIOS QUE CONSERVAM A SAÚDE

A saúde do povo assenta sobre os seguintes princípios:

I. A saúde da população é responsabilidade do estado;


II. Os serviços de saúde estarão ao alcance de toda a população;
III. A comunidade deve participar activamente nos programas de saúde;
IV. Os serviços de saúde têm um carácter integral preventivo-curativo.

2.1- FUNÇÕES DA SAÚDE PÚBLICA

Para tornar realidade os conceitos anteriormente expostos traçam-se três funções à saúde
pública:

a. Promoção e fomento da saúde: equivale criar as condições propícias e desenvolver


actividades destinadas a favorecer a saúde individual e colectiva.
Ex: atenção à mãe e a criança, higiene mental, higiene geral, nutrição e educação sanitária.

b. Prevenção e protecção da saúde: desenvolve-se mediante aplicações de procedimento e


recursos específicos, para proteger o indivíduo e a colectividade do ataque das enfermidades.
Ex: vacinação, controlo da água potável, controlo de insectos, roedores e lixos, controlo de
enfermidade.

c. Função reparação ou recuperação da saúde: é o conjunto de acções encaminhadas a


reparar ou restabelecer a saúde do indivíduo enfermo.
Ex: cuidados médicos ao enfermo, cuidados estomatológicos, protecção a velhice desvalida,
reabilitação, fornecimento de medicamentos.

3- ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE


3.1- CONCEITO DE ESCOLA PROMOTORA DE SAÚDE

Promover a saúde na escola constitui uma forma privilegiada de promover a saúde na


comunidade. Cabe, assim, aos serviços de saúde participar, através de trabalho regular e
contínuo junto das escolas, fornecendo os contributos solicitados pela escola em função das
necessidades da população escolar e dos programas e projectos dos centros de saúde
dirigidos à comunidade.

O conceito de escola promotora de saúde, proposto pela O.M.S, assenta em três vertentes
fundamentais:

 A existência de um currículo de educação para a saúde, devera ter em conta os grandes


problemas de saúde e desenvolver diversas áreas como sejam: higiene pessoal e social,
alimentação saudável, abastecimento de água potável, segurança e prevenção de acidentes,
exercícios físicos e repouso, entre outras.
 Ambiente escolar saudável e seguro, em termos de espaços e equipamentos que devera
estar em concordância com o que é aprendido nas aulas, facilitando assim a tomada de
decisões saudáveis.
 Dinâmica escola – meio, através de um trabalho conjunto envolvendo pais e familiares, as
equipas de saúde escolar e outras estruturas da comunidade consideradas pertinentes que, em
articulação com a escola, deverão assumir um papel activo e interveniente na defesa e
promoção da saúde dentro da escola e na comunidade onde a escola se situa.

Estas três vertentes – curriculum escolar, ambiente escolar e interacção escola/família/meio –


constituem os pilares em que a escola promotora de saúde assenta.

3.2- OBJECTIVOS E FINALIDADES DA ESCOLA PROMOTORA DA SAÚDE.

 Proporcionar espaços e equipamentos limpos, seguros e atraentes.


 Dispor de medidas claras em relação a assuntos de saúde como por exemplo: higiene,
vacinas, pratica desportiva, etc.
 Estimular a participação dos alunos na definição dos programas e medidas da escola
relacionadas com a saúde.
 Proporcionar um ambiente estimulante e saudável para todos os que nela trabalham.
 Envolver as famílias dos alunos como parceiros na vida da escola.
 Procurar estabelecer relações entre o que é ensinado na escola e o dia-a-dia de casa e da
escola.
 Dispor de professores que se assumam como modelos em termos de hábitos saudáveis.

3.3- MÉTODOS E ESTRATÉGIAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

Promover a saúde na escola ou contribuir para a construção de uma escola promotora de


saúde implica, a participação activa de diversos intervenientes.

Assim, só é possível promover a saúde na escola e na comunidade com processos de trabalho


assentes numa saudável cooperação interdisciplinar que envolvem, não só a comunidade
escolar, como a restante comunidade onde a escolar se situa.

4- RECURSOS NA PROMOÇÃO DE SAÚDE NA ESCOLA


4.1- O PAPEL DO PROFESSOR NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

É, deveras diversificado, o papel do professor na promoção da saúde; em geral compete-lhe:


 Tomar conhecimento dos interesses e necessidades dos alunos e das dificuldades próprias
do meio em que vivem.
 Prestar a necessária atenção ao aluno de forma a detectar precocemente as eventuais
deficiências físicas, motoras, sensoriais ou psíquicas e, bem assim os desvios do seu
comportamento.
 Aproveitar os períodos de intervalos para a prática de hábitos de higiene individual e de
convivência que possam espontaneamente constituir padrão e exemplo para o aluno.
 Verificar e estudar as causas de atitudes viciosas que tomaram os alunos na carteira.
 Prestar socorros de urgência nos casos de acidentes ou doenças de emergência que
estejam dentro da sua competência e possibilidade.
 Promover a participação dos alunos em todos as actividades relacionadas com a saúde,
datas comemorativas relativas a saúde e ao meio ambiente tanto na escola como na
comunidade.

4.2- TÉCNICAS PARA A IDENTIFICAÇÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS DE VISÃO,


AUDIÇÃO E DE POSTURA.

O professor deve fazer uma observação diária aos alunos, embora de modo informal, com
objectivo de:
1. Reconhecer a tempo os sinais e sintomas das deficiências que o aluno apresenta;
2. Inserir os alunos com deficiências no ambiente escolar e da comunidade de modo a não se
sentirem inválidos.

As crianças devem ser observadas, não só quando trabalham, mas também quando brincam,
estão sós ou em grupo, se for possível devem ser também observadas no seu ambiente
familiar.

Os professores nunca devem diagnosticar, nem tomar decisões sobre a doença da criança,
defeito físico ou desajustamento emocionais dos alunos. A sua intervenção limitar-se-á a
observar quais os alunos que não estão em boas condições físicas ou emocionais; em caso de
fraca visão ou audição acomoda-los nas carteiras de frente.

Actividade

Questão para responder:

1- Debruça-te sobre o absentismo e o baixo aproveitamento escolar como consequência de


uma deficiente saúde.

UNIDADE Nº 2 – VIGILÂNCIA E SAÚDE

1- HIGIENE E SANEAMENTO
1.2 - CONCEITOS

Higiene – é um ramo das ciências médicas que tem por objectivo o estudo das doenças, ou
seja, criar e manter as condições óptimas para a vida do homem ao estudar a sua relação com
o meio em que ele vive.

Saneamento – é um conjunto de medidas tomadas por elementos da comunidade, visando a


modificação das condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir as doenças e
promover a saúde.

1.3- RAMOS MAIS IMPORTANTES DA HIGIENE

 Higiene Urbana e rural – tem por objectivo o controlo dos elementos do ambiente físico em
que vive o homem e que podem afectar a sua saúde.

 Higiene dos Alimentos – estabelece regras para obter uma alimentação sã e nutritiva.

 Higiene do trabalho – tem como finalidade promover nos centros de trabalho, as condições
óptimas que garantam a saúde dos trabalhadores.

 Higiene Escolar – tem como objectivo, promover e fomentar a saúde dos escolares e dos
trabalhadores do centro de ensino, bem como controlar o estado sanitário dos locais de ensino
e dos matérias que se empregam, assim como a planificação das actividades docentes.

 Higiene Mental – procura o perfeito desenvolvimento e funcionamento psíquico do indivíduo


e da comunidade, afim de se conseguir um adequado equilíbrio mental e uma melhor
adaptação social.
 Higiene Materno-infantil – estabelece as medidas que se devem praticar para melhorar as
condições de saúde da gestante e prevenir doenças na futura criança.

1.4- IMPORTÂNCIA DA HIGIENE


Reside no facto de que através da higiene há possibilidade de se eliminar um grande número
de microrganismos causadores de doença, ditando regras para se vencer os maus hábitos e
costumes relativos a uma higiene deficiente, mantendo assim uma boa saúde individual e
colectiva.
Para obter uma óptima saúde, devemos vencer, os hábitos e maus costumes que a prejudicam.
Da íntima relação há entre a higiene e a saúde podemos evidenciar a enorme importância que
a higiene possui. A prática de normas sanitárias tornam o indivíduo mais são e beneficiam
também a comunidade.

1.5- CLASSIFICAÇÃO DA HIGIENE

A higiene pode ser: pessoal (individual) e colectiva.

 Higiene pessoal – é o conjunto de hábitos que os indivíduos praticam em relação a si próprio,


com a finalidade de evitar doenças. Ela compreende diferentes acções, tais como: o banho, a
lavagem correcta das mãos, da boca e dos dentes, o asseio do vestuário, calçados e outros.

 Higiene Colectiva – trata da conduta sanitária do homem em relação a sociedade e ao meio


em que vive, como por ex.: não deitar o lixo na rua, não cuspir no chão, urinar ou defecar ao ar
livre, não ter animais em zonas urbanas, cooperar com o Ministério da Saúde e outros
organismos para manter o saneamento do ambiente, tais como: as campanhas de vacinação, a
luta contra as moscas e mosquitos, a drenagem das águas, a colheita do lixo e outros.

2 - MEDIDAS HIGIÉNICAS E DE SANEAMENTO


Controlo da água, controlo do lixo, controlo dos vectores, controlo de moradias e locais, controlo da
contaminação atmosférica, controlo dos ruídos, controlo da ventilação e iluminação, controlo dos
alimentos, etc.

2.1- CONTROLO: DE VECTORES OU AGENTES CAUSADORES DE DOENÇA

Os animais domésticos constituem uma fonte de alimento e as doenças que podem transmitir ao homem
denominam-se zoonoses.

Os vectores transportadores de agentes etiológicos podem ser: Mecânicos e Biológicos.

 Mecânicos – transportam o agente etiológico nas asas, patas, pelos, etc. Ex: moscas, ratos, barata, etc.

 Biológicos – aqueles no interior das quais o agente etiológico realiza parte do seu ciclo de vida. Ex:
mosquito, mosca tsé-tsé, caracol, entre outros.

Medidas de controlo de vectores: educação sanitária, controlo do lixo, controlo dos excreto, uso de
insecticidas, protecção com mosquiteiro, protecção dos alimentos, limpeza da habitação e arredores,
eliminação das águas estagnadas, uso de armadilhas.

2.2- CONTROLO DO AMBIENTE. CONCEITO.

Ambiente é tudo que existe fora do organismo vivo e o rodeia, estabelecendo uma interacção entre
ambos.

As diferentes classes do ambiente são:


1. Factores físicos – ar, água, terra, luz, temperatura, radiação, ruídos, atitudes, resíduos, instrumentos,
etc.
2. Factores biológicos – plantas e animais.
3. Factores sociais e culturais – educação, economia, tecnologia, organizações politicas e sociais,
ciências, crenças, artes, etc.

2.3- O AR
É uma das necessidades vitais para o ser humano, ele actua, quer envolvendo o homem, quer atingindo
como elemento de ligação de homem para homem e de homem para animal.

2.4- O LIXO
É o conjunto de resíduos, resultantes da actividade humana.
Constitui principalmente um problema estético e comunitário de grande importância, tendo em conta as
consequências que podem advir do seu mau condicionamento e tratamento.

Constituição do lixo: restos de comida, resíduos industrial (papel, couro, borrachas, metais, etc.), cinzas,
sujidade do varrer das ruas, esterco.

O material orgânico do lixo possibilita a criação de moscas e ratos.

Os resíduos industriais possibilitam a criação de mosquitos, assim como ninhos e protecção para os
roedores.

Medidas para o controlo do lixo:


1. Uso de depósitos metálicos ou outros com tampas colocadas em lugares de difícil acesso e que
estejam protegidos dos animais domésticos.
2. Recolha periódica com veículos apropriados.
3. Concentração do lixo em valas construídas em terrenos apropriado tapando-o com terra.
4. Incineração ou queima do lixo.

Questões para responder.


1. Como confeccionar, controlar, tratar e conservar os alimentos?
2. Dê o conceito de alimento.

3. HIGIENE DA HABITAÇÃO
O chão da nossa casa deve estar sempre limpo, varrido e devemos deixar sempre algumas janelas
abertas para entrar o ar fresco.
Não devemos cuspir ou escarrar no chão, porque a saliva ou o escarro podem transmitir muitas doenças.
A casa deve ser limpa todos os dias, o chão deve ser lavado todos os dias e as paredes sempre que
estejam sujas.
O quintal da nossa casa deve também estar sempre limpo. Não se deve deixar os animais adarem à solta
no quintal. Deve-se arranjar um lugar no quintal para as crianças brincarem. Este lugar deve estar sempre
muito limpo e não se podem lá os animais. Todos os charcos devem ser tapados com terra ou fazer uma
vala para escorrer a água. Todos os dias, deve-se juntar o lixo do quintal num balde e depois deitá-lo no
contentor ou enterrá-lo ou se possível queimá-lo.
É preciso arrumar bem a alimentação num armário ou noutro local fechado por causa dos ratos, moscas e
outros insetos. A cozinha deve estar sempre limpa e arrumada com os reservatórios de água para beber e
cozinhar bem tapados, para anão cair sujidade dentro da água.
3.1. A ÁGUA: ABASTECIMENTO, UTILIDADE DOMESTICA, PÚBLICA, INDUSTRIAL, AGRICOLA E
PECUARIA
A água é como o ar, o produto natural mais importante à vida do homem. Privado de água, o homem não
pode sobreviver mais do que algumas horas ou poucos dias. A sua importância para a vida dos indivíduos
é semelhante a que tem para o progresso, comodidade e segurança das sociedades humanas.
O abastecimento da água - tem por fim por a disposição dos indivíduos e da comunidade nas condições
mais satisfatórias de higiene, a água que precisam utilizar para fins pessoas e coletivos. Para se ter água
de qualidade, devemos manter os reservatórios, fontes e chafarizes em devido funcionamento e devem
estar bem limpos.
Utilidade domestica – a água é utilizada como bebida, para cozinha, higiene pessoal, lavagens diversas
na habitação, irrigação de jardins e pequenas hortas, correção de animais domésticos, etc. A água é
importante para a higiene pessoal.
Utilidade publica – A água é utilizada na irrigação de parques e jardins públicos, lavagem de ruas e
demais locais públicos, fontes ornamentais e chafarizes, escolares, hospitais, prédios, piscinas, combate
a incêndios, etc.
Utilidade industrial – nas indústrias a água é utilizada como matéria prima (metalurgia); indústrias onde a
água é usada para a refrigeração (refrigeração, gelo, etc.); Indústrias onde a água é utilizada para
lavagem (matadouro, papel, tecido).
Utilidade agrícola e pecuária – a água é utilizada na irrigação, lavagem de instalações, maquinarias e
utensílios, bebidas de animais, etc.
3.2. A ÁGUA NA HIGIENE PESSOAL
A água é essencial para a vida à superfície da terra. A vida vegetal e animal dependem
fundamentalmente da água. Nos climas quentes, como o nosso, é necessário o banho diário e por vezes,
é preciso banhar mais de uma vez por dia. A água só, não limpa apele. Por isso devemos usar o sabão e
alguma escova, toalha ou esponja, a fim de eliminarmos por completo a sujidade.
3.3. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR INTERMEDIO DA ÁGUA E COMO EVITA-LAS
Mesmo que a água seja clara, sem cheiro e de sabor agradável, ela pode ter micróbios que quando
ingeridos podem causar doenças. Quando bebemos água que não é pura e nem é tratada podemos
apanhar doenças como: hepatite, cólera e outras diarréias, febre tifóide, poliomielite ou paralisia infantil,
vermes intestinais (lombrigas). Para alem destas doenças, podemos também apanhar outras doenças
que são transmitidas por insetos e parasitas que vivem dentro ou próximo da água, como: paludismo ou
malária, febre amarela, doença do sono, bilharziose, etc.
Para evitar essas doenças, a água deve ser transportada e guardada em vasilhas limpas e tapadas para
que nela não entre poeiras e mosquitos. A água para toda a família beber e, principalmente, a que se dá a
criança deve ser fervida ou desinfetada com lixívia.
A água potável, higiene individual e coletiva contribuem para o melhoramento do estado de saúde dos
indivíduos, das famílias e da comunidade
3.4. ELIMINAÇÃO DOS RESIDUOS HUMANOS: FEZES E URINA
Não devemos urinar, defecar nem deitar lixo ao ar livre. A construção de latrinas e aterros sanitários deve
ser tarefa da comunidade para a eliminação dos resíduos humanos.
3.5. CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE LATRINAS
Quando não se tem casa de banho em casa, deve ser construída uma latrina, isto é, um buraco onde
possamos urinar e defecar. As fezes e a urina que ficam na latrina passam através da terra e podem
contaminar as águas subterrâneas. Para evitar que os micróbios das fezes contaminem a água de beber,
o buraco deve ser feito a 20 metros de distancias de todas as casas e de todos os locais onde se retira
água (poços, fontes, rios, etc.). O fundo da latrina deve ficar 2 metros mais alto do que a altura da água
quando cavamos o buraco. Neste caso, não devemos fazer a latrina nesse lugar, porque contaminamos a
água dos poços à volta.
As latrinas que nunca enchem é porque as fezes estão a cair na água. Isto é muito perigoso. Uma latrina
assim não pode ser usada. Faça outra latrina.
Outros cuidados a ter com a latrina:
 Mantenha-a sempre tapada para evitar o mau cheiro e que as moscas entrem e transportem micróbios
que provocam doenças;
 Faça um cerco à volta da latrina para manter protegida dos animais;
 Mantenha o interior da latrina e os arredores sempre limpos;
 Deite água no buraco,
 Evitar deitar creolina ou outro desinfetante no buraco, pois isso prejudica a depuração natural das
fezes;
 Para evitar o mau cheiro, coloque de vez em quando óleo queimado (Óleo usado de automóveis), terra
ou cinza no buraco.
4. CONTROLO DOS ANIMAIS
4.1. DOENÇAS TRANSMITIDAS PELOS ANIMAIS DOMESTICOS: CÃO, GATO, PAPAGAIO,
PERIQUITOS E PASSAROS
Os animais são transmissores de doenças e no caso de cães e gatos eles podem transmitir a
Toxocaríase e a Toxoplasmose; pássaros, periquitos e papagaios podem transmitir a Psitacose.
A Toxocaríase, doença causada pelo Toxocara canis e é um dos mais comuns vermes intestinais
encontrados em cães e o Toxocara cati o é em gatos. A contaminação pode atingir residências, escolas e
creches em que crianças tenham contato direto com o solo contaminado com fezes de cães e gatos
parasitados. Provoca a Síndrome da Larva Migrans Visceral ou Ocular.
A visceral caracteriza-se por febre, alterações pulmonares, palidez e edemas, entre outros sintomas.
A ocular pela presença de larvas ou restos larvários no globo ocular, normalmente com envolvimento
unilateral. A lesão mais comum encontrada é a endoftalmia crônica, correspondendo à metade dos casos.
Pode ainda ocorrer acometimento da coróide, vítreo e retina e, em alguns casos mais severos, resultar
em perda da visão.
4.2. Prevenção e controlo das doenças
A prevenção consiste em limpar as áreas onde as crianças brincam ou engatinham controlar as infecções
dos gatos e cães; não deixar o cão ou gato defecar em locais onde podem brincar crianças; limpar
regularmente a caixa de areia do gato.
A Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma
gondii. Ocorre em animais de estimação: cães, gatos. A contaminação é possibilitada quando uma
criança ou adulto mexe com os dedos em material contaminado com fezes do cão ou gato, e depois os
leva à boca. As mulheres grávidas devem evitar o contato com fezes de gatos, pois estas podem conter
oocistos e a contaminação na mãe pode causar má-formação no fecto.
No caso dos gatos, lavar as caixas com água fervente frequentemente, e nunca tocar com as mãos sem
luvas. Alimentar os gatos com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada, não lhes permitir caçar
animais selvagens também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada. No caso
de cães lave com material desinfetante o local onde o cão defeca e/ou circula, diariamente.
Principalmente se tiver crianças engatinhando em sua casa.
A Psitacose é uma doença infecciosa causada por bactérias que infectam papagaios, araras e periquitos.
A via respiratória constitui a porta de entrada da bactéria a qual é aspirada com poeiras provenientes das
gaiolas. A doença em crianças assume a forma de broncopneumonia, além de comprometer os aparelhos
digestivos e vasculares.
Se estiver grávida ou a qualquer sinal de doença que precise levar seu filho ao Pediatra, informe sempre
que tem animais em casa, para que um diagnóstico diferencial possa ser estabelecido com a precisão
necessária.
Aproveite com muita alegria deste convívio, tão saudável emocionalmente, com segurança, sem colocar
um mínimo de risco à integridade física e à saúde sua e dos seus filhos. A sensação de fidelidade e do
amor incondicional que se vivencia compartilhando o ambiente familiar com animais de estimação
percorrerá toda a infância e, na idade adulta será sempre uma lembrança onde o afeto predominou por
todo o tempo em que o convívio existiu!

5. HIGIENE DO AMBIENTE ESCOLAR


5.1- CONCEITO, IMPORTANCIA E CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS: MATERIAIS, LOCALIZAÇAO
E ORIENTAÇAO NO ESPAÇO.
Ambiente escolar é o conjunto de factores que rodeiam o aluno, tais como o edifício, sua localização, o
redor, mobiliário, meios de ensino, latrinas ou WC, fontes de água, luz, ar, cor das paredes, condições do
quadro, etc, que influencia na saúde e no aproveitamento.

IMPORTANCIA DO AMBIENTE ESCOLAR


Garante as condições óptimas de limpeza e saneamento e condições adequadas para conservar a saúde
dos alunos e trabalhadores da escola e obter assim um maior aproveitamento docente educativo

CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS: MATERIAIS, LOCALIZAÇAO E ORIENTAÇAO NO ESPAÇO.


O edifício escolar deve ser construído, possuindo as seguintes características:
• O material deve ser solido, firme, incombustível, impermeável e que seja mau condutor de calor, da
eletricidade e do som;
• O piso (chão) deve ser construído com material impermeável e polido que permite a sua fácil limpeza;
• As escadas devem ter larguras em 1 e 2,5 metros. Não devem possuir mais degraus não polidos, com
corrimãos com 75 a 100 cm de altura;
• O telhado deve ser resistente, impermeável e refratário ao calor. Deve ter certa inclinação que evitara a
estagnação da água e as infiltrações;
• As janelas devem garantir uma maior e melhor ventilação;
• As cores das superfícies não devem ter muito brilho, pois afecta as vistas. Devem ser claras (branco,
azul, verde…).
O terreno escolar deve:
• Assegurar uma ventilação correcta e renovação adequada do volume do ar;
• Possuir uma rápida evacuação das águas flúvias evitando o seu estagnamento;
• Situar-se no centro da localidade;
• Ficar protegida do fumo, outros gases, ruídos, etc.;
• Encontrar-se afastada de cemitérios, hospitais, lixeiras ou de qualquer outra fonte de contaminação que
pode afectar a saúde dos escolares e dos trabalhadores do centro escolar;
• A distância mínima entre o edifício escolar e a rua deve ser de 5 metros. Esta mesma distancia deve
separá-las das outras construções vizinhas.

O edifício escolar deve ser construído de forma que a esquerda dos alunos fique ao norte ou nordeste
assim como as janelas mais compridas, para evitar a luz directa do sol.
Para o sul colocar-se-ão as janelas mais pequenas na parte mais elevada da parede, pois, deve conscidir
com a posição dos corredores.

5.2- A SALA DE AULA: VENTILAÇAO, ILUMINAÇAO, MOBILIARIO, LIMPEZA, EMBELEZAMENTO E


MANUTENÇAO.
Iluminação: colocação das janelas para garantir a iluminação natural e de lâmpadas fluorescentes em
quantidade conforme as dimensões da sala;
Ventilação: garantida pela correcta orientação e situação do edifício escolar e da quantidade e disposição
das janelas.;
Mobiliário: conforme a idade para evitar posturas incorretas.
Cromatismo: as cores das paredes devem ser claras e sem brilho. O quadro deve ser preto, branco ou
verde, também sem brilho;
Limpeza, embelezamento e manutenção.
O piso, o tecto, paredes, mobiliário, etc, tem que manterem-se nas melhores condições, planificando-se a
sua reparação quando for preciso e conservar a limpeza e embelezamento quer no interior como no
exterior com a participação activa dos alunos e professores.
As escolas necessitam de suficiente quantidade de água e em adequadas condições sanitárias, pelo que
o controlo da potabilidade vida mesma deve ser verificada periodicamente. É destinada para:
• Manter a higiene geral e asseio pessoal. Deve-se utilizar detergentes na limpeza da escola,
• Beber e regar os jardins.

As cantinas e refeitórios devem ter boa ventilação e iluminação, as janelas com malhas finas para impedir
a entrada de moscas e outros insetos. As paredes devem estar cobertas, a altura de 2 metros, de
azulejos e os recipientes (contentores) para os resíduos devem possuir tampas.

6. A HIGIENE PESSOAL
6.1- CONCEITO DE HIGIENE PESSOAL
Higiene pessoal é um conjunto de hábito que o individuo pratica em relação a si próprio, com a finalidade
de evitar doenças. Compreende diferentes acções, tais como: o banho, a lavagem correcta das mãos, a
higiene da boca e dos dentes, o asseio do vestuário e outras.

6.3- CUIDADOS COM AS MÃOS


O homem necessita das mãos para alimentar-se e realizar diversas actividades (construir casa, utensílios,
vestuários, escolas, hospitais, etc.). Através das suas próprias mãos se não forem devidamente curadas,
o homem pode contrair doenças como a gastro-interite, a parasitose intestinal, e outras por contacto com
objectos sujos e contaminados.
As mãos devem ser lavadas nas seguintes condições:
• Antes de ingerir qualquer alimento;
• Depois de defecar e urinar;
• Antes de manipularmos os alimentos;
• Depois de tocar nos objectos que possam estar contaminados;
• Depois de realizar trabalhos com terra, gorduras, restos de comida, tocar animais, etc.

6.4- DOENÇAS DA PELE: A SARNA E A TINHA


A SARNA
A sarna é uma doença da pele causada por um parasita (bichinho muito pequeno) que tem o nome de
ácaro (fungo Elsinoe phaseoli).
Este parasita gosta de viver em lugares sujos. Só apanha sarna crianças e adultos com pouca higiene,
isto é, as pessoas que não gostam de tomar banho e vestem roupa suja. Nestas pessoas o ácaro fura a
pele, vai abrindo caminho debaixo dela e vai pondo os seus ovos. Quando o parasita esta parado, a
pessoa não sente nada, quando a ela começa a andar surge a comichão e a pessoa coça.
A sarna causa pequenas borbulhas que dão muita comichão, rebentam e espalham-se. Podem aparecer
no corpo todo, mas são mais comuns nos punhos cotovelos, nádegas, axilas, entre os dedos das mãos e
pés, à volta do umbigo e órgãos genitais.

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