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Introdução

O presente trabalho em causa referente a cadeira de Introdução a Filosofia, pretente abordar


aspectos relacionados sobre a filosofia, sua origem, universidade, utilidade e os períodos da
filosofia grega.

Nesta abordagem, para além de conceituar a filosofia, sua origem, universidade, utilidade e os
seus períodos, vamos falar do papel da consciência moral.

No entanto, sabe-se que a filosofia é uma disciplina que está presente em todos os tempos e
lugares, isto é, estuda as causas últimas de todas as coisas ( Aristóteles, 384-322 a.C)

Assim, o trabalho tem os seguintes objetivos:

Objetivo geral:

 Conhecer o conceito da filosofia e a sua origem, seus períodos e o papel da consciência


moral.

Objectivos específicos:

 Definir a filosofia;
 Descrever a origem da filosofia;
 Descrever os períodos da filosofia grega e o papel da consciência moral.

Metodologia

Para elaboração deste trabalho, utilizou-se como metodologia, a consulta de algumas obras
bibliografia físicas e outros documentos registados em fontes eletrônicos.

Portanto, as abordagens deste trabalho foram desenvolvidas organizadamente conforme a


estrutura que se sengue: introdução, desenvolvimento, conclusão e a referência bibliográfica.

Filosofia
De acordo com António Luis Rosa apud ( Pitágoras pag.13) a filosofia é um conhecimento, um
saber e, como tal, em sua esfera de particular competência na qual, busca adquirir informações
válidas, precisas e ordenadas.

Segundo Aristóteles ( 384-322 a. C.p.13) define filosofia como sendo a disciplina que estuda as
causas últimas de todas as coisas.

Cícero (106-46 a.C.p.13 ) define a filosofia como sendo o estudo das causas humanas e divinas
das coisas.

Filosofia é uma ciência que ensina a bem raciocinar ( Descartes 1596-1650, p.13).

Com as palavras do Hegel( 1770-1831, p.13) concebe a filosofia como saber absoluto .

Filosofia é uma ciência que fornece uma explicação organizada do universo (Whitehead 1861-
1947. Pag. 13).

Portanto, no meu ponto de vista, a filosofia é Ciência geral dos princípios e causas, ou sistema
de noções geraes, isto é, um conhecimento, um saber e, como tal, em sua esfera de particular
competência na qual, busca adquirir informações válidas, precisas e ordenadas.

Origem da Filosofia

É importante realçar que, o termo filosofia é composto por dois termos gregos que são: Phílos
que significa amigo de, amante de, afeiçoado a, que gosta de, que tem gosto em, que se
compras em, que busca com afã, que anseia, etc., E Sophía, que significa sabedoria, saber,
ciência, conhecimento, etc. Assim pois, etimologicamente, o termo filosofia significa: amor à
sabedoria, gosto pelo saber.

Segundo António Luis Rosa apud ( Pitágoras pág.12) o termo filosofia nasceu no " círculo
socrático", quer dizer, no círculo de Sócrates e dos discípulos dele, ou talvez antes ainda no "
círculo pitagórico", quer dizer, no círculo de Pitágoras e dos seus discípulos.

Eram chamados de " filosofos " os homens que buscavam a "sabedoria suprema", quer dizer, "
a sabedoria última e radical da vida e das coisas", ou seja, o saber que busca a dimensão última
e radical da vida e das coisas.

Universalidade da Filosofia

A filosofia é ainda um saber universal, pois exprime preocupações e problemas que


preocuparam a humanidade durante todos os tempos ( Antônio Luís Rosa, pág. 14)
A universidade da filosofia pode ser entendida em diferentes sentindos:

 No primeiro sentido, universalidade da filosofia quer dizer, que todos os homens são
filósofos; este sentido radica no facto de todo o homem ter razão. Tal universidade
conduziu à distinção entre um filosofar espontâneo, presente, em todo o homem, e um
filosofar sistemático, específico dos filósofos.
 Em segundo sentido, mais clássico, a universalidade da filosofia significa: a ciência do
universal e do ser. Como afirma Santo Tomas de Aquino: " a filosofia é sabedoria no
sentido em que, conhecendo o universal, ela conhece através dele, todos os singulares
que revelam desse universal.
 Em terceiro sentido, a universalidade da filosofia pode ser entendida como a construção
de um sistema de verdades universais. Foi este o projeto de Descartes que procurou
encontrar um fundamento, evidente e indubitável, a partir do qual dedutivamente
construiu um sistema filosófico.
 Em quarto sentido, pode-se falar da universalidade da filosofia porque alguns de seus
problemas são universais, isto é, referem-se à existência do homem. Tais problemas,
apesar de serem formulados por um filósofo exprimem inquietações e esperanças que
são próprias da humanidade. O filósofo ao transmutar o vivido para o plano do pensado,
universaliza uma dada situação e enuncia-a como problema.

Segundo Ernesto Chambisse (2002, p.26) A palavra ciência pode ser tomada no sentido lato e
no sentido restrito. No sentido lato, a ciência consiste no conhecimento das causas; e no
sentido restrito ( aquele em que mais se emprega hoje a palavra), significa o conhecimento dos
factos adquiridos através dos processos de observação e da experiência, com o fim de
estabelecer as leis que o regem.

Embora a filosofia mereça o título de ciência, porque se preocupa com a investigação das
causas primeiras e finais de toda a realidade, apenas o é no sentido lato da palavra
distinguindo-se das ciências propriamente ditas por várias razões:

1. Pela profundidade da investigação


 A Ciência procura as causas próximas imediatas das coisas.
 A Filosofia procura as causas últimas e finais das coisas.

2. Pela reflexão crítica

 A Ciência pressupõe reflexão e crítica.


 A Filosofia põe em questão tudo o que se apresenta ao espírito para examinar,
discutir, avaliar e descobrir o seu significado, inclusive o da própria ciência.

3. Pelo grau de generalidade e síntese


 A Ciência limita-se à realidade dos factos, ocupa-se dos fenômenos .
 A Filosofia procura dar unidade total ao saber, pretende penetrar na realidade
global.

4. Pela Humanidade e valorização

 A Ciência ocupa-se em, geral, da realidade estranha ao homem.


 A Filosofia é essencialmente humana e axiologica, isto é, ela dá valor à acção e à
existência humana.

Função da Filosofia ( Utilidade da Filosofia)

Para Ernesto Chambisse ( 2002, pág.18) afirma que a filosofia não deve ser vista apenas como
uma procura de compreensão e interpretação do mundo. Na verdade, o esforço de se apropriar
do real, passa pela maneira como o homem interpreta a realidade, mas também como ele se
situa perante ela. Disto resultam as várias e diferentes maneiras de estar no mundo, os vários e
diferentes modos de existir, as várias dimensões da existência humana. O homem não só pensa
e comunica com os outros, não só procura compreender e interpretar a ordem do mundo ou
ordenar o " caos cósmico", como também sabe que pensa e pensa sobre o seu próprio
pensamento, formulando para ele princípios e regras que o tornem coerente.

De acordo com António Luis Rosa (pág.16) a necessidade da filosofia está no facto de que, por
meio da reflexão, a filosofia permite ao Homem ter mais de uma dimensão, além da que é
dada pelo agir imediato, no qual o Homem " prático" se encontra mergulhado. É a filosofia que
dá o distanciamento para avaliação dos fundamentos dos actos humanos e dos fins a que se
destinam; reúne o pensamento fragmentado da ciência e a reconstrói na sua unidade; retoma a
acção pulverizada no tempo e procura compreende-la.

António apud ( Karl Jaspers, p. 16) diz-nos que a filosofia ensina, pelo menos, a não nós
deixarmos iludir. Não permite que se descarte facto algum e nenhuma possibilidade. Ensina a
enfrentar de frente a catástrofe possível. Em meio à serenidade do mundo, ela faz surgir a
inquietude, mas proíbe a atitude tola de considerar inevitável a catástrofe. Com efeito, só ela
tem o poder de alterar nossa forma de pensamento.

Finalmente, a filosofia exige coragem. Filosofar não é um exercício puramente intelectual.


Descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas de poder que tentam
manter o " status quo", é aceitar o desafio da mudança.

Períodos da Filosofia Grega


De acordo com o António Luis Rosa (pág.34) apresenta quatro (4) Principais períodos da
filosofia grega a saber :

Período pré-socrático ou cosmológico: do final do século VII ao final do século V a. C., Quando
a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das
transformações na Natureza.

Período socrático ou antropológico: do final do século V e todo o século IV a. C., Quando a


filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas ( em grego,
antropos quer dizer homem; por isso o período recebeu o nome de antropologia).

Período sistemático: no final do século IV ao final do século III C., quando a filosofia busca
reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia,
interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objeto de conhecimento filosófico,
desde que as leis do pensamento e de suas demostrações estejam firmemente estabelecidas
para oferecer os critérios da verdade e da Ciência.

Período helenístico ou grego-romano: no final do século III a.C. até o século VI depois de Cristo.
Nesse longo período, que já alcança Roma e o pensamento dos Padres da igreja, a Filosofia se
ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o
homem e a Natureza e de ambos com Deus.

O papel da Consciência Moral

A consciência moral é uma competência avaliadora dos actos pessoais e dos alheios, a
capacidade de discriminar entre o que é o bem e o que é o mal.

A expressão “voz da consciência” torna-se significativa para se compreenderem as principais


FUNÇÕES / PAPÉIS da consciência moral. Ela é, antes de mais, uma voz que chama, uma voz que
julga, uma voz que coage e uma voz que sanciona. Neste sentido, a consciência moral
desempenha as funções/papéis de ordem:

Apelativa: a consciência moral chama-nos para indicar que há valores, normas e deveres a que
não podemos renunciar, isto é, orienta as nossas acções;

Imperativa: obriga-nos a agir de acordo com a hierarquia de valores que assumimos como
nossos;

Judicativa: julga-nos de acordo com o que fazemos, tendo em conta os ideais/valores que
seleccionamos para orientar a nossa vida;
Punitiva: sanciona-nos levando-nos a viver de “consciência pesada”, ou seja, a natureza dos
actos praticados determina o aparecimento de sentimentos incomodativos de culpa,
arrependimento, vergonha, remorso, etc.

Conclusão

Este trabalho tratou do assunto sobre o conceito da filosofia, sua origem, universalidade,
utilidade e os seus períodos. Onde para além de debruçar esses elementos, falou-se do papel
da consciência moral.

Assim, está pesquisa levou-nos a perceber que a filosofia é um conhecimento, um saber e,


como tal, em sua esfera de particular competência na qual, busca adquirir informações válidas,
precisas e ordenadas.
Por outro lado, percebemos que o termo filosofia nasceu no " círculo socrático", quer dizer, no
círculo de Sócrates e dos discípulos dele, ou talvez antes ainda no " círculo pitagórico", quer
dizer, no círculo de Pitágoras e dos seus discípulos. Eram chamados de "filósofos" os homens
que buscavam a " sabedoria suprema", quer dizer, a " sabedoria última e radical da vida e das
coisas", ou seja, o saber que busca a dimensão última e radical da vida e das coisas.

Outrossim, a filosofia é considerado como uma ciência universal na medida em que exprime
preocupações e problemas que preocuparam a Humanidade durante todos os tempos. E
quanto a sua utilidade, filosofia ensina, pelo menos, a não nós deixarmos iludir. Não permite
que se descarte facto algum e nenhuma possibilidade.

A filosofia grega teve quatro (4) grandes períodos que são: período pré-socrático ou
cosmológico que trata sobre a origem do mundo e as causas das transformações na natureza;
período socrático ou antropológico fase em que investiga as questões humanas; período
sintático que se ocupa em reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a
antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que tudo pode ser objecto de
conhecimento filosófico e período helenístico ou grego-romano onde sobretudo se preocupa
com as questões da ética.

A consciência moral é uma competência avaliadora dos actos pessoais e dos alheios, a
capacidade de discriminar entre o que é o bem e o que é o mal.

Por último, percebemos que a ciência é muito importante para a humanidade visto que a partir
do conhecimento adquirido com base aos caminhos comprovativos, são criadas condições para
o bem-estar na sociedade.

E de realçar, nenhuma pesquisa é acabada, mas para mim termino aqui e toda sugestão ou
crítica é bem vinda.

Referência Bibliografica

ROSA, António Luís. Introdução a Filosofia. Manual de tronco comum 2 ano. Universidade
Católica de Moçambique- Centro do Ensino a Distância. Beira

Pedro Ramos. Documento electrónico. Disponível em:

Http://www.logicamoral.com.br/user/gmoura/refere/html. Acesso em 16/ 05/2021-10:18:00

CHAMBISSE, Ernesto et ALL. a emergência do filosofar. 11a e 12 a classe.textos editores, lda-


Moçambique. 1 edição. 5a tiragem. 2002

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