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PRINCÍPIOS GERAIS

DO DIREITO DO
CONSUMIDOR
João Victor Soares Cristaldo - 476081
PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE
BASEADO NO ABISMO DAS RELAÇÕES ENTRE O
CONSUMIDOR E O FORNECEDOR

Fornecedor
Está disposto no Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 4º,
I
"I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no Consumidor
mercado de consumo”

Encontra suporte no texto Constitucional, em seu art.5º, XXXIII, da


CF

Esse princípio não é afetado pelo valor do produto adquirido,


podendo existir, até mesmo, um desequilíbrio financeiro favorável
ao consumidor
TIPOS DE VULNERABILIDADE VULNERABILIDADE
FÁTICA

advém da relação de
superioridade, do poder que o
VULNERABILIDADE VULNERABILIDADE
fornecedor tem no mercado de
TÉCNICA JURÍDICA consumo em relação ao
consumidor.

nada mais é que o é a falta de conhecimento


VULNERABILIDADE
desconhecimento técnico sobre jurídico que permita ao
o objeto (produto ou serviço) consumidor entender as
INFORMACIONAL
da relação de consumo. consequências jurídicas daquilo
a que se obriga e se advém da ausência,
desvencilhar das abusividades insuficiência ou complexidade
do mercado. da informação prestada que
não permite compreensão pelo
consumidor.
PRINCÍPIO DA
Está prevista no art. 6º, VIII, do CDC

HIPOSSUFICIÊNCIA VIII – a facilitação da defesa de seus direitos,


inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for

Fornecedor verossímil a alegação ou quando for ele


hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências”

É necessário destacar que vulnerabilidade e


hipossuficiência não se confundem.

A vulnerabilidade é intrínseca ao consumidor Já a


hipossuficiência diz respeito ao conhecimento

Consumidor técnico que possui o consumidor em relação ao


produto ou serviço adquirido e em relação às suas
condições de comprovação em juízo de seu direito.
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
OBJETIVA
PARA JUDITH MARTINS COSTA, O PRINCÍPIO DA
BOA-FÉ OBJETIVA GUARDA RELAÇÃO DIRETA
COM OS DEVERES ANEXOS OU LATERAIS DE Portanto, eles devem agir
CONDUTA. pautados em comportamento
leal, cooperativo e respeitoso,
em todas as fases do negócio.

Previsto no art. 4º, III, da Lei 8.078/90, o princípio da boa-fé


exige no contrato de consumo o máximo de respeito e
colaboração entre os negociantes.
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
É o princípio da confiança, instituído pelo Um dos principais efeitos do
CDC, para garantir ao consumidor a princípio da confiança é
adequação do produto e do serviço, para trazido pelo art. 30 do
evitar riscos e prejuízos oriundos dos CDC
produtos e serviços, para assegurar o
ressarcimento do consumidor, em caso de
insolvência, de abuso, desvio da pessoa onde cria-se uma obrigação pré-
jurídica-fornecedora. contratual objetivando-se impedir que
se frustrem as expectativas dos
consumidores em tais contratações.
Intimamente ligado ao princípio da
transparência
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO

Está previsto no art. 4º, Está previsto no nosso O princípio da


caput, do CDC. ordenamento jurídico no informação permite que
Intrinsecamente ligado art. 4º, IV, do Código do as expectativas do
ao Princípio da Boa-fé Direito do Consumidor consumidor em relação a
um produto ou serviço
sejam atingidas
Incluiu-se na Política Nacional Por este princípio temos que a
das Relações de Consumo o informação, para o direito do
objetivo de assegurar a consumidor, possui duas óticas. somente a vontade livre e bem
transparência nas relações de Enquanto o fornecedor possui informada é suficiente para a
consumo, impondo às partes do o dever de informar, o validação dos contratos.
dever de agir de forma consumidor tem o direito de
transparente e leal. ser informado.
Princípio da Diante da evidente superioridade de forças

proteção a do fornecedor em detrimento ao consumidor,


novamente ficou clara que a intenção do
práticas legislador é garantir uma relação de

abusivas paridade de partes. A ideia é garantir que


aquele não venha agir de forma a abusar de
sua posição.

Este princípio do direito do consumidor está


previsto no art. 39 do CDC. O item traz um
rol exemplificativo de práticas abusivas
vedadas. Deste modo, verifica-se a
preocupação do legislador em relação às
práticas comerciais.
Princípio da
Após leitura do art. 51 do CDC, podemos
afirmar que a lei consumerista representa

função forte mitigação ao pacta sunt servanda


(acordos devem ser mantidos). Ela prevê,
social do embora tacitamente, a função social do

contrato contrato, equilibrando a relação entre


consumidor e fornecedor, para afastar a
aplicabilidade de cláusulas consideradas
abusivas

É de se ressaltar que a nulidade de uma


cláusula contratual não invalida todo o
negócio jurídico, já que da interpretação do
§ 2º do mencionado artigo extrai-se o
sentido da conservação contratual.
PRINCÍPIO DA EQUIDADE OU
PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO
CONTRATUAL ABSOLUTO
Segundo o doutrinador João Batista de Almeida, "o
art. 4º do CDC prevê também que deve haver
equilíbrio entre direitos e deveres dos
contratantes. Busca-se a justiça contratual, o
preço justo. Por isso, são vedadas as cláusulas
abusivas, bem como aquelas que proporcionam
vantagem exagerada para o fornecedor ou oneram
excessivamente o consumidor."
Princípio da Segurança Art. 12 O fabricante, o produtor, o
construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente
O CONSUMIDOR TEM O DIREITO da existência de culpa, pela reparação dos
BÁSICO À PROTEÇÃO DE SUA danos causados aos consumidores por
VIDA E DE SUA SAÚDE. ASSIM, defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
O FORNECEDOR NÃO PODE construção, montagem, fórmulas,
COLOCAR NO MERCADO manipulação, apresentação ou
PRODUTOS OU SERVIÇOS QUE acondicionamento de seus produtos, bem
POSSAM OFERECER RISCOS AO como por informações insuficientes ou
CONSUMIDOR. inadequadas sobre sua utilização e riscos.

Art. 14 O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa,

PREVISTO NOS ARTS. 12 E 14 pela reparação dos danos causados aos

DO CDC. consumidores por defeitos relativos à


prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos.
O princípio da reparação integral dispõe que se o consumidor
sofre um dano, a reparação que lhe é devida deve ser a mais
ampla possível, abrangendo, efetivamente, todos os danos
causados.

PRINCÍPIO DA
REPARAÇÃO Assim, dentre os direitos básicos do consumidor, o CDC lista
a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
INTEGRAL morais. Os danos devem ser reparados de forma efetiva, real
e integral, de forma a ressarcir ou compensar o consumidor.

Previsto no art. 6º, inciso VI, do CDC.

Esse princípio está relacionado com a responsabilidade


objetiva que visa à facilitação das demandas em prol dos
consumidores, representando um aspecto material do acesso
à justiça.
REFERÊNCIAS
2014. Manual de direito do consumidor / João Batista de Almeida.

Cavalieri Filho, Sergio. Programa de direito do consumidor. São Paulo. Atlas


S.A. 2008.

MIRAGEM, Bruno; MARQUES, Cláudia Lima. Direito do consumidor. Editora


Revista dos tribunais, 2008.

NUNES, Rizzatto. Curso de direito do consumidor. Saraiva Educação SA, 2018.

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