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Academia Militar " Marechal Samora Machel"


Cláudio Joster Ramos Tinito Agostinho

Algumas dificuldades de aprendizagem vivenciadas no ensino em Moçambique


 Dislalia
 Disortografia
 Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH)

Nampula, 2019
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Cláudio Joster Ramos Tinito Agostinho

Algumas dificuldades de aprendizagem vivenciadas no ensino em Moçambique


 Dislalia
 Disortografia
 Transtorno do deficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH)

Segundo trabalho do módulo da


cadeira de psicopedagogia.
Curso de Mestrado.
Docente: Prof. Doutor: José Miguel
Rodrigues Creah

Nampula, 2019
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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
1.Dislalia............................................................................................................................5
Diagnostico........................................................................................................................6
Tratamento.........................................................................................................................6
Disortografia......................................................................................................................6
Alguns sintomas da disortografia são................................................................................6
Défice no conhecimento e uso de regras ortográficos.......................................................6
Deficit na leitura................................................................................................................6
Lentidão no momento em que escreve..............................................................................7
Confusão na conversão de fonemas em grafemas............................................................ 7
Disortografia natural..........................................................................................................7
Estetografia Arbitraria.......................................................................................................7
Causas................................................................................................................................7
Desordem cerebral.............................................................................................................7
Problemas intelectuais.......................................................................................................8
Tratamento.........................................................................................................................8
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH)....................................8
Os sintomas mais comuns.................................................................................................9
Intervenção psicopedagógica…………………………………………...………………10
Conclusão........................................................................................................................11
Referencias Bibliográficas...............................................................................................12

Introdução
O presente trabalho tem como temática "algumas dificuldades de aprendizagem
vivenciadas no ensino em Moçambique."
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O objectivo deste trabalho visa analisar as dificuldades de aprendizagem no processo de


ensino e aprendizagem no nosso País.
Portanto tem como objectivos específicos recolher informações sobre as dificuldades de
aprendizagem nas escolas, identificar algumas dificuldades de aprendizagem que as
crianças apresentam no ensino e propor soluções de intervenção psicopedagogicas com
vista a um sucesso no PEA.
Quanto a sua estrutura, o trabalho esta organizado obedecendo o seguinte: Introdução,
identificação e descrição de algumas dificuldades, conclusão e bibliografia.

Resumidamente algumas dificuldades de aprendizagem vivenciadas no ensino em


Moçambique apontam as seguintes:
1. Dislalia
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É um distúrbio que afecta a fala, caracterizada pela docilidade em articular as palavras


correctamente. Os que sofrem dela, trocam as palavras ou letras por outros similares na
pronúncia, falam de maneira errada, omitindo ou trocando as letras.
Por exemplo: ‘F’ com "V"; "B" com "P"; "D" com "T"; "M" com "N"; "3" com "S" e
entre outros.
As dificuldades de pode se apresentarem em quatro (4) tipos que são:
a) Evolutiva: considerada normal em crianças, sendo corrigida geralmente
gradativamente durante o seu desenvolvimento;
b) Funcional: caracterizada pela substituição de letras durante a fala (um fonema por
outro), pela ausência de sons na pronuncia. Pelo acréscimo ou inversão das letras
nas palavras e por distorção de sons;
c) Audiógena: há alteração na formação de fonemas em deferentes auditivos que não
conseguem imitar os sons:
d) Orgânicos: casos mais graves, que ocorrem em decorrência de uma lesão cerebral e
que faz com que a pronuncia seja incorrecta, ou ainda, quando há alguma alteração
na boca.
Portanto, até os quatros (4) anos de idades, os erros de linguagem são considerados
normais. Todavia após essa fase, a criança pode vir a ter problemas caso continue
falando errado podendo afectar até a escrita.
Na instituição por exemplo, na escola, localizados nas zonas rurais os alunos
apresentam a dislalia, devidos os factores etnolinguístico, por um lado lesões cerebrais e
alterações na boca, por outro lado.
1.1. Diagnóstico
Os diagnósticos de dislalia é feito pelo pediatra ou otorrinolaringologista, que vai
avaliar a fala da criança ou individuo, ou paciente e verificar se existem alterações na
boca, Ana audição ou n0o cérebro, podendo pedir exames como testes de audição e
psicológicas.
É importante fazer o diagnóstico para que a dislalia seja tratada adequadamente e muito
cedo possível, pois ela pode trazer problemas de aprendizagem e atraso escolar.

1.2. Tratamento
O tratamento da dislalia é feito como auxílio de um fenoaudiólogo e vara de acordo a
necessidade da cada criança. Quando a criança troca o "R" pelo "L"como "querido" e
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acaba pronunciando "quelido" Zacarias pelo Zacalias; deve se procurara o pediatra, o


Torrinolongologista ou fenoaudiólogo para investigar o problema e iniciar o tratamento,
que deve sempre incluir sessões de fenoaudiologica para melhorar a fala e percepção e a
articulação dos sons.
Nos casos em que o problema neurológico for encontrado, o tratamento também deve
incluir psicoterapia e quando há problemas de audição pode ser necessário o uso de
aparelho auditivo.
2. Disortografia
É um distúrbio de linguagem da mesma de distúrbio como a dislexia. No entanto, esta
desordem particular afecta principalmente a escrita sendo as pessoas incapazes de
escrever as palavras ortograficamente adequados. Por tanto, a disortografia consiste na
dificuldade de aprender e desenvolver habilidades da escrita, podendo envolver a falta
de vontade de escrever e a dificuldade de leitura.
2.1. Alguns sintomas da disortografia são:
 Traçado incorrecto da letra;
 Falta de clareza e lentidão na escrita;
 Falta de vontade de escrever,
 Alteração no espaço da letra;
 Letras ilegíveis;
 Textos bem resumidos.
2.1.1. Défice no conhecimento e uso de regras ortográficos
O principal sintoma que uma pessoa com disortografia apresenta é a dificuldade de
entender e usar a gráfica correcta de sua linguagem de maneira apropriada. As pessoas
com este transtorno estão errados escrever palavras, sejam em aspectos menores.
2.1.2. Deficit na leitura
Como eles não dominam a escrita ou a ortografia, as pessoas com disortografia têm
problemas para ler um texto.
Dependendo da gravidade dos sintomas, eles podem se tornar incapazes de entender as
palavras a sua frente.

2.1.3. Lentidão no momento em que escreve


Os indivíduos que apresentam este distúrbio não dominam bem as regras de escrita, não
sapo capazes de melhorar neste campo.
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Entretanto, outras pessoas aumentam a sua velocidade de escrita ao longo dos anos, e
aquelas que sofrem deste distúrbio continuam a manter um ritmo muito lento, a menos
que recebam tratamento.
2.1.4. Confusão na conversão de fonemas em grafemas
Alguns dos sons de cada idioma tem uma pronúncia muito semelhante. Por tanto, uma
das tarefas mais importantes de uma pessoa que esta aprendendo escrever é distingui-las
para representa-las adequadamente em um texto.
2.2. Tipos de disortografia
Basicamente podemos distinguir entre dois tipos principais de disortografia:
2.2.1. Disortografia natural
A disortografia é considerada do tipo natural quando afecta principalmente o
desenvolvimento fonológico, isto é, a incapacidade da pessoa em soletrar uma palavra e
descobrir porque os fonemas são formados.
Por outro lado, também pode ter a ver com as regras de conversão de fonemas para o
grafema. Uma pessoa que apresenta Este sintoma confundiria a meeira de representar,
por escrito alguns fonemas, mudando por exemplo, um "V" para um "B".
2.2.2. Disortografia Arbitraria
A disortografia do tipo arbitraria afecta principalmente o conhecimento e aplicação das
regras ortográficas na expressão escrita.
2.3. Causas
Como no caso de outros distúrbios de linguagem específicos ou dificuldade de
aprendizagem, como a dislalia, o TDAH e outros, as causas do aparecimento da
disortografia podem ser múltiplas, mas as mais prováveis podem ser de desordem
cerebral e a de problemas intelectuais.
2.3.1. Desordem cerebral
As pessoas com sintomas de disortografia apresentam problemas de desenvolvimento
em algumas áreas do cérebro relacionadas á linguagem. Isso pode ser devido a factores
genéticos ou ambientais, como lesão cerebral traumática ou acidente vascular cerebral.
2.3.2. Problemas intelectuais
Os problemas intelectuais podem levar a pessoa a desenvolver disortografia. Alguns dos
mais relacionado a este transtorno são os seguintes:
 Baixo coeficiente de intelectual;
 Problemas na percepção visual;
 Deficiência na percepção do espaço - tempo.
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2.4. Tratamento
As pessoas com disortografia precisam de recebe o tratamento o mais rápido possível
para superar seus sintomas.
Feito um bom diagnóstico, o psicopedagogo responsável pelo caso, deve elaborar um
plano de acção concreto para o paciente.
Na instituição ou escola, caso tenha um estudante com esse problema, os remédios
paliativos podem ser aplicados, como gravação de áudio, das lições ou substituição das
provas escritas por outras de natureza oral.
3. Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperactividade (TDAH)
Segundo Morais & Maisto (2010: 424)," a hiperactividade, refere no facto de que as
crianças afectadas costumam a ter problemas para concertar a sua atenção de maneira
sustentada, como as outras crianças o fazem. Elas se destroem facilmente, são inquietos
e impulsivos e estão quase constantemente em movimento". Portanto, algumas pessoas
podem nasce com o transtorno, em quanto que outras começam a ter os sintomas em
alguns episódios específicos, como em momento de stress intenso.
Geralmente, começa a se manifestar na infância e costuma acompanhar a pessoa na vida
adulta também. É factor determinado para uma serie de problemas, como auto-estima
baixa, problemas em relacionamento e dificuldades no ambiente de trabalho ou na
escola.
Este transtorno tem por característica essencial um padrão persistente de desatenção,
hiperactividade e impulsividade, mais frequente e grave do que aquele observado nos
indivíduos em, nível equivalente de desenvolvimento.
Quando a criança manifesta problemas de convívio social, de rendimento escolar, ou
ambos fica mais difícil identifica-los e encaminhá-la para atendimento.
O diagnóstico é clínico e caracteriza-se por duas formas:
 Predomínio do padrão hiperactivo - impulsivo e
 Tipo predominante desatento.
Portanto, para além destes acima referido, pode existir o tipo combinado, que apresenta
características dos dois grupos. Neste contexto, para ser considerado portadora de
TDAH é preciso que a criança apresente os sintomas a mais de 6 meses e que os
mesmos apareçam em situações diversas.

Entretanto, a criança predominantemente hiperactiva - impulsiva manifesta inquietação,


não se mantém sentada por muito tempo, cai da cadeira, se mexe mais do que o
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necessário, ainda mais, fala excessivamente, não consegue esperar que o outro termine o
que esta falando, tem muitas dificuldades em permanecer em silêncio ou calmo,
responde a perguntas antes que elas sejam formuladas completamente, age como se
fosse "movida a motor " e tem dificuldades para aguardar a sua vez.

A predominante desatenta tem dificuldade para prestar atenção, esquece coisas


rotineiras ou deixa de fazer coisas importantes, parece não ouvir quando se fala com ela.
Ainda, tem dificuldades de organização e não enxerga detalhes. Frequentemente, perde
objectos e nãos suporta actividades que requeiram esforço mental prolongado. Ambas
podem ainda, manifestar dificuldades para terminar uma tarefa, para respeitar limites e
regras, para dormir e para relacionar-se.

Algumas crianças não suportam frustrações e por consequência frustram se muito outros
não avaliam o perigo não aprendem com os erros do passado e são difíceis de acatar.

A também os que são agressivos inflexíveis e concepção excessiva baixa.


Www.hiperactividade.com.br acessado em 21 de Outubro de 2019, as 08 horas.

No contexto institucional a escola por exemplo quando lhe é dada uma tarefa com uma
sequencia de exercício de operações é muito provável que ela consiga fazer a premira as
duas primeira e depois não realiza os outros ou esquece alguns sinais. Na leitura de um
enunciado, ao terminar não se lembra do que leu e afirma não ter percebido, ou ainda,
esquece o que leu. Se for impulsiva, respondem algo que lhe aparece na mente naquele
momento. Ao ler um livro, depois de ter lido algumas páginas, não compreende do este
tratando o livro.

3.1. Os sintomas mais comuns são:


 Comportamento agressivo, hiperactividade, inquietação, impulsividade, irritação;
 Dificuldade de concentração, esquecimento constante e falta de atenção;
 Ansiedade, raiva e excitação;
 Sintomas de depressão e dificuldades de aprendizagem acentuada.
3.2. Intervenção psicopedagógica
Intervir é uma acção predeterminada, uma vez que, alguém em uma atitude activa
estabelece uma ligação com outra pessoa, e assim, produz transformações.

Sendo assim, cabe ressaltar que o psicopedagogo propõe através de suas acções que o
próprio sujeito seja autor de sua aprendizagem.
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Assim, para que haja uma mediação psicopedagógica é necessário que o profissional
compreenda o processo que envolve a aprendizagem, ou seja, é importante que entenda
que a aprendizagem envolve um processo, onde diversas funções do sistema nervoso
estão se fundindo para que seja possível promover a adaptação dom indivíduo com o
meio.

Entretanto, é necessário também, buscar as queixas da família e as queixas da escola de


modo a perceber a veracidade das informações sobre os possíveis sintomas.

Em resumo, sobre a intervenção psicopedagogica em crianças com TDAH, aconselha se


a interacção familiar e experiencias altamente sócias, como factores que podem ajudar a
ultrapassar ou seja professores competentes e tolerantes que posem ser capazes de
ensinar crianças com esse transtorno e adequa-las a par da aprendizagem escolar.

Conclusão
11

Identificadas, descritas e analisadas algumas dificuldades de aprendizagem vivenciadas


no ensino em Moçambique, tais como a dislalia, a disortografia, e o transtorno de deficit
de atenção com hiperactividade (TDAH), concluímos que existe muitas crianças que
apresentam e sofrem destes distúrbios. Porém, nota se ainda que, os meios estão
cristalizados por falta do devido acompanhamento, intervenção e reabilitação das
crianças afectadas.

Ainda, por falta de especialista em psicopedagogia, influência negativamente no


processo de ensino e aprendizagem.

Contudo, é no nosso modesto entender a formação de especialistas em psicopedagogia


que deve ser incentivada com vista a fazer cobertura do maior número possível de
Escolas.

Referencias Bibliográficas
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BOSSA, N, A psicologia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto alegre:


Artes Medicas, 1994.

Kiguel, S, M. Abordagem Psicopedagógica da aprendizagem. In Scoz, B.J.L et all.

Morrais, C.G e Maisto, A.A . Introdução a psicologia, 5 ed. São Paulo, 2010.

Sá, M.S.M et all. Introdução a psicopedagogia, 1 ed. IESDL, Brasil. 2008

‘Disortografia’ em; Wikipedia. Obtido em 21 de Outubro de 2019 a partir de wikipdia:


en.wikipedia.org

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