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CADERNO DE ERROS DIREITO DO CONSUMIDOR:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais


coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou
impostas no fornecimento de produtos e serviços;

(...)

Art. 51. São nulas de pleno direito , entre outras (rol não exaustivo) , as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:

I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por


vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou
disposição de direitos.Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor
pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;

(...)

§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o


contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração,
decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.

§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer


ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a
nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código ou de
qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das
partes.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à


repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável.

AGRAVO INTERNO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA


OU NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DO INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. INCIDÊNCIA DO PRAZO QUINQUENAL PREVISTO NO ART. 27 DO
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. PRECEDENTES DA CORTE. APLICAÇÃO DA SÚMULA
83/STJ.

1. "A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de que, em se tratando de


pretensão de repetição de indébito decorrente de descontos indevidos, por falta de
contratação de empréstimo com a instituição financeira, ou seja, em decorrência de defeito
do serviço bancário, aplica-se o prazo prescricional do art. 27 do CDC" (AgInt no AREsp
1.720.909/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, DJe 24.11.2020).

2. Agravo interno a que se nega provimento.

(AgInt no AREsp n. 1.889.901/PB, relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma,
julgado em 29/11/2021, DJe de 1/12/2021.)

ACERCA DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO:

Súmula 601 do STJ. O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de
direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.

O Ministério Público possui legitimidade para promover a tutela coletiva de direitos


individuais homogêneos, mesmo que de natureza disponível, desde que o interesse
jurídico tutelado possua relevante natureza social. REsp 1.585.794-MG, Rel. Min.
Antonio Carlos Ferreira, Quarta Turma, por unanimidade, julgado em 28/09/2021, DJe
01/10/2021.

A ausência de informação relativa ao preço, por si só, não caracteriza publicidade


enganosa. Para a caracterização da ilegalidade omissiva, a ocultação deve ser de
qualidade essencial do produto, do serviço ou de suas reais condições de contratação,
considerando, na análise do caso concreto, o público alvo do anúncio publicitário. STJ.
4ª Turma. REsp 1705278-MA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado em 19/11/2019
(Info 663).

Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser
exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.

Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:

I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os


transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código,


os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica
base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os
decorrentes de origem comum.

Art. 51, § 2°, do CDC

§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto


quando de sua ausência, apesar dos esforços de integração, decorrer ônus excessivo a
qualquer das partes.

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