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Dom Pedro I, influenciado por José Bonifácio de Andrade e Silva, defendia a formação de
um grande império que garantisse a unidade territorial brasileira, evitando a
fragmentação ocorrida na América Espanhola. Para isso, ele queria mais poderes, no
intuito de evitar rompimentos e pacificar as províncias em torno do poder central, no Rio
de Janeiro. Esse autoritarismo vindo do imperador despertou a oposição dos brasileiros,
que queriam maior liberdade de ação política. Além disso, Dom Pedro I, além de querer
mais poderes, começou seu reinado privilegiando portugueses.
Dizer que uma Constituição foi outorgada é o mesmo que dizer que ela foi imposta por
um soberano absolutista ou por um chefe de governo autoritário. O texto constitucional
de 1824 foi elaborado por uma comissão de legisladores escolhidos pelo governante e
não foi submetido a nenhuma discussão e nem votação.
A Constituição de 1824
vigorou no Brasil durante todo o período imperial até a Proclamação da República, em
1889.
A Constituição de 1824 estabeleceu no Brasil uma monarquia constitucional hereditária e
representativa. As províncias não teriam autonomia e seriam governadas por pessoas
indicadas pelo imperador. A capital do Império continuou sendo o Rio de Janeiro.
Além disso, a Carta constitucional de 1824 determinou que religião oficial do Império
brasileiro seria a católica, mas as outras religiões poderiam praticar seu culto, de forma
doméstica. Foi estabelecido o regime de Padroado, no qual o imperador tinha o direito
de nomear bispos e outros integrantes da hierarquia eclesiástica do Brasil.
Outra determinação foi o voto censitário, que seria indireto e dividido em duas fases: os
eleitores que comprovassem determinada renda anual teriam direito de escolher seus
representantes, que, por fim, elegeriam os deputados e senadores.