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Índice

Introdução.........................................................................................................................................2
1.1.Objectivos...................................................................................................................................2
1.2.Objectivo Geral..........................................................................................................................2
1.3.Objectivos Específicos:..............................................................................................................2
2.Metodologia...................................................................................................................................2
2.Planificação de Aula no Processo de Ensino e Aprendizagem: componente do plano de Aula e
sua importância para o sucesso do Processo de Ensino e Aprendizagem........................................3
2.1.Definição de Planificação...........................................................................................................3
2.2.Níveis de Planificação................................................................................................................4
2.3.A planificação na escola: plano curricular.................................................................................4
2.4.Modalidades de Planificação......................................................................................................6
2.5.Processo Ensino Aprendizagem.................................................................................................7
2.6.Características que os professores devem ter em conta ao planificar as aulas...........................8
2.6.1.As características de um bom plano de aula............................................................................9
2.7.Componentes Plano de Aula....................................................................................................10
2.8.A Importância do Plano de Aula..............................................................................................12
Conclusão.......................................................................................................................................15
Bibliografia.....................................................................................................................................16
Introdução

O ensino é uma actividade que tem como uma das suas principais características o facto de ter
carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por uma adequada
planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os conteúdos, os
objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-aprendizagem, etc. Para o efeito, o
presente capítulo, ao abordar sobre a planificação do PEA, o seu estudo deverá permitir
conceptualizar a planificação e permitir que o formando tenha oportunidade de reconhecer a
importância, os níveis, os requisitos e os tipos de planificação; os objectivos de ensino.

1.1.Objectivos

1.2.Objectivo Geral

 Estudar a Planificação de Aula no Processo de Ensino e Aprendizagem: componente do


plano de Aula e sua importância para o sucesso do Processo de Ensino e Aprendizagem

1.3.Objectivos Específicos:

 Definir Planificação;
 Abordar Processo de Ensino e Aprendizagem
 Explicar cada componente do plano de Aula e sua importância para o sucesso do Processo
de Ensino e Aprendizagem

2.Metodologia

Para atingir os objectivos propostos, faz-se necessário a revisão de literatura que reúne materiais
já publicados sobre determinado assunto para avaliá-los criticamente, contemplando a temática
escolhida. Quanto a metodologia dizer para concretização do presente trabalho recorreu-se a
consulta de livros, artigos que continham a informação do tema, pesquisa na internet, técnica de
resumo e digitação, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de trazer o essencial e
melhorar o desenvolvimento científico do trabalho. Esse método é uma revisão do estado da arte
do tema, o qual permite identificar como e onde eles estão disponíveis, no âmbito académico-
científico. Para organizar a pesquisa, buscou-se publicações em livros e artigos científicos que
abordam as temáticas principais de género.
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2.Planificação de Aula no Processo de Ensino e Aprendizagem: componente do plano de
Aula e sua importância para o sucesso do Processo de Ensino e Aprendizagem

2.1.Definição de Planificação

Em relação a este aspecto, Zabalza (2000: 47), por sua vez, ressalta que a planificação é um
fenómeno de planear, de algum modo as nossas previsões, desejos, aspirações e metas
num projecto que seja capaz de representar, dentro do possível, as nossas ideias acerca das
razões pelas quais desejaríamos conseguir, e como poderíamos levar a cabo, um plano
para concretizar.
Ainda, em conformidade com Gama et al(S.d),a Planificação docente
É uma actividade que consiste em definir e sequenciar os objectivos do ensino e da
aprendizagem dos alunos, determinar processos para avaliar se eles foram bem
conseguidos, prever algumas estratégias de ensino/aprendizagem e seleccionar
recursos/materiais auxiliares
Nestes termos, podemos acrescentar que planificar é determinar o que deve ser ensinado,
como deve ser ensinado e o tempo que se deve dedicar a cada conteúdo e prever
estratégias para a aquisição e a aprendizagem eficazes por partes dos alunos.
Parafraseando Zabalza (2000),que a planificação docente constitui uma das funções
executivas do ensino em que o docente toma decisões em relação a aquilo que deve ser
ensinado (que metodologias, que material didáctico, que recurso

A Planificação é o processo através do qual uma entidade/instituição/pessoa faz a preparação,


previsão e organização do desenvolvimento das suas actividades, em conformidade com as
normas e procedimentos que orientam a área a planificar, estabelecendo, para o efeito, as
respectivas metas e os prazos. A planificação do processo de ensino-aprendizagem obedece a
níveis e etapas.

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2.2.Níveis de Planificação

A planificação pode ser feita em três níveis, nomeadamente:


 Central, este nível consiste em prever acções relacionadas com o processo de Ensino-
Aprendizagem numa perspectiva Nacional e é da responsabilidade do Ministério da
Educação e Desenvolvimento Humano.
 Provincial, conforme a designação, este nível consiste em programar actividades
educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e necessidades
específicas. Esta subordina-se à planificação central.
 Local, para tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da escola e aos
alunos, surge a necessidade de uma planificação local que contempla a previsão das
actividades a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis.

2.3.A planificação na escola: plano curricular

A planificação na escola deve partir pelo conhecimento do plano curricular, Programas de ensino
(planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da educação e legislação. A partir
deste conhecimento, a planificação na escola pressupõe a elaboração do PPP (PDE) e o plano
anual de actividades. Depois, cabe aos professores de forma individual, mas sobretudo, em
equipa, prepararem os planos analíticos e os planos de aulas das respectivas disciplinas como
parte da operacionalização dos planos precedentes, tendo em conta o calendário escolar, diversos
tipos dos regulamentos.

No processo de ensino-aprendizagem, a planificação do PEA é importante devido ao facto de


que:

 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo que


a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de
qualidade e evite a improvisação e a rotina.

 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da consideração
das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação e das condições
socioculturais e individuais dos alunos.

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 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja, inter-relacionar os elementos
que compõem o processo de ensino: os objectivos (o que ensinar); os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar); os métodos e técnicas (como ensinar); e a avaliação, o
que permite verificar em que medida as actividades inicialmente propostas estão a ser
bem-sucedidas ou não.

 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material didáctico em tempo útil;
saber que tarefas o professor e os alunos devem executar; replanificar o trabalho perante
novas situações que aparecem no decorrer do Processo de Ensino-Aprendizagem (PEA),
em geral e, das aulas, em particular.
 Contribui para a realização dos objectivos visados.
 Promove a eficiência do ensino.
 Garante maior segurança na direcção do ensino e também na economia do tempo e
energia.

Estando claro sobre o conceito e a importância da planificação, importa clarificar que, ao


planificar, se recomenda o seguimento das seguintes características de plano de ensino:

 O plano é um guia de orientação, pois nele estão estabelecidas as directrizes e os meios de


realização do trabalho docente.
 O plano deve ter uma ordem sequencial e progressiva. Para que se alcancem os objectivos
são necessários vários passos, de modo que a acção docente obedeça a uma sequência
lógica.
 Deve-se considerar a objectividade. Por objectividade entende-se a correspondência do
plano com a realidade a que se vai aplicar (currículo local), o tipo de alunos, as
possibilidades de se ter/produzir meios didácticos locais (ou com materiais locais),
experiências dos alunos e da comunidade, etc).
 Deve haver coerência entre os objectivos gerais, os objectivos específicos, conteúdos,
métodos e avaliação. Deve existir coerência entre as ideias e a prática.
 O plano deve ter flexibilidade. No decorrer do ano lectivo, o professor está sempre
organizando e reorganizando o seu trabalho. O plano não constitui um guia inflexível, ou
uma receita médica que não pode ser alterada. A relação pedagógica está sempre sujeita

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às condições concretas. A realidade está sempre em movimento, de forma que o plano é
sujeito às alterações ou modificações.1

2.4.Modalidades de Planificação

I. Planificação a longo prazo: pode ser feita ao nível central. Esta constitui o suporte das
várias planificações a médio prazo e contempla todos os conteúdos a serem leccionados
ao longo do ano, em todas as classes ou níveis dos diferentes subsistemas de ensino.
Como é o caso do plano anual, possibilita ao professor uma visão geral dos
acontecimentos que se irão desenvolver ao longo do ano escolar. Nesta planificação são
delimitados os blocos de aprendizagem, as unidades de ensino e clarificadas as directrizes
estabelecidas nos programas oficiais (Zabalza, 1992).
II. Planificação a médio prazo: é realizada ao nível da Zona de Influência Pedagógica
(ZIP), contemplando conteúdos a serem leccionados durante um trimestre/semestre.
III. Planificação a curto prazo: é realizada ao nível da escola, envolvendo professores da
mesma disciplina ou classe. Também inclui a planificação de aulas. Nesta etapa, é
importante que o professor: pense na melhor forma de trabalhar um dado conteúdo com
uma determinada turma; como tornar a aula mais dinâmica e inclusiva; como envolver
meninas e meninos nas actividades, para que haja equidade de género; que alternativa

seguir, caso uma dada planificação não funcione para todos, etc. (Arends, 1995)

Elaborar um plano de aulas é construir um guião de orientação para o desenvolvimento do


conteúdo de uma aula ou um conjunto de aulas. A aula é caracterizada, principalmente, pela
relação de interdependência das actividades de ensino e de aprendizagem de forma lógica e
sistemática.

Na planificação a curto prazo, pode-se seguir uma estrutura com os seguintes elementos:
identificação da escola, classe, disciplina, período e ano lectivos; módulo ou unidade temática,
conteúdos a leccionar, objectivos específicos, sugestões metodológicas, material/meios didácticos
e competências básicas a serem desenvolvidas em cada unidade e avaliação.2
1
http://ead.mined.gov.mz/manuais/Psicopedagogia/aula4-1.html
2
http://ead.mined.gov.mz/manuais/Didatica%20de%20Lingua%20Portuguesa/aula2.2.html
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2.5.Processo Ensino Aprendizagem

Segundo Ribeiro (1995 Cit in Sordi, e Regina, 2003), o processo ensino/aprendizagem em


contexto escolar, ganha pois em ser concebido e organizado no quadro global da educação
enquanto processo permanente ao longo da vida, que não se circunscreve a um tempo
determinado nem a um espaço privilegiado mas abarca todo o espectro da vida individual e
social. Nesta linha de ideia iremos discorrer sobre o significado dos dois termos que o compõe.

Na óptica de Altet (2000:13), o ensino pode ser definido como um “processo interpessoal,
intencional, que utiliza essencialmente a comunicação verbal, o discurso dialógico finalizado
como meios para provocar, favorecer e garantir o sucesso da aprendizagem”. De acordo com
Marques (2000:58), adopta a concepção do ensino como “processo pelo qual o professor
transmite ao aluno o legado cultural em qualquer ramo do saber ou seja, postula a comunicação
de um saber já construído ao estudante.”

Altet (2000:182). acrescenta que a ideia de ensinar a aprender numa dinâmica interactiva para
levar ao sucesso, em que o efeito-professor tem, a par de outros, uma importância fundamental na
articulação do processo ensino/aprendizagem.” A aprendizagem é fundamentalmente um
processo individual, onde cada pessoa se movimenta com níveis de realização unicamente seus.
Entretanto, Arends (1999), chama atenção de que este é um “processo social mediante o qual
os aprendizes constroem significados e influenciada pela interacção entre o
conhecimento previamente adquirido e as novas experiências de aprendizagem.”

Já Arénila et al (2000), define a “ aprendizagem como o período durante o qual uma


pessoa aprende um novo saber para si e o processo pelo qual este novo saber se adquire”.
Concluímos que a aprendizagem pode ser entendida como um processo de assimilação que
acontece dentro da pessoa, e conduz á transformação e mudanças de comportamento
provocado pelos factores de ordem intrínseco e extrínseco. O ensino/aprendizagem constitui
um processo inter-relacionado envolvendo vários intervenientes da comunidade
educativa.

Na perspectiva de Altet (2000), o Processo de ensino/aprendizagem “é um sistema que


termina num projecto pedagógico com objectivos que o professor, a partir da sua planificação,

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tenta realizar com os seus alunos na sala de aula, por meio de uma série de sucessivas
adaptações”

2.6.Características que os professores devem ter em conta ao planificar as aulas

Peterson, Marx e Clark (cit in por Zabalza 2000:54), fizeram uma observação relativamente
aos aspectos a que os professores dão importância quando planificam. Estes constataram que: ™

 Os professores dedicam maior parte do tempo da planificação a decidir que conteúdos vão
ensinar; ™
 Depois, concentram o seu esforço na preparação dos processos instrutivos, isto é que
estratégias e actividades se vão realizar; ™
 Finalmente, dedicam uma escassa proporção de tempo aos objectivos.
 Ainda, segundo Moreira (2004:50),os conteúdos devem ser apresentados de forma a
tornarem-se significativos e funcionais para os alunos;™
 Adequadas ao nível de desenvolvimento dos alunos; ™
 Desafiantes para os alunos, ou seja, que tenham em conta as suas competências
actuais e que as possam desenvolver através das necessárias ajudas;
 Promotoras de conflitos cognitivos e estimulem a actividade mental do aluno, o que
facilitará e permitirá o estabelecimento de conexões entre os prévios e novos
conhecimentos;
 Fomentadora de uma atitude favorável, motivando os alunos para novas aprendizagens;
 Estimuladores da auto-estima e o autoconceito dos alunos como facilitadores da
capacidade de argumentação;
 Reforçadores das competências de aprender a aprender, tornando-os mais autónomos e
progressivamente intelectualmente independentes. ™

Ainda neste contexto, é fundamental que as actividades planificadas contribuam para ajudar os
alunos a compreenderem o porquê do que estão a estudar e como o estão a fazer, ou seja, é
fundamental que se estimulem estratégias cognitivas e metacognitivas.
Por outro lado, Monteiro (2001 Cit in Sordi, e Regina, 2005), sugere que “é necessário que o
professor tenha um conhecimento aprofundado do programa da sua disciplina, dos
conteúdos e finalidades propostas.”

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No que concerne a ideia do autor acima referida convém acrescentar que tudo isso desenrola
num plano de aula. O professor deve estar consciente que a planificação é um processo de
intenções e não tem um carácter rígido. Pode ser alterada a qualquer momento, uma vez que não
é possível prevê tudo o que irá acontecer na aula. Os alunos estão sempre surpreendendo o
professor com questões que o faz modificar ou adaptar o que tinha sido planeado. O professor
deve ter clara a consciência de que tem a capacidade para modificar, se assim o entender, a sua
planificação. Sem a planificação, mesmo um professor experiente poderá necessitar de um
apoio escrito que o ajude a ter uma visão global e também de pormenor que facilita muito mais as
eventuais correcções.

2.6.1.As características de um bom plano de aula

Do nosso ponto de vista ao elaborar um plano de aula é importante estar atento às reais
necessidades, interesses e possibilidades dos alunos, podendo sofrer alterações adequando-os às
características reais dos alunos. Na mesma linha de ideia, o professor pode reflectir sobre seus
objectivos, metodologias, conteúdos e avaliação relacionados com sua disciplina. Na perspectiva
de Altet (2000 Cit in Sordi, e Regina, 2005), o acompanhamento ou atenção ao este plano de
aulas no decorrer das mesmas contribui para o seu aperfeiçoamento constante permitindo um
melhor resultado e consequentemente um ensino/aprendizado mais efectivos. Além disso, não
basta ao professor ter conhecimentos sobre seu trabalho, é imprescindível que saiba executa-lo.

Cortesão frisa que (1994 Cit in Sordi, e Regina 2005), um bom plano, que revelará portanto
coerência, adequação, flexibilidade, continuidade, precisão, clareza e riqueza; um plano para
elaboração do qual não há receitas mas que todos vamos ser capazes de construir deve ter:

 A coerência: se está integrado no plano curricular geral, de molde a que a sua


concretização contribua para a consecução das metas propostas nesse currículo. A
coerência de um plano existe se nele se revela uma adequada relação entre objectivos,
conteúdos e estratégias propostas;
 Sequencia: deve existir uma linha contínua que integre gradualmente as distintas
actividades desde a primeira até a última de modo que nada fique jogado ao acaso.
 Adequação: se esta alicerçado no conhecimento da realidade cognitiva, afectiva e
sociocultural dos alunos, no contexto escola/ comunidade, tendo em conta os recursos e

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limitações existentes, e ainda no comunidade, tendo em conta os recursos e limitações
existentes, e ainda no conhecimento das características do próprio professor como seu
executante;
 Flexibilidade: se permite, de acordo com as necessidades e interesses do momento, fazer
reajustamentos e mesmo alterações de fundo nos elementos previstos;
 Continuidade: se estabelece uma sequência que” amarra “as várias propostas de modo a
seguir um percurso lógico;
 Precisão e clareza: se contém indicações claras de modo a não apresentar propostas
ambíguas;
 Riqueza: se oferece uma gama variada e fecunda de propostas.

2.7.Componentes Plano de Aula

 Objectivos: descrição do que se pretende alcançar em uma determinada actividade. Os


objectivos educacionais são resultados da filosofia que orienta uma cultura, orientam o
perfil de homem que a sociedade quer formar, são metas e valores mais amplos que a
escola procura atingir, definida a partir de uma fundamentação teórica, logo a elaboração
de um plano exige tomada de decisão, postura, com isso um plano não é neutro. Os
objectivos educacionais podem atingir dois níveis: objectivos gerais - previstos para
serem alcançados em longo prazo e os objectivos específicos- definidos especificamente
param uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento e na
operacionalização dos objectivos gerais.
 Conteúdo: base para a aquisição de informações, conceitos, princípios e desenvolvimento
de habilidades e atitudes nos alunos, por meio dos conteúdos, são alcançados os
objectivos propostos. A selecção de conteúdos deve basear-se nos critérios de validade,
utilidade, significação, adequação a determinado tempo histórico, considerando o
desenvolvimento do aluno. Deve ser dada ao aluno, a possibilidade de elaboração pessoal
dos conteúdos trabalhados, permitindo-lhe comparar, organizar, aplicar e avaliar as
informações, conceitos e princípios em um processo constante de elaboração e
reelaboração do conhecimento. A organização dos conteúdos deve orientar-se pelos
critérios de continuidade, sequência e integração.

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 Procedimentos de Ensino: utilizados pelo professor para facilitar o processo de
elaboração do conhecimento pelo aluno. A metodologia de ensino é o conjunto de
procedimentos didácticos organizados para mediar à aprendizagem dos alunos, visando à
consecução de objectivos propostos.
 Recursos de ensino: são os componentes do ambiente da aprendizagem que oferecem
estímulo ao aluno. (quadro negro, giz, cartazes,
 Avaliação: processo pelo qual se determinam o grau dos resultados alcançados em
relação aos objectivos, considerando o contexto das condições em que o trabalho foi
desenvolvido. (Sordi, e Regina, 2005)

Deve-se considerar que o processo de avaliação está relacionado com o processo de


aprendizagem, deve ser pensado, planejado e realizado de forma contínua, coerente e
consequente com os objectivos propostos para a aprendizagem.

Para Luckesi (2002 Cit in Sordi, e Regina, 2005), é importante: avaliar continuamente o
desenvolvimento do aluno; seleccionar situações de avaliação diversificadas, coerentes com os
objectivos propostos; seleccionar instrumentos de avaliação; registrar os dados da avaliação;
aplicar critérios aos dados de avaliação; interpretar resultados da avaliação; comparar os
resultados com os critérios estabelecidos; utilizar dados da avaliação no planeamento e na
materialização do plano.

Libâneo (1994) contribui dizendo que o plano de aula é tudo o que vai ser desenvolvido em um
dia de aula. Portanto, o plano representa uma previsão, uma acção pensada, uma acção que ainda
vai acontecer e deve se efectivar de maneira organizada, pois o processo de aprendizagem
consiste em, a partir do entendimento de como o aluno apreende os ensinamentos, estabelecer
quais as condições externas e internas que influenciam essa aprendizagem, considerando além
dos aspectos cognitivos, as características pessoais de cada um, respeitando sua natureza humana.
Enfim, essas são considerações que devem estar em pauta no momento da discussão e elaboração
do plano de aula e do projecto de ensino.

Ao planejar o professor deve observar:

"[...] as formas como vêm conduzindo suas aulas, de que forma as estratégias podem auxiliar na
melhoria do trabalho pedagógico e também propiciar a reflexão sobre a estratégia utilizada com o

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contexto da sala de aula, do grupo de alunos, da escola, dentre outros. [...] reflectir sobre os
enfrentamentos que estão associados ao trabalho docente, ao desenvolvimento da aula e
especialmente o trabalho com projectos em aula, que se constitui numa das estratégias de ensino
apontadas por Vasconcelos (2007 Cit in Sordi, e Regina, 1995), entendo que esta estratégia
favorece o envolvimento do aluno nas situações de aprendizagem, permite o desenvolvimento do
processo investigativo, a capacidade de problematização, a pesquisa e o estudo sistemático de uma
temática" (Zanon e Mendes, s/d, Cit in Sordi, e Regina, 2005).

O planeamento é muito importante para o professor dialogar com a coordenação pedagógica do


curso, para efectivar os momentos de reflexão, seleccionar os conteúdos que melhor atendam as
necessidades e interesses dos alunos, incrementando seu plano e consequentemente sua aula.

"A acção consciente, competente e crítica do educador é que transforma a realidade, a partir das
reflexões vivenciadas no planeamento e, consequentemente, do que foi proposto no plano de
ensino. Um profissional da Educação bem preparado supera eventuais limites do seu plano de
ensino. O inverso, porém, não ocorre: um bom plano não transforma, em si, a realidade da sala de
aula, pois ele depende da competência e compromisso do docente. Desta forma, planeamento e
plano se complementam e se interpenetram, no processo acção-reflexão-acção da prática social
docente." (Fusari, s/d, p. 3 Cit in Sordi, e Regina, 2005).

2.8.A Importância do Plano de Aula

O planeamento escolar é uma tarefa do educador que compreende tanto a previsão das
actividades em termos de organização e coordenação diante dos objectivos propostos, quanto a
sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. Através do planeamento é que o
professor programa as acções de suas aulas, sendo este também um momento de pesquisa e
reflexão intimamente ligado à avaliação (Libâneo, 2013).

O Planeamento no ambiente escolar deve ser considerado como actividade que supõe o
conhecimento da dinâmica interna do processo de ensino e aprendizagem e das condições que
determinam sua efectivação. Nesse sentido, o planeamento do ensino constitui-se basicamente a
partir da acção do professor em definir os objectivos a serem alcançados, desde seu programa de
trabalho até eventuais e necessárias mudanças de rumo, no qual cabe ao professor diagnosticar o
objectivo a ser alcançado, as estratégias de ensino e de avaliação e, agir de forma a obter um
retorno de seus alunos no sentido de redireccionar sua matéria. Assim, o plano de aula é a
previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou um conjunto de aulas e tem um
carácter bastante específico, pois retracta o detalhamento do plano de ensino, subdividindo suas
acções em aulas diárias. A preparação dessas aulas é uma tarefa indispensável e resultará num

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documento escrito que servirá não só para orientar as acções do professor como também para
possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano.

A avaliação da aprendizagem constitui-se em um alicerce para o bom andamento do plano


desenvolvido pelo professor, sendo este um dos “elementos que constituem o processo de ensino,
aquele que melhor retracta uma concepção teórica de educação e que, por sua vez, melhor traduz
uma concepção teórica de sociedade” (Sordi, 1995, p. 14), torna-se fundamental conciliar a teoria
planejada com a prática executada, assegurando a verificação de soluções e aperfeiçoamentos no
decorrer dos processos de ensino e aprendizagem. A avaliação da aprendizagem deve ser
entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da
aprendizagem e de seu próprio trabalho, logo, um instrumento de acompanhamento e
aperfeiçoamento do processo de aprendizagem do aluno e, bem como diagnosticar seus
resultados e atribui-lhe o valor. A avaliação da aprendizagem deve está relacionada a uma
concepção de formação de homem reflexivo, critico e com postura cidadã.

Nesse sentido, torna-se interessante desenvolver uma avaliação de aprendizagem “a serviço de


uma pedagogia que entenda e esteja preocupada com a educação como mecanismo de
transformação social” (Luckesi, 2002, Cit in Sordi, e Regina, 2005), contribuindo para o
aperfeiçoamento e a tomada de consciência do professor como agente histórico social
transformador da realidade social.

Luckesi ainda defende que a avaliação deve ser um instrumento auxiliar de aprendizagem (mais
diagnóstica) e não para aprovação/reprovação de alunos (menos sumativa), comentando que “(a
avaliação) ela seja um instrumento auxiliar da aprendizagem e não um instrumento de aprovação
ou reprovação dos alunos. Este é o princípio básico e fundamental para que ela venha a ser
diagnóstica. Assim como é constitutivo do diagnóstico médico estar preocupado com a melhoria
da saúde do cliente, também é constitutivo da avaliação da aprendizagem estar atentamente
preocupada com o crescimento do educando. Caso contrário, nunca será diagnostica” (Luckesi,
2002,).

Nesse sentido, Dante (2006 Cit in Sordi, e Regina, 2005) defende que o objectivo da avaliação é
diagnosticar como está se dando o processo de ensino aprendizagem e colectar informações para
corrigir possíveis distorções observadas nele. Portanto, avalia-se para identificar os problemas e

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os avanços e para redimensionar a acção educativa, visando o sucesso escolar. Portanto, o
planeamento e a avaliação escolar, tem como dimensão a visão do processo de ensino e de análise
o desempenho do aluno, do professor e de toda a situação de ensino que se realiza no contexto
escolar. Sua principal função é subsidiar o professor, a equipe escolar e o próprio sistema no
aperfeiçoamento do ensino, fornecendo informações que possibilitam tomar decisões sobre quais
recursos educacionais devem ser organizados quando se quer tomar o ensino mais efectivo. É,
portanto, uma prática valiosa, reconhecidamente educativa, quando utilizada com o propósito de
compreender o processo de aprendizagem que o aluno está percorrendo em um dado curso, no
qual o desempenho do professor e outros recursos devem ser modificados para favorecer o
cumprimento dos objectivos previstos e assumidos colectivamente na Escola.

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Conclusão

Chegando ao fim dizer que a planificação é um fenómeno de planear, de algum modo as nossas
previsões, desejos, aspirações e metas num projecto que seja capaz de representar, dentro do
possível, as nossas ideias. Na verdade, a planificação assume-se assim como o modo mais eficaz
que cada docente tem de preparar o seu trabalho, organizar o tempo das suas aulas e garantir uma
melhor aprendizagem por parte dos seus alunos. Nenhum projecto será bem sucedido se não for
devidamente planificado e delineado, assumindo-se assim a planificação como o “embrião” ou
“semente” do projecto, o ponto de partida para o mesmo

A planificação do PEA engloba a pratica e organização do ensino e das práticas educativas, que
juntos são processos de democratização do ensino e que favoreceram o surgimento de novas
propostas e práticas de planificação no campo educacional para melhorar a eficácia, eficiência e
efectividade do processo de ensino e aprendizagem.

Deve-se reconhecer que o processo da planificação do PEA se assenta nas concepções


reprodutoras de conhecimentos que contribuem muito para o desenvolvimento cognitivo, afectivo
e psicomotor do aluno para a formação plena do indivíduo e para sua inserção como cidadão na
sociedade.

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Bibliografia

Dante, Luiz Roberto. (2006) Vivência & Construção. São Paulo: Ática,.

Libâneo, José Carlos. (1994) Didáctica. São Paulo: Cortez,.

Libâneo, José Carlos. (2013) O Planeamento Escolar.

Sordi, Mara. Regina Lemes de. (2005) A prática de avaliação do ensino superior: uma
experiência na enfermagem. São Paulo: Cortez,.

Arends, R. I. (1995) Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw-Hill,.

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