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Contratos de consumo e
conexidade contratual
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• Boa-fé;
• Informação;
• Cooperação; Deveres
• Eficiência e agilidade;
• Mitigação dos próprios anexos nas
prejuízos (duty to mitigate
the loss); relações
• Sigilo, proteção de dados;
• …
contratuais
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Conexidade contratual
“entender as coisas sistematicamente significa, literalmente, colocá-
las dentro de um contexto, estabelecer a natureza das suas relações.”
Fritjof Capra
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Do contrato ilhado,
para o arquipélago.
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Coligação e conexidade:
finalidade supracontratual comum
• Os contratos coligados mantêm as suas • Conexidade é “o fenômeno operacional
individualidades e incidem, paralela e econômico de multiplicidade de
conjuntamente, sobre a mesma relação vínculos, contratos, pessoas e
jurídica básica. Não há nexo de operações para atingir um fim
acessoriedade entre eles, mas sim de econômico unitário e nasce da
interdependência. especialização das tarefas produtivas,
da formação redes de fornecedores no
mercado e, eventualmente, da vontade
Paulo Luiz Netto Lôbo das partes.”
Inicialmente, esclareça-se que o microssistema normativo do CDC conferiu ao consumidor o direito de demandar contra
quaisquer dos integrantes da cadeia produtiva com o objetivo de alcançar a plena reparação de prejuízos sofridos no curso da
relação de consumo. Ademais, a regra do art. 18 do CDC, ao regular a responsabilidade por vício do produto, deixa expressa a
responsabilidade solidária entre todos os fornecedores integrantes da cadeia de consumo. [...]
STJ - REsp 1.379.839-SP, Rel. originária Min. Nancy Andrighi, Rel. para Acórdão Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 11/11/2014, DJe 15/12/2014.
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Diferenciação de preços e
Comércio Eletrônico
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Preços
diferenciados
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Decreto nº
5.903/2006,
ART. 9º CONFIGURAM INFRAÇÕES AO DIREITO regulamenta a Lei
BÁSICO DO CONSUMIDOR À INFORMAÇÃO
ADEQUADA E CLARA SOBRE OS DIFERENTES no 10.962, de 11
PRODUTOS E SERVIÇOS, SUJEITANDO O INFRATOR ÀS de outubro de
PENALIDADES PREVISTAS NA LEI NO 8.078, DE 1990,
AS SEGUINTES CONDUTAS: [...] 2004, e a Lei no
8.078, de 11 de
VII - ATRIBUIR PREÇOS DISTINTOS PARA O MESMO setembro de 1990.
ITEM;
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Diferenciação lícita
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LEI Nº 13.455, DE 26 DE JUNHO DE 2017, Conversão da Medida Provisória nº 764, de 2016, dispõe sobre a
diferenciação de preços de bens e serviços oferecidos ao público em função do prazo ou do instrumento de
pagamento utilizado, e altera a Lei no 10.962, de 11 de outubro de 2004.
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Decreto 7.962/2013
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prevenção
consumidor:
Insegurança: Inadequação:
dever de segurança dever de adequação
Responsabilidade do comerciante
Responsabilidade do comerciante
A Terceira Turma do STJ, em fevereiro de 2018, ao
revisitar o tema da responsabilidade do fornecedor
em relação à disponibilização e prestação de serviço
• Uma nova de assistência técnica, reconheceu com base no art.
perspectiva do STJ 18, caput, e § 1º, do CDC o dever de o comerciante
“participar ativamente do processo de reparo,
intermediando a relação entre consumidor e
fabricante”, até mesmo porque o comerciante,
diferentemente do consumidor, possui uma relação
direta com o fabricante ou seu representante legal.
Tutela do tempo
do consumidor
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Particular;
O Tempo é Infungível;
um bem Indisponível;
jurídico
Incorpóreo;
de natureza sui
generis Indivisível;
Fora do comércio (classificação do CC/1916).
Polêmica:
de cancelamento de voo doméstico.
•4. Na específica hipótese de atraso ou cancelamento de voo operado por
companhia aérea, não se vislumbra que o dano moral possa ser presumido
em decorrência da mera demora e eventual desconforto, aflição e
transtornos suportados pelo passageiro. Isso porque vários outros fatores
RESP.1.796
devem ser considerados a fim de que se possa investigar acerca da real
ocorrência do dano moral, exigindo-se, por conseguinte, a prova, por parte
do passageiro, da lesão extrapatrimonial sofrida.
•5. Sem dúvida, as circunstâncias que envolvem o caso concreto servirão de
baliza para a possível comprovação e a consequente constatação da ocorrência
.716
do dano moral. A exemplo, pode-se citar particularidades a serem observadas:
i) a averiguação acerca do tempo que se levou para a solução do problema, isto
é, a real duração do atraso; ii) se a companhia aérea ofertou alternativas para
melhor atender aos passageiros; iii) se foram prestadas a tempo e modo
informações claras e precisas por parte da companhia aérea a fim de amenizar
os desconfortos inerentes à ocasião; iv) se foi oferecido suporte material
(alimentação, hospedagem, etc.) quando o atraso for considerável; v) se o
passageiro, devido ao atraso da aeronave, acabou por perder compromisso
inadiável no destino, dentre outros. 6. Na hipótese, não foi invocado nenhum
fato extraordinário que tenha ofendido o âmago da personalidade do
recorrente. Via de consequência, não há como se falar em abalo moral
indenizável. 7. Recurso especial conhecido e não provido, com majoração de
honorários.
•(STJ - REsp 1.796.716/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 27/08/2019, DJe 29/08/2019)
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Liberdade de Direito à
expressão privacidade Tutela do
tempo
Direito de Função
propriedade social Outros
interesses
sociais
Direito à Reserva do
saúde possível
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A caracterização in re
ipsa significa que, uma
vez provado o fato lesivo,
demonstrado estará, ipso
facto, o dano moral.
OLIVA, Milena Donato. Dano moral e inadimplemento
contratual nas relações de consumo. São Paulo,
Revista de Direito do Consumidor, v. 93, p. 13-28,
maio/jun. 2014.
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Dever de
indenizar:
Menosprezo
Planejado
Fundamento do dever de reparar
Haftungsgrundlage
Tempo do
consumidor
o tempo do
Menosprezo
consumidor deve
planejado?
ser respeitado!
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Menosprezo planejado
O tempo do consumidor poderia ter sido poupado
O consumidor ou a sua demanda foram
menosprezados pelo fornecedor? pelo fornecedor com instrumentos para aumentar
a segurança das contratações?
• O menosprezo reside na desvalorização
do tempo e dos esforços travados pelo • Ao implementar sistemas morosos e deixar de
consumidor em uma relação jurídica de investir adequadamente na cadeia produtiva o
consumo, em qualquer de suas fases, fornecedor transfere ao consumidor o ônus
seja para resolução de um vício do decorrente de sua inércia, ou melhor dizendo,
produto ou do serviço, seja para
compreender as instruções técnicas os riscos inerentes à sua própria atividade. E tal
inadequadamente apresentadas, por conduta desidiosa pode gerar danos.
exemplo.
Possíveis
fornecedor e a adesão voluntária a programas alternativos
de resolução de conflitos;
3. Os investimentos em estruturação e treinamento para
atendimento às demandas dos consumidores, em
Critérios
proporção compatível com o desempenho da empresa;
4. O tempo de espera para atendimento ao consumidor que
possui uma demanda ou reclamação, assim como se houve
ou não violação aos critérios estabelecidos pelo Decreto do
SAC ou pelas agências reguladoras;
5. O tempo de resposta do fornecedor no caso, analisando-se
a proporcionalidade entre o grau de dificuldade da
diligência e o tempo até a resolução definitiva do
problema;
6. A ocorrência de situações extremas, desastres naturais ou
outras catástrofes, que não se confundem com os riscos da
atividade (fortuito interno), mas que tornaram o atraso da
prestação inevitável.
Da apresentação,
de Claudia Lima Marques