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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA

DE MANAUS/AM.

JOSÉ RAIMUNDO ROCHA DANTAS, brasileiro, solteiro, operador rural,


portador do RG nº0691332-6/SSP/AM, devidamente inscrito no CPF nº174.208.572-
53, domiciliado e residente na Rua 13, Conjunto Boas Novas n34, Cidade Nova,
69094130, Manaus-Am, por intermédio de sua advogada infra-assinada com
procuração anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a
presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO
C/C OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E
MORAL

Em face da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, localizada na rua Av.


Carvalho Leal, 1259 - Cachoeirinha, Manaus - AM, 69065-000, regularmente inscrita
no CNPJ sob nº00.360.305/0001-04, com email
profissional:ag3219am@caixa.gov.br, pelos motivos de fato e de direito a seguir
delineados.
PRELIMINARMENTE:
DA DESNECESSIDADE DE AUDIÊNCIA

Por ser matéria unicamente de Direito, o autor entende desnecessária a


audiência inaugural de conciliação, requerendo assim o Julgamento da Lide após a
devida intimação da parte requerida para oferecer Contestação.

DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O deferimento da Justiça Gratuita ao Requerido, uma vez que a


gratuidade da justiça no Juizado Especial se refere ao acesso, que no primeiro grau
independe do pagamento de custas taxas ou despesas, na forma do disposto no
caput do art. 54 da Lei 9.099/95.

DOS FATOS

O Requerente é cliente do banco Réu com domicílio bancário na Agência


1548, Conta-Corrente nº00027197-8.

O Autor havia solicitado a abertura de sua conta nas dependências do


Requerido, em razão da necessidade de receber pelos serviços realizados, optando
pela abertura de uma conta no, entre os demais bancos existentes.

Ocorre que, o autor se dirigiu às dependências do banco Réu para


realizar uma consulta bancária, e logo após o mesmo, observou que foram
descontados valores inexplicáveis referentes às seguintes cobranças: CESTA.

Entretanto, o Autor NUNCA ADERIU A TAL SERVIÇO, sendo esta


cobrança indevida, pois não há contratação específica que justifique a cobrança de
tal, desconhecendo total a sua procedência.

Os descontos referentes à CESTA iniciaram em 2018, com valor inicial


de R$ 10,73 ( dez reais e setenta e três centavos) e com o decorrer dos meses e
anos o valor referente a estes descontos só vem aumentando como se pode
verificar na tabela abaixo detalhada e nos extratos bancários colacionados nos
autos.
Essa prática ilegal se repete de 2018 até a presente data, não obstante já
tenham sido efetuados até a presente data vários descontos, totalizando R$ 819,55
(oitocentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos).

O demandante solicitou por diversas vezes suspender as tarifas junto a


agência, porém não obteve sucesso em nenhuma delas.

Desta forma, importa salientar que a cobrança referente à “CESTA” pelo


requerido é ilegal, visto não ter fundamento, não havendo previsão contratual ou
solicitação/autorização de tais serviços pelo requerente.

DO DIREITO

Da Aplicação do Código de Defesa do Consumidor

É incontestável a caracterização de relação de consumo entre as partes,


sendo a empresa ré a prestadora de serviços e, portanto, fornecedora na forma do
art. 3º da Lei 8.078/90 - Código do Consumidor, e o autor como consumidor, nos
termos do art. 2º do CDC:

Art. 2º. O consumidor é toda pessoa física ou jurídica que


adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final.

Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou


privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de
produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição
ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços.

Portanto, a falha na prestação de serviço do caso em tela pelo Requerido


está configurada em virtude dos descontos indevidos, injustificados e de forma
reiterada a conta bancária do Requerente, motivo pelo qual faz-se necessária a
responsabilização da empresa requerida pelos danos causados.

Da Inversão do Ônus Da Prova

Em síntese, resta claro a necessidade de inversão do ônus da prova ante


a verossimilhança das alegações, conforme disposto no artigo 6º do Código de
Defesa do Consumidor:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII – a facilitação da defesa


de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de expectativas.

Desta forma, cabe a requerida demonstrar por meio de provas em


contrário ao que foi exposto pelo autor. Salienta esclarecer ainda que algumas
provas seguem em anexo. Assim, as demais provas que se acharem necessárias
para resolução da lide, deverão ser observadas na citação acima, pois se trata de
princípios básicos do consumidor.

Da Indenização Por Danos Materiais em Dobro

O instituto da REPETIÇÃO DE INDÉBITO prevê que, na eventualidade


de ser efetuada a cobrança de um valor indevido, quem o tiver recebido fica
obrigado a devolvê-lo na forma simples ou em dobro, a depender do caso concreto,
sob pena de configurar enriquecimento sem causa. Esta previsão está
fundamentada no art. 876, do Código Civil, bem como no art. 42, Parágrafo único do
CDC, in verbis:

Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido
fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe
àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente
não será exposto a ridículo, nem será submetido a
qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida


tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao
dobro do que pagou em excesso, acrescido de
correção monetária e juros legais, salvo hipótese de
engano justificável.

A Jurisprudência, é pacífica no que se refere à indenização por repetição


de indébito em dobro, nos casos de cobrança indevida e sem engano justificável,
que é o caso em comento. Nesse sentido trago a seguinte resolução:

A Resolução Bacen n. 3.919, de 25.11.2010, que consolida as normas


sobre cobrança de tarifas pela prestação de serviços por parte das instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
do Brasil - Bacen, determina que a cobrança de tarifa "deve estar prevista no
contrato firmado entre a instituição e o cliente ou ter sido o respectivo serviço
previamente autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo usuário." (art. 1º).

Especificamente quanto às pessoas jurídicas, no site do Banco Central é


esclarecido que:

"3. O banco pode cobrar qualquer tarifa do cliente?

[...].

Para cliente pessoa jurídica, não há padronização. Ou seja, as


instituições financeiras podem cobrar por qualquer serviço prestado, desde que:
a) previsto no contrato do cliente ou previamente solicitado pelo cliente ou
pelo usuário;
b) efetivamente prestado pelo banco ou instituição; e
c) as tarifas sejam divulgadas conforme as regras do art. 15 da Resolução
3.919, de 2010, em local e formato visíveis ao público em suas dependências, bem
como nos seus sites na internet."

A jurisprudência, no mesmo sentido, ancora o posicionamento de que o


desvio produtivo ocasionado pela desídia de uma empresa deve ser
indenizada,conforme predomina a jurisprudência:

RELAÇÃO DE CONSUMO – DIVERGêNCIA DO PRODUTO ENTREGUE –


OBRIGAÇÃO DE FAZER CONSISTENTE NA ENTREGA DO PRODUTO
EFETIVAMENTE ANUNCIADO PELA RÉ E ADQUIRIDO PELO CONSUMIDOR –
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL – RECONHECIMENTO. (...) Caracterizados
restaram os danos morais alegados pelo Recorrido diante do “desvio
produtivo do consumidor”, que se configura quando este, diante de uma
situação de mau atendimento, é obrigado a desperdiçar o seu tempo útil e
desviar-se de seus afazeres à resolução do problema, e que gera o direito à
reparação civil. em razão disso, longe está de afrontar o princípio da razoabilidade,
mormente pelo completo descaso da ré, a qual insiste em retratar a solução do
problema gerado ao consumidor. 3. Recurso conhecido e não provido. Sentença
mantida por seus próprios fundamentos, ex vi do art. 46 da Lei n. 9.099/95.
Sucumbente, arcará a parte recorrente com os honorários advocatícios da parte
contrária, que são fixados em 20% do valor da condenação a título de indenização
por danos morais. (TJSP; Recurso Inominado 0003780- 72.2017.8.26.0156; Relator
(a): Renato Siqueira De Pretto; Órgão Julgador: 1ª Turma Cível e Criminal; Foro de
Jundiaí – 4ª. Vara Cível; Data do Julgamento: 12/03/2018; Data de Registro:
12/03/2018).

JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C


REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. CESTA DE SERVIÇOS. CONTRATO
APRESENTADO, SEM JUSTIFICATIVA, APÓS A CONTESTAÇÃO. PRECLUSÃO.
DÉBITO NÃO AUTORIZADO DE TARIFAS BANCÁRIAS EM CONTA. MÁ
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
LESÃO AO CONSUMIDOR. DANOS MATERIAIS E MORAIS CONFIGURADOS.
DEVER DE INDENIZAR. ARBITRAMENTO. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS, COM SÚMULA DE JULGAMENTO SERVINDO DE ACÓRDÃO,
NA FORMA DO ART. 46 DA LEI N. 9.099/95. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. VENCIDO O RECORRENTE, CONDENO-O EM CUSTAS E
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, ESTES FIXADOS EM 20% DO VALOR DA
CONDENAÇÃO (LEI 9.099/95, ART. 55). (TJ-AM - RI: 07414286120228040001
Manaus, Relator: Cid da Veiga Soares Junior, Data de Julgamento:
19/04/2023, 3ª Turma Recursal, Data de Publicação: 19/04/2023)

APELAÇÃO CÍVEL. INEXIGIBILIDADE DE TARIFA BANCÁRIA. COBRANÇA


SEM LASTRO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DE PROVA DA REGULARIDADE DA
COBRANÇA IMPLICA SUA ILICITUDE. RESTITUIÇÃO EM DOBRO DEVIDA.
DANO MORAL CARACTERIZADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. O
contrato é indispensável para provar a regularidade da tarifa cobrada, de
sorte que não tendo o Banco logrado provar que a consumidora consentirá
com a tarifa denominada "Cesta B. Express4", não há como vicejar a
alegação de regularidade da cobrança, sob pena de se confirmar a cobrança
de preço por serviço não contratado. 2. Esta Corte tem o entendimento de
que a cobrança de tarifa de serviços não contratada consubstancia prática
abusiva em que, se valendo da hipossuficiência técnica do correntista, a
instituição financeira recolhe valores indevidos em prejuízo do consumidor
por longo período, traduzindo prática contrária à boa-fé objetiva, que autoriza
a restituição em dobro prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC.
Precedentes. 3. No tocante aos danos morais, o incômodo derivado da subtração
periódica da conta corrente de valores a título de cobrança de tarifa de serviços
não contratada traduz aborrecimento que não se confunde com os dissabores do
dia a dia, haja vista a ansiedade e a preocupação geradas pela redução injusta e
contínua de seu patrimônio. 4. Ponderadas as peculiaridades do caso em testilha,
e em atenção aos parâmetros de razoabilidade e proporcionalidade, o valor final da
indenização a título de danos morais de R$ 10.000,00 (dez mil reais) atende à
dupla finalidade da indenização, sem incorrer em enriquecimento sem causa.
(TJ-AM - AC: 06162171520228040001 Manaus, Relator: Maria do Perpétuo
Socorro Guedes Moura, Data de Julgamento: 01/06/2004, Segunda Câmara
Cível, Data de Publicação: 10/04/2023)

Do dano moral:

A frustração gerada no consumidor hipossuficiente, ao se ver vítima de


golpe decorrente de CESTA, que possibilitou os descontos desproporcionais,
certamente teve sentimentos de angústia e humilhação, diante do descaso e da
incerteza de que seus valores seriam restituídos, cujos abalos emocionais superam
os meros aborrecimentos do cotidiano.

Está evidente que o autor sofreu danos morais a sua honra subjetiva,
sendo pacífica a Jurisprudência quanto a sua indenização, que deverá ser feita
pelo Requerido, por ter no mínimo a enganado, lhe impondo mês a mês descontos
de CESTA eivado de vícios.

A parte autora encontra respaldo de sua pretensão no Código de Defesa


do Consumidor, em seu artigo 6º, incisos VI e VII:

Art. 6º do CDC - São direitos básicos do consumidor: [...]

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,


individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à


prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
Nesse sentido, tem entendido a jurisprudência:

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL –


SERVIÇOS BANCÁRIOS – DESCONTO EM CONTA – CESTA DE SERVIÇOS –
UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA – ABUSIVIDADE DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA – DANOS MORAIS E MATERIAIS – SENTENÇA REFORMADA –
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.O dano está claro pelos transtornos
acarretados pelo próprio desconto indevido na conta corrente do autor, devidamente
demonstrado nos documentos juntados à exordial. Assim, demonstrados nos autos a
conduta e o nexo causal dos descontos indevidos, não há como prosperar as
alegações do réu, estando clara e fundamentada sua falha na prestação do serviço
ora analisada. Portanto, por considerar que esse método precisa ser inibido levando
em conta o aspecto punitivo do dano moral, baseado no punitive damages do direito
anglo-saxão, aceito pela jurisprudência brasileira, arbitro quantum indenizatório
no valor de R$ 10.000,00, versando em consonância aos critérios adotados
pelos Tribunais Pátrios. Por último, com relação à tese referente à indenização por
danos materiais, para que se configure a repetição de indébito (devolução em dobro
do excesso), dentro do que estipula o parágrafo único do art. 42 do CDC, há a
necessidade da presença dos requisitos da cobrança indevida de débito, o
pagamento indevido de débito e a ausência de engano justificável (dolo ou culpa),
conforme o julgado explicativo do STJ no REsp 1084815/SP. No caso dos autos, há
ocorrência de cobrança indevida, tendo em vista que o fornecedor, ora recorrente,
efetuou diversos descontos diretamente da conta do consumidor, sem a anuência
deste último. Ainda, não visualizo existência de boa-fé nem de engano justificável
por parte da instituição financeira, pessoa jurídica abarcada por todo um corpo
jurídico, econômico, financeiro e contábil que lhe confere o suporte técnico devido,
quando impele o consumidor tais serviços. Se realmente o fornecedor estivesse de
boa-fé na presente relação consumerista, deveria demonstrá-la confeccionando
contrato referente ao serviço ora questionado, o que não ocorreu i n casu. Fatos
esses que justificam o direito do consumidor de receber a indenização por dano
material na forma de indébito, ou seja, o dobro do que fora indevidamente
cobrado/descontado.

(TJ-AM - RI: 04018417120238040001 Manaus, Relator: Cassio André Borges


dos Santos, Data de Julgamento: 20/04/2023, 2ª Turma Recursal, Data de
Publicação: 20/04/2023)

DOS REQUERIMENTOS

Por tudo aqui demonstrado, a parte requerente requer a total procedência


da ação nos seguintes termos:

a) Com supedâneo nas disposições do art. 294 e art 300 do cpc, a


concessão de tutela antecipada para que o requerido promova a imediata
suspensão dos descontos realizados na conta corrente do autor, referente a “Tarifa
Cesta sob pena de arcar com multa sugerida no valor de R$ 1.000,00 (Um Mil Reais)
para cada desconto realizado, sem limite de dias, até ulterior decisão desse feito, a
ser revestido em favor do requerente, e ao final, seja convertida em definitiva;

b) O DEFERIMENTO da Justiça Gratuita ao Requerido, uma vez que a


gratuidade da justiça no Juizado Especial se refere ao acesso, que no primeiro grau
independe do pagamento de custas taxas ou despesas, na forma do disposto no
caput do art. 54 da Lei 9.099/95.
c) O RESSARCIMENTO PELOS DANOS MORAIS na ordem de R$
15.000,00 (quinze mil reais), acrescidos de juros e correção monetária a partir do
evento danoso, devendo ser levado em consideração, pelos descontos indevidos,
aborrecimentos, sentimento de raiva e desprazer, bem como efeito pedagógico pela
má prestação de serviços do Banco Requerido, não se podendo aceitar este fato
como um simples aborrecimento, e sim em um descumprimento em sua prestação
do serviço caracterizado como inadequado, ineficiente e frustrante;

d) A RESTITUIÇÃO EM DOBRO do valor de R$ 819,55 (oitocentos e


dezenove reais e cinquenta e cinco centavos), referentes aos descontos indevidos
realizados na conta corrente da Requerente no período compreendido de 2018 a
2023, TOTALIZANDO A QUANTIA DE R$1.639,10 (um mil e seiscentos e trinta e
nove reais e dez centavos), acrescido de juros e correção monetária a contar do
desembolso, bem como as demais parcelas que porventura venham a ser
descontadas na conta corrente do autor no decorrer do processo. CONFORME
ART. 3º, I, DA LEI Nº 9.099/95;

e) O cancelamento de novos débitos referentes ao produto/serviço


denominado “TARIFA BANCÁRIA, CESTA CLASSIC” de forma definitiva;

f) Determinar a citação do réu, na pessoa de seu estabelecimento local,


no endereço aposto no preâmbulo (em virtude da teoria da aparência), para,
querendo, contestar a presente demanda, sob pena de revelia e confissão ficta de
matéria de fato (arts. 18, § 1º, e 9º, § 4º, da Lei nº 9.099/95;

g) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, inclusive prova testemunhal, depoimento pessoal do representante da
demanda sob pena de confissão, juntada ulterior de documentos e tudo mais que
se fizer necessário para a perfeita resolução da lide, o que fica, desde logo,
requerido;

h) Para que seja estabelecido o equilíbrio preconizado pelo estatuto do


consumidor, possibilitando a defesa de seus direitos da parte Requerente, requer
que V. Exa. Seja determinada a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, pela
verossimilhança de suas alegações e por sua condição de hipossuficiente, de
acordo com o inciso VIII do art. 6º do CDC;

i) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE, com fundamento no art.


355, I do CPC.

Dá-se a causa o valor de R$16.639,10 (dezesseis mil, seiscentos e trinta


e nove reais e dez centavos), para fins meramente fiscais.

Neste termos, pede deferimento.

Manaus, 05 de julho de 2023

EVELIN LUANA SENA DA SILVA

OAB/AM 17.431

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