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AÇÃO INDENIZATÓRIA
DOS FATOS
O Autor, por não poder contar com a reposição imediata do produto, nem dinheiro
para buscar outro, teve que sofrer o desgaste de ter que procurar por conta os contatos do
fabricante, sem que tivesse igualmente qualquer êxito.
Ao sentir-se lesado, sem qualquer posicionamento das empresas Rés, o Autor
buscou ajuda no PROCON, porém, até o momento nada foi resolvido, razão pela qual intenta a
presente demanda.
Lei. 8.078/90 - Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados,
que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.
Lei. 8.078/90 - Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que
adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Assim, uma vez reconhecido o Autor como destinatário final dos serviços
contratados, e demonstrada sua hipossuficiência técnica, tem-se configurada uma relação
de consumo, conforme entendimento doutrinário sobre o tema:
Com esse postulado, o Réu não pode eximir-se das responsabilidades inerentes à
sua atividade, dentre as quais prestar a devida assistência técnica, visto que se trata de um
fornecedor de produtos que, independentemente de culpa, causou danos efetivos a um de seus
consumidores.
Nesse sentido, a jurisprudência orienta a inversão do ônus da prova para viabilizar o acesso
à justiça:
DO VÍCIO OCULTO
No presente caso, o vício do produto caracteriza-se como vício oculto, uma vez que foi
constatado somente quando ________ , não podendo-se aplicar o prazo decadencial contado
da entrega.Trata-se de vício do produto, que o tornou inadequado para o uso a que se destinava,
perceptível somente no momento do uso, sendo responsabilidade dos Réus a devida reparação,
conforme conceitua "Vício oculto é aquele que já estava presente quando da aquisição do
produto ou do término do serviço, mas que somente se manifestou algum tempo depois; ou
seja, é aquele cuja identificação não se dá com simples exame pelo consumidor."(GARCIA,
Leonardo. Código de defesa do consumidor. Juspodvm. 2017. p.397)Imputa-se ao fornecedor
responsabilidade objetiva pela impropriedade qualitativa ou quantitativa do produto.
APELAÇÃO – "AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE QUANTIA CERTA POR VÍCIO DO PRODUTO
C.C. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS"– Compra e venda de veículo"zero quilômetro"–
Pleito de restituição da quantia paga, além de indenização pelos danos morais -
Ilegitimidade passiva da concessionária – Inocorrência – Todos os fornecedores que compõem a
cadeia de produção e comercialização do produto respondem solidariamente pelos vícios
ocultos – Inteligência do art. 18 do CDC - Alegação de vício do produto – Defeitos mecânicos,
sendo necessária a substituição de peça importada (corpo de borboleta) – Demora na troca da
peça – Responsabilidade das rés caracterizada - Dever de indenizar evidenciado -
Restituição integral e atualizada da quantia paga pelo consumidor – Inteligência
do art. 18, § 1º, II, do CDC – Dano moral caracterizado - Condenação imposta em 1º
grau, no valor de R$5.000,00, que merece ser mantida – Honorários advocatícios reduzidos –
Sentença reformada neste ponto – RECURSO DA CORRÉ FORD MOTOR PARCIALMENTE
PROVIDO, DESPROVIDO O RECURSO REMANESCENTE. (TJ-SP 10146442320138260309 SP
1014644-23.2013.8.26.0309, Relator: Ana Catarina Strauch, Data de Julgamento: 24/10/2017,
27ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/11/2017)RESPONSABILIDADE CIVIL.
ARREMATAÇÃO DE VEÍCULO. VÍCIO OCULTO. ADULTERAÇÃO DE VEÍCULO. Decadência
do direito de obter redibição ou abatimento do preço. Inadmissibilidade. Aplicação do § 1º, do
art. 445, do CC. Vício oculto em que o autor teve ciência apenas com a elaboração do
laudo do Instituto de Criminalística. Veículo que não poderia ser leiloado por
existência de vício oculto (adulteração). Negócio jurídico anulado. Restituição do
valor recebido e despesas realizadas. Abalo moral configurado. Montante fixado condizente às
circunstâncias do caso concreto e aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Juros e
correção monetária nos termos do decidido pelo C. STF no julgamento do RE nº 870947/SE
(Tema 810). Recursos conhecidos e não providos, com observação. (TJ-SP
00017291920118260053 SP 0001729-19.2011.8.26.0053, Relator: Vera Angrisani, Data de
Julgamento: 30/11/2017, 2ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação:
30/11/2017)INDENIZAÇÃO - COMPRA E VENDA DE CELULAR - VÍCIO OCULTO - DANOS
MORAIS. É objetiva a responsabilidade do fabricante pelos vícios ocultos ou
aparentes apresentados pelo produto. É possível a inversão do ônus da prova em favor do
consumidor, incumbindo ao fornecedor o ônus de demonstrar a inexistência dos vícios, sob
pena de sujeitar-se a uma das exigências do art. 18, § 1º, CDC. A existência de vício oculto no
produto não é fato suficiente para caracterizar a ofensa aos sentimentos, honra ou dignidade do
contratante. (TJ-MG - AC: 10284160008975001 MG, Relator: Evangelina Castilho Duarte, Data
de Julgamento: 07/11/0017, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação:
17/11/2017)Razão pela qual, devida a indenização pelos danos materiais e morais sofridos.
DO PEDIDO
6. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à
espécie, especialmente pelos documentos acostados. Dá-se à presente o valor de R$
________ .
Termos em que, pede deferimento.
________ , ________
________
ANEXOS
2. Comprovante de residência
3. Procuração
5. Prova da compra