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FAGREFF
Tema:
Mar Territorial
Estudante:
Docente:
Soares Nicachapa
2.1.Contexto...................................................................................................................4
Cap.III: Conclusão...................................................................................................10
4.0.Bibliografia........................................................................................................11
Cap. I: Introdução
O presente trabalho da disciplina de direito do mar e recursos hídricos, tem como tema
O mar territorial, é importante perceber que mar territorial é um limite que se estende a
partir da linha de Preamar ao longo da costa, até um limite que não ultrapasse doze
milhas marítimos. Nos termos da CNUDM (arts. 2 e 3), a soberania do Estado costeiro
sobre o seu território e suas águas interiores estende-se a uma faixa de mar adjacente
mar territorial com dimensão de até 12 milhas marítimas (1 m.m.= 1.852 metros) a
partir das linhas de base.
4
2.1.Contexto
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar definiu Mar Territorial
estabelecendo que ele se estenda a partir da linha de base, ou seja, da linha de baixa-mar
ao longo da costa, conforme definido por cartas marítimas de grande escala, até um
limite que não ultrapasse doze milhas marítimas. Essa extensão é definida por uma linha
em que cada um dos pontos fica a uma distância do ponto mais próximo da linha de
base igual à largura do mar territorial.2,3
No mar territorial, o Estado costeiro exerce soberania ou controle pleno sobre a massa
líquida e o espaço aéreo sobrejacente, bem como sobre leito e o subsolo deste mar. A
delimitação territorial entre Estados vizinhos, que sejam situados lado a lado, ou mesmo
frente a frente, estabelece-se como extensão a partir da linha de base, o ponto
equidistante mediano entre eles.4
1
MORANDI, F. La tutela del mare come bene publico. Milano: Giuffrè editore, 1998. Cit por
MENEZES (2015:92)
2
O Decreto nº 1.290, de 21 de Outubro de 1994, estabeleceu os pontos apropriados para o traçado das
linhas de base rectas ao longo da costa brasileira.
3
Nos locais em que a costa apresente recortes profundos e reentrâncias ou que exista uma franja de ilhas
ao longo da costa na sua proximidade imediata, pode ser adoptado o método de linhas de base rectas que
unam os pontos apropriados para traçar a linha de base a partir da qual se mede a largura do mar
territorial (art. 7º da Convenção).
4
Art. 15 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, além de disciplinar os limites,
estabelece excepção a esse princípio desde que existam títulos históricos e outras circunstâncias especiais .
5
MELLO, C. D. A. O mar territorial brasileiro. In: SILVA, P. C. M. Estudos do mar brasileiro. Rio de
Janeiro: Renes, 1972. Cit por MENEZES (2015:94).
5
Nos termos da CNUDM, (Parte II, Secção 2, arts. 2.° e 3.°) o Mar Territorial (MT) é
definido como sendo uma zona de soberania 6 do Estado com uma largura limite de 12
milhas náuticas contadas a partir das linhas de base. O Estado moçambicano, adopto
para o seu ordenamento jurídico os preceitos da CNUDM em relação ao Mar Territorial.
Como ficou claro desta disposição, o Estado moçambicano nesta matéria, goza
tradicionalmente de soberania7 sendo fora isso circunscritos os direitos reconhecidos aos
terceiros Estados. No Mar Territorial a soberania do Estado só é limitada pelo “direito
de passagem inofensiva de navios à superfície” Decorrente deste direito, o Estado
costeiro, permite aos outros, o direito de passagem inofensiva aos navios com a
bandeira de outros Estados.
a) Passagem inocente;
b) De imunidade de jurisdição penal e civil em embarcações, de navios de Estado
estrangeiro.
6
Soberania entendida como o resultado de um conjunto de poderes internos, harmonizados, sobre os
quais se estabelecem os fundamentos e se realizam os objectivos do Estado dentro e fora de seu território,
em consonância com as regras e princípios de direito internacional.
7
No Artigo 2 da Convenção de 1982, está expressamente previsto que a “soberania sobre o mar territorial
é exercida de conformidade com a presente Convenção e demais normas de direito internacional”.
8
Artigo 6 da Lei 4/96, de 4 de Janeiro: 1. Sem prejuízo do disposto nos n." 2 e 3 do presente artigo, os
navios de guerra estrangeiros e outras embarcações de Estado estrangeiro não empregadas para fins
comerciais, quando passem através do mar territorial, gozam de imunidade, nos termos do direito
internacional.
6
a) Passagem, que deve ser rápida e contínua, como a navegação pelo mar
territorial, com o fim de atravessar esse mar sem penetrar nas águas interiores o
fazer escala num ancoradouro;
b) Passagem inocente, aquela que reúne os requisitos da passagem e, além deles,
que não é prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro.
Caso seja praticado algum ato de passagem ofensiva, o Estado costeiro poderá adoptar
medidas necessárias, como: proibir a passagem ofensiva e adoptando medidas para
impedir a violação do Direito do Mar previstas para passagem inocente, inclusive
podendo suspender temporariamente a passagem em determinadas áreas do seu mar,
proceder a exercício com armas, desde que tal decisão já tenha sido tornada pública.10
É direito do Estado processar, julgar e punir todo crime cometido dentro de seu
território. Esse enunciado consubstancia o princípio da territoriedade do Direito Penal, e
cada ordenamento nacional estabelece seus mecanismos punitivos e seus mecanismos
de excepção.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar prescreve que o Estado
costeiro não deve parar nem desviar de sua rota um navio estrangeiro que passe por seu
mar territorial a fim de exercer a sua jurisdição civil em relação a uma pessoa que se
encontre a bordo. Tal medida envolve actos processuais, de citação, intimações,
notificações, entre outros.
Estado costeiro exercer comissões executórias, tampouco tomar contra esse navio
medidas executórias ou cautelares em matéria civil, a não ser que essas medidas sejam
tomadas por força de obrigações assumidas pelo próprio navio, de responsabilidades em
9
que ele haja incorrido durante a navegação ou quando de sua passagem pelas águas do
Estado costeiro.
Cap.III: Conclusão
Para finalizar importa referir que Moçambique, como subscritor da CNUDM, no seu
mar territorial tem o poder de criar normas concernentes à segurança da navegação e
regulamentação do tráfego marítimo; protecção das instalações e dos sistemas de auxílio
à navegação e outros serviços; protecção de cabos ou ductos submarinos; conservação
dos recursos vivos do mar; pesca; prevenção do meio marinho e ao controlo da
poluição; investigação cientifica e ao levantamentos hidrográficos; e à matérias
aduaneira, fiscais, de imigração e de segurança.
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4.0.Bibliografia
MORANDI, F. La tutela del mare come bene publico. Milano: Giuffrè editore, 1998.
(traduzido).