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FAMETRO

AVALIAÇÃO CONTINUADA - N2
CASOS DE TEORIA DO DIREITO
TURMA:
03/11/2021
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CASO 01

Uma servidora pública municipal requereu a


concessão de licença para o acompanhamento de
seu marido, sem ônus para a administração
pública municipal, a fim de acompanhá-lo em
curso de pós-graduação no exterior. No entanto, o
Estatuto do Servidor Público Municipal não previu
a hipótese de licença para acompanhamento de
parentes. De igual forma, o Estatuto do Servidor
Público Estadual (Lei Estadual) também não
contém nenhum dispositivo sobre o tema, que
pode ser encontrado na lei que regula Regime
Jurídico Único do Servidor Público Federal (Lei
Federal).

Como advogado, que solução argumentativa,


levando em consideração a teoria do
ordenamento jurídico e o problema das lacunas,
você daria ao caso?
Caso 02

Maria adquiriu um imóvel da Construtora XPTO e,


em razão da má-execução do serviço, ingressou,
com ação indenizatória requerendo a condenação
em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) da referida
empresa. Contudo, embora a relação seja de
consumo, regida pelo CDC, este diploma legal não
regulou a prescrição da pretensão indenizatória
pela má-execução do contrato.

Sabendo que Código de Defesa do Consumidor é


lei especial em relação ao Código Civil e este
regula a prescrição pela má-execução do
serviço, indaga-se:

Como juiz, qual seria a solução que você


encaminharia para resolver a questão da
prescrição não prevista no Código de Defesa do
Consumidor.
Caso 03

Um Concurseiro ingressou com demanda judicial


impugnando o edital do concurso para Defensor Público
da União, que exigia a inscrição na OAB como requisito
para posse e exercício da função, conforme estabelece 1o
do art. 3o do Estatuto dos Advogados, que assim dispõe:
§ 1º Exercem atividade de advocacia, sujeitando-se ao
regime desta lei, além do regime próprio a que se
subordinem, os integrantes da Advocacia-Geral da
União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da
Defensoria Pública e das Procuradorias e
Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e das respectivas entidades
de administração indireta e fundacional.

No entanto, segundo o Concurseiro, a Lei Complementar


n. 80/1994 (Lei Orgânica da Defensoria Pública da União
e do Distrito Federal) em seu art. 4o, parágrafo 6o, dispõe
que:

Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública,


dentre outras: (...)
§ 6º A capacidade postulatória do Defensor Público
decorre exclusivamente de sua nomeação e posse no
cargo público. (Incluído pela Lei Complementar nº 132, de
2009).
Como juiz, considerando a demanda proposta e seu
fundamento, como você decidiria a lide, considerando
que só o advogado possui capacidade postulatória
(atuação técnica em juízo), segundo o Estatuto do Advogado?

Caso 04

A Lei 11.419/2006, Lei do Processo Judicial


Eletrônico, prevê dois tipos de intimações. A
primeira intimação tratada no art. 4º é aquela
realizada por publicação no Diário da Justiça
Eletrônico; e, a segunda, referida no art. 5º, é feita
pelo Portal Eletrônico no qual os advogados,
previamente, se cadastram nos sistemas
eletrônicos dos Tribunais para receberem a
comunicação dos atos processuais.

Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico


(jornal eletrônico), disponibilizado em sítio da rede mundial de
computadores, para publicação de atos judiciais e
administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem
como comunicações em geral.

Art. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal


próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2º desta Lei,
dispensando-se a publicação no órgão oficial (Diário da Justiça
Eletrônico), inclusive eletrônico.
§ 6º As intimações feitas na forma deste artigo, inclusive da
Fazenda Pública, serão consideradas pessoais para todos os
efeitos legais.

Se houvesse duplicidade de intimações em datas


diferentes de uma sentença, uma no Diário
Eletrônico e outro no Portal de um Tribunal, qual das
duas intimações deveria prevalecer? Nesse caso,
haveria antinomia entre os dois dispositivos da Lei n.
11.419/2006?

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