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de xxxxxxxx-xx
I- DOS FATOS
O autor, Heinekerson Glacial, titular da conta nº 001, na modalidade fácil agência
Veneza Brasileira de uma instituição bancária. Essa conta é criada através de um
aplicativo da empresa ré e é vinculada a uma agência do mesmo banco. A conta do
autor tem um limite de R$500 (quinhentos reais) para movimentações, o que pode ser
aumentado para R$5.000,00 (cinco mil reais) se o usuário tirar uma “selfie” do
documento através do aplicativo.
Em 17 de outubro de 2022, o autor compareceu a agência para resolver um
problema, que foi o bloqueio das transações de conta, pois havia recebido um depósito
de R$ 6.668,17 o que ultrapassa o limite da conta. Sendo atendido pelo Gerente Faraó
do Egito Sousa o autor foi informado que possuía duas opções, sacar todo o valor em
conta ou fazer um “upgrade” para uma conta paga de serviços bancários.
O autor não quer encerrar a conta, devido que, tem recebimentos programados e
certidões retro protocoladas relacionadas ao convênio da OAB/AP e Defensoria Pública
para o dia 28 de outubro de 2022. Então o autor solicitou a abertura de uma conta de
serviços essenciais de acordo com a Resolução nº 3.919/10 do Banco Central do Brasil
(BACEN), mas o gerente se recusou de maneira agressiva e mal educada "que não seria
possível fazer a abertura dessa conta gratuita, porque o banco teria outra resolução
que o desobrigaria a fazer a abertura da conta” e “que na mesma resolução que você
disse, ela diz que existe um contrato entre as partes e que por isso, o banco poderia se
recusar a abrir uma conta para você” momento presenciado pelos gerentes das mesas
ao lado e seguranças do banco, apesar desses estarem mais afastados.
O autor tentou argumentar, mas a gerente o ignorou, disse a ele que iria procurar
seus direitos, então ele disse que “ele tinha o papel de uma resolução lá, mas perdeu,
então essa resolução (do Bacen, informada pelo Autor) não vale.”. O autor deixou a
agência, sentindo-se envergonhado, e comentou a situação com um funcionário
responsável pela triagem nos caixas eletrônicos na saída.
Além disso, também preconiza o Código Civil, em seu art. 927, que “aquele que,
por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo",
especificando exatamente a conduta do Requerido.
Nesse sentido, é merecedor de indenização por danos morais, a professora Maria
Helena Diniz explica que dano moral:
"é a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação,
o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados
de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do
dano”. (...) “o direito não repara qualquer padecimento, dor ou
aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem
jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido
juridicamente".
(Curso de Direito Civil - Responsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18a ed.,
7ov., c.3.1, p.92).
Assim, é inegável a responsabilidade do fornecedor, pois os danos morais são
também aplicados como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta
praticada pela parte Ré, que de fato prejudicou o Autor da ação.
III.V - DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar as funções
ressarcitórias e putativas da indenização, bem como a repercussão do dano, a
possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de
fonte de lucro.
Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que:
“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia
que, de acordo com seu prudente arbítrio, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do
sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do
causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras
circunstâncias mais que se fizerem presentes”.
A indenização do dano moral deve ser fixada em termos
razoáveis, não se justificando que a reparação venha a constituir-se
em enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e exageros,
devendo o arbitramento operar-se com moderação,
proporcionalmente ao grau de culpa e ao porte econômico das
partes, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e
pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua
experiência, e do