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Iniciação a vida universitária e Habilidades Básicas na leitura, escrita, análise e

interpretação de textos.

Antes porém, iniciemos o fórum conforme a pergunta de partida: Quais são os elementos essenciais
que devemos utilizar no início da vida universitária? Respondendo a esta questão, podemos dizer
que é preciso ter:

✓ Compromisso com a sua formação;


✓ Instrumentos de ordens técnica, lógica e conceitual;
✓ Competência e;
✓ Conhecimento.
a) Segundo o Manual da Cadeira de MIC, assenta que A Universidade na sua essência assume
o papel de construtora de conhecimento na sua tríplice vocação: pela pesquisa, pelo ensino
e pela extensão.

O papel das universidades no mundo extrapola a simples tarefa de formar jovens para o mercado
de trabalho, incluindo em seus planos de ensino e suas metodologias a tarefa de atribuir a eles o
senso crítico, e prepara-los para uma sociedade em transformação, uma sociedade competitiva e
capitalista. Mas, além disso, ainda surge outra necessidade, a de inovar através da pesquisa, e da
inovação surge então o empreendedorismo como forma de tornar úteis estas inovações.

Tartaruga (2010) destaca ainda como papel das universidades o ensino, a pesquisa e os serviços à
comunidade, este último como externalização do conhecimento gerado e como forma de
contribuição à sociedade em que está inserida, mas tendo como principal produto a formação
profissional.

b) Estudar na Universidade é completamente diferente de estudar no Ensino


Secundário/Médio. A quantidade da matéria no Ensino Superior é tão vasta e o ritmo de
estudo é muito alto.
Na Universidade, o tempo de estudo é mais curto (um semestre), enquanto que no Ensino
Secundário o aluno trabalha um Curso de duração de um ano.
Serafini (2001) observa que os estudantes bem sucedidos são aqueles que têm uma noção clara do
que devem fazer , não perdem tempo e conseguem uma boa colaboração com os professores, assim
como uma boa compreensão daquilo que estes esperam deles.
Cada estudante terá de encontrar o seu método pessoal, aprendendo a distribuir o seu tempo de
uma forma flexível e adaptada às necessidades, permitindo que se efectuem alterações ou
mudanças em função das tarefas que têm de ser levadas a cabo e dos trabalhos que se espera que
ele realize.
Elaboração do plano: traçar objectivos específicos, observáveis e ser realista.
Estabelecer uma escala de prioridades, fazendo uma gestão racional do tempo, dedicando a cada
tarefa o tempo necessário.
Ao planificar as actividades, não devem estabelecer objectivos de estudo demasiado ambiciosos,
que se revelem inatingíveis.
Se não planificarem o tempo disponível de uma forma realista nunca conseguirão cumprir os
objectivos, o que poderá desmotiva-los.
Cada um deve determinar o tempo de que necessita diariamente para reter os conteúdos com
alguma profundidade.
O dia tem 24 horas. Se dormires 8 horas e estudares 8 horas (Faculdade + estudo individual /grupo),
sobram-te 8 horas para fazeres aquilo que quiseres. Ainda, tens os fins-de-semana livres. Se
estudares 40 horas e dormires 56 horas restam-te 72 horas por semana.

c) De acordo com o Severino (2007), diz que é preciso compreender que “todo texto é
portador de uma mensagem, concebida e codificada por um autor, e destinada a um leitor,
que, para apreendé-la, precisa decodificá-la” (SEVERINO, 2007, p.51).
Para analisar o texto, o estudante deve fazer o levantamento de todos os elementos básicos:
primeiro, os dados referentes ao autor – sua vida, obra e pensamento podem fornecer elementos
úteis para a compreensão das ideias expostas; segundo, o vocabulário, os conceitos e termos que
são fundamentais e que dão sentido e significado ao texto, de modo a eliminar todo tipo de
ambiguidades na leitura; terceiro, os factos históricos, que tem a ver com referências a outras
doutrinas, teorias e autores citados no texto e por último, o esquema, que é a organização da
estrutura da redação do texto – descobrir a introdução, o desenvolvimento e a conclusão da
unidade.
E, para interpretar textos, o estudante deve considerar as seguintes etapas:
Primeira etapa onde a interpretação requer que o leitor situe o pensamento desenvolvido na
unidade com o pensamento geral do autor. Na segunda etapa o leitor deve situar o autor no contexto
mais amplo da cultura filosófica em geral, destacando pontos comuns e originais do autor. Na
terceira etapa dá-se ênfase a compreensão interpretativa do pensamento que foi exposto na
mensagem e a explicitação de pressupostos como os princípios que justificam a posição assumida
pelo autor. Na quarta etapa estabelece-se a aproximação e associação das ideias do texto com
outras referentes a outras leituras feitas, podendo-se no caso, fazer comparações. A quinta etapa
da interpretação é a crítica, ou seja, “a formulação de um juízo crítico, de uma tomada de posição,
enfim, de um avaliação cujos critérios devem ser delimitados pela própria natureza do texto lido”
(idem, p.60).
Marini (1986, p.50), lembra que no nível superior, "estudar é uma exigência que demanda porção
significativa de leitura independente".
Nesse mesmo sentido, Oliveira (1993) alerta que o aluno já deveria apresentar comportamento de
um bom leitor, ao entrar para a Universidade, pois a leitura constitui-se em um dos elementos
fundamentais na metodologia de estudo ao longo da sua formação.

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