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Tema3_OS AÇORES NA CONTEMPORANIEDADE: POLÍTICA E

ADMINISTRAÇÃO

abril de 2019 Docentes: Joaquina Novo e Marisa Dias


Cartaz das Sanjoaninas 2018, da autoria de Rúben Quadros , disponível em https://www.sanjoaninas.pt/
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Cartaz das Sanjoaninas 2017, da autoria de Rúben Quadros
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Disponível em: https://www.sanjoaninas.pt/?p=55
Antecedentes da Revolução Liberal portuguesa de 1820

Invasões
francesas

Instabilidade
Decadência da
política
agricultura, da Crise económica e As três invasões francesas de 1807 a 1811
manufatura e do financeira
comércio Ausência da
família real no
Brasil

Domínio da
Inglaterra sobre
o país

General Beresford
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Embarque da família real para o Brasil (1807)
A preparação da Revolução - 1820

O Sinédrio Sociedade secreta, criada no Porto, em 1818

Formado por um conjunto de burgueses portuenses e alguns militares, dirigidos pelo juiz
Manuel Fernandes Tomás.

No dia 24 de Agosto de 1820, os


conspiradores fizeram rebentar a
REVOLUÇÃO…
Manuel Fernandes Tomás

…que começou no PORTO…

…espalhando-se por todo o País

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O triunfo da Revolução - 1820

Fim do Absolutismo

Os ingleses foram afastados.


Criou-se um Governo Provisório
Triunfo da Revolução Liberal

O entusiasmo da população de Lisboa a saudar a Junta Provisória do Reino, acabada de chegar ao Rossio.

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Absolutismo vs Liberalismo
Monarquia Absoluta Monarquia Constitucional
comparação ou liberal

Os poderes estão
O rei tinha
divididos :
todos os poderes:
Legislativo Executivo Judicial
Pertencia
Pertencia Pertencia
• fazia as leis às.
ao
aos
Governo.
Cortes. Tribunais.
• mandava-as cumprir O rei e os
Os Os juízes
seus
• era o juiz deputados julgavam
ministros
eleitos quem não
supremo faziam as
faziam
cumpria as
cumprir as
leis. leis.
leis.

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As Cortes Constituintes

Após a REVOLUÇÃO
O Juiz, Manuel Fernandes Tomás,
fundador do Sinédrio
O Governo e autor das
Provisório
bases da Constituição
começou de 1822. a
imediatamente
preparar eleições…
Formaram-se as
Cortes
Constituintes…

O objetivo era elaborar a primeira


Constituição Portuguesa…

Sessão das Cortes Constituintes em 1821


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A Constituição de 1822

…baseada nos princípios da


igualdade e liberdade!

Capa da Constituição portuguesa de 1822

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Regresso do rei do Brasil

D. JoãoVI chega do Brasil,


em 1824, e jurou a 1ª
Constituição Portuguesa

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Evolução política…
A monarquia constitucional começou a ser ameaçada por insurreições
absolutistas, chefiadas por D. Miguel, filho mais novo de D. João VI:

1823: Vilafrancada
1824: Abrilada

D. Miguel
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Evolução política…

1826

Morre D. JoãoVI D. Miguel governa como


regente, aceitando as
condições impostas por D. Pedro
Sucede-lhe seu filho D. Pedro
IV, Imperador do Brasil.
Desejou não sair do Brasil.

1828

D. Miguel dissolve Aclamou-se


as Cortes Liberais rei absoluto

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Evolução política…
Portugal dividiu-se em dois grupos rivais que se confrontavam.

Os Liberais Os Absolutistas

Caricatura representando D. Pedro IV e D. Miguel disputando a coroa portuguesa, por Honoré Daumier, 1833.
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A Guerra Civil – 1832/1834

Na sequência das Em lutas entre


1832, absolutistas
o país mergulha e liberais, são
efetuadas perseguições, prisões e deportações. Muitos
numa Guerra civil pondo em confronto
liberais foram para o estrangeiro e para os Açores.
cidadãos do mesmo país. Essa guerra irá
prolongar-se até 1834.

Espalhando o terror pelo país

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O papel dos Açores…

Os Açores tornam-se palco


de acontecimentos decisivos
para o triunfo do Liberalismo ...

Serão um espaço de
convergência
dos exilados liberais.

Será no arquipélago que se


organiza o exército liberal,
que irá libertar Portugal
do regime absolutista imposto
por D. Miguel ...

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Evolução dos acontecimentos nos Açores…
1810: Chegada dos Deportados da
“Amazonas” à ilha Terceira.
Eram indivíduos vítimas de
perseguições por defenderem ideias
“afrancesadas” ou liberais.
Enfrentaram dificuldades de vária
ordem, mas sobreviveram
politicamente, e acabaram por ter
influência no desenrolar dos
acontecimentos liberais.
...

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Evolução dos acontecimentos nos Açores…

1 de abril de 1821: revolta


constitucional em Angra,
apoiada por diversas
personalidades, em especial,
pelos deportados da Amazonas.
O capitão-general dos Açores
(general Stockler) foi deposto e
foi constituída uma Junta
Provisória para o Governo da
Capitania-Geral.
...

Noticia dos acontecimentos ocorridos na ilha Terceira em 1821


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Evolução dos acontecimentos nos Açores…

3 de abril de 1821: Início da


contrarrevolução em Angra,
chefiada por Stokler.
Desde então, inicia-se um
período de perseguições e
encarceramentos de pessoas
Retrato de D. Miguel.
suspeitas de professarem ideais
liberais.
...
1828: Aclamação de D. Miguel
pelos absolutistas na Câmara
Municipal de Angra.
...

18
Evolução dos acontecimentos nos Açores…

21 de junho de 1828

Revolta no Castelo de São João


Batista e aclamação de D. Pedro
e sua filha D. Maria, em
conformidade com a Carta
Constitucional.
Formação dum Governo interino
do qual fazia parte Teotónio de
Ornelas Bruges.
...

Teotónio de Ornelas, retrato

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Evolução dos acontecimentos nos Açores…

4 de outubro de 1828:
Batalha do Pico do Celeiro- 28 de outubro de 1828:
confronto terrestre entre A cidade de Angra é declarada
liberais e absolutistas, Sede do Governo
verificando-se a vitória dos liberais. dos portugueses, para sustentar
... os direitos de D. Pedro IV e de D. Maria.
Angra passa, igualmente,
a capital da Província dos Açores.
...

Batalha da baía da Praia

11 de agosto de 1829:
Batalha da baía da Praia –
confronto naval em que os
liberais derrotam os miguelistas.
...

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Evolução dos acontecimentos nos Açores…

15 de março de 1830: chega à


Terceira o Marquês de Palmela
que, com o conde de Vila Flor
(mais tarde Duque da Terceira) e
José António Guerreiro, formam o
Governo de Regência, nomeado
por D. Pedro.
...

Marechal Duque da Terceira

Palácio dos Capitães Generais


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Estadia de D. Pedro nos Açores…

22 de fevereiro de 1832: D.
Pedro desembarca em Ponta
Delgada, juntando-se aos liberais
que aí se encontram, seguindo
depois para a ilha Terceira, onde
assumiu a liderança do novo
governo, como Regente.
D. Pedro IV
...

Vista da cidade de Angra do Heroísmo na Ilha Terceira,


séc. XIX.
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Estadia de D. Pedro nos Açores…

Durante a sua estadia nos Açores, D.


Pedro deslocou-se à ilha do Faial e
à ilha de São Jorge em busca de
apoio para a causa liberal.
Paralelamente, na ilha Terceira e em
São Miguel, efetuavam-se os
preparativos para a organização do
exército libertador.
A 27 de julho de 1832 a esquadra
reunida em S. Miguel, deixou os
Açores, em direção ao norte do país,
onde desembarcou perto do Mindelo.
O objetivo era derrubar
definitivamente o Absolutismo em
Vista do porto da cidade de Ponta Delgada na Ilha de S. Miguel, séc. Portugal e entregar o trono a D.
XIX.
Maria II.
...
A expedição Liberal…

O arquipélago dos Açores

Duque da
Terceira

D. Miguel

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A derrota do Absolutismo…

1834 D.Miguel foi expulso de Portugal

Pormenor dum azulejo da estação de caminho de ferro de Sines

Na baía de Sines, D. Miguel embarcou numa fragata inglesa com destino ao exílio
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O triunfo da Monarquia Constitucional…

É o triunfo da Monarquia Constitucional


que irá manter-se em Portugal até 1910,
altura em que será instaurada
a República.

D Maria II – pintura de 1834


O reconhecimento do papel dos Açores…

Em reconhecimento de tantos e
tão destacados serviços, na
Carta Régia de 12 de janeiro de
1837, a Rainha D. Maria II,
conferiu à cidade de Angra o
título de “mui nobre, leal e
sempre constante cidade de
Angra do Heroísmo” e o de
“Muito Notável” à vila da Praia
da Vitória.

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BIBLIOGRAFIA:
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BONIFÁCIO, M.F. (2007). Coleção Reis de Portugal. Ed. Temas e Debates.

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CORDEIRO, Carlos. (2005). Para uma cronologia do oitocentismo açoriano (apoio à lecionação do programa de
História dos Açores II). Ponta Delgada: Universidade dos Açores.

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CEPCEP/DRAC. Disponível em: http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/default.aspx?id=3838

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de Lembranças Luso-Brasileiro. In Navegações (vol. 3, nº. 1, pp. 59-61, jan./jun.). Disponível em:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/navegacoes/article/view/7188/5186

LEITE, José Guilherme Reis. (2008). Pedro IV (D). In L. Arruda e L. C. Pinheiro (Dir.), Enciclopédia Açoriana. Lisboa:
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LEITE, José Guilherme Reis. (2004). Teotónio de Ornelas. Ed. Instituto Açoriano de Cultura.

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28
https://www.sanjoaninas.pt/

https://geneall.net/pt/nome/55103/jose-quintino-dias-1-barao-de-monte-brasil/

http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/pgra/livres/Pal%C3%A1cios+da+Presid%C3%AAncia.htm

https://www.google.pt/search?q=pico+da+memoria+angra+do+heroismo&client=firefox-
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https://www.infoescola.com/biografias/dom-pedro-i/

http://www.arqnet.pt/dicionario/terceira1d.html

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a.jpg

http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=9016

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b&dcr=0&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjWt9nN36vZAhW

https://www.google.pt/search?client=firefoxb&dcr=0&biw=1366&bih=631&tbm=isch&sa=1&ei=D22cWrj7LoXxUMa
SoqgL&q=azulejos+esta%C3%A7%C3%A3o+de+comboios+de+sines&oq=azulejos+esta%C3%A7%C3%A3o+de
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