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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino à Distância – Nampula

Licenciatura em Ensino de Português

A Ética Social e Seus Contornos

Discente: Emelita Carlitos

Docente: Lindoso Emílio

Nampula

Março de 2020
Índice

1. Introdução.....................................................................................................................................3

2. Objectivo......................................................................................................................................4

2.1. Geral.....................................................................................................................................4

2.2. Específicos............................................................................................................................4

3. Conceito de aspectos ligados a ética social...................................................................................5

4. Origem de um dos aspectos ligados a ética social.........................................................................5

5. Etimologia da Ética social............................................................................................................5

6. Ética social...................................................................................................................................6

6.1. Conceito............................................................................................................................6

6.2. Princípios da Ética social..................................................................................................6

6.3. Problemas urgentes da Ética Social..................................................................................7

6.4. Cientificidade da Ética Social...........................................................................................7

7. Facto ético....................................................................................................................................7

7.1. Tipos de Factos éticos.......................................................................................................7

10. Fases de livre vontade do agir humano.........................................................................................9

11.1. Tipos de Liberdade.........................................................................................................10

11.2. Consequências da Liberdade...........................................................................................10

11.3. Principais soluções da Liberdade....................................................................................10

14. Conclusão...................................................................................................................................12

15. Referências Bibliográficas..........................................................................................................13

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1. Introdução
A Ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da avaliação do comportamento de
pessoas e organizações. Ela lida com o que pode ser diferente do que é, da aprovação ou
reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal. O comportamento
ideal é definido por meio de um código de conduta ou código de ética (Maximiniano, 2008).
Neste contexto, dada a complexidade do comportamento humano, a reflexão ética ganha também
diferentes contornos, surgindo assim diferentes ramos da ética (social, profissional, moral,
militar, ambiental, animal, etc.). O presente trabalho, focar-se-á apenas na Ética Social. O estudo
da Ética Social como ciência tem sua especificidade, pois tenta compreender os dois elementos (o
ético e o social), deste modo ajuda a distinguir-se dos outros ramos da ética que se assemelham
no seu objecto do estudo.
Na perspectiva de Salvador (2010):
Existe um problema em definir universalmente a Ética Social, pois existem muitos elementos
diferentes que contribuem para a efectividade desta ciência, sobretudo: a língua, raça, género,
cultura, religião e a educação. De igual modo, os padrões usados para reforçar a Ética Social
também são numerosos, incluindo valores familiares, crenças religiosas, moralidade, integridade e
assim por diante (p.8)
Portanto, a Ética Social é conjunto de regras ou directrizes, baseadas em torno de escolhas e
valores éticos, aos quais a sociedade adere. Muitas dessas regras geralmente não são ditas, mas,
devem ser seguidas. Da mesma maneira, a Ética Social não deve ser uma lista detalhada de regras
a serem aplicadas em qualquer situação. Ela deve servir de guia, estabelecendo as regras básicas
para o que a sociedade julgar aceitável. O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à
frente dos interesses de qualquer indivíduo, e isso ajuda a garantir que todos sejam
responsabilizados uns pelos outros.
Dessa forma, para elucidar melhor o estudo da Ética Social, abordar-se-á acerca da sua
etimologia, origem, conceito, factos éticos, características da moral, que são aspectos que
moldam o agir humano, apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem, as
fases de livre vontade, fundamentos éticos e morais da liberdade do agir, Auto-Determinismo e
Auto-Dominio.

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2. Objectivo

2.1. Geral
 Compreender a Ética Social.

2.2. Específicos
 Conhecer a etimologia, origem, conceito, aspectos ligados a Ética Social e o facto ético;
 Descrever a etimologia, origem, conceito, aspectos ligados a Ética Social e o facto ético;
 Descrever as características da moral e das fases da livre vontade do agir;
 Distinguir as características da moral;
 Descrever os fundamentos éticos e morais da liberdade do agir, Auto-Dominio e Auto-
Determinismo.

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3. Conceito de aspectos ligados a ética social
 “Ética é o ramo da filosofia que estuda o conjunto de valores que orientam o
comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive,
garantindo, assim, o bem-estar social” (Silva, 2013, p.2);
 Segundo Valori (1997), “Valor moral é aquela perfeição ou qualidade inerente ao acto
humano (interno ou externo) quando se manifesta como autenticamente humano, isto é,
conforme à dignidade da pessoa e, portanto, em consonância com o sentido mais profundo
da sua existência” (p. 1256);
 “Sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações
e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade” (Barnard & Spencer,
2015, p. 514).
4. Origem de um dos aspectos ligados a ética social
Na perspectiva de Salvador (2010):

A Ética tem origem filosófica, devido ao problema do princípio físico dos Jónios/Gregos (Tales,
Anaxímenes e Anaximandro) que se preocuparam pela origem da natureza o que lhes levou a
várias experiências do quotidiano cruzando diferentes ideias. Com estudo da Filosofia, as
reflexões sobre a origem da natureza, os Jónios concluíram que cada povo tem suas maneiras,
interpretações, seus hábitos, costumes, etc. sobre diferentes ocorrências da natureza. Com essa
conclusão, os Jónios/Gregos preocuparam-se sempre em procurar certas maneiras que eram
universais. No século VI observaram, estudaram, escreveram e depois de tudo procuraram criticar
os costumes do viver do homem comparativamente (p.6-7).
5. Etimologia da Ética social
A Ética no seu sentido etimológico é uma palavra de origem grega éthos e define-se por duas
formas: a primeira, éthos, refere-se ao modo de ser, ao carácter, à realidade interior donde
provêm os actos humanos e a segunda éthos, indica os costumes, os hábitos ou o agir habitual;
actos concretos que indicam e realizam o modo de ser da pessoa. A primeira serviu de base para a
tradução latina Moral, e a segunda, de alguma forma, orienta a utilização actual que damos a
palavra Ética (Silva, 2013). Enquanto que, a palavra social, provém do latim sociale, que
significa da sociedade, que interessa a sociedade ou próprios dos sócios de uma sociedade
(Ferreira, 2004)

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6. Ética social
6.1. Conceito
Ética social é um ramo da Ética, que se interessa pela reflexão sobre o comportamento humano
em relação ao meio social em que está inserido. Esse tipo de ética geralmente age como uma
espécie de “código de conduta” que governa o que é e o que não é aceitável, além de fornecer
uma estrutura para assegurar que todos os membros da comunidade sejam cuidados (Dias, 2014)
Dentro de uma sociedade, o foco geralmente é mais sobre o que pode ser considerado um
comportamento apropriado para as pessoas como um todo. As pessoas percebem as coisas de
maneiras diferentes, pois, várias culturas compartilham crenças frequentemente opostas; como tal,
o que é considerado “certo” para um grupo pode não ser necessariamente e universalmente
consistente e definir a Ética Social como um absoluto é muitas vezes muito difícil (Dias, 2014,
p.89-113)
.
6.2. Princípios da Ética social
Os princípios da ética social são de suma importância, pois eles são fundamento e parâmetro do
comportamento ético do indivíduo em sociedade, assim como do comportamento das
organizações de todos os níveis, naturezas e dimensões. Os seis princípios clássicos da ética
social dizem respeito a: Dignidade da Pessoa, Direito de Propriedade, Primazia do Trabalho,
Primazia do Bem Comum, Solidariedade e Subsidiariedade (Faesp, 2011).

Dignidade significa qualidade, nobreza, respeitabilidade. Não se deve confundir dignidade da


pessoa, que é um bem absoluto, com bens singulares ou particulares que ela possa ter. A
dignidade independe das posses, dos cargos e dos títulos; O direito de propriedade é o direito das
pessoas de possuírem coisas, para atender às suas necessidades, para seu uso; é um direito
pacificamente reconhecido por todos; Primazia do Trabalho, refere que o trabalho traz dignidade
ao homem; Primazia do Bem Comum defende que os preceitos éticos são fundamentais para a
boa convivência em sociedade; Solidariedade é quando o indivíduo carrega consigo o elemento
ético (como o senso de justiça), outras pessoas começam a seguir o bom exemplo e a
Subsidiariedade defende que a Ética define o que é aceitável para o bem da colectividade (Faesp,
2011).

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6.3. Problemas urgentes da Ética Social
Tópicos como economia, imigração, pobreza e fome muitas vezes criam algumas das maiores
questões dentro do campo da Ética Social. Preocupações com o meio ambiente, a
homossexualidade e a tolerância religiosa também tendem a figurar no topo da lista, juntamente
com a pena de morte, o aborto e a clonagem humana. Esses e outros problemas semelhantes
costumam suscitar grandes preocupações quando se trata de como as comunidades julgam
“certo” e “errado”. O papel da ética social é fornecer aos membros da sociedade uma estrutura
para abordar questões controversas ou sensíveis, para que todos possam coexistir pacificamente
(Faesp, 2011).

6.4. Cientificidade da Ética Social


A investigação da Ética Social não se relaciona com a estética, mas sim procura avaliar se os
hábitos e os costumes vividos por certo individuo dentro da sociedade se são Bons ou Maus. É
nesta vertente em que alguns analistas não elevam a cientificidade da Ética social, porque cada
sociedade tem os seus hábitos, seus costumes. Admite-se também que a Ética social tem uma
linguagem exótica, descritiva. A utilização da linguagem é que avalia o comportamento analítico,
levando a não cientificidade universal das suas reflexões. A Ética Social apenas institui regras,
maneiras de se comportar enquanto que as outras ciências tem várias modos e podem evoluir e
variar as suas visões universais de critica em relação a certos pontos de estudos, através de
experiencias e definir certas teorias (Salvador, 2010).
7. Facto ético
Segundo Morin (1989), “Entende-se como facto ético a avaliação do Bom e do Mau, o que
constitui um facto de experiência e, é a partir desta que a ética se desenvolve. De igual modo,
pode ser considerado como capacidade inata de julgar moralmente o que é Bom e Mau” (p.275).
7.1. Tipos de Factos éticos
Para Morin (1989), Os factos éticos experimentais ou observados podem ser:
 Comportamento;
 Relações da ética e outras ciências humanas e
 Ética e Metafisica.

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Ponto de vista ético (comportamento): Temos o caso dos actos que cada um deve fazer, que
cada um não deve fazer, aquilo que depende da minha vontade, (se é positivo ou negativo).
No ponto de vista ético comportamental distinguimos os aspectos da liberdade individual sem
julgamento do outrem (p.276);
Relações da ética e outras ciências humanas: pretende-se verificar com o facto ético as
relações que existem com as outras ciências, tais como:
 Antropologia (social, cultural e filosófica) pelo facto destas ciências estudarem os
costumes e suas origens, como se expandem os hábitos e costumes e a ética poder
verificar os relacionamentos dos costumes Bons e Maus dentro das sociedades;
 A psicologia que também procura relacionar-se com ética na medida em que procura
estudar o homem no seu comportamento Bom e Mau sobretudo no agir social;
 A Sociologia, Etnologia, Politica, etc. ciências estas que, estudam a vida política
social do homem e a ética vai determinar o que deve ser e como deve ser (p.276).
Ética e Metafísica: é um facto ético porque procura fazer perceber de que cada conduta
humana tem, pode ter ou pode ser Bom ou Mau, além do pensamento moral que se recai a
Teologia, verifica-se que a conduta pode ter sua influência exterior, neste facto ético, procura-
se analisar o comportamento Bom e Mau como se deve fazer e aplicar um julgamento
absoluto (p.276).
8. Características da moral ético
Na óptica de Salvador (2010), “As características da moral ético são aspectos principais que
moldam o agir humano apesar de alguns destes não serem conhecidos pelo próprio homem,
podem ser manifestados sem que este ponha em conta”. As características da moral ético são:
 Ética irredutível diferente dos outros aspectos confundíveis com as leis: A ética não se
deve realizar ao mandato de alguém;
 Ética relactivo a Liberdade: Podemos notar a liberdade, os valores morais a apresentarem-
se no agir para a liberdade do individuo;
 O acto moral é Pessoa: O ético é um aspecto humano. A moralidade encontra-se no
individuo não no seu acto a exercer alguma coisa;
 A ética relactiva as normas: A atribuição de valor moral aos actos humanos é feita
mediante a sua confrontação com as normas;

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 O acto humano é humano: O mundo moral estende-se a todos seres e todos também
partilham o que lhes faz seres humanos;

 Ética incondicional: É absoluto e irrecusável em si. Si é bom deve-se fazer. A


inconsciência moral é categórica (o Bom tem uma categoria) não é hipotético nem
distintivo;
 Ética Transcendente: Significa que nada é superior ao valor moral.
9. Diferenças das características da moral ético
Na característica o acto moral é pessoa, a moralidade encontra-se nos indivíduos e não nos seus
actos enquanto que na ética relactiva as normas, a moralidade é atribuída aos actos humanos; Na
característica o acto humano é humano, a moralidade estende-se a indivíduos enquanto que na
característica Ética incondicional, a moralidade é absoluta e irrecusável; Na Ética relactivo a
Liberdade, diz que a moralidade torna o agir do individuo livre; Na característica Ética irredutível
diferente dos outros aspectos confundíveis com as leis, a moralidade não se deve realizar ao
mandato de alguém enquanto que na ética relactiva as normas, a atribuição da moralidade aos
actos humanos é feita mediante a sua confrontação com as normas e por último a característica
Ética transcendente, explica que nada é superior a moralidade (Salvador, 2010).

10. Fases de livre vontade do agir humano na sua realidade de voluntarismo e


responsabilidade humana

Para Souza e Silva (2015):


 Fase de concepção: A ideia de voluntariar-se ou responsabilizar-se em realizar uma
determinada acção esta sendo formulada, sendo que depende da conveniência da mesma,
caso contrário não a realizará;
 Fase de deliberação: O individuo encontra-se numa etapa de reflexão, tentando entender
as vantagens e desvantagens de responsabilizar-se ou voluntaria-se em agir;
 Fase de decidir: O individuo já reflectiu e deve tomar a decisão se deve ou não
voluntariar-se ou responsabilizar-se em executar. Contudo, o individuo pode-se encontrar
com uma consciência duvidosa em relação a vontade de agir;

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 Fase de execução: O individuo pretende colocar em práctica as acções pelo qual
voluntariou-se ou responsabilizou-se em agir.
11. Fundamentos éticos e morais da liberdade do agir
“A Escolástica definiu a Liberdade como (Immunita a coactional=Ausência de constrangimento).
Estes constrangimentos podem ser de ordem física, moral, politica, sociais e psicológicos, que
são denominados como tipos de Liberdade” (Salvador, 2010, p.24).
11.1. Tipos de Liberdade
 Liberdade Física: Ausência de pressão física ou constrangimentos físicos;
 Liberdade Moral: Inserção de ordem moral ou forca moral, por exemplo: Ameaças;
 Liberdade Social: Ausência de determinismo sociais;
 Liberdade Politica: Inserção de determinismo politico;
 Liberdade Psicológica: Os psicólogos apresentam como sendo a capacidade que o homem
tem de fazer ou não fazer tendo todas as condições necessárias de agir.
11.2. Consequências da Liberdade
Na perspectiva de Salvador (2010):
A liberdade humana faz com que o acto ético seja pessoal, único e não de outra pessoa (vontade
de conhecimento). As emoções podem facilitar ou limitar a liberdade de deliberação quando essas
forem demasiadas. O Homem age livremente, pois ele tem capacidade de controlar todos os actos
humanos e participa dos actos exterior e interiores. Quer dizer, no acto, existem deliberações do
individuo para em seguida decidir o seu acto ético voluntariamente e livremente (p.28).
11.3. Principais soluções da Liberdade
 Determinista: As correntes filosóficas negam que o homem seja livre. Não é livre por
razoes intrínsecas da natureza do homem e extrínsecas do próprio homem;
 Determinismo Extrínseco Metodológico: Nega que o homem seja livre por razoes de
mitos, costumes, hábitos, fados ou tudo que faz parte dos mitos;
 Determinismo Intrínseco Fisiológico: Lambros vê nos movimentos da vontade simples
reacção e, estas reacções estão determinadas por combinações químicas e os tecidos
humanos;
 Determinismo Intrínseco Sociológico: (Marcuse) defende que o agir humano é
determinado pelas pressões que a sociedade humana exerce sobre o individuo e pela sua
estrutura sobre o individuo;

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 Determinismo Intrínseco Psicológico: (Leibnitz/Freud) defendem que a acção da vontade
do homem é determinada pelo intelecto e pelos seus conhecimentos. Em relação a
Liberdade dizem que os instintos é que comandam o homem a liberdade de agir;
 Determinismo Intrínseco Metafisico: (S.Pinoza/Schopenhauer), consideram a vontade
humana um momento e um modo da vontade suprema e da substancia Divina;
 Determinismo Intrínseco Politico: (Maquiavel/Hobbis), a vontade humana depende da
vontade do soberano ou das classes governamentais (p.27).
12. Fundamentos éticos e morais do Auto-Determinismo
“O Auto-Determinismo diz que nada acontece sem causa necessária ou livre. Estas causas são
as que determinam a liberdade de acção do individuo” (Salvador, 2010, p.28).
13. Fundamentos éticos e morais do Auto-Dominio
Segundo Souza & Silva (2015), “O Auto-Dominio é o controlo das emoções e acções que dão
segurança para se tomar decisões combatendo a ansiedade e impulsividade. As suas
características principais são: A aquisição de máxima independência de controlo externo do
que conhece; Serve para optimizar as condutas em função de um objecto concreto e a
Potencia a reflexão e decisão racional ou cognitiva” (p.87).
Diz-se que o conhecimento do individuo leva a felicidade pois, este conhece o seu agir e
sempre age com Auto-Dominio mas, este conhecimento individual pode ser influenciado por
atitudes, costumes, hábitos de pessoas dentro da sua sociedade, razão pela qual a cognição
deve ser tratada como elemento de estudo na ética e como um valor ético, quando nos leva a
felicidade (Salvador, 2010).
13.1. Estratégias de Auto-Dominio
Segundo Salvador (2010):
 Se o individuo conhece e pretende atingir a felicidade, a conduta assertiva deve ser a sua
virtude, pois cria uma defesa adequada dos próprios direitos e actos éticos;
 Conduta agressiva: é uma defesa inadequada do próprio individuo sobretudo quando conhece
ou não o direito, o valor ético do facto. Pode o individuo agir também com ignorância. Quer
com conhecimento, quer com ignorância as duas posições sempre tendem a má conduta
dentro do contexto social;
 Conduta não-agressiva: é quando reconhecemos que há violação dos direitos e valores éticos
das pessoas, por não ser expressos ou orientados. Embora constata-se, não se liberta para
expressa-los, fazendo com que os outros não percebam da reacção perante o facto ocorrido
dentro da sociedade, podendo se corrigir em casos oportunos (p.31-32).

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14. Conclusão
A ética no seu sentido etimológico é uma palavra de origem grega éthos e define-se por duas
formas: a primeira, éthos, refere-se ao modo de ser, ao carácter, à realidade interior donde
provêm os actos humanos e a segunda éthos, indica os costumes, os hábitos ou o agir habitual;
actos concretos que indicam e realizam o modo de ser da pessoa. A Ética é um campo de
conhecimento ligado a filosofia e teve origem devido ao problema do princípio físico dos Gregos
que se preocuparam com a origem da Natureza. Entende-se como Ética Social, a ciência que se
interessa pela reflexão sobre o comportamento humano em relação ao meio social em que está
inserido. De igual modo, Entende-se como facto ético a avaliação do Bom e do Mau, o que
constitui um facto de experiência e, é a partir desta que a ética se desenvolve. Os tipos de factos
éticos experimentais ou observados podem ser: O comportamento; Relações da ética e outras
ciências humanas e a Ética e Metafisica.
De referir que, as características da moral ético são: Ética irredutível diferente dos outros
aspectos confundíveis com as leis; Ética relactivo a Liberdade; O acto moral é Pessoa; A ética
relactiva as normas; O acto humano é humano; Ética incondicional e a Ética Transcendente. As
fases de livre vontade são: Concepção; Deliberação; Decidir e a Execução. A Liberdade significa
ausência de constrangimento. Estes constrangimentos podem ser de ordem física, moral, politica,
sociais e psicológicos, que são denominados como tipos de Liberdade. E as principais soluções
da Liberdade são: Determinista; Determinismo Extrínseco Metodológico; Determinismo
Intrínseco Fisiológico; Determinismo Intrínseco Sociológico; Determinismo Intrínseco
Psicológico; Determinismo Intrínseco Metafisico e o Determinismo Intrínseco Politico.
Todavia, o Auto-Determinismo diz que nada acontece sem causa necessária ou livre. Estas causas
são as que determinam a liberdade de acção do individuo enquanto que o Auto-Dominio é o
controlo das emoções e acções que dão segurança para se tomar decisões combatendo a
ansiedade e impulsividade. As estratégias do Auto-Dominio são: Se o individuo conhece e
pretende atingir a felicidade, a conduta assertiva deve ser a sua virtude, pois cria uma defesa
adequada dos próprios direitos e actos éticos; Conduta agressiva: é uma defesa inadequada do
próprio individuo sobretudo quando conhece ou não o direito, o valor ético do facto e a Conduta
não-agressiva: é quando reconhecemos que há violação dos direitos e valores éticos das pessoas,
por não ser expressos ou orientados.

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15. Referências Bibliográficas
Barnard, A. & Spencer, J. (2015). Encyclopedia of Social and Cultural Anthropology. (10ͣ
ed.).Londres, Inglaterra: Routledge.
Dias, M.O. (2014). Ética, Organização e Valores Ético-Morais: Em contexto organizacional,
Gestão e Desenvolvimento, 22, 89-113.
Ferreira, A.B.H. (2004). Novo Dicionário Aurélio. (3ͣ. ed.). São Paulo, Brasil: Positivo.
http://filosofiafaesptrabalhos.blogspot.com/2011/12/principios-da-etica-social-i.html
Maximiniano, A.C.A. (2008). Introdução à Administração. São Paulo, Brasil: Atlas.
Morin, E. (1989). Introdução ao pensamento ético. Edição Paulista. Lisboa, Portugal.
Salvador, M.A. (2010). Ética Social. Beira, Moçambique: UCM
Souza, G.G.M. & Silva, F.A.C. (2015).Investigações sobre o Agir Humano. Mossoró, Portugal:
UERN.
Silva, M.L.B. (2013). Ética social e profissional. Psicologia.pt, 1, 2.
Valori, F. (1997). Dicionário de Filosofia de Cambridje, São Paulo, Brasil: Paulus.
www.reference.com/www.wisegeek.org/www.pachamama.org/culturesocial.com

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