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Faculdade De Direito
Génese da SADC
Nampula
2018
Universidade Católica De Moçambique
Faculdade De Direito
Discentes do 2º Grupo:
Nádia Porfírio
Nampula
2018
Listas de Abreviaturas
1.1 Preliminares:......................................................................................................................3
Conclusão.......................................................................................................................................22
Referências bibliográficas..............................................................................................................23
Introdução
O presente trabalho com o subordinado tema “Nova Parceria de Desenvolvimento dos Países
Africanos (NEPAD) ” constitui uma reflexão académica sobre o processo de integração regional
no continente africano, uma vez que actualmente verifica-se vários problemas que tem dificultado
este processo. Contudo, é de salientar que em torno do trabalho vamos falar da criação da
NEPAD, objectivos, funções, estrutura orgânica e faremos uma análise dos documentos da
NEPAD.
Objectivo: Analisar de forma objectiva sobre as questões actuais da NEPAD face ao processo de
integração regional no continente africano e o processo da integração sub-regional.
2
1 CAPITULO I: Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD)
1.1 Preliminares:
NEPAD é a sigla de “New Aartenership for Áfricaʼs Development” que significa “Nova
Parceria para desenvolvimento da África ”, no ano de 2000, a OUA atribuiu alguns chefes de
Estado a responsabilidade de elaborarem um projecto para marcar o desenvolvimento económico
do continente africano. Os líderes africanos, consciente da situação miserável de suas populações
e do grande número de planos do desenvolvimento continental não realizado, decidiram, mais
uma vez, traçar uma nova alternativa para impulsionar o desenvolvimento de África. O programa
baseia-se na determinação dos africanos de se livrarem a si próprios e ao seu continente dos
males do subdesenvolvimento e da exclusão num mundo global.1
Nesse sentido, foram lançadas duas propostas para impulsionar o crescimento económico
da África. A primeira foi a “Renascença Africana” apresentada em 1996 pelo vice-presidente da
África do sul, Thabo Mbeki, com a finalidade de dar um novo alento a África.
Os países membros da NEPAD são: Argélia, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Faso,
Burundi, Camarões, Cabo Verde, República Centro-africana, Comores, Congo, República
Democrático do Congo, Costa de Marfim, Djibuti, Egipto, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia,
1
EDUARDO, Paz Ferreira e ATANÁSIO, João, Textos de Direito do Comércio Internacional e do
Desenvolvimento Económico, Vol. II, Desenvolvimento Económico, Almedina, 2005 pg. 800;
2
ANTONIO, Pincha Moral, Integração Regional, Unidade I, 1ª Edição, ISM Editora, 2012. Pag.29;
3
SEMEDO, Felisberto. O Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) no quadro na NEPAD:
Oportunidade e desafio para os Estados Africanos. S/ed, Lisboa, 2010, Pag.27.
3
Gana, Guiné-Bissau, Líbia, Madagáscar, Malawi, Guiné-Equatorial, Mali, Mauritânia, Maurícias,
Moçambique, Namíbia, Nigéria, Níger, Uganda, Ruanda, Saara Ocidental, São Tome e Príncipe,
Suazilândia, Tanzânia, Chalé, Togo, Tunísia, Zâmbia e Zimbabwe.4
Unidos, os dirigentes africanos poderão isolar os corruptos que há no seu seio e lutar de
forma mais tenaz contra a marginalização da áfrica no processo da globalização, como
por exemplo respeitar as Mulheres não fazer delas escravas sexuais ou morais de trabalho
pois é um dos caminhos para o futuro da áfrica sem haréns nem descriminação de sexo ou
de cor, como acontece actualmente no Sudão entre Árabes e Negros.5
Paz, a estabilidade e a segurança são pré – requisitos para permitir à África
explorar e rentabilizar as imensas potencialidades económicas de que é portadora.
Neste sentido, é importante persistir e operacionalizar instituições de prevenção e
resolução de diferendos e assegurar o envolvimento interessado da comunidade
internacional. 6
Estamos profundamente persuadidos de que a guerra é, por natureza, inimiga do
desenvolvimento económico, social e cultural das Nações. Pela sua dimensão e
pela sua riqueza, a África tem um papel relevante a desempenhar no mundo das
trocas internacionais. Para isso acontecer, no entanto, impõe-se que os seus
dirigentes bem como os seus parceiros internacionais tenham visão de futuro e não
4
DIALLO, Alfa Oumar. A Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD) –
Paradigma para o Desenvolvimento. Editora: Porto Alegre, Brasil, 2006, pag.9;
5
HEITHOR, Jorge, NEPAD – A visão de uma outra África, disponível em: www.alem-mar.org, Acesso 28/02/2005;
6
PEREIRA, João Mendes, Direito Comunitário material e integração sub-regional: contributo para Estudo
material das mutações no processo de integração económica e material África ocidental, 2012, Trabalho do fim do
curso (Monografia), Faculdade De Direito, Universidade De Lisboa, Lisboa, pág. 415;
4
A Governação Económica e Social: Implica uma transparência na gestão financeira, que
é um requisito essencial para a promoção do crescimento económico e a redução da
pobreza. Para efectivar este objectivo a NEPAD criou oito medidas prioritárias para o
funcionamento cabal da boa governação económica e social. Essas medidas prioritárias
representam as normas fundamentais aceites ao nível internacional, regional e nacional que
todos os países membros devem esforçar-se por respeitar da melhor forma possível.
As oito medidas prioritárias ora aprovadas, têm o potencial de promover a eficácia do
mercado, de controlar as despesas fúteis, de consolidar a democracia e de encorajar os fluxos
financeiros privados - por serem todos estes aspectos importantes de redução da pobreza e de
melhoria do desenvolvimento durável.7
a) Melhores Práticas nos domínios Monetário e Financeiro;
b) Melhores Práticas no domínio de Transparência Fiscal;
c) Melhores Praticas no domínio de Transparência Orçamental;
d) Orientação para uma Boa Gestão da Divida Publica;
e) Princípios de Boa Governação na sociedade;
f) Princípios de Contabilidade Internacionais;
g) Princípios de Auditoria Internacionais;
h) Princípios Fundamentais de Controlo Bancário Efectivo.
Também aprovámos outras medidas e normas fundamentais de transparência e de Gestão
financeiras. Estas incluem:
a. Princípios de Sistemas de Pagamento;
b. Recomendações sobre o Branqueamento de capital; e
c. Princípios essenciais de regulamentação de títulos e de Seguros.8
7
HEITHOR, Jorge, NEPAD – A visão de uma outra África, disponível em: www.alem-mar.org,acesso 28/02/2005;
8
PEREIRA, João Mendes, Direito Comunitário material e integração sub-regional: contributo para Estudo
material das mutações no processo de integração económica e material África ocidental, 2012, Trabalho do fim do
curso (Monografia), Faculdade De Direito, Universidade De Lisboa, Lisboa, pág. 216;
5
atenção prioritária para o VIH/SIDA e outras doenças bem como outras competências
globalizantes.9
A NEPAD tem em vista garantir a igualdade entre os homens e as mulheres bem como a
integridade efectiva e total da mulher no desenvolvimento político e sócio – económico, Por
conseguinte, a NEPAD encoraja novas parcerias entre o governo e o sector privado; numa nova
divisão de trabalho na qual o sector privado será uma verdadeira força motriz de crescimento
económico, enquanto os governos se concentrarão no desenvolvimento de infra-estruturas e na
criação de um ambiente macro-económico.
As Comunidades Económicas Regionais continuam a ser a pedra angular na integração
económica da África a intenção é de basear-se nesta fundação promissora, trabalhando com os
parceiros do desenvolvimento e com o Comité Internacional no seu todo para:
9
HEITHOR, Jorge, NEPAD – A visão de uma outra África, disponível em: www.alem-mar.org,acesso 28/02/2005;
10
Conferencia dos Chefes de Estado e de Governo da Organização da Unidade Africana, 8 de Julho de 2002,
Durban, pág. 5˗8.
6
É o mais alto órgão desta organização composto por oito países mais industrializados e
outros parceiros, todas as decisões pertinentes relativas à NEPAD são tomas por estes
países que se reúnem anualmente traçar objectivos anuais gerais.
b) O Comité de Implementação dos Chefes de Estados e de Governos
É uma instituição composta por vente países cinco dos quais são membros permanentes
(Argélia, Egipto, Nigéria, Senegal e África do Sul), os restantes países foram
seleccionados em função do equilíbrio geográfico regional.
c) O Comité de Gestão
É composto pelos membros permanentes do órgão acima referidos, é responsável pelo
desenvolvimento dos termos de referência dos programas identificados, este composto por
cinco grupos de trabalho: Desenvolvimento Humano, Educação e Saúde (Argélia), Paz e
Segurança, Governabilidade Política, Democracia (África do Sul), acesso aos mercados,
diversificação produtiva e agrícola (Egipto) e Economia e Governabilidade Económica
(Nigéria).
A segunda proposta foi o “Plano de Omega”, proposto pelo presidente Senegalês Abdoulaye
wade. Plano de Omega defendia, através da melhoria de infra-estruturas em África, o modo de
criar as condições propícias para atrair investimentos estrangeiros.
A NEPAD surge destas duas ideias, o seu documento constitutivo foi elaborado na 37ª
Cimeira da Cúpula da OUA, realizada nos dias 6 a 7 de Julho de 2001, em Lusaka, capital da
11
ANTONIO, Pincha Moral, Integração Regional, Unidade I,1ª Edição, ISMO, Maputo, 2012, pág. 30-31.
7
Zâmbia. No mesmo encontro foi criado o comité de implementação constituído por 15 chefes de
Estado e de Governo – 3 Estados de cada uma das 5 sub-regiões da África com a função de
elaborar uma estratégia de instituição da “Nova Iniciativa Africana”, bem como um programa de
acção nas cincos áreas de enfoque do plano: Segurança e Paz, Governabilidade económica,
criação de infra-estruturas, padrões financeiros e bancários, agricultura e acesso aos mercados
internacionais.12
De acordo com o artigo nº 1 da sua declaração constitutiva, a NEPAD "é uma promessa por
parte dos africanos por parte dos líderes, com base numa visão comum e numa convicção firme
e partilhada do dever urgente de erradicar a pobreza e de colocar os seus países, tanto
individual como colectivamente, numa via de crescimento e de desenvolvimento duradouros e,
simultaneamente, de participar activamente na economia e na vida política mundiais. O
programa esta ancorado na determinação de os africanos se desenredarem a si e ao continente
da África do subdesenvolvimento e da exclusão num mundo globalizado”.13
A NEPAD estabelece questões básicas, sem as quais não é possível erradicar a pobreza e,
nomeadamente, atingir outros afins: a Paz, a segurança, a democracia e a boa governação
política, económica e corporativa. Para potenciar o desenvolvimento do continente africano, a
NEPAD elegeu seis áreas prioritárias, nomeadamente: desenvolvimento das infra-estruturas,
desenvolvimento dos recursos naturais, recursos humanos, agricultura e acesso aos mercados dos
países desenvolvidos, o ambiente, a cultura, turismo, ciência e tecnologia.14
12
Obra cit, pág. 29
13
Declaração da NEPAD, disponível em: www.chr.up.ac.za, acesso aos 28/02/2018
14
ANTONIO, Pincha Moral, Integração Regional, Unidade I,1ª Edição, ISMO, Maputo, 2012, pág.31.
8
2 CAPITULO II: PROCESSO DE INTEGRAÇÃO SUB-REGIONAL
2.1 Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO)
Esses Estados-membros da CEDEAO são o Benim, o Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, a
Gâmbia, o Gana, a Guiné, a Guiné-Bissau, a Libéria, o Mali, o Níger, a Nigéria, a Serra Leoa, o
Senegal e o Togo.
As actividades económicas integradas, tais como previstas na área para um total do PIB
de 734,8 biliões de dólares dos Estados Unidos, giram em torno dos sectores de actividades
económicas sem se limitarem porém à indústria, aos transportes, às telecomunicações, à energia,
à agricultura, aos recursos naturais, ao comércio, às questões monetárias e financeiras bem como
aos assuntos sociais e culturais.
As expectativas de integração económica têm sido sempre altas e muito foi feito pela
organização regional desde a aprovação do tratado que lhe conferiu um carácter juridicamente
vinculativo. Na base das avaliações contemporâneas, essa organização regional ultrapassou as
expectativas dos seus pais fundadores. Hoje, goza a nível mundial da reputação de uma
organização regional bem-sucedida. De facto, a CEDEAO pode ser tida agora como trunfo de
uma integração efectiva e exemplo de uma coexistência regional.15
A Visão da CEDEAO é estabelecer uma região sem fronteiras, onde a população acede
aos recursos abundantes da região e demonstra a capacidade de os explorar pela criação de
oportunidades num ambiente sustentável. O que a CEDEAO estabeleceu é uma Região integrada,
onde a população goza da livre circulação, tem acesso a sistemas educativos e de saúde eficientes
e se envolve nas actividades económicas e comerciais enquanto leva um vida condigna num
ambiente de paz e segurança. Espera-se que a CEDEAO seja uma Região governada em
conformidade com os princípios da democracia, do Estado de direito e da boa governação.
Tendo aumentado anualmente esse crescimento, a Região demonstra agora poder tornar-
se financeiramente autónoma e ultrapassar os desafios que dificultam o seu desenvolvimento
económico e social. Para tal, a Comissão está a criar, mediante o processo de integração regional,
um ambiente favorável a um desenvolvimento económico célere.
10
serviços promotores de investimentos, pelo que já conta com várias missões realizadas no terreno
em estudo do clima de investimento.16
A medida que a CEDEAO chega aos seus 40 anos, envida esforços significativos por
harmonizar políticas macroeconómicas e promover o sector privado em prol da integração
económica. Esses esforços deram origem a algumas iniciativas, nomeadamente a implementação
do roteiro do programa de moeda única da CEDEAO, a monitorização e avaliação dos
desempenhos, a convergência macroeconómica, a gestão da Base de Dados Macroeconómicos e
do Sistema de Vigilância Multilateral (ECOMAC) da CEDEAO sem descurar a cooperação com
outras instituições regionais e internacionais.17
16
Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO), disponível em:
www.https://ecoslate.github.io/sobre-cedeao/informacao-basica/-lang=pt-pt.htm, acessado 28/02/20
17
Comunidade Económica do Estados da África Ocidental (CEDEAO), disponível em:
www.https://ecoslate.github.io/sobre-cedeao/informacao-basica/-lang=pt-pt.htm, acessado 28/02/2018
18
PEREIRA, João Mendes, Direito Comunitário material e integração sub-regional: contributo para Estudo
material das mutações no processo de integração económica e material África ocidental, 2012, Trabalho do fim do
curso (Monografia), Faculdade De Direito, Universidade De Lisboa, Lisboa, pág.409;
11
2.2 Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA)
A COMESA, do seu nome em inglês,Commmon Market for Eastern and Southern Africa
(Mercado Comum da África Oriental e Austral) é uma organização de integração econômica
entre países da África que tem como objetivo promover a prosperidade econômica dos estados
membros, através do estabelecimento de uma área de livre para o comércio.
A COMESA tem 19 estados membros, não só das duas sub-regiões indicadas no seu nome,
África oriental e África austral, mas também do norte de África (Líbia e Egito).
A COMESA forma um mercado enorme, tanto a nível de comércio interno como externo.
O secretariado desta organização encontra-se em Lusaka, Zâmbia. A COMESA é sócia do Banco
de Comércio e Desenvolvimento da África Oriental e Austral (Eastern and Southern African
Trade and Development Bank) de Nairobi, Quénia.19
19
PEREIRA, João Mendes, Direito Comunitário material e integração sub-regional: contributo para Estudo
material das mutações no processo de integração económica e material África ocidental, 2012, Trabalho do fim do
curso (Monografia), Faculdade De Direito, Universidade De Lisboa, Lisboa, pág.218;
12
próxima Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, de modo a garantir que a União Aduaneira
20
fosse lançada em 8 de Dezembro de 2008.
20
NAÇÕES UNIDAS CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL COMISSÃO ECONÓMICA PARA A ÁFRICA, I
Reunião Conjunta Anual da Conferência da UA de Ministros de Economia e Finanças e Conferência da CEA de
Ministros Africanos de Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, Adis Abeba, Etiópia.
13
desenvolvimento de uma estratégia regional de informações empresariais na área do COMESA.
A Cimeira adoptou igualmente o Acordo de Investimento para a Área de Investimento Comum
do COMESA e exortou os Estados Membros a ratificá-lo. A Cimeira elogiou o Conselho
Económico do COMESA e a Associação de Produtores do Quénia pela realização bem-sucedida
de um Fórum Empresarial à margem da Cimeira para promover a Parceria Público-Privada.
21
NAÇÕES UNIDAS CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL COMISSÃO ECONÓMICA PARA A ÁFRICA, I
Reunião Conjunta Anual da Conferência da UA de Ministros de Economia e Finanças e Conferência da CEA de
Ministros Africanos de Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, Adis Abeba, Etiópia
14
do projecto dos canais de Shire-Zambezi e exortou o Secretariado do COMESA a apoiar o
Governo de Malawi na mobilização de financiamento para o projecto. A Cimeira adoptou
igualmente o Fundo Comum de Energia da África Oriental como uma instituição especializada
do COMESA e uma via para a melhoria da inter-conectividade da energia na região e no resto da
África.
Sobre a cooperação entre COMESA e outras CERs e UA, a Cimeira realçou com
satisfação a melhoria da cooperação entre COMESA e outras organizações regionais em África,
particularmente com EAC, Autoridade Intergovernamental sobre o Desenvolvimento (IGAD) e a
Comissão do Oceano Índico (IOC) no âmbito do Comité de Coordenação Inter-Regional (IRCC).
Sublinhou igualmente os progressos que estão a ser feitos no quadro do Grupo de Trabalho
Conjunto entre COMESA, SADC e EAC sobre a coordenação e harmonização das actividades
das três instituições. IRCC e o Grupo de Trabalho Conjunto têm estado a manter discussões sobre
a coordenação e harmonização das actividades das instituições com o objectivo de alcançar a
harmonização e convergência dos programas para acelerar a realização da Comunidade
Económica Africana.
a União Aduaneira entre o Quénia e o Uganda em 1917, à qual se juntou o Tanganica em 1927;
a "Alta Comissão do Leste Africano" (East African High Commission) (1948-1961), uma
unidade administrativa do Império Britânico; a "Organização de Serviços Comuns do Leste
22
NAÇÕES UNIDAS CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL COMISSÃO ECONÓMICA PARA A ÁFRICA, I
Reunião Conjunta Anual da Conferência da UA de Ministros de Economia e Finanças e Conferência da CEA de
Ministros Africanos de Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, Adis Abeba, Etiópia
15
Africano" (East African Common Services Organisation) (1961- 1967); a primeira Comunidade
da África Oriental (1967-1977) e a Comissão Tripartida Permanente para a Cooperação entre o
Estados da África Oriental (1993- 2000).
23
PEREIRA, João Mendes, Direito Comunitário material e integração sub-regional: contributo para Estudo
material das mutações no processo de integração económica e material África ocidental, 2012, Trabalho do fim do
curso (Monografia), Faculdade De Direito, Universidade De Lisboa, Lisboa
16
A Cimeira exortou a República do Ruanda e a República do Burundi a acelerar o processo
de integração total na União Aduaneira da EAC. Solicitou ainda os Estados Membros a
empenhar-se activamente na criação de um Mercado Comum e uma União Monetária até 2012. A
este respeito, a Cimeira incumbiu o Secretariado da EAC de explorar a possibilidade de dar início
à concretização da União Aduaneira o mais cedo possível e desenvolver um quadro estratégico
para a rápida criação do Mercado Comum e da União Monetária para consideração da próxima
Cimeira.
A Cimeira realizou uma sessão especial sobre estratégias necessárias para acelerar o
desenvolvimento de infra-estruturas regionais. Um resultado da sessão é uma directiva da
Cimeira ao Secretariado de SADC no sentido de elaborar um Plano Director para o
desenvolvimento de Infra-estrutura em estreita cooperação com os Estados Membros.
24
NAÇÕES UNIDAS CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL COMISSÃO ECONÓMICA PARA A ÁFRICA, I
Reunião Conjunta Anual da Conferência da UA de Ministros de Economia e Finanças e Conferência da CEA de
Ministros Africanos de Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, Adis Abeba, Etiópia;
17
Abril de 2008. A Conferência Consultiva Ministerial da SADC com Parceiros da Cooperação
Internacional (ICPs) será realizada logo a seguir à Conferência sobre a Pobreza.
A política da CEEAC inclui um plano de doze anos para eliminar impostos de alfândegas
entre os Estados membros e estabelecer uma pauta externa comum; consolidar o livre movimento
de bens, serviços e pessoas; melhorar a indústria, o transporte e as comunicações; a união dos
bancos comerciais e a criação de um fundo de desenvolvimento. A sede da CEEAC está em
Libreville, Gabão.25
25
SEMEDO, Felisberto. O Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) no quadro na NEPAD:
Oportunidade e desafio para os Estados Africanos. S/ed, Lisboa, 2010;
18
de transportes, criação de uma reserva de energia para a sub-região; adopção de um programa de
segurança alimentar; e estabelecimento de um imposto comunitário (CCI) de 0,4 porcento para o
financiamento da integração regional.
26
NAÇÕES UNIDAS CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL COMISSÃO ECONÓMICA PARA A ÁFRICA, I
Reunião Conjunta Anual da Conferência da UA de Ministros de Economia e Finanças e Conferência da CEA de
Ministros Africanos de Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Económico, Adis Abeba, Etiópia.
19
O fim da guerra fria e independência da Namíbia, no inicio da década 1990; o progressivo
isolamento diplomático e económico da África do Sul, a pacificação em Moçambique, e o fim da
guerra civil em Angola, acompanhada da implantação de sistemas multipartidários, em
Moçambique (1992).
27
ANTONIO, Pincha Moral, Integração Regional, Unidade I, 1ª Edição, ISM Editora, 2012, Pág.38
28
Idem, Pág.33
20
A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) foi criada em 1992,
onde se alterou a denominação da SADCC para SADC-South African Development Community
– Comunidade para o desenvolvimento da África Austral.29
Esse bloco é composto por 15 países (África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar,
Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles,
Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, e Zimbábue). Sua sede está localizada em Gaborone, Botsuana.30
A SADC é uma comunidade regional que busca garantir para sua população o bem estar
econômico, melhorias da qualidade de vida, liberdade, justiça social, paz e segurança. Todos
esses aspectos serão obtidos mediante a cooperação entre os países membros. A região busca o
desenvolvimento econômico através de fatores como a exploração dos recursos naturais, grande
potencial energético (petróleo, carvão, biomassa, energia solar, energia eólica), infraestrutura,
além da vasta população, proporcionando mão de obra e mercado consumidor.
29
BRANCO, Luís Castelo, Das razões de políticas e Económicas da SADCC, edições da Universidade de Lisboa,
1995. Pg.23
30
FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "SADC"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/sadc.htm>. Acesso em 01/03/2018
21
Conclusão
Após a realização deste trabalho referente ao tema “Nova Parceria para o
Desenvolvimento da África (NEPAD) ”, o grupo chegou de constatar as seguintes conclusões:
Nova Parceria para o Desenvolvimento da África é uma promessa dos líderes Africanos,
baseada numa visão comum e numa convicção firme e partilhada de que eles têm a missão
urgente de erradicar a pobreza e colocar os seus países, individual e colectivamente, na via do
crescimento sustentável e do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, de participarem activamente
na economia mundial e na vida política. O Programa é igualmente, baseado na determinação dos
Africanos de se livrarem a si próprios e o continente dos males do sub-desenvolvimento e da
exclusão num mundo em globalização;
22
Referências bibliográficas
Legislações
Declaração da NEPAD
Doutrinas:
ANTONIO, Pincha Moral, Integração Regional, Unidade I, 1ª Edição, ISM Editora, 2012.
BRANCO, Luís Castelo, Das razões de políticas e Económicas da SADCC, edições da
Universidade de Lisboa, 1995
Eventos:
Websites:
23
HEITHOR, Jorge, NEPAD – A visão de uma outra África, disponível em: www.alem-
mar.org. Acesso 28/02/2005;
24