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AO JUÍZO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PETRÓPOLIS/RJ

Processo n.º 0006205-45.2022.8.19.0042

A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, em prol do


seu Centro de Estudos Jurídicos – CEJUR (órgão voltado primordialmente à
capacitação dos integrantes da instituição, conforme art. 1º da Lei Estadual nº.
1.146/1987), vem, em atenção ao r. despacho do id. 189, apresentar suas

CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO

interposto pela parte autora, com base nos fatos e fundamentos jurídicos que seguem
em anexo, requerendo, após o cumprimento das formalidades legais, a remessa ao
Egrégio Tribunal de Justiça.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 26 de junho de 2023.

Henrique Guelber de Mendonça

Defensor Público - Diretor-Geral do Centro de Estudos Jurídicos

Mat. 969.578-4

Bruna de Oliveira Pizzari

Defensora Pública - Diretora de Capacitação do Centro de Estudos Jurídicos

Mat. 969.617-0
CONTRARRAZÕES RECURSAIS

RECORRENTE: FIRENZE COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA

RECORRIDO: DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Egrégio Tribunal

Colenda Câmara,

1. DA TEMPESTIVIDADE

A Recorrida, Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, possui as


prerrogativas legais do prazo em dobro e da intimação pessoal. Os defensores públicos
subscritores tomaram ciência das razões recursais em 7 de novembro de 2023. Assim
sendo, a resposta ao recurso interposto encontra-se tempestiva.

2. DOS FATOS

A ora recorrente ajuizou embargos de terceiro em face do Centro Estudos


Jurídicos da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, visando o levantamento
de restrição perante o RENAJUD lançada sobre veículo supostamente de sua
propriedade.
O CEJUR/DPGE apresentou resposta no prazo legal (id. 72), demonstrando que
a restrição foi realizada de forma correta, e que já havia sido removida. Dessa forma,
pugnou-se pela extinção do processo sem resolução do mérito em razão da perda do
objeto, com a condenação do embargante em honorários advocatícios nos termos do
art. 85, § 10, CPC, uma vez que, diante do princípio da causalidade, deixou de atuar
com o zelo esperado provocando, errônea e desnecessariamente, o aparato judicial na
hipótese. No mérito, requereu a improcedência dos pedidos iniciais.
O embargante se manifestou em réplica (id. 97) e o embargado apresentou suas
considerações finais (id. 117).
O douto juiz a quo prolatou a r. sentença (id. 135), julgando extinto o processo
sem resolução do mérito, na forma do artigo 485, VI, do CPC. Despesas processuais
adiantadas, ausente condenação em honorários.
Inconformado, o embargante, ora recorrente, opôs embargos de declaração,
aos quais fora dado provimento para afirmar não haver que se falar em condenação do
CEJUR nos ônus sucumbenciais, pois a despeito de determinada a restrição veicular
após seu requerimento, a baixa somente foi determinada em razão do posterior
pagamento feito pelo devedor (id. 153).
Da r. sentença (id. 135 e 153), foi interposto recurso de apelação pelo
embargante, alegando, preliminarmente, a nulidade da r. decisão, diante de suposta
ausência de fundamentação. No mérito, a necessidade de reforma, a fim de que sejam
os embargos de terceiros sejam julgados procedentes, declarando a ilegalidade da
restrição e boa-fé do recorrente e, por fim, condenando o CEJUR/DPGE ao pagamento
dos ônus de sucumbência.

3. DA INEXISTÊNCIA DE NULIDADE

Primeiramente, há de ser afastada a alegação suscitada pelo recorrente no


sentido da nulidade da r. sentença, pela inobservância do artigo 489, § 1º, inciso IV,
do CPC (“art. 489, §1º - Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja
ela interlocutória, sentença ou acórdão que: (...) IV - não enfrentar todos os argumentos
deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo
julgador;”).
No presente caso, foi prolatada uma sentença terminativa, o que por
consequência impede o juiz de apreciar o mérito, não havendo que se falar em vício
pelo não enfrentamento das matérias de mérito deduzidas pelo ora recorrente.

Ainda, cabe destacar que, com a oposição dos embargos de declaração, a r.


sentença do id. 135 foi devidamente integrada no id. 153, oportunidade em que foram
expostas as razões consideradas pelo i. julgador para a não condenação do
CEJUR/DPGE nos ônus da sucumbência.

Dessa forma, diante da inexistência de qualquer vício da r. decisão, não razão


para o acolhimento do pedido de anulação.

4. DO MÉRITO RECURSAL

4.1 - Da impossibilidade da condenação do CEJUR/DPGE nos ônus de


sucumbência:

Neste ponto, como muito bem fundamentado pelo douto juiz a quo, ao dar
provimento aos embargos do declaração do ora recorrente, no caso em tela, não há
que se falar em condenação do CEJUR nos ônus sucumbenciais, pois a despeito de
determinada a restrição veicular após o seu requerimento, a baixa somente foi
determinada em razão do posterior pagamento feito pelo devedor (id. 153).
Conforme será adiante demonstrado, no momento em que foi requerida a
restrição lançada ao veículo pelo CEJUR/DPGE, esta ocorreu de forma regular, sendo
devidamente removida ao tempo do pagamento do débito pelo devedor.
Dessa forma, e somente para fins de argumentação, quando da análise de
eventual condenação aos ônus de sucumbência com base no princípio da
causalidade, verifica-se que não teria sido o CEJUR/DPGE quem teria dado causa
ao processo, sem justo motivo.
Reforce-se que tal alegação deve ser considerada apenas para fins de
argumentação, pois, como se sabe, além do aspecto legal, não se conforma com a
nossa Constituição da República a exigência do pagamento de custas e honorários
pela Defensoria Pública.
Vejamos:
A legislação estadual confere isenção a todas as atuações processuais (e
extraprocessuais) da Defensoria fluminense. Nesse sentido, o inciso IX do art. 87 da Lei
Complementar Estadual n. 06/1977 elenca, como prerrogativa dos membros da
Defensoria Pública, “agir, em Juízo ou fora dele, com dispensa de emolumentos e
custas”.

De forma ainda mais direta, a lei que rege o CEJUR – Lei n. 1.146/1987, com a
atualização que lhe foi dada pela Lei n. 9.019/2020 – garante a gratuidade relativa aos
atos de postulação e execução de honorários. Confira-se:

Art. 3º Constituirão receita do Fundo:

I - os honorários que caibam à Defensoria Pública em qualquer


processo judicial, bem como em atuações extrajudiciais;

(...)

Parágrafo único. A Defensoria Pública do Estado do Rio de


Janeiro, pelos seus órgãos de atuação, postulará e executará as
verbas mencionadas no inciso I deste artigo, observadas as
isenções previstas no art. 91, caput, e no § 1º do art. 1.007 da
Lei Federal nº 13.105, de 16 de março de 2015 – Código de
Processo Civil.

Note-se que a legislação estadual prima pela isonomia, na medida em que


também têm isenção de custas a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, os
Territórios Federais e as respectivas autarquias e fundações públicas de direito público
(art. 17, IX, da Lei n. 3.350/1999), bem como o Ministério Público quanto às ações que
intenta e recursos que interpõe (art. 18, IV, da Lei n. 3.350/1999). Deveras, não faria
sentido algum, sob a perspectiva da isonomia constitucional, que todas essas entidades
tivessem isenção e a Defensoria – igualmente pública e igualmente guardiã de recursos
públicos e indisponíveis – dela não gozasse.

Outrossim, a legislação estadual, ao prever a gratuidade, escora a função


institucional da Defensoria Pública prevista no art. 4º, XXI, da Lei Complementar
80/1994, qual seja:

Art. 4º São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre


outras: (...)

XXI – executar e receber as verbas sucumbenciais decorrentes


de sua atuação, inclusive quando devidas por quaisquer entes
públicos, destinando-as a fundos geridos pela Defensoria
Pública e destinados, exclusivamente, ao aparelhamento da
Defensoria Pública e à capacitação profissional de seus
membros e servidores; (...)

Como se não bastasse, há regra específica no CPC – o § 5º do art. 99 –


sobrea isenção de custas quanto aos recursos da Defensoria sobre honorários. E no
que toca aos recursos da instituição em geral? Aplica- se o mesmo regime?

De acordo com a parte final do § 1º do art. 1.007 do CPC, estão


dispensados de preparo aqueles “que gozam de isenção legal”. É exatamente o caso da
Defensoria Pública fluminense, mercê do já mencionado inciso IX do art. 87 da Lei
Complementar estadual n. 06/1977.

Não é só. Também os recursos interpostos pelos Estados e respectivas


autarquias, nos termos do § 1º do art. 1.007 do CPC, estão dispensados de preparo. Eis
a redação do dispositivo: “São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de
retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito
Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam
de isenção legal.”

A disposição abrange as Defensorias estaduais (e a Defensoria Pública da


União)? Seguramente que sim.

É certo que, conforme o § 2º do art. 134 da Constituição (incluído pela


Emenda n. 45/2004), “Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no
art. 99, § 2º”. Mas tal autonomia, à evidência, não retira as Defensorias da órbita do
Estado a que pertencem. Houvesse realmente esse estranho efeito, onde se situariam
as Defensorias estaduais em termos orgânicos? Em uma espécie de vácuo? É o próprio
§ 2º do art. 134 da Constituição que fala em “Defensorias Públicas Estaduais”.

Insista-se. A Defensoria Pública, sendo órgão do Estado, não pode deixar de


beneficiar-se da isenção a ele outorgada. E isso nada tem a ver com a autonomia
constitucional da Defensoria. Embora autônoma, trata-se de entidade situada sem
qualquer dúvida dentro do Estado. São questões logicamente inconfundíveis, não
havendo entre elas qualquer relação de prejudicialidade.

Diga-se ainda: a autonomia deferida à Defensoria veio obviamente para


favorecer os elevados propósitos que a Constituição lhe atribuiu, não podendo servir
como pretexto para, em sentido contrário, estorvar os caminhos da instituição.

Reforçando o que acabou de ser dito, observe-se o teor do art. 91 do CPC,


tratando sobre despesas processuais (termo que abrange, nos termos do art. 84 do
mesmo Código, as custas processuais, inclusive naturalmente as custas recursais): “As
despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do
Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.”

Como visto acima, só uma interpretação implacavelmente restritiva e pró-


fisco do CPC e da legislação estadual poderia chegar à exigência do pagamento de
custas e honorários pela Defensoria Pública. E tal interpretação, a par de não observar o
sistema legal, não se mostraria nem um pouco afinada com valores cruciais da nossa
ordem constitucional, sobretudo o magno princípio da isonomia.

Com efeito, a Defensoria é instituição integralmente pública. Suas atuações


são timbradas pela nota da indisponibilidade, inclusive quando pleiteia honorários,
verba destinada ao crucial aparelhamento da instituição e à não menos imprescindível
capacitação dos seus integrantes (conforme art. 4º, XXI, da Lei Complementar federal n.
80/1994). O que justificaria então que União, Distrito Federal, Estados, Municípios e
respectivas autarquias, bem como o Ministério Público, pudessem beneficiar-se da
dispensa de custas, e não a Defensoria Pública? Por que exclusivamente a Defensoria
Pública, no plano do poder público brasileiro, haveria de pagar custas? Decerto não se
conseguiria apontar qualquer razão relevante do ponto de vista constitucional que
pudesse justificar tal discriminação, muito pelo contrário.

Pense-se, a propósito, na hipótese de fixação de honorários em primeiro


grau considerada aquém do mínimo legal pela Defensoria Pública e, por outro lado,
reputada excessiva pelo ente público adversário. Ambos recorrem. Só o ente público
adversário deveria ser beneficiado pela dispensa de custas? Evidentemente que não,
sob pena de crassa e inexplicável afronta ao princípio constitucional da isonomia,
violando-se ao mesmo tempo, por tabela, o devido processo legal.

É bom lembrar que o art. 8º do CPC insere entre as normas fundamentais


do processo civil a proporcionalidade e a razoabilidade, postulados igualmente
constitucionais. E não parece minimamente razoável o entendimento de que só a
Defensoria Pública, na esfera das entidades públicas brasileiras, não goza de isenção de
custas.

De resto, regra de ouro da hermenêutica prescreve que a interpretação de


textos legais não pode conduzir a resultados absurdos.
Ou seja, não é apenas o aspecto legal que indica a impropriedade da
exigência do pagamento de custas e honorários pela Defensoria. Tal exigência fica
ainda mais questionável à luz da nossa ordem constitucional.

Em conclusão:

a) O inciso IX do art. 87 da Lei Complementar estadual n. 06/1977 e o


parágrafo único do art. 3º da Lei estadual n. 1.146/1987 (com redação da Lei
estadual n. 9.019/2020) garantem isenção ampla às atuações processuais (e
extraprocessuais) da Defensoria fluminense, motivo pelo qual é incabível a
condenação em custas e honorários.

b) A par da isenção deferida pela legislação do Estado do Rio de Janeiro, a


atuação em geral da Defensoria Pública, sendo órgão do Estado, beneficiam-se da
isenção de preparo recursal a este outorgada pelo § 1º do art. 1.007 do CPC,
considerando se tratar de espécie de custas judiciais.

c) A autonomia constitucional da Defensoria Pública não a retira da esfera


orgânica do Estado; além disso, a autonomia veio para favorecer os elevados fins
atribuídos à instituição, nunca para estorvar a sua atuação.

d) O CEJUR não é um órgão alheio à estrutura da Defensoria Pública do


estado do Rio de Janeiro, não possui CNPJ próprio e distinto, logo, uma
condenação contra o CEJUR é diretamente uma condenação contra a Defensoria
Pública.

e) A condenação da Defensoria Pública em custas e honorários advocatícios


desprezaria valores relevantes da nossa ordem constitucional, sobretudo o magno
princípio da isonomia, além de se revelar sobremaneira irrazoável (em detrimento
também do art. 8º do CPC).

Conclui-se, portanto, pela impossibilidade absoluta da imposição de custas e


honorários advocatícios, conclusão a que se chega por diversos caminhos, levando-se
em conta a ordem constitucional, a sistemática do CPC e a legislação estadual.
4.2 - Da legalidade da restrição e da atuação de boa-fé do CEJUR/DPGE:

No mérito, inevitável retornar ao exaustivamente já exposto sobre os


acontecimentos no processo originário (processo n. 0028316-96.2017.8.19.0042). A
finalidade é tentar novamente esclarecer que a Defensoria Pública era uma credora em
busca da satisfação de seu crédito. O Sr. Marcos, devedor, agindo de má-fé, a fim de
evitar sua obrigação com a Defensoria Pública e sem se importar em causar prejuízo a
terceiros, vendeu seu veículo ao embargante.

No processo em apenso, verifica-se no id. 451 que a sentença condenou o Sr.


Marcos Angelim Vargas ao pagamento de honorários advocatícios ao CEJUR/DPERJ. A
intimação do Sr. Marcos para pagamento foi certificada pelo oficial de justiça em
09/03/2021 (id. 526).

Diante da ausência de pagamento voluntário do Sr. Marcos, a Defensoria


Pública requereu a penhora online em 14/07/2021 (id. 534 do apenso), que restou
infrutífera (id. 539). Então, foram requeridas a consulta ao Renajud (id. 543), em
23/07/2021, e a restrição do bem encontrado (id. 550), em 03/08/2021.

No id. 555 do apenso, verifica-se que a restrição judicial do veículo inserida


no Renajud em 02/08/2021. Cabe observar que, na data, o veículo estava
registrado no nome do sr. Marcos.

Até aqui, verifica-se que a alienação do veículo promovida pelo sr. Marcos
para o embargante ocorreu depois de decisão pela condenação em honorários
advocatícios, do início da execução, dos pedidos de constrição. Tudo de
conhecimento do sr. Marcos.

O ora recorrente manifestou-se no apenso, mas decisão judicial manteve a


restrição (id. 570 do apenso) pela ineficácia dos documentos juntados pelo ora
embargante.
Diante do pagamento efetuado pelo sr. Marcos, a execução foi extinta e a
restrição no Renajud foi retirada conforme decidido no id. 683 do apenso. A
restrição no Renajud foi removida em 12/12/2022 (apenso, anexo 1, id. 87).

Dessa forma, da simples análise do processo principal restou claro que


foi o Sr. Marcos quem agiu de má-fé perante o CEJUR, seu credor, e também
perante o recorrente.

O Sr. Marcos estava ciente de suas obrigações, mas permaneceu


inadimplente por muito tempo.

Ainda, mesmo sabendo de sua dívida, o Sr. Marcos vendeu o seu veículo
para o embargante, o que, nos termos do art. 792 do CPC, configura fraude à execução.

Essa questão foi discutida no processo apenso, sendo decidida no


sentido da manutenção da restrição e declaração da ineficácia da alienação.

Após o pagamento da dívida pelo Sr. Marcos, em 12/12/2022 a


restrição no Renajud foi removida (apenso, anexo 1, id. 87).

Assim, não há razão para a reforma da r. sentença, seja


pela perda do objeto diante do levantamento da restrição, seja pela sua patente
improcedência dos embargos de terceiro, uma vez que houve decisão judicial no
sentido da manutenção da restrição e ineficácia da alienação.

5. DO PREQUETIONAMENTO

As presentes contrarrazões ao recurso de apelação trouxeram à baila discussão


sobre os artigos 5º, inciso XXXV, e 134, ambos da Constituição da República, assim
como os artigos 85, §10º; 99, §5º; 489, §1º, IV e 1.007, §1º, todos do Código de
Processo Civil, artigo 87, IX, da LC Esadual 6/77 e artigo 4º, inciso XXI, da LC 80/94,
razão pela qual requer que esta Colenda Câmara expressamente se manifeste acerca
dos dispositivos supra citados.

6. DA CONCLUSÃO

Por todas as razões expostas, e invocando os mais elevados suprimentos deste


Egrégio Tribunal de Justiça, pugna-se seja negado provimento ao recurso de apelação
interposto (id. 163), mantendo-se a respeitável sentença recorrida, sem prejuízo da
condenação do recorrente em honorários advocatícios, nos termos do art. 85, §§ 10 e 11,
CPC, uma vez que, diante do princípio da causalidade, mais uma vez deixou de atuar com o
zelo esperado provocando, errônea e desnecessariamente, o aparato judicial.

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2023.

Henrique Guelber de Mendonça

Defensor Público - Diretor-Geral do Centro de Estudos Jurídicos

Mat. 969.578-4

Bruna de Oliveira Pizzari

Defensora Pública - Diretora de Capacitação do Centro de Estudos Jurídicos

Mat. 969.617-0

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